Anjos e Vampiros - o Poder da Vida! escrita por Ninah Alves


Capítulo 12
Capítulo 11 – Ligados


Notas iniciais do capítulo

N/a: Não sei se esse capítulo ficou bom...espero que gostem e entendam...depois eu respondo a todos os comentários! MENINAS EU AMO TODAS VOCÊS DE CORAÇÃO POR ME INCENTIVAR COM ESSA FIC!Beijoss



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Capítulo onze – Ligados

 

 

 

[Festa da Jessica Stanley - Parte II]

 

 

 

Bella se afastou de Emmett e Rosalie consciente de que fez a coisa certa. Nem Emmett e nem os outros protegidos podiam saber da existência dos anjos, isso colocaria em risco toda a missão. Se tele transportou para o corredor que dava acesso ao jardim onde a festa acontecia.

 

Foi quando o mundo pareceu parar pára Bella, a sua visão começou a ficar embaçada, seu corpo tremia e como se alguém a tivesse rasgando a coluna a anja pendeu ao chão gritando descontroladamente.

 

A dor percorria agora todo o seu corpo até a chegar à cabeça que só faltava explodir. Como estava invisível ninguém podia vê-la e muito menos ajudá-la. A dor que sentia era no mínimo surreal e incompreensível, porque era uma imortal, quando noite, e nada podia a afetar. Ou podia?

 

Escorou-se a parede e com dificuldade conseguiu manter–se em pé. Jasper e Rosalie estavam fora de alcance e a sua cabeça girava e latejava, tornando impossível chamá-los através do pensamento. Sozinha e com as poucas forças que restava voltou a andar esbarrando em algumas pessoas que não a podiam ver e no bar, avistou Jane conversando com Edward.

 

- Droga! – as dores agora vinham em fisgadas voltando a espalhar por todo seu corpo.

 

Jane tocou o ombro de Edward e na mesma hora Bella sentiu a mão quente da vampira no seu ombro. Naquele momento ela percebeu que eles tinham uma ligação forte e que Edward passava para ela tudo o que sentia. Por isso que muitas vezes senti-se mal ao tentar ler o que se passava na cabeça dele, quando o via triste ou magoado.

 

- Era só que me faltava! – reclamou Bella esbarrando sem querer em Ângela.

 

- Hey olha por onde anda? – ralhou à morena, mas quando notou que não havia ninguém com quem reclamar ficou confusa e voltou a andar.

 

- Tem um tempo que a gente não se vê Edward! – a voz melosa de Jane o fazia se arrepiar.

 

- Sim, tem – respondeu se sentido fraco.

 

- Lembra da última festa? – perguntou Jane se aproximando dele. – Me recordo como se fosse hoje – sem cerimônia a vampira o abraçou. – Se você quiser mais, estou à disposição! – sussurrou no ouvido dele. Edward mordeu com tanta força os lábios inferiores que chegou a sangrar por dentro.

 

A loira sorriu orgulhosa ao ver o efeito que estava causando em Edward e imediatamente o cheiro inebriante do seu sangue adentrou-lhe as narinas.

 

- Sabe...os seus beijos me deixam louca! – informou hipnotizando com o olhar.

 

- Sério?! – Edward não conseguia se controlar. Não era a Jane quem queria, mas de alguma forma ela parecia uma boa opção naquele momento.

 

- Sério?! – informou no mesmo tom de voz empolgado de Edward.

 

Jane o tomou a boca para um beijo sufocante que a fez sentir uma sensação agradável e única. O sabor doce do sangue de Edward invadia-lhe a boca, e ela teve que se segurar para não cravar suas presas na jugular dele na frente de tanta gente.

 

- Nossa... – disse arfante após desgrudar os lábios.

 

- Nossa... – Edward pode sentir o mesmo.

 

- Você quer mais? – ele só balançou a cabeça como uma marionete. – Vem comigo! – pediu o puxando pela mão.

 

- Edward! – Bella gritou em vão. – Não!

