Amor De Família escrita por Gab FerCosta


Capítulo 134
Capítulo 133-Despertando/ Perdões




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Mary Alice Brandon

Acordei e tinha dores por todo o meu corpo, olhei para o lado e vi Emmett.

–Emm…

Ele me olhou e se aproximou.

–Baixinha, que bom que acordou. –Ele disse.

–Onde estamos? –Perguntei.

–No hospital. –Ele respondeu.

–O que aconteceu?

–Espera, eu vou chamar os outros. –Ele disse e saiu do quarto.

Alguns minutos depois, Emmett entra junto com Carlisle, minha tia, Bella, Edward e Rosalie.

–Allie. –Bella se aproximou e pegou na minha mão. –Que bom que acordou.

–O que aconteceu? –Perguntei.

Bella me olhou.

–Do que você se lembra?

–Lembro de vocês chegando naquele lugar, e Carmen nos colocando pra fora, e ela me jogou no chão, depois disso eu não me lembro de mais nada. –Disse.

–Depois que você desmaiou, Esme e Carlisle chegaram e Carmen só piorou. Ela perdeu o juízo, queria se vingar da minha mãe e do Carlisle, matando eu, Edward, Emm e Rose, ela iria jogar uma granada na gente. –Bella disse.

–E o que aconteceu? Como conseguiram escapar? –Perguntei.

Bella respirou fundo.

–Meu pai e Renée nos salvaram. –Ela disse.

–O que? Eles estão mortos, Bella. –Disse.

–Pode ser inacreditável Allie, mas o fantasma deles apareceram, diante de todos nós e nos salvou. –Emmett disse.

–Estão falando sério?

Eles assentiram.

–Meu Deus, que coisa. E o que aconteceu com a Carmen?

–Eles a mataram, queimaram os seus olhos e ela não sobreviveu. –Emmett disse.

–Meu Deus, os fantasmas do tio Charlie e Renée mataram a Carmen? –Perguntei.

Bella assentiu.

–Sim.

–Eu me lembro da Tanya lá, deve ter sido horrível pra ela.

–Kate e Irina também estavam, apareceram com minha mãe e Carlisle, e viram a mãe morrer. –Bella disse.

–Como elas estão? –Perguntei.

–Péssimas, elas perderam a mãe. –Rose respondeu.

Assenti.

Carlisle se aproximou e pegou na minha mão.

–Como se sente, Alice?

–Sentindo um pouco de dor, mas eu vou ficar bem.

–O que aconteceu naquele dia, Alice? –Tia Esme perguntou.

Respirei fundo.

–Jazz e eu fomos até a farmácia comprar o remédio pra febre para a Melissa, quando estávamos indo embora, fomos encurralados por um carro, uma pessoa, que não dava para identificar nem se era homem ou mulher, saiu do carro e me obrigou a entrar, apontando a arma pra mim, eu entrei, e quando Jasper se aproximou com a moto, meu seqüestrador deu a ré e o atropelou, eu só o vi caindo da moto desmaiado, de repente aquele seqüestrador tirou a touca e vi que era a Carmen, ela me levou dali e começou uma seção de tortura. –Disse.

–É, ela nos mandou um vídeo. –Emmett disse.

Olhei para eles.

–Gente, onde está o Jasper? Por que ele não está aqui? –Perguntei.

Eles se entreolharam.

–Ele ta bem? –Perguntei.

–Allie…

–Bella, o que aconteceu com o Jasper? –Perguntei, ficando desesperada.

–Allie, quando Carmen atropelou o Jasper, ele bateu a cabeça muito forte e teve um traumatismo craniano e entrou em coma. –Edward disse.

Levei as mãos a boca.

–Não! –Comecei a chorar.

–Calma Allie, Jasper vai ficar bem. –Minha tia disse.

–Eu quero vê-lo. –Disse.

–Você vai ver. Jasper está internado em Chicago, você só terá que ficar mais alguns dias aqui e logo voltaremos todos para Chicago. –Carlisle disse.

Fechei meus olhos e comecei a chorar, eu não sei o que seria de mim se eu perder o Jasper.

Dois dias depois…

Finalmente eu iria embora desse lugar, eu não via a hora de voltar para Chicago, queria ver o Jasper.

–Allie.

Me virei, dando de cara com a Bella.

–Oi Bella. –Disse.

Ela se aproximou de mim.

–Está pronta para voltar pra casa? –Ela perguntou.

–Prontíssima. Eu quero ver o Jazz. –Disse.

Ela sorriu.

–Vai ver prima, vai ver. –Ela disse.

Sorri.

–Vamos? Estão todos te esperando, minha mãe já assinou a sua alta. –Bella disse.

–Vamos.

Saímos do quarto, de encontro a nossa família, agora era só mais algumas horas para eu estar em casa.

***

Assim que cheguei a Chicago, eu quis ir para o hospital visitar meu amor, Carlisle não se manifestou. Levou-me para o hospital e os outros foram embora.

Carlisle me acompanhou até a porta do quarto.

