Eu não conseguia dormir, me remexia na cama, levantava, andava pelo quarto, voltava a me deitar, mas nada adiantava o sono não vinha. Peguei meu Ipod, e coloquei a música mais calma que eu tinha, era uma música de piano. Mas isso também não funcionou.

 

            Como nada resolvia minha insônia, decidi descer e tomar um copo d’água. Fui à cozinha e mexi na geladeira, mas não havia água gelada, que era a única que resolveria meu problema. Peguei um suco de morango mesmo e me sentei na bancada da cozinha.

 

            A casa estava silenciosa, na verdade eram três da madrugada, estavam todos dormindo. Até que eu escutei um barulho vindo da escada, mas não me importei, devia ser só minha imaginação. Foi aí que a porta da cozinha se abriu revelando um Edward sonolento.

 

            Então eu tive uma idéia de como provocá-lo. Olhei para o suco em minhas mãos e novamente para Edward. Foi um truque que Rose me ensinou que deixava qualquer homem louco.

 

            -Olha quem está acordado. – disse baixo para não acordar ninguém. – Também não conseguiu dormir.

 

            -Pois é. – sua voz estava rouca, pois tinha acabado de acordar. Eu percebi seu olhar em mim. Ponto para minha camisola azul. Ela não era tão curta, batia no meio da minha coxa e tinha até um decote comportado, mas chamou sua atenção.

 

            Aproveitei a deixa e tomei um pouco de suco, fazendo com que uma gota escorresse por meu queixo. Ele arregalou os olhos por um instante e acompanhou o caminho da gota, que estava indo em direção ao meu colo. O desejo se via facilmente em seu olhar. Seus olhos verdes escureceram e ele mordeu o lábio inferior.

 

            Mas uma atitude me pegou de surpresa. Ele chacoalhou a cabeça como se quisesse limpar o pensamento, então começou a se aproximar de mim. Seu olhar mudou radicalmente de surpresa para malícia.

 

            A cada passo que ele dava meu coração acelerava mais.

 

            - Você deixou uma gota escapar. – ele olhou para meu pescoço, por onde a gota passava e que voz era aquela. Rouca e totalmente sexy. Acho que meu coração perdeu uma batida.

 

            Ele foi se aproximando de meu pescoço, se eu resolvesse falar agora, sairiam apenas palavras sem nexo. Meu cérebro não funcionava mais, não pensava em nada a não ser o homem a minha frente.

 

            E então limpou a gota com a língua e deu um beijo fraco em meu pescoço logo em seguida. Eu arfei com a sensação. Minha respiração parou.

 

            - Huuum, morango. – ele disse em meu ouvido.

 

            Agora eu entendia a frase “E o feitiço se virou contra o feiticeiro”. Tinha que admitir que eu havia perdido aquela batalha.

 

            Levantei um pouco tonta e fui novamente a geladeira, precisava de uma bebida forte ou acabaria atacando ele ali mesmo. Peguei uma cerveja e fechei a porta, assim que me virei, Edward me pressionou contra a geladeira. Seu hálito batia em minha boca entreaberta.

 

            -Como eu disse hoje, é muito feio provocar as pessoas. Ainda mais quando você provoca a pessoa errada. – ele tirou a cerveja da minha mão e a colocou no balcão ao lado da geladeira, sem desgrudar seu corpo do meu.

 

            Pegou minhas duas mãos e as prendeu a cima da minha cabeça com uma mão sua. Com sua mão livre ele segurou em minha cintura e aproximou ainda mais meu corpo do seu. Eu ofegava, arrepios passavam por meu corpo e meu coração estava preste a explodir.

 

            Sua boca estava a milímetro da minha e seu olhar não deixava o meu nem por um segundo.

 

            Ele acabou com o espaço que restava entre nós. A sensação da sua boca na minha era indescritível. Sua boca macia e carnuda era uma tentação. Mas quando resolvi aprofundar o beijo e saciar todo meu desejo por ele, ele não deixou e se afastou me olhando com um olhar maroto.

 

            Ele se direcionou a meu ouvido e sussurrou.

 

            - E quem provoca a pessoa errada, tem que pagar – ele me deu um selinho rápido e saiu da cozinha.

 

            Minhas pernas bambas não agüentaram o meu peso e cai de joelhos. Tentei acalmar minha respiração, mas não obtive sucesso.           Coloquei a mão em meu peito e fiquei ali até meu coração voltar a bater no ritmo normal.

