A Procura do Desconhecido escrita por Sofia Forbes


Capítulo 22
Recomeço sem você!


Notas iniciais do capítulo

Então né, estou aqui de novo.
Mais um pra vocês... Gostaria de agradecer a Stay que comentou meu capitulo passado e ainda fez a junção dos nomes do casal Luke e Clary. Clake, olha que fofo... Obrigado flor!!!
Vamos lá né... Espero que gostem!!!
P.S. Personagem novo!!!



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(Versão Isabelle)

Meu dia foi um tédio que só vendo pra crer. Primeiro eu não queria ter ido à escola, mas minha mãe me obrigou, então lá estava eu, às 6hs10min da manhã levantando. Meu sono era tanto que levantei da cama com os olhos ainda fechados, mas sabe aquele último e mais imbecil dos nossos dedos do pé, que a gente nem sabe por que existe? Então, eu bati o no pé da cadeira que ficava ao lado da minha cama. Gente, eu rolei do chão de tanta dor, mas vamos passar se não vou ficar aqui até amanha descrevendo a dor que senti e falando todos os xingamentos possíveis.

(...)

Quando estávamos na última aula, me sentei na última bancada na sala de artes. Não queria ser notada, muito menos receber holofotes naquela aula. Minha linda e boa atenção estava tão ligada que nem percebi quando Henry se sentou ao meu lado. Muito menos ainda quando a vaca da Dakota se sentou na minha frente.

– Posso saber o que está acontecendo com a menina corajosa que eu já vi enfrentando o James? – Henry perguntou levando a cabeça bem ao lado da minha, e isso me fez pular da cadeira.

– HENRY! Seu cachorro, filha da mãe. Quer me matar me dando um susto desses?! – Perguntei com a mão no peito do lado que ficava meu coração, enquanto ele pulava desenfreado.

– Não é do tipo de garota que se assusta fácil! – Ele afirmou sério. – O que está acontecendo com você? Não fala e não anda mais com a gente. Vive se escondendo pelos cantos e de vez em quando está com lágrimas nos olhos.

Bem que eu queria responder, contar tudo que tinha acontecido desde aquele dia em que fui seqüestrada, mas não podia, por dois motivos, (1) ele ficaria sabendo da mais maravilhosa história da minha família, e (2) Dakota estava na minha frente, e quando ouviu a pergunta do individuo aqui do meu lado, deu uma leve virada de cabeça e me olhou ameaçadoramente de canto de olho.

– Que isso Henry, estou bem... É que minha mãe não anda bem esses dias, e eu to tendo que ajudar com algumas tarefas de casa, e to morrendo de canseira. Minha cabeça não está boa. – Respondi descaradamente enquanto olhava para uma loira não tão burra na minha frente.

– Eu não sabia da sua mãe. Sinto muito! Mas o que ela tem? – Ele perguntou parecendo realmente interessado na minha mãe. Fiquei um tempo lá, inventando doenças e sintomas que minha mãe não tinha e estava longe de ter.

– Allan está preocupado com você. Quer saber por que se afastou, por que está assim, estranha. – Henry falou depois de o professor entrar e passar o que tínhamos que fazer. O alvo dessa vez era montar uma planta de uma casa.

– Bom, não estou estranha, nem afastada, só cansada e não estou me sentindo muito bem para andar com vocês. – Falei nervosa e até um pouco mais baixo para a oxigenada ali na frente não ouvir. Sim, eu estava nervosa por ter que mentir.

– Digamos que Allan está sentindo sua falta... Vocês estavam brigados quando aquela coisa horrorosa aconteceu com você, mas depois disso, perdôo aquela criatura, pra piorar, você esqueceu-se de dar sinal de vida... – Henry começou a falar dos meus erros, das minhas estranhezas, e foi quando recebi uma mensagem no celular, o que me fez tirar a atenção dele, da lição e tremer as mãos.

