Jogos de Sedução escrita por Bruhhello


Capítulo 17
2° Fase - Eles têm sorte de serem bonitos




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Capítulo 16 – Eles têm sorte de serem bonitos

 

No último episódio...

 

            - Bella, entenda, Edward te amou, aliás, ele ainda te ama, mas esse infelizmente é o jeito dele enfrentar essa situação.

            - Quem era ela? – perguntei interrompendo.

            Alice e Rosalie trocaram um olhar e voltaram a olhar para mim.

            - O nome dela era Sophie...

 

*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

            - O nome dela era Sophie Katen. – Rosalie começou com calma. – Ela estudava com Edward e os irmãos no Forks High School. Edward e ela nunca se aturaram muito. Eram o oposto com toda certeza. Mas tudo mudou com um trabalho.

 

            - Pois é. – Alice continuou. – O professor de Biologia os colocou para fazer um trabalho juntos. E em meio a tantas brigas eles acabaram se beijando. E quando você tem 17 anos parece que as emoções são aumentadas. Edward se apaixonou por ela e ela por ele. – Alice deu um sorriso tímido. – Formavam um belo casal. Eu e Rose chegamos a conhecê-la em uma das nossas passagens por lá no meio do ano e ela era um amor de pessoa.

           

- Depois de um ano juntos, os dois tinham até planos de irem para a mesma faculdade. Foi ai que aconteceu. – Rose deu uma pausa dramática. – Na noite da formatura, na frente de toda escola, Sophie terminou com Edward e o humilhou na frente de todos. Ele ficou completamente arrasado. Cancelou sua matricula em Standford e seguiu rumo a Dartmouth. Ele ficou isolado por meses, sem falar com ninguém ou até mesmo sair do quarto. Apenas dormia e estudava.

           

 Eu não queria acreditar no que estava ouvindo. Nunca, em toda a minha vida, eu poderia imaginar que Edward havia sofrido tanto. A imagem dele sofrendo ontem passou novamente pela minha cabeça. Até que algo me surgiu.

 

            - Se vocês sabiam dessa história porque não me impediram de continuar o plano? – falei com raiva.

 

            - Bella, pra gente ia ser algo inocente, nunca pensamos que Edward realmente chegaria a amar novamente e muito menos o que separaria vocês.

 

            Quando Rose soltou aquelas palavras, lágrimas começaram a escorrer por meus olhos. Eu me odiava por tudo que estava acontecendo. Por fazer todos daqui sofrerem.

 

            - Bella, só tem uma coisa que eu não entendo. Se você tem pou...

Pouquíssimas chances – Alice falou entre lágrimas. – Por que não aproveitar o pouco tempo que te resta?

 

            - Porque se eu fizer isso vai ser pior quando... quando eu for.

 

            - Como você pode estar tão certa de que você vai morrer? – Rose me disse indignada. – Primeiro a mamãe e depois o papai, agora você.

 

            - O médico disse, eu tenho pouquíssimas chances. – falei com pesar.

 

            - Mas e se no final das contas você se curar, você vai ficar sem o Edward?

 

            - Se ele me aceitar depois de tudo que eu fiz eu serei a pessoa mais feliz do mundo, mas se ele preferir seguir sua vida com outra, eu não vou me impor. – O amarei a distância – completei em pensamento.

 

            Alice e Rose me encararam chorosas e me abraçaram, dormimos em seguida, as três abraçadas. Isso me lembrava as noites de pesadelos onde nos juntávamos para acabar com o medo da outra. Só que, isso estava longe de ser um pesadelo.

 

 

            Hoje era o nosso último dia aqui no Brasil. Eu já sentia saudade do país que me fez viver os momentos mais felizes de minha vida, mas por pura falta de sorte, vivi um dos piores também.

 

           Eu pretendia levar apenas as partes boas dessa viagem. Agora era me preparar para embarcar num mundo chamado: Faculdade.

 

            As aulas começavam daqui uma semana e eu não estava tão animada para elas.

 

            Enquanto terminava de arrumar minha mala, eu percebi o livro Romeu e Julieta entre as roupas. Acabei nem o lendo com tudo que aconteceu. Lá no meio estava a carta que meu pai havia escrito. Havia a lido tantas vezes que as palavras ficaram guardadas, não na mente, mas no coração.

 

            Mas uma frase em especial se destacou.

  

            Corra atrás de seu sonho. Não desista de ser escritora, você tem o dom de dar vida as palavras, de envolver qualquer um em suas histórias de fantasia. E sempre coloque um final feliz, assim como você sempre quis em Romeo e Julieta.

 

            Eu queria tanto poder seguir esse conselho de meu pai. Escrever costumava ser minha vida, mas agora era difícil me ver escrevendo algo. A minha vontade ser escritora acabou quando meu pai morreu.

 

            E como eu poderia colocar um final feliz em minhas histórias de amor, se nem a minha própria havia tido um?