 

            Subi de volta para meu quarto e finalmente consegui dormir, relembrando a cena da cozinha.

           

 

            No outro dia de manhã, acordei com uma vontade imensa de aprontar com alguém. Não, eu ainda não tinha esquecido o acontecimento da noite passada, mas só de lembrar minha pele formigava. Tinha que me distrair e nada melhor que zoar alguém. Eu estava muito boazinha, ainda não aprontei nenhuma. Resolvi procurar Alice e por mais estranho que pareça, ela ainda estava dormindo.

 

            Entrei em seu quarto de mansinho e me a joelhei ao lado de sua cama, cheguei bem preto de seu ouvido e disse calmamente: “ALIIIIIIIIIIIIIICEEEEEEEEEEE ACOOOOOOOOORRRRRRRRRDDDDDAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!”

 

            Ela levou um susto tão grande que caiu da cama. Não agüentei a cena e comecei a rir, ela se recompôs e se sentou novamente na cama me lançando um olhar assassino.

 

            -Puta que pariu Bella, são dez horas da manhã. Minha cabeça ta explodindo.  – ela disse enquanto se cobria novamente.

 

            - Eu preciso de sua ajuda para uma coisa.

 

            - Agora não pelo amor de Deus, eu quero dormir, cheguei em casa as três da manhã, e eu to com uma puta ressaca será que da pra falar baixo? – ela se deitou novamente e cobriu seu rosto com o cobertor.

 

            - Vamos Alice, não seja má, por favorzinho. – eu disse enquanto pulava em sua cama.

 

            Ela tirou o cobertor do rosto, olhou para mim e mostrou se dedo do meio, e voltou a se deitar.

 

            - Nossa, não sabia que ressaca deixava a pessoa mal-humorada. Bem eu vou sair e planejar a pegadinha contra o Emmett lá embaixo. – assim que ela ouviu o nome de Emmett ela deu um salto de sua cama que nem um ginasta olímpico faria igual.

 

            -Emmett? Mas eram sempre vocês dois que aprontavam com a gente e não um contra o outro. – Alice perguntou com duvida.

 

            -É, eu sei, mas resolvi diferenciar esse ano. Não que eu não vá aprontar com todos vocês, mas Emmett será o primeiro. – disse já pensando em várias maneiras de atormentar meu primo-urso.

 

            -Ok, eu te ajudo com uma condição.

 

            -E qual seria? – eu estava com medo dessa resposta, Alice tinha uma mente diabólica.

 

            -Você não vai pregar nenhuma peça em mim nessas férias. – Alice sorriu triunfante.

 

            -Nem pensar, é uma tradição das férias eu aprontar com todo

mundo. – ela só podia estar ficando louca. Desistir de aprontar com ela?

 

            - Então eu não te ajudo. – ela virou as costas para mim e cruzou os braços.

 

            -Qual é, eu sei que você quer ajudar. – ela apenas disse que não com a cabeça. – Ok, eu não apronto com você essas férias. – ela se virou pra mim e me deu um abraço apertado.

 

            - Valeeeeeeu. Então por onde começamos? – o sorriso maroto estava estampado na cara de Alice e sei que na minha também.

 

            -Tia Esme te deu uma chave reserva de cada quarto para alguma emergência, certo?

 

            -Sim.

 

            -Ok, preciso da chave do quarto do Emmett. – ela foi até sua penteadeira rosa, muito chamativa, e pegou um molho de chaves. Cada chave tinha as iniciais do dono do respectivo quarto.

 

            -Opa, como vamos diferenciar as chaves do quarto do Emmett e do Edward? – assim que ela falou o nome de Edward borboletas dançaram no meu estômago e aquela cena de ontem se repetiu em minha cabeça. Cada toque,cada palavra. – Mundo chamando Bella, eu sei que você não é desse planeta, mas pelo menos finge ser.

 

            - Vou tirar o riso do bolso pra você. – finge que pegava algo no bolso e coloquei na frente da minha boca e dei um riso falso. – Agora a chave.

 

            -Eu não sei qual das duas abre a porta do quarto de Emmett. – ela estendeu duas chaves para mim. O problema era que as duas continham as iniciais EC.

 

            - Espera um pouco. –peguei a chave da mão esquerda de Alice e a analisei bem de perto. – Olha Alice, do lado desse E tem um M bem pequeno, da pra ver?

 

            -É verdade.

 

            -Ok, então vamos.

 

            Saímos do quarto de Alice e fomos até o último quarto do corredor à esquerda. A porta estava trancada, então Emmett devia estar lá dentro ainda.