 

As dores que Bella sentia foram substituídas por uma grande impressão de prazer. Algo novo até então para a anja. Seu corpo parecia queimar e o ponto central vinha do seu ventre e espalhava-se rapidamente. Desnorteada, ria sozinha, mas já tinha forças para se levantar e seguir Jane e Edward.

 

A vampira passou com Edward pelo corredor que dava acesso a casa e entrou nesta. A intenção dela era perigosa! Ela não só desejava o sangue dele e sim tudo o que a podia oferecer. Era certo, Edward Cullen era bonito e muito atraente e nem uma vampira adulta como Jane Volturi resistia aos seus encantos.

 

A sala de estar da grande mansão de Jessica estava repleta de casais, que resolveram deixar de curtir a festa para fazer outras coisas. Jane subiu rapidamente a escada e entrou no primeiro cômodo que viu. Era um quarto simples e pelo visto não era de Jessica e nem de seus pais, mas tinha uma cama e estava vazio. Tudo o que ela precisava no momento.

 

Com a porta trancada, a vampira puxou a boca de Edward para a sua com força. Aquela agressividade toda não foi estranha a ele, que acatou sem hesitar. Estava sendo totalmente controlado pelo desejo e pelos poderes de Jane, ele não sabia disso, mas estava gostando do efeito que ela o causava.

 

Edward estava dominado, paralisado e completamente excitado!

 

Jane se espremeu contra ele o fazendo sentir a parede contra as costas. As mãos de Edward dançavam desordenadamente pelo corpo curvilíneo da loira que gemia descontroladamente. Ela enfiou uma das mãos por dentro da blusa dele e começou a apalpá-lo com necessidade, enquanto a outra passeava pelos cabelos acobreados, os despenteando ainda mais.

 

Os dedos frios dela queimaram sobre a pele alva Edward que arqueou ao sentir a diferença de temperatura entre os corpos.

 

Mordia o pescoço e ombro de Edward, lambendo vez ou outra as falsas feridas de suas dentadas. A boca de Jane cobria seu rosto de lábios, língua e dentes, as mãos o segurando com desajeitada pressão contra a parede de pedra, correndo ao mesmo tempo em todas as suas direções.

 

Ele passou as mãos pelas pernas de Jane, subindo pelo lado interno da coxa, fazendo com que o vestido subisse para que assim pudesse tocá-la. Com o pouco de controle que tinha passou a dominá-la, beijando-a o pescoço com certa agressividade, fazendo-a gemer baixinho, fazendo-a suspirar.

 

Os beijos, assim como os toques de ambos eram intensos e lascivos.

 

- Quero te mostrar uma coisa e acho que você vai gostar – disse Jane sussurrando enquanto beijava o lóbulo de Edward que inebriado suspirou pesado.

 

A loira voltou a brincar com a língua pelo pescoço dele, descendo e subindo vagarosamente de volta ao seu ouvido.

 

- Não tenho a menor dúvida sobre isso! – alegou arfante se sentido cada vez mais quente com os toques da loira pelo seu corpo.

 

A vampira riu de satisfação e arranhou com vontade as costas de Edward que urrou de prazer.

 

- Vou ser cuidadosa, eu prometo – Edward fitou os olhos da loira e se perdeu naquela negrura.

 

- Não me importo – não sabia mais o que dizer, seu corpo clamava por ela urgentemente. Jane deu um último beijo na boca avermelhada dele e deslizou os lábios para o seu pescoço de pele alva e quente e cravou sem compaixão suas presas nele.

 

O sangue de Edward escaldou na boca de Jane. Ele gritou de dor, mas logo esta foi substituída por leves espasmos que já percorriam toda a extensão do seu corpo e por um júbilo imensurável que a fez gemer.

 

A saliva de Jane o deixou em êxtase, assim que caiu na sua corrente sanguínea. Edward tremia e sentia-se cada vez mais quente.

 

Bella que subia as escadas com certa dificuldade por sentir o mesmo que seu protegido, não sabia o que fazer para salvar este.

 

Como posso sentir o mesmo que ele? Essa ligação está nos prejudicando!

