O Príncipe do Rio escrita por MariChia


Capítulo 1
No Fluir das Águas.


Notas iniciais do capítulo

Talvez, num futuro próximo, consiga transformar esta one-shot em long fic, portanto, qualquer crítica é super bem vinda.



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– O Espírito do Rio:

Começou o inverno em uma terra desolada e quase deserta, habitada por neve e seres adaptados a suas intemperes. Mas acima, corria um bravo rio sobre a principal montanha sobre o vale desta terra. Suas águas se estendiam até estreitas margens que contornavam um pequeno vilarejo ao cume da montanha. De onde poucas luzes poderiam ser avistadas.

O espirito do príncipe do rio tomava forma todas as noites e um dia inteiro durante a lua cheia. Ele tomava a forma de um falcão cinza, algumas vezes. Outras vezes tomava a forma de uma raposa da neve. Em outras, a forma de um elfo belíssimo de pele oliva, olhos cinza e cabelos prateados. Ainda outras, tomava a forma de um homem formoso de cabelos negros e olhos azuis, com a pele tão clara quanto a neve. E, finalmente, sua última forma era de uma serpente com escamas azuis e verdes brilhantes, com dentes afiados e asas em forma de nadadeiras.

Não se sabia qual era sua real forma, mas que ele poderia tomar qualquer uma destas para seu melhor benefício. Principalmente quando tinha que lidar com humanos. E como elfo, fazia melhor lidando com as ninfas de sua terra.

– Suas Aias:

Elas tinham formas abstratas que se uniam a todo e qualquer organismo vegetal do ambiente, escondiam-se na relva, árvores, flores, até em algas. Algumas como líquens se cravavam nas rochas para seus momentos de descanso.

Mas as ninfas também tomavam uma forma semi-humana. Corpo de mulher, onde os atributos que as mulheres viviam a esconder – só mostrando nas águas para limpar seus corpos – as ninfas evidenciavam como troféus. Suas peles não eram rosadas como a das mulheres da vila, nem negras, vermelhas ou amarelas como as mulheres de outros aglomerados que o príncipe viu em suas viagens com seu pai, o Mar. Não. Elas eram verdes, azuis, alaranjadas como folhas ou marrons como galhos de árvore. Em si poderiam estar pedaços de musgo, cascas de árvores, folhas, lama, flores, raízes ou demais acessórios cobrindo partes de seus corpos seminus.

Eram risonhas, sempre alegres e festeiras. Tudo lhes dava motivo para o riso. E o príncipe havia se cansado de suas tolices. Estava sempre sereno, mas era frio e rígido, como suas águas no inverno. Não estava disposto a ser flexível e tolerante como uma de suas primas, a lagoa abaixo do vale. Ela estava tranquila no mesmo lugar por séculos, amando suas damas de companhia - as jovens ninfas que cresciam em suas nascentes.

O príncipe não via que tanta alegria ele poderia ter se seu trabalho exigia total atenção. Ele acreditava que executa-lo com a seriedade absoluta era a chave para um serviço sem falhas.

Manter o fluir de suas águas no nível correto para cada estação. Cuidar de todos os seres que dele se saciavam. Impedir que vidas fossem tiradas ou atiradas sobre suas águas – nem sempre possível quando era um humano que cometia o sacrilégio. E muitos outros deveres que o deixavam sem humor para o pouco siso de suas “aias”.

Ninfas não eram fadas ou sereias, eram os espíritos de cada ser vegetal da floresta que tomavam a forma que quisessem quando desejavam. Podiam tomar sua forma semi-humana em qualquer ocasião. Mas o príncipe não ligava para esse poder. Se transformar não era agradável para ele, a menos que pudesse voar pelos céus como falcão. Voar era seu passatempo quando os deveres não o obrigavam a tomar outra forma.

Muitas vezes o elfo era sua maior obrigação, já que aplacar os ânimos das ninfas era uma tarefa constante. Elas eram tão emotivas quanto risonhas. Tudo era motivo para suas tempestades de fúria, drama, ousadia, humor, etc.Ele estava desgostoso de sua função, invejava a paciência de Lontry, sua prima lagoa.