 

            Peguei a chave e abri a porta cuidadosamente, sem fazer nenhum barulho.

 

            O quarto de Emmett era um bagunça só. Roupas espalhadas para todo lado, sapatos jogados de qualquer jeito pelo chão. Até cuecas jogadas por aí.

 

            -Bella, da uma olhada nisso. – Alice disse num sussurro quase inaudível.

 

            Em suas mãos ela segurava uma cueca do Barney, eu não acreditava que ele ainda tinha essa cueca. Outro dia na piscina em que eu ameacei contar o segredo de Emmett para todo mundo eu estava pensando nessa cueca, mas eu não podia acreditar que ele ainda tinha isso. Tive que prender o riso se não acordaria o grandão. Isso seria útil em pegadinhas futuras.

 

            Fui em direção a cama de Emmett, onde ele estava esparramado, descoberto.

 

            Então peguei minha mochila, que Alice só tinha percebido ela agora, e tirei uma cobra de lá. Alice quase deu um berro, mas eu tampei sua boca.

 

            -É de mentira, controlada por controle remoto, tá bom. – ela assentiu e eu a soltei.

 

            Coloquei a cobra estrategicamente sobre o tórax de Emmett e a liguei.

 

            Peguei o controle remoto e fiz um pequeno movimento. Ela se mexia como uma cobra de verdade. Mas esse movimento fez Emmett começar a se mexer e eu percebi que ele ia acordar. Rapidamente indiquei a porta para Alice.

 

            -Corre e pega a sua câmera por que isso vai ser bom.

 

            Ela foi para seu quarto e eu me posicionei sentada na escada.

 

            Comecei a fazer movimentos com o controle. Alice chegou a tempo de ver o circo pegar fogo.

 

            -AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA. – o grito vinha do quarto de Emmett. Ele saiu em disparada de seu quarto segurando a cobra com as duas mãos. Parecia estar lutando contra ela. Ele se debatia contra as paredes.

 

            -AAAAAAAA, UMA COBRA MAMÃE ME SALVAAAAAAAAAA.

 

            O rosto de Jasper apareceu em sua porta, assim como o de Rose e Edward.

 

            -Bom dia pessoal. – disse com jeitinho de anjo, mas balancei a mão com o controle remoto.

 

            -E a temporada de caça começou. – Jasper disse.

 

            - Bem eu não vou ficar aqui, tenho que filmar meu primo dando o maior ataque da história.

 

            Alice desceu a escada correndo e eu fui atrás dela ainda mexendo no controle. Edward, Rose e Jasper vieram logo em seguida.

 

            Emmett não estava no segundo andar então descemos para a sala. Ele ainda lutava contra a cobra.

 

            - TOMA SUA COBRA MALVADA, ALIENIGINA DO MAAAL.

 

            A cobra se mexia em sua mão descontroladamente até que ele a soltou. Eu fiz a cobra ir em direção a Emmett que correu para fora de casa. Incrível com ele não havia percebido o controle em minha mão ou que Alice gravava tudo.

 

            -SALVEM-SE QUEM PUDER! HOMENS BONITOS PRIMEIRO. – num minuto ele se jogou na piscina.

 

            Eu parei a cobra na beirada dela e esperei Emmett emergir.

 

            -Bom dia priminho do meu coração, dormiu bem? – dei um sorriso amarelo e uma piscadinha e ele finalmente olhou para o controle em minha mão e depois para a câmera de Alice e depois voltou olhar para mim. Seu olho esquerdo tremia e parecia que ele ia me matar.

 

            - Isso... vai... ter... volta... V-I –N... Ah?!... gança – ele tentou soletrar, mas foi uma experiência sem sucesso. Saiu da piscina e veio em minha direção. Eu, como não sou boba nem nada, sai correndo que nem uma doida enquanto gargalhava de Emmett.

 

            Ele estava me alcançando, então parei e dei um drible nele voltando para a piscina.

 

            - Me ajudem. – eu não conseguia falar, estava sem fôlego pela corrida e pelas gargalhadas.

 

            Edward começou a correr atrás de mim e Emmett atrás dele.

 

            - Ah, vai ajudar a pimentinha irmão? Então você vai pagar também. – Emmett começou ainda mais rápido.

 

            -Corre Bella, corre. – Edward ordenou e eu obedeci.

 

            Foi ai que vi minha salvação, entrei no armário de casacos. Ali eu estava a salvo.