 

           Me senti um pouco tonta e tive que me sentar. Foi então que percebi que não havia tomado o meu remédio hoje de manhã.

 

           Eu me perguntava se ele estava fazendo algum efeito, mas isso eu só descobriria daqui algumas semanas.

 

           Quando tudo estava pronto dei uma ultima olhada naquele quarto marcado por boas lembranças e desci para me encontrar com o pessoal.

 

            - Vamos MDM, eu estou cansada de esperar.

 

            - Fala com a minha mão JP. – falei sem o encarar.

 

            - Então, todos prontos para voltar para casa? – Emmett perguntou.

 

            - NÃO. – todos gritaram em uníssono.

 

            Quando estava para sair percebi que Edward não estava entre nós.

 

            - Hey, Emmett? Onde o Edward está?

 

           Ele me olhou com uma cara confusa e eu perguntei o que eu havia perdido.

 

            - Ele não te contou?

  

          - Contou o que?

 

           - Ele foi embora ontem, assim que chegou do restaurante. Pegou o primeiro vôo para Seattle.

 

           Ele havia ido embora? Por quê?

 

 

Edward PDV

 

  

*Vai abrir no Media rapidinho*

 

http://www.innocencemidis.com.br/m.i_dis/bluesjazzerock/simple_plan/simple_plan_-_untitled.mid

 

*Tente esse*

http://www.youtube.com/watch?v=ZQ7oqmikZDQ

 

 

           Eu não havia agüentado. Tinha fugido de Bella como um garotinho assustado. Mas eu simplesmente não conseguia mais estar no mesmo ambiente que ela sem me sentir enganado ou com raiva.

 

            O que ela havia feito no restaurante era a prova de que Bella era infantil. Não contente em acabar com o nosso relacionamento ela queria acabar com qualquer outro que eu tivesse. Ela não queria que eu fosse feliz.

 

            Mas o que mais me irritava era que depois de tudo eu ainda podia ver a certeza a cada vez que eu pensava que a amava.

 

           Eu queria esquecê-la, mas a lembrança de seu cheiro, de seu sorriso e de tudo nela tornava isso mais impossível do que parecia.

 

           Eu fui embora do Brasil no mesmo instante em que vi Bella entrar em casa depois de nossa briga. Adiando a partida apenas para arrumar a mala.

 

            Olhando da janela do avião eu deixei tudo que aconteceu para trás. Sabe a famosa frase: Tudo que acontece em Vegas, fica em Vegas? Pois é, nesse instante eu pensava: Tudo que acontece no Brasil, fica no Brasil.

 

            Afundei meu rosto em minhas mãos respirando fundo não sabendo como seguir a partir daqui. Minha cabeça girava com tantas lembranças. E agora, aqui estava eu, tentando esquecê-las.

 

           Começaria minha vida como se estivesse aprendendo a engatinhar.

 

           A aeromoça nos informou sobre a aterrissagem e eu apertei meu cinto. Depois de alguns minutos já estava respirando o ar de Seattle.

 

           Quando estava quase saindo do aeroporto uma senhora com seu marido me chamou.

 

            - Hey rapaz. – virei-me para olhar. – Você deixou cair isso.

 

            Ele me entregou uma fotografia. Bella comigo na praia. Ela estava sentada entre minhas pernas com suas costas encostada em meu peito me encarando com todo amor que ela dizia sentir e eu olhava para ela retribuindo.

 

            - Você tem muita sorte, dá para ver o amor entre vocês. – A senhora falou. É, eu tinha muita sorte.

 

            - Obrigado senhores. – acenei e sai para a chuva densa que cai lá fora. Chamei um táxi e dei-lhe o endereço da casa dos meus pais.

 

           Eu me sentia cego diante de tudo que estava acontecendo em minha vida. Não sabia que caminho seguir ou por onde recomeçar.

 

 

            Eram onze horas da manhã quando cheguei em casa. Estava cansado, com fome e puto.

 

           Esme, não esperando, se assustou quando apareci na sala de casa ofegante.

 

            - Edward? O que você está fazendo aqui? – quando Esme viu minha cara destruída sua pergunta mudou. – O que aconteceu?

 

            Sabe aquela voz maternal que você sempre quer ouvir quando se machuca. Eu vim pedindo a viagem inteira para Esme não usá-la quando chegasse em casa, mas era inevitável.

 

           E agora eu estava sentado ao seu lado contando tudo que havia acontecido durante toda a viagem. Eu parecia uma criancinha resmungando para os pais, mas era bom finalmente ter alguém para contar o que se passava na minha mente confusa.

 

            - Estamos falando da mesma Bella? – Esme perguntou assustada.

 

            - Por mais que eu quisesse negar, estamos.

 

            - E como você se sente querido. – Esme afagou minha bochecha.

 

           - Destruído, sem vontade de fazer nada, apenas afundar a

cabeça no travesseiro e não sair mais de lá.

 

            - Edward, por favor...

  

          - Eu sei o que vai dizer mãe, Emmett e Jasper já me deram esse discurso. Eu vou para o meu quarto. Depois conversamos.

