Zona Obscura escrita por Katyah


Capítulo 9
9º - White Bar


Notas iniciais do capítulo

Yo! Obrigado por acompanharem. Prestem muita atenção pois no capitulo de hoje vão conhecer alguém que vai ser muito importante na história. E claro, ficarão a conhecer a zona neutra da cidade, que basicamente é um dos poucos sítios seguros deste lugar. Boa leitura =)



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O sol brilhava. Adivinhava-se um dia bastante agradável e isso transmitia-se às pessoas que se aventuravam a sair de casa.

O mais recente Ferrari vermelho presente na Zona Obscura passa as fronteiras de Black. Cansada de conduzir e a sangrar Raven estava desesperada para chegar à zona neutra. Devido à noite anterior perdera mais de cinco horas.

O bar torna-se visível e a serial killer faz questão de acelerar.

O Ferrari é estacionado e ela dirige-se ao estabelecimento a coxear.

White* bar, mais conhecido por zona neutra, o único sitio em que não importava a vila a que se pertence.

Raven dirige-se ao balcão. Os clientes, seis a sete homens, observavam-na desconfiados. O rumor da sua presença e, especialmente, da sua rusga em Green já se espalhara.

Um rapaz com um fato de barman mete-se à sua frente com uma bandeja estendida. Ao ver a confusão estampada na cara da mulher ele acena para a placa da porta que dizia "Proibido armas". Ainda surpresa, Raven mete a pistola descarregada na bandeja. O barman continua a olhá-la.

– Facas.

Contrafeita ela deposita as armas também na bandeja.

– Eu quero falar com a Informadora. O Kadam da vila Green mandou-me.

Ignorando-a o rapaz vai-se embora.

– Oei! Estás a ouvir-me?!

Raven bate no balcão. Quem é que aquele puto pensava que era?

– Sabes que é feio bater assim no balcão? - Uma mulher aparece com os pés em cima da mesa vinda do nada.

– Quem és tu?

Os homens no bar murmuravam entre si.

– Senhores, silêncio por favor. O meu nome é Sam, mas podes tratar-me por Informadora.

– Tu és a tal Informadora?

– É o que dizem. O meu barman é o Kenji. É um jovem de poucas palavras.

– Eu sou...

– Raven, a mais temida serial killer da história e a mais nova inimiga de Green.

– Fazes jus à tua alcunha.

– Parece grave. Estás assim à quanto tempo?

– Como?

– Os ferimentos.

– Desde o inicio da madrugada.

A mulher levanta-se e vai até à arrecadação. Kenji cobra os cafés e as bebidas e manda os homens embora Ela volta com uma caixa de primeiros socorros.

– Despe as calças e puxa a camisola para cima.

Sam, a conhecida Informadora, era a dona do bar da zona neutra. Pouco se sabia acerca dela, na verdade ela é que sabia tudo de toda a gente. Instalara-se na Zona Obscura depois do antigo chefe supremo morrer, altura em que construíra o bar e aí ficara fazia agora cinco anos. Com ela trouxera Kenji, o seu fiel e misterioso empregado.

Raven faz o que lhe pedem.

– Parece que já conheceste a nossa noite. - Sorri Sam enquanto calçava umas luvas de latex.

– Da pior maneira.

– Não posso fazer muito por ti mas devo conseguir retirar a bala e coser essa facada. Kenji traz-me um copo de whisky.

– Eu não bebo em jejum.

Sam sorri e verte o conteúdo do copo gelado na ferida da bala.

Raven solta um grito de dor.

Com uma pinça e sempre a verter o álcool, a bala é retirada.

Uma linha é passada por uma agulha que vai entrando e saindo da carne enquanto a ferida no abdómen é fechada.

A porta do bar é aberta e uma mulher de cabelo branco entra sorrindo excitadamente.

– Eu sabia que era daqui que vinha uma grande onda de dor. Que maravilhoso!

– Agora não Heiki. - Sam acaba de colocar a última compressa e retira as luvas.

– Que cruel Sam. Pensei que fossemos amigas.

– Depende do que me venhas pedir.

Heiki Hanyou era a traficante de armas mais conhecida da Zona Obscura. Comercializava armas para o exército mas devido a um pequeno acidente passara a ser procurada. Refugiou-se na cidade do crime onde abrira o seu negócio, que por motivos óbvios tem mais procura do que a água.

– Quem é a tua amiga? É pena não ter visto o sangue a escorrer enquanto cosias aquela linda ferida.

Perante a expressão de alerta de Raven, Kenji curva-se para ela e sussurra:

– Sádica.

Sam volta de ir lavar as mãos e meter fora as ligaduras e algodão ensanguentados.

– Informadora, disseram-me que podias ajudar-me. - Raven veste-se.

– O que precisas?

– Um sitio onde ficar e armas.

– Onde ficar posso arranjar, armas é com ela. - Sam aponta para Heiki.

– Fico contente por ter uma cliente nova, mas não faço fiados.

Raven retira um maço de notas do bolso e pousa-o em cima da mesa.

– De quantas armas precisas?

– Preciso apenas de munições para a minha pistola e uma arma nova.

Sam aproxima-se e retira cinco notas do maço enquanto passa um envelope à serial killer:

– Precisas que alguém te veja melhor esses ferimentos. O Kenji vai levar-te ao Dr. Incubo** e depois ao sitio onde podes ficar. - Levanta as notas e acena-as. - Ficarei com isto como pagamento.

Raven está para reclamar mas Kenji bate na janela. Já se encontrava encostado ao Ferrari.

A serial killer despede-se e pegando nas suas armas retira-se. Antes de sair vira-se pela última vez:

– Porquê Incubo?

– Depois verás. E entrega-lhe esse envelope.

– O que é?

Sam sorri e volta para a arrecadação.

Vendo que dali não tirava nada, Raven vai de vez embora.

– Sam, vais ajudá-la não vais? - Heiki dá um trago na sua bebida.

– Quem sabe.

– E quando é que me deixas ver o teu sangue?

– Quando me pagares as bebidas que me deves.

– Um dia mostrarás. Garanto-te.

*Branco

**Demónio que se alimenta de sexo.


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Notas finais do capítulo

Sam - http://1.bp.blogspot.com/-WVIMrcc_a_E/UTvAjg9ba2I/AAAAAAAAEDE/Ji_AArjlyng/s1600/Sam.png
Kenji - http://1.bp.blogspot.com/-VKuHERJqho8/UTvADiyZGBI/AAAAAAAAEC8/0KV_6ebw3nc/s1600/Kenji.jpg
Heiki Hanyou - http://book.sfacg.com/UploadPic/2010103150812813.jpg



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