Nightmare Called Life escrita por RedMoonProductions


Capítulo 7
I See You


Notas iniciais do capítulo

Este cap ta perfect,
Espero que gostem porque eu gosto muito dele.
Boa leitura,



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Capítulo 6 - Samantha Jones (Silver)

– Eu vou contigo! - afirmei, observando o rapaz de cabelos claros arrumar as roupas na mala.

– Silver, eu pretendo substituir L e capturar o criminoso mais perigoso do mundo. Não quero involver-te. - falou, com um tom um pouco frio, sem olhar-me nos olhos.

– E como o tencionas fazer? Sozinho? - perguntei, irritada.

Near sentou-se na cama e, suspirando, explicou o seu plano. Decidira criar uma organização destinada à captura de Kira e à continuação do trabalho de L, à qual chamaria SPK (Special Provision for Kira) e tinha o objetivo de avançar com o projeto com a ajuda do governo.

Eu não só queria vingar L e encontrar o meu caderno, como também sabia que o albino era a única pessoa que me restava com que tinha alguma relação. Não o deixaria fazer todo o trabalho sozinho, muito menos sabendo que a minha ajuda poderia ser essencial neste projeto.

– Eu quero e vou ajudar-te, Near. - informei, decidida.

Near observou-me, um pequeno sorriso de agradecimento formando-se na sua face pálida.

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Demoraram cerca de cinco anos, mas a SPK foi finalmente terminada. Devido a alguns imprevistos, acabou por demorar um pouco mais de tempo.

Durante estes anos, soube que Mello tinha fugido do orfanato e se juntado à mafia. Surpreendentemente, Matt não o acompanhou, simplesmente permaneceu na Wammys.

Nunca chegámos a descobrir o paradeiro de Ally e, ao fim de alguns anos, desistimos de encontrá-la.

Allison Taylor (Ally)

Passara todos estes anos à procura do Death Note de Kira, mas acabou por se revelar uma tarefa mais dificil do que pensara.

Sabia que a policia japonesa tinha em sua posse um dos cadernos, logo, podia ser que procurava. Para além que Mako me explicara que shinigamis podiam ter vários cadernos, ou seja, havia uma grande probabilidade de haverem mais.

Não tinha a certeza se ressuscitar Beyond seria uma boa ideia, visto que nunca o conhecera. Será que ele se comportaria da mesma maneira? Isso seria um risco.

Felizmente, mantera Silver debaixo de olho, sabendo assim da criação da SPK e do facto de ela estar naquele momento a trabalhar para Near. Eles seriam a melhor forma de obter as informações que necessitava para avançar no meu objetivo de encontrar Kira, mas, para isso, teria de juntar-me a eles, o que não parecia uma boa ideia.

Mas como nem tudo podia ser exatamente como queria, eu teria de agir e entrar na SPK o mais rápido possível.

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Aproximei-me a paços lentos da porta principal, que estava trancada por um código de segurança, sempre acompanhada por Mako. Decidira que, por segurança, levaria as lentes de contacto colocadas.

Vira um dos seguranças marcar o código, logo sabia perfeitamente qual era. Sem esperar, marquei-o.

As portas espelhadas abriram-se, revelando uma larga recepção. Para meu espanto, não estava ninguém na área. Observei a pequena tabela de informações afixada na parede.

Um pequeno sorriso formou-se no meu rosto, ao deduzir que seria ainda mais facil do que esperava.

Entrei no elevador, subindo até ao 8º andar, onde se encontrava a sala principal. As portas de metal abriram-se, dando origem a um corredor comprido, com uma sala no fundo. Divertida, decidi entrar.

Mako observava toda a organização, não acreditando que tal coisa poderia ter sido criada pela ex-dona do Death Note.

Acabei chamando demasiada atenção, pois, em menos de segundos, tinha armas apontadas a mim. “Ainda bem que trouxe as lentes” pensei, engolindo em seco.

Silver parecia irritada, pois, embora não estivesse a apontar-me uma arma, tinha a mão numa.

Near simplesmente observou-me, ceptico, não acreditando no que via.

– Baixem as armas, nós conhecemo-la. - informou Silver aos outros agentes.

Sorri, pelo menos Silver parecia não querer ver-me morta.

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Todos os agentes tinham abandonado a sala, sendo que apenas permaneceram Near e Silver.