 

           Me arrastei até meu quarto e me joguei na cama esperando até o momento em que aquela porta se abriria anunciando a sua chegada. Por enquanto esqueceria de tudo.

 

 

            Escuto a porta da frente sendo aberta e gritos vindo de ninguém mais do que Alice. Já eram quase dez da noite e eu ainda estava deitado em minha cama. Minha mãe havia me chamado para o jantar, mas eu recusei, nada desceria por minha garganta.

 

           Fiquei deitado apenas encarando o meu pôster do Foo Fighters colado no meu teto, lembrança do show que eu havia ido em Los Angeles.

 

           Era um tempo sem preocupações. Eu tinha 17 anos na época. Foi quando ela terminou comigo na frente de todos. Naquele dia eu fugi de casa. Me lembro até hoje.

 

 

Flashback on

 

 

            Estávamos no nosso baile de formatura, uma festa bem animada.

 

 

*Link para a música*

 

http://www.4shared.com/audio/9ue8CvBw/08_Foo_Fighters_-_Breakout__19.htm

 

*Se não for tente esse*

 

http://www.youtube.com/watch?v=4L6OvFiTQNU

 

 

            Quando vejo ela, no seu vestido lilás, vindo em minha direção . Meu coração, como sempre acelerou e um sorriso apareceu em meu rosto.

 

            Mas para a minha surpresa, ela passou por mim sorrindo sacana e se jogou nos braços de um dos jogadores do time de futebol e o beijou.

 

            Aquilo fervilhou em mim e quando minha consciência voltou, o cara estava no chão com o nariz sangrando e eu discutindo com Sophie.

 

           - Eu posso saber o que foi isso? – gritei visivelmente alterado.

 

           - Ué, estava curtindo. – falou simples.

 

           - Que eu saiba, seu namorado sou eu!

 

 

            - Não, você era o meu namorado. Cansei de você.

 

           Minha vontade naquela hora era de pular no pescoço daquela vagabunda, mas me controlei sabendo da quantidade de pessoas a nossa volta.

 

            Tomei uma respiração profunda reprimindo a dor e sai de lá.

  

          - Até mais, Cullen. – Sophie falou rindo.

 

            - Isso vai ter volta. – sussurrei para mim a promessa.

  

          Peguei meu carro e arranquei em alta velocidade pela estrada de Forks. O tempo estava agradável, o que era bem raro. Então liguei o som do carro e baixei a capota do meu Camaro, sentindo o vento bater no rosto.

 

            Tocava a música Breakout do Foo Fighters e eu cantei junto aliviando toda a raiva que estava contida em meu peito.

 

           Foi naquele pequeno momento que eu prometi para mim mesmo nunca mais amar ninguém, tinha certeza que todas as mulheres fariam isso comigo.

 

            O rádio anunciou o show do Foo Fighters que aconteceria em Los Angeles no dia seguinte e tomado pela loucura segui para lá. Sem parar em casa para trocar de roupa. Queria fazer uma loucura uma vez na vida e essa era a minha chance, apenas mandei uma mensagem para Jasper avisando aonde eu estava indo. Ele não queria deixar, mas ele não estava ali para me impedir.

 

           Segui rodando a noite inteira. Não me importava com nada, não sentia sono e gritava a música. Eu queria esquecer de Sophie e começar a viver a vida de maneira intensa.

 

           Quando era nove da manhã eu ainda estava rodando. Já havia parado ligado para Standford cancelando minha matricula, e também ligando para Dartmouth avisando que enviaria meus dados até segunda.

 

            Eles me aceitaram na universidade. E eu fiquei feliz por me livrar dela de uma vez por todas.

 

           

            Flashback off

 

 

            Cheguei em L.A e fui direto para a casa de minha tia. No outro dia me esbaldei no show não querendo saber do dia de amanhã.

 

            Foi desse dia em diante que eu comecei a passar todos os verões na casa da minha tia, cercado de mulheres todos os dias. Minha personalidade canalha começou ali.

 

           Minha promessa acabou no momento em que conheci Bella, mas eu deveria saber que ela faria isso comigo. O besta aqui acreditou que ela o amava e só se ferrou. Sendo largado de novo.

 

            Meus pensamentos foram interrompidos por um bater em minha porta. Sussurrei um baixo “entre” e logo Alice surgiu em meu quarto.

 

            - Nossa priminho pra que toda essa melancolia? – lancei um olhar de “como se você não soubesse” para ela.

 

            - Vamos Edward, estamos todos lá na sala mostrando as fotos da viagem, Emmett montou um data show. E por incrível que pareça ele entende dessas coisas.

  

          - Alice, por favor, me deixa.

 

           - Não, vamos logo. – ela me puxou pelo braço me fazendo levantar. Descemos as escadas e nos juntamos a família.

 

            - Chegou quem faltava. – Carlisle anunciou.