 

Martirizava-se enquanto subia.

 

- Bella! – a anja se assustou ao ver Mike Newton a sua frente. Estava tão dispersa que nem o reparou no hall que dava acesso aos quartos.

 

- Oie Mike – respondeu arfante.

 

- Aconteceu alguma coisa? – inquiriu o loiro preocupado ao vê-la tão pálida.

 

- Sim aconteceu... digo não aconteceu ainda – confusa ela não sabia o que dizer.

 

- Bella você não está bem! – constatou Mike a analisando meticulosamente.

 

- Mike eu preciso achar Edward! – informou. – Sabe onde ele está? – Mike fechou a cara triste com a pergunta de Bella.

 

- Sim eu sei – a respondeu ríspido.

 

- Onde ele está Mike? – Bella chegou a gritar.

 

- Em um dos quartos com a Jane, acho que no último – disse fazendo pouco caso.

 

- Preciso falar com ele – ela já se sentia nauseada.

 

- Acho que não é uma boa ideia – alegou Mike.

 

- E por que não? – interpelou se escorando na parede.

 

- Bella, o Edward e a Jane estão dentro de um quarto sozinhos, isso já não diz muita coisa para você? – perguntou como se fosse óbvio.

 

- Não, não diz nada! – alterou-se. – Eu preciso e tenho que falar com ele, agora! – forçou a voz e o encarou.

 

- Ok, não está mais aqui quem falou – Mike levantou as mãos se rendendo. – Último quarto que eles estão – apontou. – Depois não diga que não avisei! – alertou.

 

- Obrigada Mike! – a anja agradeceu rumando para a porta. Olhou para trás e viu que Mike não estava mais no corredor. Melhor assim, pensou se preparando para o que estava por vir.

 

Edward apertava com força cada parte do corpo de Jane, enquanto esta se deleitava com o sangue que fervilhava na sua boca. Soltou um gemido ao sentir que a vampira fazia mais pressão no seu pescoço. Arrepiou-se e gemeu mais alto quando ela enfiou-lhe a mão por dentro do jeans. As cariciais tomavam a proporção desejada pela vampira, que em pouco tempo uniria o prazer de tomar sangue humano com o carnal.

 

Os batimentos cardíacos dele começaram a acelerar mais, sua respiração falhava a toda hora e as vistas turvas o impedia de enxergar nitidamente.

 

Jane parou ao notar que Edward desmaiaria de fraqueza. A pretensão dela não era matá-lo, muito pelo contrário a loira o ansiava transformar. E aquela noite a pareceu uma ótima oportunidade para por seu plano em prática.

 

- Edward – Jane o chamou e o fez abrir os olhos assustado. – Tudo bem, eu vou cuidar de você – ele soltou um sorriso fraco e ela o carregou até a cama o deitando. – Agora eu quero que você preste muita atenção no que vou dizer – pediu.

 

As pálpebras de Edward insistiam em fechar, mas se esforçou ao máximo para mantê-las abertas e olhar para Jane, que agora estava acima dele.

 

- Não quero você fraco desse jeito – disse. A voz melódica dela soou como música para os ouvidos de Edward que sorria abobado para a vampira.

 

Ele parecia drogado. E a velocidade com que a substância venenosa, que o daria a imortalidade, corria por suas veias era absurda.

 

- Beba – a vampira fez um pequeno talho no pulso com a unha e o ofereceu.

 

Seu olhar, verde esmeralda, expressou um misto de confusão e dúvida e ao ver isso, Jane pousou o pulso escarlate nos lábios dele.

 

A reação de Edward foi virar o rosto antes que ela o encostasse os lábios, porém seus reflexos o traíram.

 

- Sinta como é bom – murmurava no ouvido dele.

 

A princípio o gosto azedo o deixou enojado, mas depois que este chegou à sua corrente sangüínea, sua temperatura corporal se elevou afetando todos seus órgãos. Ela suava, arfava e se contraia involuntariamente, mas não soltava o pulso da vampira.