 

            - Bella abre, ele vai me matar. – Edward apesar de saber da gravidade do problema, porque quando a palavra vingança sai da boca de Emmett não presta, gargalhava feito um doido.

 

            - Não, você pode ser o Emmett disfarçado.

 

            - Isabella Marie Swan, ou você abre essa porta agora, ou eu conto para todo mundo sobre ontem à noite. – ah, ele só podia ta brincando comigo. Abri a porta e o puxei para dentro, fechei-a logo em seguida.

 

            -Vocês dois estão fudidos em minhas mãos. – Emmett disse e ouvi a porta do armário ser trancada pelo lado de fora.

 

            AI PORRA!

 

            -MUHAHAHAHAHAHA, agora vocês dois são meus prisioneiros e essa chave vai ficar comigo até segunda ordem. –ouvi seus passos se afastando.

 

            -Um dia eu mato o seu irmão. – dentro do armário estava escuro e eu procurei pelo interruptor.

 

            - Aqui você não vai achar nenhuma lâmpada que ascenda. Emmett a quebrou m dia antes de vocês chegarem.

 

            - Repito, um dia eu mato o seu irmão.

 

            Me sentei no chão exaltada.

 

            -Mas quem mandou você mexer com ele, agora agüenta. – o pior é que ele estava certo. Como Jasper disse “A temporada de caça começou.”

 

            - Mas isso não vai ficar assim.

 

            -Eu desisto, você é muito cabeça-dura.

 

            - Uma cabeça-dura que você adoraria estar beijando agora. – me levantei e fiquei de frente para ele.

 

            - Quem sabe eu não transforme isso em realidade. – ele abraçou minha cintura e me trouxe para mais perto de seu corpo.

 

            - Quem sabe você não sonha mais um pouco. – me desvencilhei de seus braços e fui me sentar e ele logo em seguida e sentou na minha frente.

 

            Pensei ter ouvido Edward sussurrar para si mesmo algo como “Minha Bella”, mas isso seria muita loucura. 

 

            - Só pra constar aquela ameaça foi muito injusta. –apontei o dedo para ele e o olhei brava.

 

            - Eu sei, mas que você gostou de ontem, você gostou. – ele deu um sorriso torto que fez meu coração acelerar.

 

            -Bem – chacoalhei minha cabeça para me acalmar. O que ele estava fazendo comigo? – Já que estamos presos aqui, eu vou continuar dormindo.

 

            Me deitei no armário, que era bem grandinho para um armário de casacos, e dormi. As imagens novamente invadindo meus sonhos.

             

            Edward PDV

 

            Se tédio matasse, eu estaria morto à duas horas a trás. Isso tudo é culpa da Bella. Quem mandou ela aprontar com o Emmett. Mas se eu não tivesse ajudado ela a fugir, eu também não estaria trancado nesse armário.

 

            Ai que raiva. Meu estômago já começou a roncar. Eu estou preso aqui desde às 10:00 e já são 12:30. A única coisa que me conforta é poder ver Bella dormindo aqui ao meu lado. Tão calma e sossegada.

 

            -Edward! – Bella disse num sussurro, por alguns instantes pensei estar ouvindo coisas, mas então ela me chamou de novo.

 

            -Edward!

 

            -Sim Bella, o que você quer? – ela havia acordado e eu nem tinha percebido.

 

            -Edward!

 

            Espera um pouco. Ela ainda está dormindo. Então quer dizer que ela fala dormindo. Uma alegria se encheu em meu peito quando me dei conta que ela estava chamando meu nome enquanto dormia. Será que ela está sonhando comigo? Será que é um sonho bom? Ou será um pesadelo?

 

            As perguntas rodavam em minha cabeça, mas batidas, ou melhor, murros na porta me tiraram de meus devaneios.

 

            -Hey, algum sobrevivente? – A voz de Emmett saiu alta até demais, o que fez Bella acordar com o susto. Como eu estava sentado muito próximo dela, nossos corpos se chocaram e eu cai no chão com ela sobre mim. Não posso mentir que adorei isso.

 

            Alguns casacos de pele que estavam no armário caíram sobre nós, nos cobrindo totalmente. Bella gargalhava por causa de nossa situação. Uma risada graciosa e sonora. Música para os ouvidos. Mas pra mim, rir era a última coisa que eu queria fazer agora. Sua boca estava muito próxima da minha e eu queria tocá-la. Mas aquele não seria o melhor momento.

