DIIIIIIIMM DOOOOM!

– Sim?

– O-oi moço, eu queria saber se o senhor pode me dar um pedaço de pão e um gole d’água.

– Claro, entre.

– Licença.

– Senta aqui que eu já volto.

A moço se sentou educadamente e olhou pros lados e viu uma garota deitada num outro sofá lendo.

– Magali?

– Quem é você?

– Sou eu, a Mônica!

– Mônica?

Ao ouvir esse nome, Magali começou a ter umas lembranças.

– Que foi, Magali, você não se lembra de mim?

– Eu estou me lembrando! Você é a Mônica Souza! A minha melhor amiga!

– Sim! Sou eu mesma. Mas por que você não tinha se lembrado antes?

Magali contou toda a história de ter perdido a sua memória e do Cebola ter a obrigado a ser do mal.

– O Cebola fez isso?

– Sim.

– Mas por quê?

– Eu não sei, estou recuperando a memória pouco a pouco. Me lembro do Cebola ter me batido com uma vassoura, mas antes disso, não.

– Como é?

– Mas sabe, agora que estou me lembrando, o Cebola tinha me dito que você tinha morrido!

– É que eu me lembro que eu estava correndo, saindo da escola, por culpa do Cebola. Até que pareceu o Capitão Feio e jogou um líquido em mim. Mas eu li antes na máquina dele que estava escrito que mata as pessoas se jogar nos olhos dela: “Mire nos olhos para matar”, por isso, ele mirou bem nos meu olhos. Mas ainda bem que os fechei, se não, eu poderia ter morrido! Eu apenas desmaiei.

– Ai, que bom que tá tudo bem com você, amiga. Mas eu devia saber, você é inteligente mesmo, né?

Mônica abraçou a sua amiga. Sentiu muita falta dela.

– Então, Mônica, você não vai mostrar para Cebola que você não morreu?

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– Onde estou? Ai, minha cabeça! – disse Ângelo que estava acordando. Para sua surpresa, viu que estava acorrentado numa cadeira do lado da Denise.

– E aí, Ângelo, vida “loka”, né? – disse Denise.

– Por que vocês estão aqui? Aliás, o que eu estou fazendo aqui acorrentado numa cadeira?

– Bem-vindo ao grupo! – disse todos em coro.

– Ora, ora, mas parece que o Ângelo já se acostumou com a nova vida, né?

– Cebola? Me tira daqui!

– E se eu não quiser? Vai fazer o que?

– Eu vou dizer que... Me explica logo isso porque eu não to entendendo

– Vixe, gente desligada.

Cebola explicou tudo para Ângelo o que ele deveria fazer e que pegaria todo seu sangue para consertar a máquina de dimensões.

– Quê? Cebola, desde quando você está se metendo com o Capitão Feio?

– Desde que os meus próprios amigos me traíram.

– Como eles te traíram?

– Eu não quero falar sobre isso.

– Nossa! Cebola, você fez um bom trabalho: capturou o Ângelo. – disse Capitão Feio interrompendo a conversa entre os dois.

– Obrigado.

– Bom, vamos ao que interessa, Cebola, rápido me ajuda, pegue aquela super agulha e vamos ter que reaplicá-lo umas três ou quatro vezes para acabar com praticamente todo o sangue dele.

– Não, Cebola, por favor não! Lembra de todas as vezes em que eu te ajudei? Esqueceu da nossa amizade?- suplicou Ângelo.

Cebola começou a ter um pouco de pena do Ângelo. Realmente, ele já fez muito por ele. Uma parte, dizia para ele fazer, outra, pra ele não fazer. Não sabia que escolha tomar. O bem ou o mau?

– Cebola, não de ouvidos a esse qualquer! – disse Capitão Feio meio preocupado do Cebola voltar a ser como era antes.

– Cebola, você vai ou não vai fazer isso com o Ângelo? – disse todos ansiosos para saber a resposta.

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– Alô? Denise? Marina? Que droga! Por que a Denise e a Marina não estão atendendo o telefone? Desde que elas foram espionar o Cebola, nunca mais apareceram. Ai meu deus, será que aconteceu alguma coisa com elas?

– AI! – Carmem tinha caído no chão.

Carmem olhou pra atrás para ver quem esbarrou nela. E estava um pouco embaçada a visão dela, ela só viu um cara alto, loiro e forte.

– Oi, gato, você é novo por aqui?

– Não, eu sou meio velhinho por aqui. Eu tenho 16 anos.

Esfregou seus olhos e começou a ver direito. Era o Toni!

– Seu bruto! Me derrubou no chão! De novo! Tá feliz, agora?

– Sim.

– GGRRRRRR! É um grosso mesmo, né?

– Olha, Carmem, eu não tinha a intenção de te derrubar, falou?

– Não, não falou. Você me deve desculpas.

– E se eu não quiser te pedir desculpas?

Carmem chutou o Toni no traseiro dele.

– Ai!

–É isso o que eu vou fazer, querido.

– GGGRRR! Vem cá.

Toni segurou as mãos de Carmem e começou a girá-la.

– Para, idiota! Eu odeio girar! Me faz vomitar!

– Não se preocupe, eu vou tampar sua boca.

Toni beijou a Carmem!

– Carmem, eu... perdão!

Toni saiu dali muito envergonhado.

– Toni! Espera! - Carmem começou a correr atrás do Toni.

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– Eu acho que o Cebola precisa de uma lição Magali, eu nunca vou voltar com ele. Por isso, eu tô afim de mostra pro Cebola que eu tô viva sim, mas, eu vou dizer pra ele que nós, nunca mais vamos namorar! Nunca!

– Aqui, eu trouxe um pão com requeijão e um suco de laranja. Pras duas.

– Obrigada, Sérgio. - disse as duas em coro.

– Sérgio,. muito obrigada por tudo, viu? Mas infelizmente, eu vou ter que ir embora.

– Mas, eu pensei que você iria embora apenas quando você lembrasse a memória.

– Não é demais? Eu me lembrei de tudo!

– Como?

– Quando a Mônica apareceu, eu me lembrei dos nossos momentos juntas!

– Ah, faça-me um favor, né, Magali? Acha mesmo que eu vou acreditar nisso? Quer saber, agora, tudo faz sentido. VOCÊ MENTIU PRA MIM, MAGALI! - Sérgio gritou bem alto.

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– Eu sou um bobo, por que eu beijei a Carmem? Será por que eu gosto dela e ainda não percebi?

– Toni! Eu preciso de falar uma coisa!

– O que?

– Toni, você quer namorar comigo?

Carmem puxou o Toni e o beijou!

– Então, quer namorar comigo?- Carmem tinha certeza de que Toni iria falar sim.

– Desculpa Carmem, mas eu não quero te namorar.