 

Ao observar que a porta estava trancada por dentro, Bella não se fez de rogada e meteu o pé nesta escancarando-a na hora. Estava fraca, isso era um fato. Tinha uma ligação mental com o seu protegido, isso era outro fato, mas acima de tudo era um ente puramente espiritual, dotado de personalidade própria, superior ao homem e aos demais seres terrenos. Era uma anja! Virtuosa, sábia, bondosa, forte e guerreira.

 

Não pediu para ser um ser celestial, foi escolhida para esse cargo e com o tempo aprendeu a valorar cada dom que lhe foi concedido.

 

Sua missão era proteger a pessoa para qual foi designada e isto estava acima de tudo e de todos!

 

E mesmo sem força física para enfrentar uma vampira adulta, ela estava lá, por ele, só por ele. Porque Edward Masen Cullen era o único que importava para ela, naquele momento.

 

O som estrondoso da porta chamou a atenção de Jane e Edward, que mesmo débil, queria saber quem incomodava o seu momento impar de puro êxtase.

 

- Bella! – a reconheceu, mesmo só enxergando vultos.

 

- Edward – Bella ficou sem ação ao vê-lo deitado na cama com sangue na boca e suspirando pesado.

 

- Fique quieto – ordenou Jane e ele obedeceu. – O que você quer e quem é você? – a vampira se levantou da cama impiedosa.

 

- O que você quer com ele? – Bella ignorou a pergunta da vampira.

 

- Humana imprestável – em um movimento rápido Jane grudou Bella na parede agarrando sua jugular. – Você vai ser o lanchinho, já que com ele eu não posso terminar o serviço!

 

- Me largue, ou... – pediu Bella calmamente.

 

- Ou o que? – a vampira gargalhou com escárnio. – Você vai me matar? – zombou apertando mais o pescoço dela fazendo-a sangra. O sangue de Bella a molhava a blusa e ao ver aquele líquido, que dava vida a sua espécie, Jane lambeu os lábios com gosto.

 

- Infelizmente ainda não recebi ordem para tal ato, mas em breve eu pretendo mandá-la para um lugar digno da sua espécie – comunicou.

 

- E qual lugar seria esse, posso saber? – Jane se divertia com o atrevimento de Bella.

 

Para a vampira, Bella não passava de uma humana. Contudo, esta não sabia que o amuleto de cristal que Bella usava a permitia circular entre os vampiros sem ser reconhecida.

 

- O inferno! – a anja respondeu ao empurrar Jane, que bateu na parede do quarto e afundou. O chão tremeu nervosamente, e Bella calculou que aquele lugar não suportaria outros tremores como aqueles.

 

- Quem é você? – inquiriu Jane tirando alguns tijolos de cima do corpo e limpando a roupa.

 

- Sou o anjo da guarda de Edward – informou.

 

- Anjo... – a loira jogou a cabeça para trás de soltou uma gargalhada gutural. – ...da guarda? – quando voltou a mirar Bella os olhos de Jane estavam vermelhos de ódio. – Você não devia guardá-lo? Não a vi por aqui quando sorvia o néctar que pulsa nas veias de Edward até quase a última gota!

 

- Reverta! – exigiu Bella colérica.

 

- Reverter? – retrucou Jane. – Em que mundo você vive? – caminhou vagarosamente até a anja fixando seus olhos vermelhos nos olhos cor de chocolate dela. – Eu posso até reverter, mesmo porque ainda está no começo da transformação – a vampira olhou para Edward que contemplava o teto atônito. – Veja? – Bella o fitou e sentiu raiva de si por não ter chego a tempo. – Ele está em transe, nem nos escuta – aduziu. - Eu não vou reverter – confessou. – O seu sangue real não pode mais salvá-lo e daqui a três dias ele será um de nós – sorriu com ironia.

 

- Não! – bradou Bella. – Ele não será um de vocês! – avisou.

 

- Não?! E o que você vai fazer? Matá-lo para cortar o mal pela raiz?– Jane a deu as costas e se sentou ao lado de Edward na cama.