O príncipe, tinha varias outros primos e primas, mas apenas com Lontry mantinha contato. Era a única mais plácida e cheia de compaixão que ele já conheceu em seus milhares de anos. Os demais lhe pareciam volúveis demais. Esnobes e arrogantes, mal querendo permitir sua passagem. Nunca o convidavam para encontros marítimos, onde ele poderia conhecer sereias e, quem sabe, se casar.

– As Belezas dos Oceanos:

Essas musas das águas, só existiam nos mares. Chegou a ouvir de duas que viviam em terras distantes, tropicais, que eram idolatradas pelos humanos que habitavam seus territórios; mas não considerava possível. Sereias eram como tubarões, com água salgada em suas veias. Eram assustadoras em sua essência, tenebrosos monstros em seu ser, mas belezas impares nos oceanos. Controlavam correntezas e seres marinhos. Construíam palácios em fendas abissais. Viviam sob água como os pássaros podiam voar: fácil e maravilhosamente. Tinham guelras em seus pescoços, caldas longas e coloridas, olhos com cores fantasmagóricas – leitosos e fluorescentes – cabelos espessos e viscosos que se assemelhavam as algas, peles claras que pareciam prateadas. Tinham uma metade humana exuberante e uma metade peixe fascinante. Suas mãos possuíam membranas interdigitais entre os dedos e longas garras retráteis como unhas. Eram belíssimas para o príncipe, e já estava em sua idade para tomar uma como sua esposa e gerar seus filhotes. Mais sereias ou mais rios. Pois as sereias também eram espíritos. Espíritos de cardumes que tomavam forma e protegiam seus invocadores.

No entanto elas estavam desaparecendo pela pesca excessiva do ser humano. Eles aprimoraram tanto suas técnicas e equipamentos, chegando aos locais mais inóspitos e caçando os cardumes; assassinando as sereias.

Ele já havia pensado em ir ao Ártico, e tentar conquistar Ilga, a sereia de vidro do Norte. Mas sua prima Lontry contou de seu primo Quibere, afluente das águas árticas que já havia conseguido este feito e estava comemorando o nascimento de sua quadragésima quarta colônia de filhotes. Pequenos espíritos esperando corpos para tomarem forma. Caso contrário morreriam. Em questão dos filhotes sereias, isso seria tão simples quanto um sopro.

Ele deveria ter se casado com Huri, a sereia do mar pacifico, mas ela era muito temperamental, falava sem parar e tudo lhe seria motivo para critica-lo. O príncipe pensou que apenas com dois mil anos estava muito jovem para se enlaçar, ainda mais com uma esposa tão torpe. Acreditou que se esperasse e se concentrasse em suas tarefas logo conheceria uma sereia mais cortês e silenciosa, que seria sua boa companheira.

Contudo, os anos passaram sem que ele notasse. Sua fama austera e ríspida afastou seus familiares e ele perdeu suas permissões de avançar além de seu território daquelas montanhas geladas. Podia chegar até o final do vale, algumas milhas além do vilarejo, mas não mais. Como teria uma esposa? Sabia que como elfo poderia dar descendentes as ninfas, mas só de vê-las se irritava, e para os rios, a contemplação romântica era garantia de uma gestação bem sucedida. E para ele que não se agradava de nenhuma de suas ninfas isso poderia ser um estorvo e produzir uma quantidade nula de filhotes.

Com as demais espécies poderia produzir filhotes, mas não seriam rios. Teriam alguns poderes pela miscigenação, mas não tomariam os deveres de seu território como herança. Ele viveria séculos e séculos tomando conta de tudo, solitário. Sem o auxilio de um igual. Sem um afluente como seu braço.

