A Caixa da Perdição - Livro Tres escrita por Dreams


Capítulo 7
Chapter 7°




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Jake I.

Diferente de Cuóthar, Elandra não era uma grande cidade, se parecia mais com um vale em meio a duas grandes montanhas e no meio se passava um grande rio que serpenteava por toda cidade.

Luzes iluminavam penduradas nas portas das casas pequenas de madeiras, e no meio do rio, um grande poste com uma luz amarela iluminando tudo.

Perry pousou no rio, o casco pendeu para o lado, mas conseguiu pousar suavemente. O tal anjo, que no caso era uma “anja” ficou na frente do barco. Um grande portão de ferro impedia a passagem, com escrituras grandes que Jake desconhecerá.

–Abram o portão, sou a águia que desse pela montanha.

Instantaneamente os portões se abriram.

Guardas estavam em torres prostradas atrás do grande portão.

–Como está Lancaster? – Gritou um dos guardas de cabelos loiros.

–Melhor que você Brandy.

–Trouxe amigos?

–Conhecidos, avise ao mestre que preciso de ajuda e médicos de dragões.

–Espera, você tem um dragão?

Lancaster mostrou a Brandy, Cornelius, que estava ferido.

Brandy puxou uma corda, e em suas costas, longas asas de couro se abriram, e pequenos propulsores fizeram o garoto voar, seguindo para uma pequena casa que se encontrava no alto de uma encosta.

–Você, moça do cabelo bonito, venha comigo, e você garoto elétrico... Garoto mecânico, leve o barco até aquela abertura, os mecânicos vão te ajudar, o resto, fique naquela cabana perto da horta, vou lá há minutos, até eu chegar, não mexam em nada. – Disse Lancaster.

–Sim general. – Jake bateu continência, fazendo todos rirem.

Jake guiou Perry até a abertura, que era cheia de ferramentas, um parque de diversão para Jake.

Uma pequena legião de mini seres de cor azul marinho se aproximaram de Jake.

–O senhor quer ajuda? – Falaram muito rapidamente.

–Claro. – Sorriu Jake.

Todos pegaram ferramentas. Alguns subiam em Brown levando ele até a forja.

–Vamos até a cabana, se precisar de algo e só chamar. – Disse Davi.

–Pode deixar.

Jake pensou consigo mesmo, arregaçou as mangas e disse.

–Mãos a obra.

Davi I.

Entramos em uma pequena cabana, já era noite daquele dia. Davi ficava um tanto inquieto, pois sabiam que perderiam tempo, um precioso tempo, mas não tinha nada a se fazer, então decidiu descansar um pouco.

O garoto estava em puro tedio, horas olhando para o teto jogando sua chave para cima. Seguiu até a porta da cabana.

–Aonde você vai? – Questionou Peter.

–Cansei de ficar aqui, vou tomar um ar.

–Mas se a Lancaster vier. – Disse Helena.

–Diga que fui tomar um ar.

Davi se retirou, e avistou o grande lago sendo iluminada pela lua.

Aproximou-se até uma arvore, que ficava bem próxima ao lago que ligava a um grande rio que por si só ligava ao grande oceano.

Admirou sua grande chave, que chamava agora de inútil, pois não servia de nada. Dependia de sua espada de bronze celestial que Brown forjou no acampamento olimpiano. Não que ela seja uma má espada, mas não era aquilo que Davi queria, não era como a de Danilo, uma longa espada de ouro imperial que mudava para bronze celestial dependendo da intensidade da luta. Ela se encaixava perfeitamente na mão do amigo, e era de um poder grande. Davi sentiu uma ponta de inveja, mas conseguiu rir da situação.

Nunca sentiu inveja de nada, soube dar valor as pequenas coisas. Então sorriu, por se lembrar de que estava vivo.

Davi sentiu grande medo quando estava no fundo do mar, lutando com aquele deus inferior. Soube o que o amigo sentiu na floresta Amazônica, mas Davi havia perdido, na sua mente era seu fim, estaria morto. Tinha marcas da luta contra o deus em seu corpo, hematomas grandes, e sentia sua mandíbula um pouco torta, nada que o tempo ajustasse.

Mas o medo que consumira naquele dia não fora nada igual a qualquer medo que sentira antes. Aquela sensação de desespero, como se a morte fosse iminente. Mas como salvação, seu amigo veio, ali viu que poderia contar sempre com seus amigos, por isso queria tanto ajudar a todos, de qualquer forma, mas em que aquela chave poderia ajudar, sabia que ela fazia parte importante de tudo aquilo, mas queria que ela tivesse outra utilidade, algo diferencial.

–Por que olha tanto para uma chave? – Uma pequena garota de pele azul, e cabelos brancos se aproximou de Davi, de inicio levou um susto, mas se acostumou a presença da garota.

–Ele não e uma chave qualquer, e uma chave especial.

–Para que ela serve?

–E isso que quero descobrir.

A garota pegou a chave da mão de Davi, e analisou ela.

–Chaves não servem para abrir portas? – Questionou Davi, como se ele mesmo quisesse descobrir a resposta.

–Talvez essa seja para fechar portas.

A garota ficou mais ao lado de Davi.

–Algumas chaves servem para abrir portas, mas talvez essa seja para fechar algo... Fechar algo que não deve ser aberto. Talvez seja isso, você deve fechar algo que não deva sair ser mantido longe de todos.

Davi analisou bem sua chave, e o pequeno item se camuflou em meio ao lago azul.

–Talvez seja isso, devo fechar as portas. – Davi pegou a chave da mão da garota. – Obrigado garotinha azul.