– Tens a certeza que não sabes nada sobre o BB? - perguntei, pela milesima vez, a Near.

– Se pretendes obter alguma informação sobre o rapaz, aconselho-te que fales com Mello, ele sabe mais de Beyond que eu. - respondeu, o seu tom calmo como habitual.

Estava desiludida. Acreditava que o albino me pudesse fornecer toda a informação que necessitava mas, pelos vistos, ele não sabia quase nada sobre Beyond Birthday.

Um silêncio instituiu-se na sala, até que Silver decidiu falar. Para meu espanto, a rapariga parecia estar zangada comigo, tanto que utilizou um tom rude.

– Queremos o caderno de volta, Ally. - informou.

A simples frase decidida causou o riso de Mako. Obviamente, o shinigami sabia que devolver o Death Note fazia parte dos meus planos.

– Apenas o terão quando o nome do BB for apagado. - retruqui, sorrindo cruelmente.

Silver observou-me, em silêncio, com uma expressão irritada.

– Porque estás tão interessada nele? - questionou, utilizando o mesmo tom rude.

Ri-me, desviando o olhar.

– Descubrirás mais tarde.

Near suspirou. Calmamente, levantou-se, ligando os ecrãs gigantes. Nos grandes visores, podiam ver-se imagens de uma localização algures em Los Angeles.

Atirando-a pelo ar, o albino entregou-me uma imagem de Mello.

– Ele tem um Death Note.

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– Então, se eu me juntar à SPK sem causar estragos e vos entregar o Death Note da Silver, vocês matam Kira e apagam o nome do BB? - perguntei. Seria um bom acordo, pelo menos para mim.

– Sim. - afirmou Silver, observando-me desconfiada.

Near tentou recusar o acordo, afirmando que Beyond era um criminoso e que, provavelmente, continuaria igual depois de voltar à vida. Eventualmente, aceitou, pois sabia que opôr-me não era uma boa ideia. Mal tivesse o Death Note em mãos, quem me impedisse de ressuscitar BB, morreria.

Samantha Jones (Silver)

Observava Ally, desconfiada. Fechar o acordo era o melhor que podiamos fazer, mas não deixaria que o nome de Beyond fosse apagado a menos que Ally me justificasse.

– Acordo fechado. - declarei, levantando-me da cadeira onde me sentara.

Ally pediu-me que a seguisse para um local mais afastado e, mesmo que receosa, segui-a. Quando estavamos num corredor deserto da SPK, Allison tirou o caderno de dentro da mochila, entregando-mo.

Como um flash, ao tocar-lhe, várias memórias me vieram à cabeça, todas elas de quando estava na Wammys House.

Raiva cresceu dentro de mim, mal me relembrei que Ally me tivera enganado simplemente para obter o caderno, fugindo logo de seguida.

Fixei os meus olhos em Mako, que se encontrava bem atrás de Allison. O shinigami sorriu, do mesmo modo assustador a que me habituara em pequena.

Allison mostrou-me um pedaço de uma página do Death Note, que arrancara.

– Vou guardar este pedaço, para não perder as memórias, mas tu és a dona do caderno. - informou, colocando o papel listrado dentro da mala.

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Uma semana depois, decidimos por o plano em prática. Allison queria ir visitar Mello, para obter todas as informações que queria e para ver o Death Note.

Não achando uma boa ideia ela ir sozinha, voluntariei-me para a acompanhar, sendo que ninguém se opôs. Afinal, caso Ally encontrasse o nome de BB, havia altas probabilidades de apaga-lo no momento.

Quando o relógio informou ser cinco da tarde, iniciámos a viagem. Como apenas tinha dezasseis anos, Allison conduziu.

Ao chegarmos, Ally repetiu rapidamente tudo o que planeara.

– Eu vou lá dentro, tu esperas aqui. Caso alguma coisa corra mal, eu dou-te um toque para o telemóvel.

–OK. - respondi, não prestando muita atenção. A probabilidade das coisas ficarem más para o lado dela eram muito poucas.

Mako permaneceu calado, sentado no banco de trás a comer os rebuçados que comprara no dia.

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Tamborilava os dedos no capô do carro, aguardando. Quase meia hora se tinha passado e não havia sinais de Ally.

Por segurança, observei o meu telemóvel, confirmando que não tinha registo de chamadas.