–Entre, acho que você merece ficar sozinha com ele. –Ele disse.

Sorri.

–Obrigada, Carlisle. –Agradeci.

–De nada. Eu vou embora para te dar mais tempo com ele, aqui. –Ele me entregou uma nota de 200 dólares. –Pegue um taxi.

Assenti.

–Ta, obrigada.

Ele me deu um beijo na testa e entrei no quarto.

Ver o corpo do meu namorado ali, imóvel, foi a pior coisa do mundo, eu me senti péssima, queria seus olhos azuis me olhando, dando aquele sorriso safado que ele tinha ao me ver e os braços abertos pra mim.

Me aproximei da cama e toquei seu rosto.

–Amor. –Depositei um beijo em seus lábios. –Jazz, não faça isso comigo meu amor, você não pode ficar assim, você tem que voltar pra mim, por favor.

Não havia resposta, ele continuava ali, sem se mexer.

–Jazz, por favor, você tem que acordar, temos que terminar a faculdade, nos casar, ter filhos. –Peguei em sua mão. –Eu prometo, que se você acordar, eu me caso com você, virarei sua esposa, mas você tem que acordar.

O olhei.

–Jazz…

Deitei minha cabeça em seu peito e chorei litros. Algum tempo depois, quando eu estava quase dormindo, senti uma mão nas minhas costas.

–Alice…

Levantei meu rosto.

–Jasper.

PDV Narrador

Esme estava com sua filha Anne no colo, Allan ainda dormia profundamente, junto com Melissa e Henry. Seus filhos estavam dormindo, e Alice estava no hospital com Carlisle.

–Oh meu amor. –Ela deu-lhe um beijo na bochecha. –Espero que você não viva o que seus irmãos viveram.

A bebezinha de quase um ano sorriu para a mãe, Esme sorriu de volta.

Esme olhou para a porta, ao ver seu marido entrando. Anne sorriu ao vê-lo.

–O papai chegou, querida. –Esme disse.

Carlisle se aproximou.

–Oi filha. –Ele deu um beijo na testa da filha e um selinho na esposa. –Oi.

–Oi, e a Alice? –Esme perguntou, pela sobrinha.

–A deixei no quarto do Jasper, é melhor ela passar um tempo com ele, dei-lhe dinheiro para pegar uma taxi. –Carlisle respondeu.

Esme assentiu.

–E os meninos? –Ele perguntou.

–Dormindo. Foram longos dias. –Esme respondeu.

–É, tenho que concordar.

Esme olhou para o marido.

–Já conseguiu processar a aparição de Charlie e Renée? –Ela perguntou.

Ele negou.

–Não, ainda parece mentira. –Ele a olhou. –Se eles podiam aparecer, por que não apareceram antes?

–Por que foi uma necessidade, os filhos deles estavam prestes a morrer. –Esme disse.

–Eles nos pediram perdão. –Carlisle disse.

Esme assentiu.

–Eu me lembro. Carlisle você sabe que eu sou muito religiosa. –Esme disse.

Carlisle assentiu.

–Sim, por quê? Ta achando alguma coisa?

–Bom, talvez eles estejam procurando a paz, e precisam do nosso perdão.

–Acha que não os perdoamos?

–Eles nos fizeram sofrer, os meninos conseguiram perdoar, isso é notável, mas ainda temos que fazer isso. –Esme disse.

Carlisle assentiu, concordando com sua amada.

–Vamos para Forks. –Carlisle disse.

Sua esposa o olhou.

–O que?

–Vamos para Forks visitar o túmulo deles. –Carlisle disse.

–Agora?

Ele assentiu.

–Sim, vamos pegar um avião agora mesmo, não precisa levar nada, nós voltaremos hoje mesmo. –Ele disse.

Esme assentiu.

–Tudo bem. –Esme se levantou. –Eu vou colocar a Anne no berço.

–Ta.

Esme subiu com sua filha e a colocou no berço, deu-lhe um beijou na testa, e outro em Allan, olhou para os outros dois bebês dormindo e saiu do quarto, ela foi até seu quarto, pegou sua bolsa e documentos, saiu do quarto e foi até o quarto de Edward e Bella, que dormiam abraçados, ela fechou a porta e foi até o quarto do seu filho, que também dormia tranquilamente abraçado a Rosalie.

Esme fechou a porta e desceu.

–Vamos?

Carlisle assentiu.

–Vamos, antes que todos acordem. –Carlisle disse.

Carlisle e Esme foram direto para o aeroporto, pegar um vôo rumo à Forks.

***

Esme e Carlisle chegaram a cidade em que eles viveram a vida inteira.

–Sente saudades daqui? –Esme perguntou.

Carlisle sorriu.

–Sim, eu nasci aqui. Mas estou feliz em Chicago. –Ele disse e a beijou.

Carlisle e Esme seguiram para o cemitério.

Eles chegaram ao cemitério vazio de Forks.

Carlisle respirou fundo.