 

            -Ai meu Deus,se tinha sobreviventes agora não têm mais, Emmett, eles devem ter tido um ataque fulminante com o susto. – Era Alice lá fora.

 

            -Mas eles não fumam. – isso só podia ter saído da boca do meu irmão. A burrice deve abranger noventa por cento do cérebro minúsculo dele.

 

            -Abre logo essa porta, seu animal. – Jasper também estava lá fora. Será que a Swat também não compareceu?

 

            -Tá bom, estressadinho. – escutei a porta sendo destrancada e depois aberta.

 

            -Ai merda! Eles viraram casacos de pelo. Por que meu Deus? Por quê? Meu irmão cabeçudo que deixou de ser um maricas e virou homem. E minha prima que é a cópia do Denis pimentinha só que na versão feminina gostosa. – O escambau que eu era um maricas, sempre fui mais macho que ele. O incidente da cobra de hoje cedo é prova do que eu estou falando. E que negócio é esse de ficar chamando a Bella de gostosa. Só eu posso chamar ela assim, sem ela saber claro, mas só eu tenho esse direito.

 

            Eu conseguia ver Emmett com os braços levantados, olhando para cima enquanto lastimava.

 

            -Emmett, por acaso você prendeu o pum, ele subiu pra sua cabeça e é por isso que você só pensa merda? – Bella se levantou brava. Uma pena porque eu estava amando a proximidade. Mas também percebi que ela estava um pouco corada e evitava olhar para mim.

 

            -Bellinha você voltou!

 

            Eu também me levantei e vi Emmett matando Bella num abraço esmagador.

 

            -Cabeçudo, você voltou também. – ele veio em minha direção, mas eu estiquei meu braço falando para ele parar.

 

            -Como eu posso voltar se eu não fui a lugar nenhum? Só se eu fui para Nárnia.

 

            -Edward não fala isso senão ele pede pra você levar ele lá. Vamos Bella, você tem que tomar um banho, nós já vamos almoçar. – Alice e Bella saíram me deixando com meus irmãos.

 

            -Cara, o que aconteceu que Bella estava encima de você? – Jasper perguntou desconfiado.

 

            -Nada. – infelizmente, completei mentalmente. – Emmett a assustou com as batidas na porta e ela caiu encima de mim, junto com os casacos.

 

            -Mas você estava com uma cara de bobo apaixonado e essa não é a primeira vez que o vejo assim perto dela. – Não podia discordar. Eu nunca tive que seduzir nenhuma mulher, elas só olhavam para mim e pronto. Mas Bella era diferente. Eu, sem dúvida alguma, estava de quatro por ela e eu não conseguiria esconder isso dos meus irmãos por muito tempo. Ou pelo menos de Jasper.

 

            - Ok, não comentem pra ninguém, mas eu estou perdidamente apaixonado por Bella, ela não sai da minha cabeça, sonho com ela toda noite, mas ela não tá nem ai pra mim. – foi duro admitir isso porque eu sempre fui o cara que nunca ia se apaixonar por ninguém. Mas pelo visto existia alguém para mim e esse alguém era Bella.

 

            -Cabeçudo, você tá falando sério? Tá apaixonado pela pimentinha?

 

            -Sim eu estou. – Emmett estava com os olhos arregalados 3D.

 

            -E já rolou alguma coisa? –Jasper tinha um brilho no olhar, aquele brilho que só gente fofoqueira tem. Era de dar medo.

 

            -Não, já tentei seduzi – lá, mas nada dá certo.

 

            -Já sei!! – Emmett gritou. – Eu vou te ajudar a conquistar a Bellinha. Deixa de ser bicha e começa a agir como macho.

 

            -Você? Por quê?

 

             -Primeiramente, eu sou o mais velho e o gostosão. Segundamente, não vou querer meu irmão com fama de voador. Já basta o Jasper.

 

            -Hey, eu ouvi isso.

 

            -E era para ouvir mesmo. Mas continuando, hoje vamos fazer uma noite de jogos. Todos os jogos que puderem juntar vocês dois e umas cervejas também. Carlisle e Esme foram viajar ontem e me pediram para ficar de olho em vocês então a casa é só nossa. – Emmett terminou de falar com um sorriso no rosto.

 

            - Nunca pensei em falar isso, mas Emmett você é um gênio.

 

            -Eu sei, igual aquele velho... o Albert Einstein que criou o videogame.

 

            -Alegria de Cullen dura pouco. – sussurrei para Jasper. – Mas vamos, temos que começar a preparar a Night Games.