 

- Eu devia ter deixado Rosalie matar-lhe no meio da pista de dança – lamentou-se ao se lembrar de como Rosalie ficou irritada ao encontrar Jane com Emmett na pista de dança. Se soubesse que tudo aquilo fosse acontecer, com seu protegido, teria deixado a anja acabar com Jane!

 

- Quem é Rosalie? – Jane arqueou uma das sobrancelhas. – Ah sim – mordeu os lábios inferiores ao se atentar. – Suponho que Rosalie seja a loira que tirou a força Emmett McCarty Cullen de perto de mim – afirmou. – Vocês não perdem tempo! Quem está protegendo a garota? – perguntou curiosa.

 

- Reverta, não vou falar novamente! – enfureceu-se Bella, que podia escutar muito bem as batidas do coração de Edward. E isto era um bom sinal. Um sinal, de que a transformação podia ser revertida.

 

- O sangue dele já está viciado e uma reversão agora o mataria – argumentou.

 

- Você sabe que não o mataria, faça a reversão - exigiu mais uma vez.

 

- Assim como você que tem a missão de protegê-lo – apontou Edward. – Eu tenho a missão de transformá-lo. E convenhamos você não cumpriu com êxito a sua tarefa! – zombou Jane.

 

Era difícil uma anja perder a cabeça, mas Jane conseguia tirar a paciência de qualquer um na face da terra. De um átimo, Bella agarrou a vampira pelo pescoço tirando-a da cama, próximo a Edward, e a imprensou com violência no concreto.

 

- Você vai ter o que merece por não me escutar! – anunciou Bella exasperada.

 

De imediato, as presas de Jane apareceram e suas unhas cresceram.

 

Uma briga de titãs estava prestes a acontecer!

 

Jane agarrou com precisão o alvo pescoço de Bella e cravou com tudo suas garras nele. A anja gritou, mas permaneceu firme encarando-a nos olhos. Agora uma segurava o pescoço da outra e como não podiam sufocar, ficar daquele jeito tornava-se um desperdício de tempo.

 

O primeiro golpe, quem deu foi a vampira que estava acima de Bella, que a segurava pela jugular, e aproveitou tal vantagem para dar-lhe uma joelhada no abdômen. O impacto, fez com que Bella voasse longe a soltando. Mais um estrondo e mais uma parede prejudicada pela força usada na luta.

 

Livre, agora das mãos da anja, a vampira se apressou em atacá-la, enquanto esta estava de guarda baixa.

 

Quando Jane segurou o braço de Bella, não esperava que esta reagisse rapidamente. Na mesma hora, a anja, se tele transportou com a loira para o meio da floresta de Forks e a arremessou ao reparar a confusão desta, com a mudança de cenário.

 

Algumas árvores tombaram com o peso do corpo de Jane assustando alguns animais e pássaros que ressonavam tranquilamente naquela noite fria, porém a briga só estava começando e estes podiam esperar muito mais do que árvores tombadas.

 

As magníficas asas de Bella brotaram das suas costas revelando a sua verdadeira identidade. Jane espantou-se ao ver o tamanho delas, a vampira já tinha ouvido falar dos anjos, mas aquela era a primeira vez que topava com um.

 

Elas se encaram por certo tempo. Jane jogou os cabelos para trás e se curvou com as suas presas agora visíveis e olhos cor de sangue. As asas de Bella pareciam ter vida própria ao se mover. O silêncio sepulcral mantinha o clima mais tenso; entre os dois seres sobrenaturais.

 

Uma esperava o movimento da outra, mas o único movimento que ouviam era das asas de Bella batendo as suas costas. Cansada, Jane se adiantou e passou direto quando Bella voou e a agarrou pelos braços lançando-a impiedosamente no chão de terra abrindo uma cratera neste.

 

Jane, que já estava tomada pela ira, ergueu-se do solo e como se fosse uma felina deu um salto derrubando Bella no chão.

 

- Você gosta de voar? – perguntou rosnando ao arrancar algumas penas das asas da anja.