– A Surpresa na Floresta:

Pensativo e triste, a beira do desespero que lhe contava o futuro de si mesmo, ouviu um choro na mata. Um choro estridente e constante. Um filhote humano. Uma dor de cabeça que ele não precisava. Depois de ter resolvido a briga de um castor com um alce, não queria mais nenhum trabalho para aquela noite. Se possível voltaria ao leito de suas águas e retornaria a sua forma fluida para um bom descanso. As ninfas estariam o esperando, mas assim que as mandasse repousar, dormiriam como as pedras.

Ainda assim, seu juramento ao Mar foi de jamais dar as costas a um ser vulnerável, mesmo que não estivesse se quer em suas margens. Então, seguiu de encontro ao som do bebê. Procurando pelo olfato, o cheiro característico dos peles rosadas. Chegou perto de uma clareira, mas estava tudo silencioso, milhares de machos e fêmeas humanos estavam deitados ao chão nas mais horrendas posições. Como tudo continuou quieto por um bom tempo, o príncipe seguiu em direção à tenda de onde o choro vinha.

Conforme passava pelos corpos estendidos, sentiu um familiar cheiro metálico. O cheiro que suas caças tinham quando abatidas, porém mais doce e enjoativo. Percebeu então que todos aqueles humanos estavam mortos. Alguns ainda atravessados pelas armas que seus inimigos utilizaram para o homicídio. Ainda assim, seu foco era o provável único ser que sobrevivera a matança.

O príncipe, entrou na cabana e encontrou uma menina abraçada ao bebê, balançando fracamente, com sangue em sua clavícula, rosto marcado por lágrimas e hematomas, falando palavras incompreensíveis para acalmar o filhote barulhento. Quando ela percebeu a estranha presença do pêlo branco de raposa, levantou uma adaga escondida sob alguns cobertores de pele ao seu lado.

O príncipe pensou em se transformar em humano, até porque poderia ser a melhor maneira para se comunicar com a garota, mas talvez a menina tenha visto muitos deles como seus inimigos hoje e não estivesse disposta a ser amigável com seus semelhantes, ele pensava. Ele precisava salvar a ambas as criaturas. Mantê-las seguras longe daquele cemitério de batalha. As levaria para a vila e as deixaria próximas à casa de um dos habitantes piedosos.

Agora, o problema seria como se aproximar da menina. Ele chegou perto e ela levantou a adaga com um franzir do cenho em fúria. Ele tomou um pedaço da pele a sua frente e se aproximou lentamente. Quando a menina deu sinal de que o atacaria, ele se afastou e se encolheu como os animais fazem quando repreendidos. Ela tomou o cobertor e enrolou a si e o bebê, com cuidado, sem tirar os olhos da raposa a sua frente.

O príncipe resolveu sair e procurar algo que a faria acalmar. Pensou em coletar o símbolo daquela caravana, assim como viu em algumas casas da aldeia. Mas nenhuma imagem encontrou que fosse um padrão nos utensílios, tecidos e acessórios.

Imaginou que comida seria uma boa opção. Farejou todos os lados, mas o cheiro de morte e gelo mascarava qualquer outro odor. Pensou em suas ninfas, chegou-se a margem do rio, em uma corrida alucinada, e chamou por três. As mais confiáveis. Quando elas apareceram ele lhes deu as ordens. A uma, Gilda, disse para ver como ia o vilarejo, se era seguro seguir para lá com as crianças humanas. Para outra, Merer, pediu que coletasse frutas e raízes para alimenta-las. E, finalmente, para a terceira, Gonlã, mandou que preparasse a caverna sob o véu de sua cachoeira, para que, caso as criaturas rosadas fossem recusadas no vilarejo ou outro mal as impedisse de sair de seu encargo, ele as acomodaria em sua casa mágica, até uma segunda ideia.

Depois que as três ninfas partiram, o príncipe voltou para a cabana onde a menina estava, porém ela estava deitada com o filhote humano enrolado em várias mantas ao seu lado. O bebê não chorava mais e também não parecia se mover. Ficou preocupado que ambas já estivessem mortas. O tempo estava muito frio, não havia mais fogueira ou os pais humanos para aquecê-las. Como elas iriam sobreviver?