 

           - Vamos Edward, sente-se que já vai começar. – Esme disse doce apontando para um lugar ao seu lado, mas isso faria com que eu me sentasse ao lado de Bella. Com o pensamento meu sangue ferveu.

 

           - Eu vou ficar de pé. – Esme me lançou um olhar entristecido.

 

           - Solta essa coisa logo Emmett. – Jasper ralhou.

 

            Emmett apertou o play e logo imagens de nossas férias eram exibidas no telão montado.

 

           As fotos eram de nossas noites na balada, confusões na hora do jantar e até de todos na piscina. Apareceu a foto de Alice com a cara verde por causa do creme e ela soltou uma exclamação. Jacob e Tânia brigando. Rosalie e Emmett fazendo careta no nosso primeiro dia na casa. Então a tela se encheu com a foto que mais cedo eu quase havia perdido no aeroporto.

 

           Dei um suspiro que saiu alto demais e arrisquei um olhar para sua direção. O que eu não esperava era ver Bella olhando para mim também. Nossos olhares se conectaram, mas eu quebrei o contado, aquilo machucava demais.

 

            Achei ter visto uma lágrima escorrer pelo rosto de Bella, mas era uma ilusão, ela não choraria por mim.

 

           - Bom pessoal, agora que já vimos as fotos, vou me retirar, estou muito cansado.

 

           - Mas querido, você passou o dia inteiro em seu quarto, fique conosco mais um pouquinho e nos conte sobre as férias.

 

           - Eu não tenho nada para falar. Se me dão licença.

 

 

           No dia seguinte levantei cedo, mas meu corpo negava a satisfação de uma noite bem dormida. Tive pesadelos, os quais eu não me lembrava.

  

          Desci para tomar café, e devo admitir que ainda era estranho me acostumar com o clima gelado de Forks depois de uma temporada no Brasil.

 

            Sentei-me a mesa quando meu celular começou a vibrar. Olhei no visor e estava escrito Seth. Atendi feliz por ser meu amigo.

 

           - Oi Seth.

 

           - Olá dorminhoco. Estou tentando falar com você desde as dez da manhã. – olhei no relógio da cozinha que marcava uma hora da tarde. Me assustei por ter dormido tanto tempo.           

  

          - Foi mal Seth, é que eu cheguei ontem de viagem e precisava descansar.

 

           - Fica tranqüilo irmão.

 

           - Mas e ai? Sobre o que você queria falar comigo.

 

           - Bom, estamos preparando uma festa aqui na reserva, queria saber se não tava a fim de vir. Mostrar se aprendeu um pouco do gingado brasileiro.

 

            - To dentro.

 

           - Te espero aqui então.

 

           - Beleza, até mais.

 

           - Até.

 

            Planos para hoje, checado. Mas teria que pedir o carro de Carlisle emprestado, pois o meu estava tendo alguns problemas, precisava arrumá-lo urgente.

 

 

            Bella PDV

 

 

            Estava no meu quarto fazendo uma coisa que eu não fazia há muito tempo. Tocando violão.

 

           Tocava qualquer coisa que me viesse a cabeça, se me fizesse desconectar do mundo, eu tocava. Sentia-me alegre tocando violão. Me lembrava das aulas de Charlie. Como eu odiava fazer pestana, agora eram tão simples.

 

           Mas tive que parar de tocar quando percebi Jacob entrando em meu quarto com Tânia em seu encalço.

 

            - Jacob o que você está fazendo aqui?

 

           - Vim chamar você para uma festa hoje lá na reserva.

 

           - Ah, eu não to muito a fim de ir não, que tal na próxima?

 

           - Qual é Bella, Emmett não vai porque foi com alguém no shopping, Jasper foi acampar com Alice. – Alice e acampamento não eram coisas que eu esperava ouvir na mesmo frase. – Eu sei, ele conseguiu convencê-la passando o discurso de “uma noite romântica”. Rosalie parece ter saído com alguém. Você não se diverte desde que se separou do Cullen idiota. Anda pensando demais.

 

           - O Edward vai? – não queria vê-lo.

 

           - Se eu estou te chamando é porque não tenho intenções de chamá-lo. Como seu amigo eu falo que você deve curtir a vida.

  

          - Amigo? – Agora Jacob era meu amigo. Desde quando?

 

           - É, se eu não consigo você como minha namorada, achei que fosse legal sermos amigos. Você é uma garota legal.

 

            - Sem azaração, ou qualquer coisa do tipo?

 

           - Eu prometo.

  

          - Ok, amigos então. Mas quanto a festa, eu não posso ir, meu carro está com uns problemas.

 

           - Se você quiser pode ir com a gente.

 

            - O QUE? – Tânia gritou.

 

           - Ela não tem carona o que custa?

 

           Tânia parecia querer voar no pescoço de Jacob. Mas que namoro mais conturbado o desses dois. Um dia estão na maior melação, no outro estão brigando. O engraçado é que esse “namoro” surgiu do nada. Não sei como, quando ou onde começou. É a vida.

