Sol e Lua escrita por Aislyn


Capítulo 20
Segredos Obscuros


Notas iniciais do capítulo

Queridos leitores e fantasminhas, perdoem pela ausência... Estive doente e meu filho também, então, foquei todo o meu tempo para cuidar dele. Sei que esse capítulo ficou muito abaixo da qualidade de qualquer outro e admito isso... O próximo será melhor e não vou demorar para postar, pois quero finalizar logo esta pequena saga e partir para as partes finais da fic, de acordo com o que está acontecendo oficialmente em Bleach.

Obrigada a quem continuar comigo, hehehe!



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Alguns dias haviam se passado desde que Yoruichi pediu um tempo para fazer a investigação que Aiko solicitou. A jovem oficial estava debruçada na janela de seu luxuoso quarto na Casa Kannogi, lá fora chovia torrencialmente e ela apenas observava o céu, absorta em pensamentos. Não tinha vontade de ficar com Masanori, desde o jantar com seus tios e primo, ele a tratava com indiferença. Aquilo não fazia o menor sentido, pois desde que conheceu seu pai sem nem mesmo saber que era filha dele, ele a tratava com carinho.
Akiko também não reconhecia o marido, tanto que mal conseguia falar com ele e tinha certeza de que aquele comportamento estava relacionado ao reencontro com Fujitaka. Para não preocupar a filha, ela apenas ficava em silêncio quando questionada, já que não tinha provas do que poderia estar acontecendo.
Aiko estava para fechar a janela quando notou em meio à chuva no jardim, um gato preto. Quando fixou seu olhar no animal, ela sorriu e assentiu.

– Yoruchi-san! Você veio...

– Olá, Aiko! – A voz de Yoruichi soou masculina, mas logo, ela se tomou sua forma humana, ficando nua diante de Aiko. – Teria alguma roupa para me emprestar?

– Claro – Aiko arregalou os olhos, não sabia que quando Yoruchi voltava à forma normal, a mesma ficava nua. Aquilo deveria lhe trazer alguns problemas. – Por aqui eu só tenho kimonos, então, fique à vontade para escolher o que quiser.

– Obrigada! – Yoruichi rapidamente escolheu um kimono de seda verde e o vestiu sem cerimônias, então, sentou-se na beira da cama de Aiko. – Em breve alguém que espero virá...

A yonseki arqueou a sobrancelha esquerda, não fazia ideia de quem se tratava. Cinco minutos haviam se passado quando alguém surgiu na janela principal de seu quarto, sem fazer um ruído sequer. Agilmente, o estranho que parecia um membro do Onmitsukidou, reverenciou Yoruichi e lhe jogou um pano rosa-chá, que assemelhava-se a uma manta.

– Eu sabia que você encontraria, Soi-Fon!

– Não foi fácil... – Soi-Fon revelou seu rosto e assentiu quando Aiko fez uma reverência. – Estava muito bem guardada, só não imaginei que seriam tão burros de ficarem com algo assim durante tantos anos!

– Troféu – Yoruichi deu de ombros. – Algumas pessoas gostam de guardar coisas que lembrem suas façanhas, mas nesse caso, algo deu errado.

– Oe, por favor, do que estão falando? – Aiko não aguentava mais de curiosidade. – O que deu errado?

– Essa manta pertenceu a você, Aiko – começou Yoruichi seriamente. – Quando a levaram de seu berço há 50 anos, você estava envolvida nela. Pode ver que não há manchas de sangue, porém, no berço havia.

– Não estou entendendo...

– Forjaram, obviamente, as manchas de sangue no berço para que seus pais acreditassem que algo horrível havia acontecido. Você passou alguns dias ainda na Seireitei e em seguida foi levada para o Rukongai.

– Como vocês descobriram isso? – A jovem precisou sentar, estava sentindo um pouco de tontura. – Sabem quem fez isso comigo?

– Claro... Mas antes que você saiba, precisamos pedir que mantenha a calma e não haja de forma precipitada – aconselhou Soi-Fon. – Eu também preciso pensar no que fazer, afinal, o meu bantai é responsável por agir e casos assim.

– Eu prometo a vocês que não farei nada sem consultá-las – Aiko olhou nos olhos de ambas e suspirou. – Só preciso saber a verdade.

– Certo, Aiko. Respire fundo...

Uma hora depois – Casa Kuchiki

Kannogi Aiko entrou correndo pela porta principal da morada de Byakuya, ignorou as duas empregadas dizendo que o taichou estava repousando. Ao entrar no quarto dele, o encontrou deitado na cama lendo um livro tranquilamente.
Byakuya olhou surpreso para Aiko, era a primeira vez que ela invadia seus aposentos daquela forma, causando-lhe preocupação. Ela caminhou apressada até a cama e jogou-se no colchão, escondendo o rosto no peito dele, finalmente permitindo-se chorar.

– O que houve, Aiko? – Perguntou ele com doçura após deixar o livro no criado-mudo e abraçá-la. – Eu preciso que se acalme e me conte o que aconteceu...

– Me deixe ficar assim com você – pediu ela em tom de súplica, a voz abafada. – Por favor.

– Desse jeito eu fico de mãos atadas.

– Apenas me abraça forte, Byakuya... – Aiko o fitou por alguns segundos e encostou os lábios nos dele. – Só posso confiar em você, – murmurou e o beijou outra vez – somente em você.