Então, resolveu conferir seus sinais vitais e com o olfato e tato percebeu que o bebê emanava o aroma dos vivos e estava respirando. Foi checar a menina ao seu lado, e teve uma grande frustração. Ela estava morta. Seus olhos fechados, mãos e pés enrolados contra o frio. A cicatriz profunda ensanguentada que se tornava roxa a cada minuto, a pele ganhando uma coloração azul do gelo. Indicações mais do que claras que a vida a havia deixado enquanto ele procurava por ajuda.

O príncipe colocou a cabeça sobre a dela e entregou seu corpo ao Criador de todas as coisas. Depois que sua alma aliviou o corpo, ele estava pronto para cuidar do filhote ao lado da menina. Resolveu se transformar em homem e tomou a criança em seus braços. Viu a adaga ao lado dos cobertores e resolveu levar como uma lembrança da coragem e amor fraternal que aquela simples criatura humana lhe mostrou.

– Um Herdeiro pelo Destino:

Embainhou a adaga e caminhou com o bebê até a margem do rio. Quando chegou na encosta estavam duas ninfas o esperando, a última apareceu minutos depois declarando que a caverna estava pronta. A primeira ninfa incumbida de ir a vila relatou que encontrou muitas pessoas piedosas, mas que todo o povoado estava sofrendo com a escassez de comida. E estava se alastrando uma doença do frio entre eles. O príncipe logo percebeu que não seria uma boa ideia levar a pequena criatura rosada para aquele lugar, provavelmente morreria de fome ou de doença.

A segunda ninfa trouxe as frutas, sementes e raízes em uma bolsa de musgo. O príncipe disse já não ser mais necessário e se esta ninfa, Merer, poderia chamar as fêmeas de alces, pois precisariam de bom leite para o bebê.

Após sua saída, ele depositou a criança a margem e se dissolveu em água para dentro de seu caminho de correntezas. Tomou o filhote humano com uma casca oca de árvore e diligentemente a levou ao topo ao meio da montanha, onde se encontrava sua cachoeira. Assim que atravessou o véu de águas e depois de um longo corredor na rocha, entrou numa quarta câmara a sua direita, encontrou um “quarto” todo organizado para receber as crianças humanas, e repleto de ninfas.

Se soubesse o número da população de suas aias, poderia destacar que era o exato que abarrotava a câmara. Milhares de ninfas risonhas e barulhentas que acabaram por acordar a criança em seus braços. Ela estava a ponto de chorar. E ele, que havia saído de suas águas como elfo, retornou a forma humana - para desgosto das ninfas - e tentou acalmar a criatura rosado que gritava em prantos.

Assim que ouviu sua voz, o bebê se aquietou, deixando-o maravilhado. Muitas vezes precisava gritar com suas ninfas para que o obedecessem, apenas algumas o obedeciam na primeira chamada. Ainda assim, se o assunto fosse relevante a elas.

Tentou aquieta-las com seus argumentos autoritários, pedindo ordem e silêncio. Mas só pararam quando o príncipe depositou o bebê no centro de uma cama feita de pedras e musgo. Sorte a criança estar enrolada em toda aquela pele caçada por humanos, caso contrario poderia morrer com o frio do ambiente. Foi então que ele percebeu que sua casa precisava ser aquecida como as construções humanas. Teria de pedir permissão às chamas se quisesse deixar o ambiente sempre aquecido, pois iluminado já estava devido à fluorescência de um mineral abundante em sua caverna.

Então resolveu tomar Gulli para buscar Kojo, as chamas que perpetuavam no Norte. Sim, chamas. Nenhuma essência do fogo estava sozinha apesar de tomar uma única forma. Era um ser mais irritadiço, mas colerizado do que qualquer outro. Quando se perdia o controle sobre estes, saiam a destruir tudo em seu caminho, utilizando-se de tudo o que consumiam para alimentar sua forma, estende-la até eliminar grande porção de vida. Ainda assim, quando de bom humor, elas se prestavam a servir sem murmurações. Para o príncipe eram servas até melhores que suas ninfas. Pois mesmo que se rebelassem ele as extinguiria lançando suas águas sobre elas.