 

           - Jacob, tudo bem, eu me viro. Mas eu vou sim. Você tem razão, preciso me divertir.

 

           - Que bom, nos vemos lá então.

 

           Eu precisava ver se meu carro estava em condições. Mas como Jacob disse, eu estive pensando muito esses dias. Talvez uma noite fora da realidade não fizesse mal.

 

 

           Estava quase na hora da festa quando terminei de me arrumar. Como a festa seria praia resolvi pôr um vestido com sandálias de salto baixo.

 

            Fui até a parte de fora da casa e uma brisa super gelada passou por mim. Esqueci da mudança climática, estava acostumada com o calor do Brasil. Voltei para meu quarto e peguei um casaco.

  

          Desci até a garagem e fui até meu carro. Um Volvo XC90 Tuned. (n/a: chega de só o Edward ter um Volvo :p) Ergui o capo do carro, mexi em algumas coisas, mas ainda estava receosa de sair com ele, poderia para no meio da estrada e não seria muito agradável. Talvez Carlisle emprestasse seu carro.

 

 

Carro da Bella

 

 

 

Carlisle PDV

 

            Estava na cozinha com Esme, tentando aprender como preparar um prato desconhecido por mim. Não estava indo nada bem.

 

            Até que Bella entrou pela porta que dava acesso a garagem ao mesmo tempo que Edward entrou pela porta da cozinha.

 

            - Carlisle me empresta o seu carro? – eles disseram juntos.

 

           Fiquei sem reação. Para quem emprestar. Aqueles dois tinham passado por muita coisa e para ser sincero ainda não conseguia acreditar na atitude de Bella, ela não fazia isso. Algo ela com certeza escondia, mas isso era assunto para outra hora. Porque nesse momento Bella e Edward trocavam olhares de desafio.

  

          Ao mesmo tempo os dois correram para pegar a chave em cima da bancada da cozinha.

 

            - Solta, eu preciso dela. – Edward disse.

 

            - Não, eu preciso.

 

            - Ele vai emprestar para mim, já que é meu pai.

 

            - Carlisle é justo com todos.

 

            - O que você vai fazer afinal? Procurar a próxima vitima? – Edward disse frio.

 

            Os olhos de Bella pareciam sôfregos, mas pude ver um ódio crescendo. Uma coisa que não havia ali antes.

 

            - Eu vou com o meu carro. – gritaram os dois e saíram por onde haviam entrado.

  

          - Carlisle, precisamos fazer alguma coisa. Esses dois não deviam estar assim.

 

           - Eu sei Esme. Daremos um jeito.

 

Emmett PDV

 

            Quando Bellinha disse que não sabia que Edward tinha ido embora mais cedo do que a gente, eu fiquei chocado. Edward disse que tinha se despedido de todo mundo, mas pelo visto não de Bella.

 

           Sabe, eu entendo o meu mano, a garota acabou com ele e por mais que eu amo aquela minha priminha encapetada, ela me decepcionou fazendo aquilo com Edward. Posso não ser o cara mais inteligente do mundo, mas Bellinha não terminaria com ele assim, por causa de um plano, ela parecia gostar realmente dele.

 

            Ai com certeza tinha coisa.

 

            Mas por enquanto esse pensamento vai ficar de lado. Tenho muitas coisas para resolver. Terminar de organizar minhas coisas para voltar para faculdade, o que por mim demoraria mais umas três semanas. E sinceramente meu tempo estava sendo muito bem gasto com uma gostosa chamada Rosalie.

 

            Quando chegarmos a faculdade eu começo o meu trabalho profissa de espião.

  

          Agora, eu e Rosalie andávamos pelo shopping de Port Angeles. Claro que ninguém sabia que estávamos aqui, nem mesmo Alice e Bella que sabiam de nossos encontros. E graças a o meu bom Deus, aquela coisa chamada JP estava longe de nossa casa desde que voltamos do Brasil.

  

          Nem Tânia vai nos visitar, aposto que passa o tempo todo com o Jake malandro na reserva fazendo promiscuidade. Aqueles dois têm um fogo, que só vendo. Ou melhor, dica, não queiram ver.

 

            - Sabe Emmett, é bom poder sair com você, sem ter medo de virar a esquina e dar de cara com um conhecido.

 

           - Mas Rose querida, não tem como virar a esquina em um shopping.

 

            Rose revirou os olhos.

 

            - Você tem sorte de ser bonito.

 

            - Isso não é sorte, é um tempo bem gasto na academia.

 

            Rosalie sorriu e nos sentamos para tomar um sorvete.

 

           - Rosalie posso te perguntar uma coisa?

 

            - Claro, até duas.

  

          - Você acha que tem um motivo a mais para Bella ter terminado com Edward. – Por mais que eu quisesse esquecer esse assunto, eu me preocupava com Bella e principalmente com meu irmão.

 

           Rose engasgou com a Coca que ela bebia e me olhou chocada.

