Um reino perdido escrita por viicsnowqueen


Capítulo 2
Cap. 2- a seleção.


Notas iniciais do capítulo

aí está mais um capítulo. pra mim o mais longo mas também e super interessante.
comentem o/



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Hoje de manhã eu acordei cedo e fui preparar o café. Joanna acordou um tempo depois do suco de laranja e dos ovos mexidos estarem na mesa.

– bom dia Elizabeth!

– bom dia Joanna. Dormiu bem?

– aquela velha dor de coluna mas eu estou melhor.

– se você quiser pode descansar. E onde está Paul?

– ainda na cama. Ele teve uma noite difícil hoje, aqueles malditos carrapatos nos atacaram de novo. Elizabeth, saiba que se tivéssemos dinheiro suficiente, daríamos o melhor para você.

Apenas concordei com a cabeça, sabendo que nascera em um castelo. Depois de alguns minutos, Paul saiu do quarto e sentou-se à mesa para comer o café da manhã, pegou o jornal e começou a ler.

– bom dia Elizabeth! Bom dia querida!

– bom dia Paul. – falamos uníssono.

– já viu que Maxon vai organizar uma seleção? Está aqui no jornal.

– o homem ficou completamente louco! Coitado, perdeu sua esposa, a rainha America. Ela era uma mulher adorável.

E era minha mãe.

– e depois de três anos sua filha do meio fugiu do castelo, aí que ele enlouqueceu mesmo!

– realmente. Onde será que está essa moça agora?

Senti uma gota de suor descendo meu rosto. Apenas continuei a lavar as vasilhas.

– não sei. Pode estar em qualquer lugar. O toque de recolher da seleção começa hoje ao meio-dia.

Olhei para o relógio da parede. Eram dez horas, e é assim que chamam a seleção hoje em dia: toque de recolher.

– hora de trabalhar Joanna. Eu volto daqui a três horas.

– thau amor. – disse Joanna abraçando o velho. – te amo.

– também te amo Jô.

– até mais Paul. – também o abracei. – volte logo!

– até Eliza!

Então ele saiu com sua maleta para fazer vendas ambulantes. Essa era a profissão de um cinco atualmente. Me sentei no sofá para ler um livro até ser abordada por Joanna.

– Elizabeth! Você sabe que é proibido ler nesse país.

– mas então, por que eles vendem os jornais?

– mais um dos delírios do rei.

– mas eu posso apenas terminar esse capítulo?

– tudo bem. Mas termine antes do meio dia, os guardas passam recolhendo as garotas com dezoito anos pra a seleção. – ela me encarou com um ar de tristeza.

– você acha que... – ela começou a chorar e eu a abracei.

– calma, se eu for para a seleção, eu faço o Maximo para perder e voltar. – engoli em seco. E se reparassem que eu sou a princesa?

– você não entende? Se você perder, vai trabalhar como serva no castelo e não vai poder nos visitar.

Agora sim danou-se. O que eu poderia fazer? Se eu ganhasse eu deveria ficar presa no castelo, e se eu perdesse ficaria presa no castelo do mesmo jeito. Mas eu poderia vencer, e, antes de me casar com Albert (seria muito estranho me casar com meu irmão) eu admitiria que sou a princesa. Então convidaria meus “pais” para morar no castelo. Nesse momento três guardas entraram pela porta de madeira da cozinha. Pelo barulho escondi meu caderno.

–~-

Agora são três da manhã. Estou escrevendo no quarto do castelo:

Depois da entrada dos guardas, um abordou Joanna e os outros dói me seguraram pelo braço. O primeiro que abordava Joanna pegou um pergaminho e disse:

– sua filha, Elizabeth Houdson (meu sobrenome falso) entrou para a seleção real para competir pela Mao do príncipe Alberto. – (não era Albert?) ele olhou para Joanna como se quisesse descobrir alguma coisa.

– você é a senhora Joanna Houdson?

– sim, senhor.

– eu lamento, mas seu marido foi atacado por rebeldes sulistas. Ele está no hospital e não se sabe se ele vai sobreviver. – Joanna começou a chorar.

Dizendo isso, me levaram de carruagem até o castelo. Onde me deixaram em um quarto para me trocar. Meu pai é completamente maluco! Como ele faz uma coisa dessas com as selecionadas? Se ele soubesse que eu sou sua filha...

Me troquei e saí do quarto para o jantar, passei pelo salão principal e vi o quadro com uma foto enorme, minha, do meu pai, minha Irma, meu irmão, e minha mãe. Me lembro dessa foto, três dias antes da mamãe morrer, dizendo isso, quase comecei a chorar – não posso levantar suspeitas – eu estava no colo da minha mãe, Emma no colo do meu pai, e Albert de pé no chão com pose de príncipe.

– linda não é? – ouvi uma voz atrás de mim. Me virei e era Albert, estava alto e com seu cabelo ruivo penteado para trás. Fui respondê-lo e me lembrei que o guarda o chamou de Alberto.

– príncipe... Alberto?

– em pessoa. – ele sorriu, mas ainda me pergunto, por que Alberto?

– posso te perguntar uma coisa majestade? – engoli em seco. Talvez isso comprometesse meu disfarce. – seu nome... é Albert ou Alberto?

O sorriso dele se apagou. Levantou uma sobrancelha e me encarou por alguns segundos.

– hmm Alberto, por que a pergunta?

Pense, pense! Já sei!

– por que, o guarda te chamou de Albert.

– engraçado... me lembro de ter escrito em todos os pergaminhos Alberto... você deve ter se confundido.

Fiquei vermelha, e se eu tivesse estragado tudo?

– é... deve ter sido isso.

– hum. Então eu já vou indo, meu pai está me esperando. – ele saiu quase marchando em direção as escadas.

É obvio que eu estranhei, papai não recebe visitas a noite, ele está dormindo. Então eu o segui, conhecia o castelo como a palma da minha mão. Ele pegou o atalho pela parede para me despistar, passei pelo outro para não levantar suspeitas, pelo que eu o conheço eu sei para onde ele iria. E lá estava ele, no escritório de reuniões, onde estavam os duques que substituíam Maxon nos deveres do reino, a porta estava fechada então aproximei meu ouvido dela e pude escutar a conversa.

– tem algo estranho nela. – Albert.

– como você pode ter tanta certeza? – duque Tornald.

– ela me chamou de Albert! Apenas os membros da realeza sabem meu nome verdadeiro! – engoli em seco. Atrapalhei o plano.

– pode ser que ela entendeu mal o jeito que o guarda falou. – duque Lindesberg.

– mas e o plano? Aquele que, se uma garota com as características da minha irmã me chamasse de Albert deveríamos ficar de olho nela? – Albert.

– Albert está certo! – pude perceber que era a voz de minha irmã. – eu acho que o verdadeiro sobrenome dela não é Houdson, é Schreave!

O sobrenome do meu irmão é Schreave Singer. Mas o meu e de Emma é apenas Schreave.

– senhorita? – me virei, era um guarda. – não devia estar na cama? E... por acaso está escutando as reuniões reais?

– ãããn... não senhor. Apenas me perdi e pensei que esse era meu quarto. – comecei a suar.

– leve-a até seu quarto. – era Albert. – e você. – apontou para mim. – quero ter uma conversa com a senhorita amanhã.

O guarda me levou até meu quarto e pude perceber que as outras selecionadas estavam dormindo. E aqui estou agora, mas vou dormir, amanhã continuo a escrever.


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Notas finais do capítulo

três páginas no word tem que valer a pena kkkk
comentem please