Davi correu e saltou dando um mortal nos céus e descendo até o lago. Chegando mais a fundo, girou a chave. Um brilho forte emanou da chave, e todo lago foi consumido por uma luz forte azul celeste.

Na mão de Davi, um longo bastão azul com uma lança na ponta amarrado por uma pena. Escrituras gregas de alto relevo encrustavam toda a haste.

Davi saltou para fora do lago.

–Portas devem ser fechadas, e eu estarei lá para fecha-las. – Davi acariciou a pequena garota, agora se sentia mais confiante.

Danilo L.

Em todo lugar que vamos, tem um salão central... Ou um grande palácio. Mas em Elandra não, Lancaster nos dirigiu até uma cabana velha e repleta de poeira.

Passamos por uma pequena cascata de conchas, até estar uma sala repleta de velas, um narguilé enorme e muita poeira e telha de aranhas.

No centro da sala, em uma poltrona quebrada até o chão. Um grande rei gordo de pele azul comendo rosquinhas e usando narguilé.

–Grande Lacedêmon, aqui está os jovens dos quais falei.

Rei Lacedêmon tragou seu narguilé. E tentou se levantar, algo que foi em vão, pois suas pernas não aguentavam o peso da parte superior de seu corpo que era infinitamente maior.

–Aproximassem. – Voz rouca de um velho fumante e ríspida, a voz parecia rasgar toda garganta ao passar por ela.

Olhei bem para ele, se parecia muito coma lagarta azul do filme da Alice no País das Maravilhas.

–Vocês, jovens que vieram de longe, com o proposito de ir à busca da grande caixa de Pandora...

–Espera como sabe do nosso proposito? – Questionou Danilo.

–Sei de muita coisa, mas também de pouca coisa. – Tossiu forte cuspindo ao chão. – Muitas coisas eu descubro, mas algumas são ensinadas, vejo ao longe, mas não vejo muito.

Danilo levou a mão à cabeça, tinha ficado confuso com aquela explicação sem sentido algum, como alguém sabe de muita coisa, mas de pouca coisa?

–Eles querem permissão para passar por Elandra grande senhor. – Disse Vanessa.

–Gigante senhor. – Sussurrou Danilo para Lays, que não conter o riso.

–Realmente sou gigante, mas não tão grande como o teu segredo jovem.

Danilo paralisou... Não tinha segredo algum.

–O pergaminho crepita em seu bolso, ele arde forte quando o pega, mas queima ainda mais quando o deixa guardado certo?

Lays encarou Danilo, ele se sentiu desconfortável, como aquele velho sabia do pergaminho que Cratos o entregará?

–Um fardo um tanto pesado demais para se aguentar sozinho não acha? – Lancedêmon soltou um riso.

–Alguém tem que aguentar esse fardo.

O rei parou de rir, sua expressão ficou seria, apontou o seu cajado na direção do garoto.

–Você está destinado a muitas coisas, já ouvi sobre você, lutou contra Cratos, derrotou Proteu, mas e agora? Acha que vai chegar lá e pegar a caixa?

–Não sei de muita coisa, mas sei que posso conseguir.

O rei olhou confuso, mas logo gargalhou ainda mais forte.

Pegou um pequeno tubo de metal que parecia um trombone.

–Camareira! – Gritou o rei.

Um ser azul se aproximou e começou a limpar o rei, trouxe comida e em seguida fez massagem nos pés gordos e nojentos do rei, que fez o estomago de Danilo se revirar como o mar de monstros.

–Você já tentou entender aquela carta?

Lays novamente encarou Danilo, trocou o peso de um pé para o outro e se sentiu ainda mais desconfortável.

Rei Lancedêmon usou seu narguilé, mas uma vez, soprando toda fumaça em nós.

A fumaça ficará mais densa, até formar pequenas figuras.

–“Teu pranto cessará, quando o sol chegar a pino, sangue amigo será derramado, para o herói ter sua gloria, o destino do mundo será traçado, contigo a salvação do Olimpo.”.

Danilo paralisou, suas pernas ficavam bambas, e não conseguia respirar direito.

Eram partes do pergaminho.

Enquanto ele recitava aquelas palavras, Danilo pode ver em meio a fumaça, ele segurando em suas mãos alguém, um amigo talvez?

Destruição, guerra, luzes, até que um clarão forte fez Danilo chegar ao ponto de ficar cego.

A visão turva foi retornando.

–A mantenha ao seu lado. – O rei apontou para Lays. Danilo assentiu.

O rei acenou com a mão pedindo a aproximação do garoto.

–A marca do rei e cedida apenas para dignos... Apenas aqueles de coração puro e de sangue alado.

–O que quer di...

O grande Rei socou a costela de Danilo com a palma da mão. O garoto despencou pra o chão.

Mas não sentiu raiva, somente ficou parado ao chão, sendo ajudado por Lays.

–Viagem pelos mares dos ventos gélidos. Você vai saber do que estou falando. A minha permissão foi concedida, toda a ajuda será dada... Boa sorte jovem filho de Júpiter, boa sorte filha de Vênus, que os deuses estejam contigo.

O grande rei deu a ultima tragada em seu narguilé, até o fogo do carvão se apagar, e a sala ficar em um breu total. E Danilo ficar se perguntando se a lagarta do outro filme teria dado um soco em sua costela.

Fim do Capitulo.

Autor da História: Danilo Silva.

Editora da Ortografia: Lays Bressanin

Redator: Erlan Carvalho.

Capa: Davi Ismael Amorim.

Baseado na história de Rick Riordan: Percy Jackson e os Olimpianos.


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