Suspirei. “Demora assim tanto tempo?” Achava que seria apenas uma conversa rápida e ela voltaria, mas já se passara demasiado tempo.

Os meus olhos arregalaram-se ao ouvir um tiro, seguido de outro. Senti um pânico momentânio, ficando apenas aliviada ao ver Ally sair.

Para minha surpresa, Allison vinha a correr, coberta de sangue. Entrou no carro, fechando a porta bruscamente, assustando até mesmo o shinigami, que permanecia no banco dos passageiros.

– Entra no carro! - gritou a rapariga, ligando o motor.

Assustada, apressei-me a sentar e colocar o cinto. A rapariga pisou o acelarador com força, sendo que, em minutos, já estavamos bastante longe da máfia.

– Porque estás cheia de sangue? - questionei, ainda um pouco assustada.

– Calma, não é meu nem do Mello. Pertence a um engraçadinho.

Engoli em seco, chocada, enquanto observava a paisagem. Estava no carro com uma assassina, que, para piorar, conduzia a 220 km/hora.

Allison entregou-me o Death Note de Mello, que guardei, em silêncio. Apenas voltámos a falar quando o automóvel foi estacionado.

– Não te darei o caderno até me explicares porque queres que o BB volte à vida, Allison.

Allison Taylor (Ally)

Entrara calmamente na máfia, observando o local cuidadosamente. Para minha surpresa, Mello estava sozinho na sala.

– Agora usas roupas mais justas, loira? - provoquei, chamando a atenção do mesmo.

A sua primeira reação foi observar-me, calmamente, esboçando uma expressão irritada de seguida.

Em meros segundos, vários homem tinham armas apontadas à minha cabeça.

– O que queres? - perguntou de modo rude.

– Preciso de informações sobre um... Beyond Birthday. - afirmei, aproximando-me do rapaz.

Mello sorriu ao ouvir o nome pronunciado.

– Podem baixar as armas, vamos falar em particular - informou, pedindo que o seguisse até uma sala mais afastada.

Calmamente, o loiro explicou-me toda a história de Beyond, desde os seus tempos na Wammys até à sua morte. Adicionalmente, explicou-me tudo sobre os olhos dele, acabando por me mostrar o Death Note que guardava. Sorri, vendo que já tinha toda a informação que necessitava.

De repente, a porta foi aberta com um estrondo, fazendo-nos observar o homem que realizou tal acto.

– Mello, ela trabalha para Near! - berrou, com a respiração acelarada, apontando-me uma arma.

O sorriso de Mello desapareceu por completo, passando a observar-me furioso.

Prevendo que o homem me tentaria alvejar, corri. Como previ, ele disparou, mas falhou. Pegando uma das armas que estavam em cima da mesa, disparei, acertando em cheio no coração do homem, que caiu no chão. Com o tiro, acabei por ficar coberta de sangue.

Com um sorriso divertido, apontei a arma a Mello e peguei no Death Note que o mesmo colocara em cima do sofá.

O som devia ter chamado atenção, pois, em segundos, os outros homens apareceram na sala, prontos a seguir as ordens de Mello. Observei-os completamente, enquanto permanecia com Mello na mira.

– Se eu te matasse agora, não seria tão divertido. - afirmei, correndo a passos rápidos até à saida, onde liguei o carro e fugi com Silver.

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A viagem foi minimamente silenciosa, até que, depois de estacionar, Silver decidiu falar.

– Não te darei o caderno até me explicares porque queres que o BB volte à vida, Allison.

Cuidadosamente, peguei num espelho, tirando as lentes de contacto. Silver arregalou os olhos ao ver os meus olhos vermelhos, sustendo a respiração devido ao medo.

– Eu não te tenciono fazer mal, Silver, até porque me preocupo contigo.

Ela expirou, olhando-me, agora mais calma.

– O Beyond tinha os mesmos olhos que eu e.... eu acho que ele me compreenderia melhor que qualquer pessoa, Silver.

Saímos do carro, caladas, e entrámos na SPK.

Mako observou-me, duvidoso. Ele sabia que não contara tudo.

Um pequeno sorriso cruel formou-se nos cantos dos meus lábios. Não tinha contado a Samantha sobre as capacidades dos meus olhos. “Sou mesmo esquecida” pensei de forma irónica.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenhas gostado
:3



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