 

Bella travou o grito de dor que soltaria e golpeou o outro braço de Jane o deslocando.

 

- Sua cretina! – Jane já de pé colocava o braço no lugar.

 

Para garantir sua sobrevivência, Bella precisava mais do que golpear a vampira. Com um movimento quase imperceptível uma arma surge à mão. Agora estava armada e pronta para o combate.

 

Aquele simples metal não assustou Jane que voltou a desferir golpes precisos em Bella que se esquivava. A espada de Bella, apenas passava de raspão pela pele de Jane que logo cicatrizava.

 

Depois de uma série de golpes mal sucedidos a vampira, ela consegue cravar a espada no ombro direito de Jane que grunhiu ao sentir a lâmina afiada.

 

Jane travou com a mão a lâmina que Bella fincara no seu ombro, e a golpeou no peito com o braço esquerdo. Bella foi arremessada contra uma robusta árvore, provocando um grande barulho.

 

Já em cima da anja, com a mão direita, Jane usa as próprias garras para golpear o corpo de Bella. O golpe não a feriu como deveria, pois o braço direito dela havia perdido certa parte da força devido ao ferimento.

 

 

Evanescence - Traga-me Para a Vida (N/a: Escutem a música! Letra da música em negrito!)

 

 

Ao lembrar-se de Edward, decidiu por um fim naquela luta. Como não tinha ordens expressas para matar Jane, Bella resolveu mandá-la passear por alguns dias sem a memória por qualquer lugar a quilômetros de Forks.

 

Quando a vampira adiantou-se para atacá-la, Bella passou a mão no pescoço que sangrava e tocou a testa de Jane, falando rapidamente e em uma língua desconhecida pela loira e como em um passe de mágicas, ela desapareceu.

 

 

Como você pode ver dentro dos meus olhos como portas abertas

Direcionando você até meu interior

Onde me tornei tão entorpecida sem uma alma

Meu espírito dorme em algum lugar frio

Até que você o encontre e o leve de volta pra casa

 

 

(Acorde-me) Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar) Acorde-me por dentro

(Salve-me) Chame meu nome e salve-me da escuridão

(Acorde-me) Faça meu sangue correr

(Eu não consigo acordar) Antes que eu me desfaça

(Salve-me) Salve-me do nada que eu me tornei

 

 

Bella voltou para o quarto e encontrou Edward na cama se contorcendo de dor. Sentia tanto ódio de Jane por fazer mal ao seu protegido que nem sentiu uma única vez, a dor que este sentia com a transformação. Porém, agora que estava livre da vampira, tudo que perturbava Edward, perturbava-a também.

 

“O seu sangue real não pode mais salvá-lo e daqui a três dias ele será um de nós.”

 

Aquelas palavras não saiam da cabeça de Bella, enervando–a.

 

Isso não vai acontecer, disse para si.

 

Sentou ao lado do seu protegido e o puxou para si, pousando sua cabeça no seu colo. Ele ainda respirava com dificuldade e se contorcia muito. Uma lágrima escorreu pelo rosto angelical de Bella ao assistir a sua morte.

 

- Bella... – a voz dele saia arrastada. – Bella, por favor... – ela secou com a palma da mão sua testa suada e depositou um doce beijo.

 

- Hey, eu estou aqui! – disse sem poder se controlar. As lágrimas já tomavam um rumo incomum no seu rosto de menina.

 

- Eu vou morrer Bella... – ele estava assolado pelo medo.

 

- Você não vai morrer...

 

 

Agora que eu sei o que me falta

Você não pode simplesmente me deixar

Dê-me fôlego e me faça real

Traga-me para vida

 

 

(Acorde-me) Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar) Acorde-me por dentro

(Salve-me) Chame meu nome e salve-me da escuridão

(Acorde-me) Faça meu sangue correr

(Eu não consigo acordar) Antes que eu me desfaça

(Salve-me) Salve-me do nada que eu me tornei

 

 

A voz dela se perdeu quando Edward foi acometido por uma dor fulgurante. Fortes fisgadas espalhavam-se por sua lombar, pernas e braços. Suas veias se dilatavam com a força que o sangue da vampira empregava no corpo humano dele. Sua vida se exauria aos poucos e lentamente. Cada dor era sentida por Bella, que se matinha firme ao lado de Edward o fitando intensamente nos olhos.

