Percy bateu na porta de vidro quando uma garota a abriu, ela era linda, com cabelos ruivos e olhos negros, convidou-o para entrar, Percy sentou em uma cadeira perto da porta, a garota foi e ficou de pé em frente ao menino estendendo um envelope.

– Sr Jackson, a papelada que tem que ser preenchida antes de você entrar em contato com a paciente está aqui, entregue todos preenchidos ao hospital que ela se encontra e irão deixá-lo entrar, se houver problema de identidade as fichas serão usadas para procurar alguém parecido com os dados que o senhor colocar, só um segundo.

Ela saiu da sala e voltou com uma caneta.

– O senhor pode preencher aqui e ir direto ao hospital. – disse oferencendo a caneta.

O menino agradeceu e preencheu tudo com rapidez, assinou nas cinco fichas e guardou tudo dentro do envelope, devolvendo a caneta para a garota.

– Obrigado.

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Annabeth (a real), estava mais uma vez na varanda de seu quarto, sentindo o vento bater em seus fios lisos pela chapinha que haviam feito nela, com um vestido de festa dourado indo aos seus pés que usaria naquela noite, um colar de diamantes e um brinco de argola, pelo que James dissera, era tudo dela antes de sofrer o acidente.

Ele entrou no quarto e a abraçou por trás, ela se sentia estranha, não sabia quem era ele mas tentava acreditar no que ele dizia, os dois foram para o carro de onde seguiram para a festa.

O lugar era nada mais nada menos que uma super mansão cheia de luzes e bem clara, tinha uma piscina na entrada e alguns seguranças faziam a ronda pelo quarteirão, a festa era super formal e importante.

– Quem mora aqui? – Anna perguntou curiosa.

– A Srta Afrodite Mclean, uma modelo e designer famosa, a festa é pra inaugurar sua nova casa. – ao James dizer aquele nome, Annabeth sentiu uma pontada no peito, como se despertasse nela uma recordação.

– Onde posso falar com ela? – quando percebeu a cara confusa de James, inventou uma desculpa. – Para o vestido de nosso casamento, amor.

– Ah, sim. – ele a guiou para dentro da mansão, onde existiam estátuas de cupidos e uma fonte com a deusa do amor grega penteando os cabelos. – Afro! – James exclamou ao chegarem no meio do salão.

Uma mulher linda se virou e foi falar com eles, ela além de linda era muito familiar para a loira, com um vestido verde lima, seus olhos azuis sorriam em meio a maquiagem.

– James! – ela exclamou e o abraçou, Annabeth apenas tentava descobrir quem ela era, e confirmou que a conhecia ao perceber a expressão dela ao encará-la e o nome até então esquecido ser pronunciado ao gaguejo.

– A-Anna-Annabeth?

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Vamos voltar um pouco no tempo, para o dia da explosão que aconteceu no casarão dos Chase e saber realmente o que aconteceu momentos antes da destruição da residência e do desaparecimento de Annabeth.

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A empregada que só ia para fazer a limpeza uma vez na semana, decidiu ir naquele dia que estava disposta para as tarefas da casa de Atena Chase e sua filha.

Ao chegar na casa estava tudo certo, teve que tirar apenas a poeira dos móveis pois Atena e sua filha sempre foram muito organizadas, estava tirando as roupas do varal quando escutou Atena entrando em casa.

– Magda, já está aqui? – perguntou a mulher para a empregada.

– Sim, senhora. – ela respondeu.

– Que ótimo! Você poderia ir na cidade e comprar morangos? Quero fazer uma torta hoje, mas antes tenho que visitar Zeus.

– Sim, senhora.

Atena saiu e Magda ficou, mas se esqueceu do pedido de sua patroa, ficando na casa até a hora da explosão.

Annabeth acabara de chegar em casa e deixara seu colar cair no chão, Magda pegou-o e pôs no pescoço para não se esquecer de entregar a Annabeth quando quisesse ser interrompida no que estivesse fazendo.

Magda voltou para a cozinha, onde ia guardar o que restara da louça que ela usara para comer, pois Atena ainda não chegara de sua reunião com Zeus.

Assim que acabou de guardar, viu o forno se ligar sozinho e o fogo começou a crescer e sair do fogão.

– ANNABETH! – Magda gritou e começou a correr para o quarto da menina pedir ajuda, foi quando houve a explosão

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– Annabeth? – o garoto perguntou olhando para a menina sentada no colchão.

– Quem? – ela perguntou assustada, sua voz era diferente do que ele se recordava, mas era ela sim!

– Você, Annabeth! Eu sou Percy, você não lembra? Nos conhecemos quando pequenos, eu quebrei seu coração quando pequeno mas decobri que nunca te amei como te amo hoje, olhe.

Percy pegou uma caixinha do bolso, de onde tirou um colar de ouro com uma coruja e um tridente unidos, a garota na sua frente olhou para o colar assustada, ela reconhecia aquela imagem de algum lugar.

Percy chorava de alegria, Annabeth estava ali, Annabeth viva! Não importava mais nada, de quem era aquele corpo encontrado na casa de Atena e porque usava o colar que ele dera para a garota que amava, mas ela estava ali, Annabeth.

– P-Percy? – ela disse depois de um tempo. – Eu não sei quem você é.

E aquilo foi como uma facada no coração do menino.

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Calipso olhou ao redor e percebeu a loira que estava na festa.

"Será ela?" pensou "Não, Annabeth está morta, eu vi o corpo"

Aproximou-se da garota de mãos dadas com um menino, os dois conversavam com Afrodite.

”Sim, é ela"

Calipso então sorriu sarcasticamente.

"A morte nunca é a pior vingança, ela parece feliz com esse garoto, talvez seja esse o destino de Percy, perder a amada para outro"

Então pegou o seu celular, pensando em uma forma de avisar a Percy que encontrara Annabeth e que ela estava mais feliz que ele podia imaginar.

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"O amor é a parte mais imoral da razão, onde a certeza e a ilusão se misturam e formam um sentimento mais mortal que lanças de aço e correntes de ferro fervente."