C.: Acho que terei uma conversa com seus amiguinhos hoje mais tarde.

Sim, era a Dakota. Tinha me esquecido dessa parte do acordo. Não podia ficar de papo com nenhum dos meus amigos, muito menos Allan.

– Olha Henry, não me leve a mal, mas estou com uma baita colida. Tenho que ir. – Falei levantando, arrumando meus poucos materiais e me retirando.

– Ah tudo bem! Melhoras. Conversa com o Allan! – Ele exclamou antes que eu me afastasse mais.

Quando passei por Dakota, olhei para trás e pude ver um pequeno sorriso sínico surgindo em seus lábios. Minha mão estava coçando desde o dia em que ela me seqüestrou, para lhe dar um estalado tapa na cara, mas por algum motivo desconhecido de mim, não o fiz.

– Professor, terei que me retirar da sala. Problemas femininos. – Justifiquei minha retirada. Claro que o motivo não era esse, mas como vocês sabem, não podia dizer o verdadeiro. Ele apenas deu um aceno concordando e eu sai da sala o mais rápido possível.

(...)

Sai correndo corredor a fora com muita raiva de tudo e todos. Raiva até de o Sol ser amarelo, mas como essa questão eu não posso resolver, estava me conformando, mas não com os outros fatos. Fui diminuindo minha corrida. Quando meus olhos começaram a querer a vazar, alguém me puxa pelo braço até uma sala à minha esquerda e a fecha. Então, eu meio engulo o choro.

– Allan! – Exclamo – O que faz aqui? Aula? Isso não significa nada para você? – Pergunto olhando para aquele lindo rosto que já estava com saudades de encarar, mas ele não estava sorrindo, pelo contrário, estava sério e com as sobrancelhas juntas.

– Acho que agora isso não precisa ser levado em conta, e sim você. O que está acontecendo? – Ele perguntou soltando um pouco seus nervos e dando um pequeno sorriso de preocupação.

– Allan, não está acontecendo nada. Estou bem. – Respondi querendo caminhar até a porta, mas ele se colocou na minha frente, desse modo ficou há poucos metros de mim.

– Belle, você está longe de estar bem. Se afastou de mim, disse que não podemos ser amigos e nem se falar mais, por quê isso agora? Você não é desse tipo de pessoa. Tem alguma coisa errada! – Ele afirmou enquanto andava até mim querendo me envolver nos seus braços.

– Eu já disse, e é essa a verdade. Temos que ficar afastados. Allan, eu sinto muito.

– Mas por quê? Diz-me o motivo.

– Eu não posso dizer... Eu não posso. – Dizia enquanto andava para trás, para longe dele, que ia se aproximando cada vez mais.

– Por que você não pode? Está escondendo alguma coisa de mim? Dakota disse que você esconde algumas coisas.

– DAKOTA?! Ela te falou isso? Quando? – Perguntei preocupada me esquecendo de andar para trás e quando vi, ele estava há menos de um metro de distância de mim.

– Hoje mais cedo.

– E você acredita nela? Depois de tudo que ela fez?

– Acho que não é ela aqui que está escondendo alguma coisa de mim.

– Não acredito nisso! Ela fez uma lavagem cerebral em você. Allan esqueceu que foi ela que “separou” a gente? Te beijou e me fez brigar com você. Ela é má, cruel. Não devia acreditar nela. – Sim, eu estava muito brava. Dakota é um veneno.

– Eu sei o que ela fez, e sei também que nada justifica o ato dela, mas quero saber por que você está assim. Belle você já me perdôo, o que ainda tem entre a gente?! – Ele falou calmo de novo, com os olhos piedosos e sorriso tranqüilo. Fiquei parada, o encarando, pensando que não adiantava falar de novo, que não podia dizer nada, pois ele não entenderia.

– Sinto muito Allan. – Disse depois de um tempo. Depois dessas palavras, sai da sala, o deixando sozinho se sem resposta.