 

            - O-o que te-e faz pensar isso? – ela gaguejou.

 

           - É só que não parece uma coisa que Bella faria.

   

         - Emmett, podemos mudar de assunto, isso é com os dois, não vamos nos intrometer. – Rose disse ainda mais nervosa.

   

         - Tudo bem, mas eu vou descobrir. – sussurrei a última parte para mim seriamente como uma promessa.

  

          Até que uma ruiva passou por mim com uma loira a sua cola. Elas se sentaram a mesa ao nosso lado e eu fiz um sinal para que Rose olhasse.

 

           - O que foi? – ela sussurrou para que só eu ouvisse.

  

          - É esse a ruiva que Edward estava quando o achei no Rio, lembra?

  

          O olhar de Rose ficou assassino e ela olhou em direção a ruiva. Uma expressão de choque apareceu em seu rosto.

 

           - Oh meu Deus. É a Victória.

 

           - Victória?

 

           - Ela faz História comigo. – Ah, eu sabia que eu já tinha visto a foguinho em algum lugar.      

 

  – Eu vou matar essa vaca.

   

         Rose começou a se levantar, mas eu a impedi. Fiz sinal para que ela se calasse e escutei a conversa.

  

          - Menina, eu conheci um homem no Rio de Janeiro que você não tem idéia de quem é. – Foguinho disse com uma voz irritante.

   

         - Ui, me conta. – a loira disse toda animadinha. Mulheres.

  

          - Ninguém mais, ninguém menos do que Edward Cullen o futuro doutor mais sexy de toda Dartmouth.

  

          A loira encarou Victória com espanto.

  

          - Eu também encontrei Edward lá. Fomos para um restaurante, mas então uma baixinha apareceu falando que ele era gay e depois um homem falou das noites maravilhosas que passaram juntos. Eu fugi no mesmo momento, mas uma lambisgóia derrubou vinho no meu vestido.

 

           Rosalie deu um risinho, mas amassou a latinha em sua mão. Ela ia descer o cassete nessas duas. Amo uma mulher com poder.

  

          - OMG! Edward não pode ser gay. Aquele homem tem pegada demais.

  

          - Bom, as vezes armaram para ele, mas e quanto a você, aconteceu alguma coisa?

   

         - Infelizmente não. O irmão dele, Emmett Cullen, certo? Pois é, ele chegou bem na hora que a coisa ia pegar fogo.

  

          - Esse Emmett pode ser bonito, mas foi totalmente inconveniente. – Que mané inconveniente? Eu nem sei o que isso significa.

 

           - Eu sei, mas nada fará Edward escapar de mim. Fiquei sabendo pela minha amiga Leah que ele vai para a festa na reserva Quileute hoje. Ele que me aguarde.

 

           - Amiga se importa se dividir?

  

          - Com certeza, não.

 

           Nesse momento Rose me passou um guardanapo com uma mensagem.

  

          Eu vou matar essas piranhas!

  

          Calma Rose.

  

          Que calma Emmett. Essa fogueira quer – Ela havia rabiscado algo que escreveu.

   

         Quer o que?

   

         Nada, vamos apenas segui-las e impedir que Edward comece a ser o canalha de tempos atrás.

   

         Por mim fechou. Mas vamos precisar de disfarces.

   

         Não esperei ela responder, a puxei pelo braço e fomos à uma loja de fantasias. Eu amo me fantasiar.

 

Alice PDV

 

 

            EU ODEIO ACAMPAR! Eu nem sei o que eu estou fazendo aqui. Ah, não, eu sei sim. O IDIOTA DO MEU NAMORADO ME CONVENCEU A VIR.

 

            Ok, idiota foi demais, mas como eu pude ser convencida a acampar. Uma coisa tão arcaica e nojenta e sem cabimento. Por que eu preferiria acampar se eu sei que tem uma cama quentinha na minha casa só esperando eu me deitar nela?

   

         Eu vou dizer porquê.

 

            É tudo culpa daqueles Hippies idiotas que ficavam com aquele papo de “Paz e Amor” ou “comunicação com a natureza”.

 

           Eu tenho certeza que eles fumavam unzinho e depois achavam que as árvores estavam conversando com eles.

 

            Sem falar naquelas calças boca de sino HORRENDAS que eles usavam. Meu Deus dava pra esconder uma televisão de vinte a nove polegadas na barra daquela calça.

 

           - Jasper, estamos chegando? – Perguntei olhando para a caminhada íngreme que estávamos subindo.

 

            - Quase meu amor. – ele disse doce.

 

           - Sabe Jasper, você tem sorte de ser bonito.

  

          - Eu pensei que você ia gostar. – ele se virou para mim fazendo biquinho. Assim eu não resisto.

 

           - Você poderia ter pelo menos adiantado que teríamos que subir esse morro. Teria posto um tênis. – olhei para minhas botas de salto médio. Poxa, eu não sabia que íamos acampar. Quando Jasper disse que teríamos uma noite romântica eu pensei em um jantar a luz de velas, não em um acampamento.