 

“O seu sangue real não pode mais salvá-lo e daqui a três dias ele será um de nós.”

 

Novamente as palavras de Jane lhe tomaram.

 

O sangue real, como a vampira referiu o sangue de Bella. Era chamado assim por conter a primazia da vida. A origem de tudo estava no sangue de um anjo que era tão puro quanto daquele que o criou. Ele era incontestável, inocente, virginal e imaculado.

 

 

Traga-me para a vida

Eu tenho vivido uma mentira. Não há nada por dentro

Traga-me para a vida

 

 

Congelada por dentro, sem seu toque, sem seu amor

Querido, somente você é a vida entre os mortos

 

 

Ela endireitou Edward para que se sentasse, e pensou se era certo fazer aquilo. Segurou a cabeça dele que matinha os olhos fechados e encostou seu pescoço que sangrava nos lábios dele.

 

Mas nada aconteceu! Edward estava tão fraco que só fazia murmurar de dor. Fez sua espada ressurgir e cortou o próprio pescoço o suficiente para que emanasse mais sangue.

 

Talvez aquela atitude desesperada o despertasse?!

 

Voltou a encostar mais uma vez seu pescoço aos lábios dele, que permaneceu imóvel.

 

- Beba Edward – suplicou. – Faça isso por você, por mim...

 

O sangue que escorria incessantemente pela ferida tocou os lábios dele o fazendo acordar. Bella sentiu uma leve lambida e suspirou aliviada ao ver que ele estava reagindo.

 

- Vamos, beba! – agora ela exigia fazendo pressão na cabeça dele.

 

- Eu não posso...

 

Tentava fugir, mas Bella o impedia.

 

- Faça!

 

O sangue dela já formigava na boca dele.

 

- Não me faça perder essa batalha! – implorou aos sussurros.

 

Edward passou um dos braços pela cintura de Bella e com a mão livre segurou-lhe o pescoço o virando. E assim como pediu, ele sugou se aprazando com o sabor delicioso daquele líquido na sua boca.

 

 

Todo esse tempo, não posso acreditar que não pude ver

Mantido na escuridão, mas você estava lá na minha frente

Eu estive dormindo há mil anos

Tenho que abrir meus olhos para tudo

Sem um pensamento, sem uma voz, sem uma alma

Não me deixe morrer aqui, deve haver algo mais

Traga-me para vida

 

 

À medida que ele sorvia-lhe o sangue, Bella gemia e suspirava. Os arrepios que sentia por toda espinha a fazia arquear. Abraçado a ela, Edward parecia não se importar com nada que esta sentia. Ele só acatava as ordens dela, que o pedia para não parar enquanto não se sentisse fraca.

 

 

(Acorde-me) Acorde-me por dentro

(Eu não consigo acordar) Acorde-me por dentro

(Salve-me) Chame meu nome e salve-me da escuridão

(Acorde-me) Faça meu sangue correr

(Eu não consigo acordar) Antes que eu me desfaça

(Salve-me) Salve-me do nada que eu me tornei

 

 

Traga-me para a vida

Eu tenho vivido uma mentira. Não há nada por dentro

Traga-me para a vida


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Notas finais do capítulo

N/a: NÃO DEIXEM DE COMENTAR OKS?! NEM QUE SEJA PARA DIZER QUE ESTÁ HORRÍVEL E DESCULPEM A DEMORA PARA POSTAR!

Beijos Nina Alves

PS: Edward não tem presas pq ainda não se transformou, então ele só sugou mesmo o sangue da Bella!

PS: DESCULPEM OS ERROS DE PORTUGUÊS, NÃO TIVE TEMPO DE REVISAR. DEPOIS EU FAÇO E REPOSTO O CAPÍTULO!