(Versão John)

– Já tentou explicar isso para ela? – Chris perguntou quase sussurrando quando a gente estava na aula de vivência de ciências. Era quase uma aula de reforço sobre biologia, já que tínhamos poucas aulas.

– Lizy nunca vai me entender. Ela viu tudo, não tem como explicar. E agora está tudo acabado, ela terminou comigo, e disse que não tem volta. – Devolvi batendo na cabeça com a mão.

– Se espancar não vai trazê-la de volta, então pare. Dê um tempo a ela. Uma hora ou outra, Lizy vai entender quem ela viu te beijando. Rebheka não presta, nunca prestou. Achei que as meninas já tivessem entendido isso antes.

– Eu sei quem ela é. Mas acho que na tem volta. Essas vadias vivem nos atormentando!

– Sei bem como é isso. – Chris falou olhando para Alice e Steven conversando lá na frente.

– O que aconteceu... Entre vocês dois? – Perguntei o mais baixo que pude, já que o professor observava quem conversava.

– Brigamos... De novo.

– Ciúme não é?!

– Os dois, aí no fundo. Posso saber o que há de tanto assunto assim? – Eita cara, Steven pegou a gente.

– Desculpe professor, mas só estávamos conversando sobre a lição.

– Sei que não era isso. Sugiro que me diga! – Steven insistiu.

– Não acho que seja necessário. Afinal, não nos metemos nos seus assuntos. – Chris devolveu bem vingativo, antes que alguma palavra saísse da minha boca. Aí, agora ferrou tudo.

– Você tem razão senhor Jones, mas mais um desrespeito comigo, a está fora das minhas aulas. – Ele disse sério e ameaçador.

Digamos que ele ia revidar, é claro, mas eu tive que segurá-lo, afinal não queria mais problemas. O restante da aula foi um tédio se querem saber, então vamos pular para a parte interessante.

(...)

– Não posso demorar. Após a escola, tenho que ir deixar um currículo naquela loja de CDs e DVDs. A coisa está precisando que entre dinheiro lá em casa. – Disse para Chris quando estávamos nos armários e prontos para vazar da escola.

– Sinto muito pela sua família. Se precisar de mim, pode me procurar. – Ele comentou enquanto dava uns tapinhas no meu ombro direito.

– Obrigado cara. Deixa-me ir que não posso atrasar. Até mais. – Me despedi enquanto colocava minha mochila com alguns pertences nas costas e rumando para o portão da escola.

Quando estava chegando perto do jardim, vi Lizy, sentada em um banco de madeira lendo um livro de capa azul. Parei e a fiquei olhando. O modo como piscava, como passava a mão no cabelo, como seu pulmão se enchia de ar e o soltava; como seus olhos percorriam as linhas do livro buscando entender o conceito das palavras. Sentiria falta de tudo aquilo. Dela me chamando de “meu amor”, dizendo que me amava, cada beijo, cada abraço, cada sorriso alegre, cada tentativa de me animar a coisas bobas e simples, aquela era minha Lizy, que um dia foi minha, que um dia foi a namorada mais perfeita.

Seus olhos se encontraram com os meus. Nos encaramos por alguns segundos, então ela tirou seu olhar de mim e se focou no livro. Quando pisquei novamente, percebi que meus olhos estavam molhados. Sim, eu estava chorando por causa dela.

(...)

Já era quase 17hs00min quando o som dos sinos da porta, na loja de CDs e DVDs Ricy’s Store, fez barulho. Minha entrada foi notada por uma bela moça de cabelos castanhos. Ela estava atrás de um balcão, que ficava no fundo da loja. Entrei e comecei a andar no meio dos vários corredores. Via-se várias prateleiras cheias de todos os filmes possíveis existentes, terror, comédia, romance, aventura, magia, ficção cientifica, séries, enfim. CDs também tinham dos mais variados, Rihanna, Justin Timberlake, Kate Perry, Lana Del Rey, Christina Perri, entre outros.