– Tudo bem, eu estou aqui – ele a abraçou com força e ficou com o rosto colado no dela. – Fale quando quiser...

– Byakuya, eu não sei por onde começar – a shinigami controlou o choro, precisava se acalmar para contar o que ouviu de Yoruichi e Soi-Fon. Após sentar-se na cama para poder encontrar a seriedade mesclada à preocupação que estava no olhar dele, começou. – Eu pedi para que a Yoruichi-san investigasse o meu passado, mas sei que não é novidade para você.

– A Soi-Fon veio falar comigo a respeito de sua família, imaginei o que ambas estavam fazendo.

– Elas encontraram uma manta que estava comigo quando me raptaram e então conseguiram chegar até o mentor disso tudo...

– Já entendi – ele segurou na mão dela e acariciou. – Agora compreendo o seu choro e tudo o que está sentindo.

– Minha própria família... – Aiko apertou a mão de Byakuya. – Como aquele desgraçado que hoje abraça o meu pai e o chama de irmão querido pôde fazer isso?

– Na verdade, é difícil explicar, Aiko. Tudo por interesse e poder...

– Eu tenho certeza que o meu pai teria feito qualquer coisa para o Fujitaka! Não duvido que tivesse entregado o controle de tudo relacionado à família, riquezas, a mansão e até mesmo os títulos.

– Você ainda é muito jovem para entender, minha doce Aiko. Por um acaso não lembra da história da minha família?

– Kouga...

– Mas isso não importa, nem mesmo os motivos. O que importa é como vamos agir daqui por diante.

– A Yoruichi-san já me instruiu, mas preciso dos seus conselhos.

– Vem, vamos tomar um chá – ele levantou-se e assentiu para Aiko, precisava pensar. – Enquanto eu penso, você me conta tudo com detalhes.

Casa de Kannogi Fujitaka

Poucos homens faziam a guarda daquela propriedade, talvez nunca tivessem passado por nenhuma situação de risco, tanto que nem repararam na figura que saltou por cima do muro alto e caiu delicadamente no jardim. Vestido de negro, com um capuz encobrindo a cabeça, o invasor aproximou-se da mansão sem ser detectado. Havia luz em um único cômodo, pela janela, uma estranha cena podia ser vista. Yuichi estava sentado com uma lira em seu colo, enquanto Kannogi Masanori o olhava sem mover um músculo. Quando o rapaz tocou em uma das cordas do instrumento, ouviu a janela se abrir, porém, não se moveu.
O invasor saltou para o interior da sala e colocou-se na frente de Masanori, que continuava imóvel. Yuichi sorriu.

– Tio Masanori, vá embora, por favor...

Masanori se levantou e não disse uma palavra, apenas deu às costas e saiu do recinto. Yuichi meneou a cabeça e tentou encontrar os olhos do invasor.

– Você... Eu quero um bom motivo para não acabar com isso agora, Yuichi!

– Aiko – ele se levantou e continuou com a lira em mãos. – Sua presença é inconfudível.

– O que fez com meu pai? – Ela retirou o capuz com fúria e o lançou ao chão. – Quero a verdade!

– Meu tio está bem, digamos que eu apenas o encorajei a fazer um grande favor para mim...

– Desgraçado! Era você no Mundo Real... Como pôde atacar daquele jeito?

– Atacar o seu amado Byakuya? – Ele aproximou-se de Aiko e tentou tocá-la no rosto. – Veio aqui só por causa dele?

– Não, eu vim aqui por outro motivo – Aiko esquivou-se do toque dele e tocou no punho de sua zanpakutou. – Mas, agora tudo está se encaixando... Foi você quem me atacou no Rukongai. O que quer, Yuichi?

– Vamos com calma, Aiko... Não quero lutar contra você – disse ele docemente. – Eu não quis machucá-la em momento algum e também, não sabia de nada sobre o que meus pais fizeram no passado.

– Desde quando você sabe sobre o meu sequestro?

– Na noite em que nos conhecemos... Ouvi meu pais falando sobre tudo o que tramaram e juro, Aiko-chan, achei imperdoável.

– Não acredito em você – ela olhou para o chão, não queria encará-lo. – Não acredito em nada que venha dessa família... Vocês vão pagar pelos crimes que cometeram. Eu vou agora mesmo fazer uma acusação formal contra seus pais e também contra o que você fez no Mundo Real! Aliás, você vai ter que se explicar para o Soutaichou a respeito dessa zanpakutou, meu primo.

– Sinto muito, Aiko-chan... Você não vai dar um passo sequer.

– O quê? – Aiko não conseguiu mover um músculo sequer no momento em que Yuichi começou a tocar sua lira. Aquela canção penetrava em sua mente, era como se nada mais ao seu redor pudesse ser ouvido, a não ser o que ele estava tocando.

– Hipnotize, Arkhe...

Yuichi tocava de forma encantadora e perfeita, talvez por isso a técnica de sua zanpakutou fosse classificada por ele mesmo como diabólica. De acordo com a sua vontade, os acordes faziam com que qualquer vítima que o ouvisse ficasse hipnotizada e à mercê de sua vontade... Aiko não tinha como escapar, já estava completamente envolvida por aquele som, tanto que até mesmo o brilho de seus olhos haviam desaparecido.


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Notas finais do capítulo

Prometo coisas bem legais no próximo capítulo!



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