  

          - Desculpe.

 

           - Ok, já que estamos aqui vamos seguir em frente. É melhor que a paisagem valha a pena.

  

          - Você vai ver.

 

*Meia hora depois*

 

            - E agora estamos chegando? – Eu vou matar se ele disser que falta mais um pouquinho. Ele disse isso nas quinze vezes eu perguntei.

 

           - Na verdade, chegamos.

 

           Ele largou a mochila no meio de uma clareira e apontou para o horizonte. Me surpreendi com a vista. Estávamos em uma montanha muito bonita e eu podia ver toda a pequena Forks lá embaixo.

 

           O céu estava quase escuro e algumas estrelas já pespontavam. Umas ali, outras aqui. Fazendo uma decoração na noite tão bela.

 

           - Oh Jasper, é lindo. – Corri para abraçá-lo.

 

            - Que bom que você gostou. Me diga, valeu a pena toda a subida? – Ele perguntou meio receoso.

 

           - Apesar de minhas botas terem ido para o saco, essa vista me conquistou.

  

          - Eu vou montar as barracas já está escurecendo, você gostaria de ajudar?

 

           - “As barracas”?

 

           - É, a minha e a sua! – Como ele era fofo. Ele achava mesmo que eu queria dormir em outra barraca? Ta certo, que não tínhamos avançado tanto no nosso relacionamento. Qual é, estamos namorando há duas semanas e meia, mas isso não quer dizer que eu seja assim tão pura.

 

A única pura da família é a Bella. E não é por falta de opção.

 

           - Jasper, nós não poderíamos dividir a barraca? Porque não faz sentido virmos sozinho e ainda dormimos separados.

 

           - Se você quer assim, eu vou montar apenas uma. – Ele disse seguro. Ui, esse Jasper seguro era o que eu estava procurando.

 

Bella PDV

 

            Eu estava com raiva do jeito petulante de Edward. Nada justificava como ele agiu na cozinha.

 

           Ta bom, talvez aja uma justificativa, não que eu me orgulhe disso. Na verdade eu faria tudo para voltar atrás, mas não é uma coisa que eu posso controlar.

 

           AAHHHH, eu estou ficando louca.

 

           Eu terminei com Edward para ele não sofrer, ele ainda estava sofrendo assim como eu, mas passaria. Eu tenho que deixá-lo seguir em frente.

 

           Cheguei à garagem e entrei no meu carro, arranquei da garagem sem medo de ele parar no meio da estrada. Se parasse pelo menos não teria que olhar para Edward. Minha raiva por ele passou, mas certamente não sua raiva por mim.

  

          - AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Gritei para extravasar toda a tensão que se acumulou em minha vida.

  

          Mais um tempinho e tudo voltará a ser como no dia que nos conhecemos.

  

          Vi luzes por toda a praia, tochas fincadas na areia dando um ar de místico e a brisa que o mar trazia por um milagre não estavam muito geladas, mas não deixavam o friozinho característico de lado.

 

           Fui andando pela areia vendo se conhecia alguma pessoa ali parada. Até que visualizei Jacob se agarrando com Tânia. Era melhor eu esperar um pouco para falar com ele, talvez quando ele estiver com a boca um pouco menos ocupada. 

 

            - Bella? – alguém disse atrás de mim.

 

           - Seth. – disse me jogando nos braços de meu amigo.

 

           - Uau, quanto tempo eu não te vejo.

 

           - Pois é, eu estou morando com Carlisle e Esme agora. Vai ter que me aturar muito por aqui. – sorri.

 

           - Acho que posso fazer esse sacrifício. – Seth era três anos mais novo que eu e nós costumávamos correr por essas praias e fazer bolo de lama. Eu realmente senti falta dele esses últimos anos. – Quem te convidou?

 

            - Jacob.

 

            - Então você já conhece o paspalhão.

 

            - É, conheci assim que cheguei aqui.

 

           - Espera, você por acaso é a “morenaça” com quem ele foi viajar?

 

            - Humm, é, acho que sou eu, considerando que Tânia é loira. – Seth olhou para trás e fez cara de nojo.

  

          - Não gosto dela. Mas isso é injusto, ele já passou mais tempo com você do que eu.

  

          - Façamos o seguinte. Amanhã eu venho aqui de novo e relembramos dos velhos tempos, fechado. – Estendi minha mão para ele.

  

          - Fechado.

  

          Seth e eu começamos a dançar ao som de uma música eletrizante.

 

           - Ei Bella, você espera um minutinho, Edward chegou.

 

            - Edward? – Esbugalhei os olhos.

 

           - É, eu chamei ele. Desculpe se eu soubesse que você estava por aqui eu teria pedido para ele te avisar.

 

           - Por favor, não deixa ele saber que eu to aqui. – Pedi desesperada.

 

           - Por quê?

 

           - Só não deixe, eu te explico depois.

 

            Sai correndo e me afastei o máximo possível de Edward. Na verdade eu me escondi atrás da mesa de bebida.