– Posso ajudá-lo? – Ela perguntou ainda atrás do balcão, feito isso, tirou minha atenção do filme que tinha assistido há poucos dias com Lizy.

– Sim. Gostaria de ver seu chefe... O dono da loja. Vi o anúncio na porta. – Respondi apontando para o papel na porta da loja.

– Ah claro! Vou chamá-lo. – Ela falou se levantando e abrindo uma porta atrás de si. Pelo o que conseguir ver, dava num corredor, onde tinha algumas portas. Um tempo depois, ela veio seguida por um cara alto, forte e musculoso. Ele levantou a tábua que tinha no balcão para passar e veio até mim.

– Olá, muito prazer. Meu nome é Rick. – Ele falou estendendo a mão para mim.

– John Maison. – Disse retribuindo o aperto de mão.

– Katrina me disse que se interessou pelo anúncio. – Rick falou cruzando os braços e ficando parada na minha frente. Olhei para o balcão novamente e vi que ela estava me olhando ansiosa com um pequeno sorriso disfarçado no rosto.

– Sim, é verdade. – Respondi olhando para ele de novo. – Trouxe um currículo... Não terminei a escola ainda, mas posso vim pra cá depois da aula e ficar até o final do expediente. – Continuei enquanto lhe mostrava um envelope amarelo. Ele começou a rir. Então me senti um bocó, pensando se tinha falado alguma coisa errada.

– Filho, você não precisa me entregar um currículo. Vai apenas vender DVDs e CDs, mas se quiser deixá-lo comigo, darei uma olhada. Começa amanhã, salário de 1.800,00 dólares, comissão de 100,00 dólares se conseguir passar a meta de vendas.

– Então estou contratado?! – Perguntei incrédulo.

– Claro que está. Katrina vai dizer como funciona as coisas por aqui. Agora se me der licença. – Rick falou e foi para o mesmo lugar de onde tinha vindo levando consigo meu currículo. Ela saiu de trás do balcão e veio até mim. Usava uma calça jeans rasgada nas pernas, uma blusa preta larga com alguns escritos e desenhos, e um coturno preto de salto.

– John né? Pois então... Nesse período ficaremos nós dois aqui na loja. Rick não costuma ficar aqui todos os dias, só quando ele quer. Seja um bom garoto e não será demitido. – Ela me alertou, e no final da última frase, deu um sorriso alegre.

– O.k. – Disse meio saber o que falar.

– Ah, e o turno termina às 20hs00min. Eu sei, trabalhar três horas e meia por dia e receber 1.800,00 dólares no final do mês. Isso é bom. – Lhe dei um sorriso em resposta, pois mais uma vez não sabia o que responder.

– Então esteja aqui amanhã nesse mesmo horário.

– Eu estarei. – Falei começando a me retirar.

– Você é quieto assim mesmo ou está com problemas? – Katrina perguntou quando estava prestes a abrir a porta.

Me virei para olhá-la então respondi:

– Digamos que são problemas.

– Por que não vamos dar uma volta? Quem sabe você se alegra um pouco e... E eu possa te ajudar.

Pensei um pouco. Poderia sair por aí contando dos meus problemas para alguém que não conhecia? Olhei para ela e vi que sorria. Katrina era uma pessoa descontraída, que me deixava sem saber o que dizer, então descobri por que. Porque ela me fazia bem, me fazia me sentir bem.

– Por que não agora? – Perguntei sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Cara, quero comentários o.k.
Digam o que acharam, please, não gosto de ficar no vaco.
Gostaram da Katrina? O que acharam dela?
Beijos!!
Katrina: http://theoriginalscw.com/wp-content/uploads/2014/01/Danielle-Bello-3.jpg
Roupa: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=134872159&.locale=pt-br



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