–Então você têm que matar alguém para que Phoebe viva? -Alex pergunta, erguendo as sobrancelhas.

Aceno com a xícara de café que tomo e digo, cinicamente:

–Basicamente.

Joseph ri alto, talvez de nervoso, mas quando Mariah o lança um olhar reprovador, ele se cala.

–Então, o que vamos fazer? -Dana pergunta, sentando no sofá.

–Não vou matar ninguém, Dana, esquece. -Eu digo, lançando-a um olhar firme.

–Como assim, Ana? -Alex, pergunta, bruscamente.

Coloco minha xícara na bancada exagerando na força, e ela se quebra em minhas mãos.

–E o nosso acordo, Ana? -Alex grita.

–Não, Alex! O acordo era eu tentar , mas não vou matar ninguém só porque você sente falta da sua namorada. Meus pais morreram, e nem por isso estou chorando pelos cantos querendo que eles voltem. -digo.

Joseph assobia, e me sinto como uma ignorante. Mas Alex simplesmente passou dos limites.

–Eu amo ela, Ana! Acho que você nunca sentiu isso antes, não é? - Alex retruca, sarcástico.

Lanço os braços no ar, perplexa.

–Você é incrível, Alex! -digo, impressionada.

–Não, você que é! Sabe qual o seu problema? - Alex pergunta, me encarando.

Troco meu peso de perna e cruzo os braços por cima do meu peito. Estou tão nervosa que minhas mãos tremem.

–Você acha que só por poder matar as pessoas, elas vão te odiar. Por isso age como...

–Como o que? -grito. Minha avó surge da sala de jantar, espantada.

–Alex, não fale nada de que você vai se arrepender! -Joe avisa, acenando com a cabeça.

–Como se ninguém te amasse. Mas as pessoas amam, Ana. -Alex diz, finalmente, levemente.

Alex conseguia agir como um idiota.

Mas me entendia.

–Ana!

Me viro, e vejo Liz descendo as escadas correndo. Seu rosto está machado de lágrimas, e ela parece desesperada.

–O que aconteceu, Liz? -pergunto, pensando em Kane.

–Emma. - Liz diz simplesmente.

Emma?

Não entendo.

–O que têm ela? -indago, impaciente.

–Ela sumiu, Ana. - Liz diz.

Me viro para Alex, e sei que ele pensa a mesma coisa que eu.

Tebeus pegou Emma.