The Fênix escrita por Dizis Jones, Izis Cullen Fanfics


Capítulo 15
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura



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The Fênix

Capítulo 14

Eu estava de joelhos, olhando para ela ali, dormindo, enquanto os outros estavam tratando de reunir todos os cientistas reféns. O tiro foi dado por Ray e ele estava se sentindo um herói; eu nem desfiz a alegria do garoto, só queria saber como acordar Nati.

Levantei com fúria, segurando a arma em uma das mãos. Fazia tempo que eu não sentia esse poder; queria bater em alguém e soltar minha raiva, então fui em direção aos cientistas que estavam em um paredão.

— E agora? Quem vai acordá-la? — Apontei a arma para a cabeça de um — Ou eu vou começar a atirar em um por um.

— Tobias! — George gritou — Pare!

Ele era meu general e eu deveria escutar. Deveria.

— Não, George. Eu estou desertando, não recebo mais ordens; eu vou estourar cada cabeça desses intelectuais aqui, até que algum deles a acorde.

Ninguém falava.

— Não adianta Tobias, eles não vão falar.

— Tem que falar, dê o soro da verdade, faça alguma coisa. Mas eu quero o antídoto.

Foi ali que percebi que minha visão estava embaçada e não era pela raiva, mas sim lágrimas se formando.

— Você não está pensando direito.

Alguns corpos estavam sendo enfileirados: os dois cientistas que Amar abateu, além de Shay e Natali; os dois únicos que poderiam acordá-la.

Natali fora morta por Shay antes de desligar o sistema de segurança, quando substituiria o soro da morte — que era liberado pelo laboratório todo em caso de invasão — pelo soro do esquecimento com os microchips.

— Vamos.

Eu apontei a arma entre os olhos de um dos cientistas.

— Não sabemos, não sabemos! Havia pesquisas que somente o doutor e a doutora sabiam a respeito, alguns soros nem mesmo nós tínhamos acesso, era uma segurança. — O cientista que estava com a arma em sua cabeça falava convicto, mas eu não via nenhuma reação de emoção em suas palavras.

Minhas pernas cederam e eu senti o impacto do chão em meus joelhos. Tudo foi em vão e mais uma vez eu perdi alguém que amava.

Quando vi o corpo de doutora Natali se mover, corri até ela.

— Você não está morta?

Ela tentou em vão se levantar, então eu a ajudei a se colocar sentada.

— Bem, eu me preveni, tomei o antidoto antes, mas ele demora a fazer efeito, aquele desgraçado.

— Ele está morto! — Falei apontando o corpo de Shay.

— O quê? Não! Não isso não pode ser.

— Como assim? Você não queria o laboratório?

— Sim, eu queria. Mas é que para nossa segurança, cada um de nós sabe apenas parte das pesquisas; um precisa do outro para concluir quase tudo. Eu iria soltar o soro, mas ele não se esqueceria de coisas principais, coisas das quais eu precisava.

— Vejo que terá de começar do zero. — Falei, não me preocupando com nada referente às vontades dela. Para mim, ela era tão doente quanto o resto daqueles cientistas.

— Creio que não terei como.

— Mas eu preciso que me diga como acordá-la.

— Oh, o soro do sono. Sim, sim, ela é Divergente e tem um antídoto que é próprio para ela, mas está no laboratório de Shay, onde só ele entra, já que o acesso é restrito.

Descemos até o segundo andar e vi que para entrar no laboratório havia um sistema de reconhecimento, minha fúria era tamanha que as ideias e ações vinham sem pensar muito. Subi correndo novamente até o andar onde todos estavam, peguei o corpo de Shay e levei, torcendo para que o sistema reconhecesse os mortos também.

Segurei o corpo diante ao sistema, o escaneamento foi feito, primeiramente ele foi recusado, segurei novamente o corpo de Say respirei fundo e Natali apertou o sistema de escâner, na segunda tentativa as portas se abriram.

Conseguimos entrar no laboratório e pegar o antídoto, depois subimos novamente e me doeu saber que teríamos que enfiar uma agulha em Nati; ela não iria gostar nada.

— Só uma coisa, Tobias — A cientista Natali segurou meu pulso.

— O que foi?

— O bebê que ela carrega. Ainda não sabemos como ele reage aos soros e se isso o afeta.

Respirei fundo, tinha muita coisa em jogo aqui, mas eu precisava arriscar. Peguei o braço de Nati e injetei o soro.

— Ela não está acordando! — Gritei.

— Calma. Demora a fazer efeito.

Aos poucos ela foi se movendo e abrindo os olhos.

Nati ficou parada ali um tempo, olhando para o nada. Quando olhou em minha direção e me focalizou, sorri pra ela, que deu um pulo e se encolheu.

— O que você quer? Por favor, não me faça mal.

Ela observou a todos à sua volta e seus olhos ficaram fixos na doutora Natali.

— Natali, o que houve? Por que ele está aqui? Ele vai me fazer mal?

Ela observou a seringa em minha mão e se encolheu ainda mais.

— Calma, querida, ele não vai te fazer mal. Esse é o Tobias, lembra?

— Tobias?

Ela me olhou como não me conhecesse.

— Oh, isso não é bom... Deixe-a um pouco Tobias. Venha comigo, Nat... Nove. Vá até seu quarto, querida, eu já vou até lá.

Ela saiu de nosso campo de visão caminhado até um dos corredores, ela olhou em direção aos corpos dos cientistas, porém continuou caminhando.

— Ela vai pra onde? — perguntei aflito — Por que não sabe quem eu sou e está com medo de mim?

— Ela foi até o quarto dela. Sinto que devo ir até a sua cela; acompanhe-me se quiser.

Segui a doutora até a cela de onde retirei Nati.

— Como eu suspeitava. — ela falou assim que se abaixou em frende a um dos dutos que exalava o soro no momento em que resgatei Nati de sua cela. — O gás que foi liberado era uma mistura de gás do sono e da memória.

Senti como se arrancasse uma parte de meu coração. Isso não poderia estar acontecendo.

— O quê? A memória dela foi apagada?

— Sim.

— E não tem como reverter?

— Olha, ela é uma Divergente, o soro de antídoto deveria ter funcionado até nisso, mas somos uma caixa de surpresa, e por isso estudamos tanto, cada reação é diferente em cada caso.

— Vocês são doentes! Por que ela tem medo de mim?

— Algumas coisas... A memória dela não foi totalmente apagada; ela se lembra de mim e me obedeceu, sendo assim, ela não sabe de minha morte. Ela tem medo de agulhas e de você, o que deve ser os flashes de memórias induzidas que ela viu por algum tempo e, de alguma forma, ela só guardou as ruins de você. Tobias, eu sinto muito.

— Não sente, não. Isso é resultado dessa doença chamada “conhecimento” que vocês insistem em manter.

— Leve-a. Ela verá que está grávida, verá as pessoas de Chicago e as memórias podem voltar. Ela pode estar em um estado de amnésia, mas tomou o antídoto e isso pode ser passageiro.

Respirei fundo. Era só isso que ela poderia me dizer: talvez Nati pudesse voltar.


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