–Tudo bem, eu vou até o túmulo da Renée. –Ele disse.

Esme assentiu.

–Ok.

Carlisle seguiu para o túmulo da Renée, Esme respirou fundo e foi para o túmulo do seu falecido marido.

Ela parou em frente ao túmulo do seu falecido marido, e tocou na sua foto.

–É Charlie, estou aqui, depois da sua aparição, salvando os nossos filhos. Eu vim até aqui, para dizer que apesar de tudo, de tudo o que aconteceu e tudo o que me fez, eu te perdôo. –Esme disse, entre lágrimas nos olhos.

–Eu te agradeço, Esme.

Ela virou-se, dando de cara com seu marido.

–Charlie.

Ele sorriu.

–Oi.

Esme cruzou seus braços.

–Agora você aparece muito.

Ele sorriu.

–Você tem toda a razão, Renée e eu não tivemos a paz, mas ao salvar nossos filhos, adquirimos o perdão deles, mas você e o Carlisle…

–Tente entender Charlie, Carlisle e eu fomos muito magoados, é difícil pra gente. –Esme disse.

Charlie assentiu.

–Eu sei, deveríamos ter sido sinceros com vocês, Renée e eu nos apaixonamos e queríamos viver esse amor, mas quando fomos por esse caminho, acabamos assim.

Esme assentiu.

–Tudo bem Charlie, acho que eu já sei de tudo sobre o que aconteceu, estou feliz com Carlisle, eu o amo muito, só quero que você e a Renée tenham paz, estou perdoando vocês.

Charlie sorriu e se aproximou de mim, Charlie me deu um selinho.

–Eu te amei muito Esme, mas tenho que admitir que Carlisle é um marido pra você, melhor do que eu já fui. –Charlie disse.

Esme sorriu.

–Você foi um bom pai, Emm e Bella têm orgulho de você. –Esme disse.

Charlie sorriu.

–Obrigado por me perdoar. –Ele agradeceu.

–De nada.

–Vem, vamos, Renée está com Carlisle. –Charlie disse.

Charlie e Esme foram de encontro aos seus amados.

Carlisle respirou fundo ao olhar para o túmulo da falecida esposa.

–Você por aqui.

Carlisle olhou para o lado e viu a imagem da sua falecida esposa.

–Jamais imaginei te ver de novo, não depois do acidente. –Carlisle disse.

Renée riu.

–Mesmo eu tendo te enganado, você fez de tudo para me salvar. –Ela disse.

–Era o meu trabalho Renée, fiz um juramento, você ainda era minha esposa e mãe dos meus filhos. –Carlisle disse.

–Perdoe-me Carlisle, por tudo. Não me arrependo de ter amado o Charlie, mas me arrependo de ter de enganado, ter deixado você e as crianças, ter incentivado Charlie a te roubar. –Ela disse.

Carlisle sorriu.

–Está perdoada, Renée. –Ele disse.

Ela sorriu, se aproximou dele e o beijou.

–Obrigada, você é um ótimo homem.

Carlisle sorriu.

–Oi.

Eles olharam para o lado e vimos Charlie e Esme.

–Oi, querido. –Renée disse e olhou para a Esme. –Olá Esme.

–Oi Renée.

–Queria pedir desculpas, por ter roubado seu marido.

Esme sorriu.

–Está perdoada, você ficou com o meu marido e eu fiquei com o seu. –Esme disse.

Renée riu.

–Essa foi boa. Meu amor, não tem nada à dizer para o Carl?

Charlie olhou para o Carlisle.

–Me perdoe Carlisle, eu errei muito com você. –Charlie disse.

Carlisle sorriu.

–Também está perdoado Charlie.

Renée foi para o lado de Charlie e Esme foi para o lado de Carlisle.

–Muito obrigada por terem nos perdoado, vocês nos libertaram. –Charlie disse.

–Espero que agora vocês tenham paz. –Esme disse.

–Cuidem dos nossos garotos, dos nossos queridos netos…

–E dos pequenos Allan e Anne. –Charlie completou.

–E dos próximos. –Renée olhou para a barriga da Esme.

–Adeus. –Charlie disse.

–Adeus. –Renée disse.

–Adeus. –Carlisle e Esme disseram.

Renée e Charlie deram as mãos e subiram no ar.

Esme e Carlisle se olharam.

–Espero que agora eles tenham paz mesmo. –Carlisle disse.

Esme sorriu.

–Estou me sentindo bem melhor por tê-los perdoado. –Esme disse.

–Eu também. –Carlisle disse, ficando a frente de sua esposa. –Eu amo você.

Esme sorriu.

–Eu também amo você. –Ela disse.

Carlisle a prensou em um túmulo e a beijou.

–Carl… estamos em um cemitério. –Esme disse, ofegante.

–E daí? Não tem lugar para amar você. –Carlisle disse.

Não resistindo mais a esse grande amor da sua vida, se entregaram ali mesmo, no cemitério, onde o espírito de seus antigos companheiros haviam estava há algum tempo atrás.


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