Zona Obscura escrita por Katyah
Notas iniciais do capítulo
A verdadeira ameaça está cada vez mais perto e a cidade começa a preparar-se para o que lá vem...
A cidade encontrava-se mais agitada que o habitual. Com a propagação da noticia de um possível ataque a qualquer momento os cidadãos começaram a preparar-se para o pior. Repor alimentos, criar rotas de fuga e planos de evacuação para as crianças e arranjar armas, muitas armas. Como tal Heiki Hanyou estava mais concorrida que um supermercado em dia de promoções.
O telefone não parava de tocar. Até o seu armazém estava a ficar sem stock, coisa que nunca acontecera desde que se mudara para lá.
Numa pausa entre entregas Heiki pára num café para relaxar. O licor descia pela garganta aquecendo o seu interior e relaxando os seus músculos.
– Yo idiota.
Aquela voz particularmente conhecida puxa a traficante do seu momento.
– À quanto tempo Yoru. Desde aquele incidente que não te via.
– Bem sabes o porquê idiota. Não posso dar nas vistas.
– Nem pareces a Alice Yoru que conheço.
– Hum. - A serial killer senta-se grunhindo. - É verdade essa coisa da guerra?
– Parece que sim.
– Que idiotas. Desafiar Zona Obscura é como enfiarem uma granada na própria boca.
– Eles sabem o que fazem. - Soa uma voz também conhecida de trás delas. As três mulheres encaram-se no silêncio.
– Suzuki. - Rosna Alice.
Heiki observava no seu canto. Sabia que aquelas duas tinham assuntos por resolver e apesar de ser interessante vê-las a tentarem matar-se não queria ficar no meio.
– Não vim para lutar. Vamos ter muitas hipóteses para isso Yoru. - Afirma Karin puxando uma cadeira e sentando-se também. - Hanyou, que armas tens para mim?
– Depende do que quiseres. Isto está pobre. Até parece que entrei em liquidação total.
– Posso passar pelo teu armazém?
– À vontade. Mas hoje não.
– Tudo bem.
– Oi! Eu ainda estou aqui idiotas! - Reclama Alice sentindo-se ignorada.
Heiki levanta-se largando algumas moedas na mesa:
– Vou embora. Tenho muito que fazer. Não se matem na minha ausência. Seria um desperdício.
***
Grey era conhecida pelas típicas cerimónias do chá. É óbvio que não é algo que todos os moradores se dêem ao luxo de realizar mas de vez em quando até pessoas como Ken e Neah gostavam do sabor de um bom chá durante uma conversa, especialmente quando tinham visitas.
Infelizmente a visita que tinham no momento não era a mais apropriada para uma degustação de chá relaxante mas nem tudo pode ser perfeito.
Letty resmungava furiosa enquanto comia, ou melhor, devorava, a taça de biscoitos à sua frente. Estava zangada porque nos últimos tempos ninguém lhe dava atenção. Andavam todos cheios de segredos e metiam-na sempre de lado.
É claro que o casal de ladrões não tinha nada a ver com isso mas preferiram deixá-la desabafar ali para que não cometesse nenhuma loucura depois.
– Mas sabes, vem aí uma guerra Letty. - Tentava acalmar Ken. - O teu irmão deve andar ocupado por ter sido alguém importante. Ele já passou por uma guerra também.
– Pois mas e a Raven? Ela não tem nada com isso!
– Mas também não tem obrigação de ficar contigo. - Comenta Neah recebendo uma cotovelada desaprovadora do namorado.
E a conversa continua. Melhor dizendo, o monólogo. Raparigas mimadas são problemáticas.
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Vemo-nos entretanto =)