Então, Gulli saiu a procura das chamas do norte. No mesmo momento, Neure adentrou o aposento declarando que uma alce fora chamada por Gonlã e já estava a postos, vertendo seu leite para os recipientes em que duas ninfas trabalhavam depositando o líquido. Com exceção dessas duas que ordenhavam a alce e Gulli que partiu, as demais ninfas vieram sobre a criança para analisa-la.

– Como são bonitinhos quando filhotes! – disse uma.

– E sua pele tem uma cor estranha, rosa como as flores do verão. – disse outra.

– Nós o criaremos, mestre? Será nosso? – disse uma terceira, mais animada.

– Não sei! Na verdade ficará conosco até que o vilarejo se reerga, esteja livre da fome e da doença. Depois não sei o que farei a este filhote humano. – dizia o príncipe.

– Oh, mestre! Deixe-nos ficar com ele! Nós ensinaremos tudo o que um filhote precisa saber.

Um estalo veio sobre a mente do príncipe. Um filhote. Um filhote que as circunstâncias da vida trouxe para seus cuidados. Decidiu que era seu teste para saber se seria um bom pai para sua prole futura. Poderia treinar com este filhote humano, sendo menos resistente que seus próprios descendentes, com certeza lhe faria um cuidador muito diligente. Até porque, a regra entre os seus, era que as fêmeas geram as crias e os pais criam.

Nenhuma sereia era obrigada a permanecer com seu parceiro, mesmo sendo sua esposa e ligada ao rio com juramento de fidelidade eterna, elas eram livres para viver onde desejassem e não tinham nenhuma responsabilidade quanto o desenvolvimento de sua prole.

– O Privilégio Eterno:

Por fim, o príncipe decidiu que a criança seria criada por ele e suas ninfas. Sendo que elas seriam as servas de seu filhote adotivo. A ele ficaria a incumbência de admoestar a criatura rosada. Por isso tomou o bebê para o banho, levando-o as piscinas de suas câmaras. O submergiria nas águas da nascente fonte de saúde e quando o humano atingisse a maioridade e o príncipe lhe encontrasse como uma pessoa de bem, seria lhe dada à escolha pela água da eternidade.

Diferente do que os humanos acreditavam, quem bebesse desta água seria, sim, eterno, mas não voltaria a ser jovem. Em realidade, quem dela tomasse não envelheceria a partir da idade em que bebeu de suas águas. Mesmo que das águas um homem em seus quarenta anos tomasse, pensando em retroceder aos vinte, seria frustrado, pois nunca faria quarenta e um, sempre teria a aparência e saúde dos seus quarenta anos, eternamente.

Assim sendo, seria o primeiro humano para quem ele pensava oferecer este privilégio. Quem sabe teria um guardião que afastasse os forasteiros de sua caverna mágica. Um soldado que mataria e expulsaria qualquer humano que ousasse se aventurar por seus domínios. E que poderia lhe ensinar sobre as características dos humanos que ele não fora capaz de observar com profundidade em seus milênios de analise.

Seria bom até para saber se poderia envia-lo como seu porta-voz para os aldeões e ensina-los bons hábitos para sua saúde e, talvez, obter sua cooperação para com os seres espirituais e a natureza. E, quem sabe, seu pai, o Mar, lhe defenderia diante de seus primos e irmãos para que pudesse percorrer todas as águas que desejasse e continuasse com suas viagens por todo o planeta. Talvez até encontrando uma sereia e ter seus filhos para quem deixar seu cargo e seus domínios. E então... ele poderia finalmente descansar.


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Notas finais do capítulo

Esta história é baseada em um sonho que tive quando adolescente e neste final de semana resolvi por no papel. Amei escreve-lo, e espero que vocês gostem. Me deixaria muito feliz saber o que acharam sobre ela. Grande abraço, Mari!