 

           Alguns minutos se passaram e Seth apareceu ali.

 

            - Me conta.

 

           - Você se importa de falarmos disso amanhã. Há uma coisa que é dolorosa e que apenas minhas irmãs sabem. E que eu vou contar para você. SE me prometer que não conta para ninguém.

 

            - Bells, assim você me assusta.

 

           - Fica calmo, amanhã conversamos. Agora eu vou embora.

  

          - Não fica mais um pouco.

 

           - Não, eu realmente preciso. Até amanhã Seth.

 

            - Tchau Bells.

 

            Deixei meu esconderijo vendo se Edward não estava por perto. Fui andando rápido até que trombei em alguém alto. Quando olhei para cima senti meu corpo aliviar.

 

            - Bella você veio.

 

           - É, e já estou indo também Jacob.

 

           - Não senhorita. Você veio para se divertir e não estamos nem na metade da noite.

 

           - Eu preciso ir de verdade. Meu carro está com problema e se ele quebrar no meio da estrada vai ser perigoso.

 

           - Não mente. Eu já vi o Sr. Ensebado aqui. – Droga.

 

            - Me deixa ir.

 

           - Não. Paul. – Ele gritou e um homem mais ou menos de seu tamanho chegou até nós. – Paul essa é Bella. Bella esse é Paul, meu amigo aqui na tribo. Paul por que não leva Bella para uma dança.

 

           - Será um prazer. – Ele disse galante.

 

           Pensei em negar, mas Jacob estava firme em sua proposta de “diversão” então preferi não discutir.

 

 

*Link para a música, abre no Media rapidinho*

http://www.innocencemidis.com.br/m.i_dis/bluesjazzerock/coldplay/coldplay_-_the_scientist.mid

 

*Se não abrir o primeiro tente esse*

http://www.youtube.com/watch?v=EdBym7kv2IM

 

 

            - Agora para dar um climinha. – o DJ anunciou.

 

           Logo reconheci a música. Coldplay sem dúvida era uma das minhas bandas favoritas. Principalmente essa música. Na minha opinião só perdia para Viva la Vida.

 

           Paul era um ótimo dançarino, mas eu não ajudava. Pisei em seus pés no começo da música, ainda bem que ele foi compreensivo.

 

           Encostei minha cabeça em seus ombros e mirei o mar. Sentindo uma brisa afagar meu rosto. Mas Paul me girou fazendo-me olhar para o outro lado. Antes não tivesse feito isso, pois assim que deitei meu rosto novamente nos ombros de Paul avistei Edward dançando com outra garota. Ele olhava fixamente para mim com uma expressão de raiva e quando nossos olhos se encontraram pude ver a decepção em seus olhos e tinha certeza que os meus demonstravam medo. A única emoção que eu sentia ultimamente.

 

Edward PDV

 

            Cheguei a festa pensando em curtir, mas quando vi Seth conversando com uma morena meu mundo caiu. Era Bella, reconheceria aqueles cabelos sedosos em qualquer lugar. O que eu não daria para tocar naqueles cabelos de novo. Eu sentia tanta falta das noites que dormimos juntos no Brasil. Das nossas conversas, do seu charme extremamente sensual, que me fazia querer ainda mais.

 

           Mas era passado e ela me enganou. Então como se quisesse provar que me superou ela começou a dançar com Paul. Ele era um amigo, mas passou a estar na minha lista negra só por estar dançando com a minha Bella. Quer dizer com a Bella.

 

           Com uma raiva repentina agarrei a primeira pessoa que vi na minha frente e a puxei para dançar. Claro que não houve objeções, afinal eu era Edward Cullen, ninguém resistia a mim.

  

          Vi Bella se arrepiar com a brisa que bateu em seu frágil corpo. Se fosse eu ali teria tirado meu casaco e dado para ela, mas Paul não fez nada disso, não pareceu nem ter percebido.

   

         Então ele girou Bella na areia fazendo ela me encarar. Meu rosto certamente denunciava a minha raiva e meus olhos a minha decepção. Mas o que eu vi nos dela me deixou um pouco confuso. Por que ela teria medo? Será que era de mim?

  

          Deixei o pensamento de lado quando a pessoa que estava dançando começou a alisar minhas costas. Senti um arrepio, mas não de prazer, era repulsa, tinha que dar o fora daquele lugar.

            Sussurrei um “sinto muito” para a mulher e me afastei.

 

 

Emmett PDV

 

            Eu e Rose daríamos uma dupla de espiões perfeita. Estávamos escondidos atrás de um grande vaso olhando para Victória.

 

            - Emmett, você se importaria de me explicar porque escolheu uma fantasia de cowboy?

 

            - Shhhhh. Aqui eu sou o Xerife Wood. Codinome, não se esqueça. – Rose revirou os olhos.

 

            - Você pode me explicar porque escolheu uma fantasia de cowboy, Xerife Wood?

 

           - Porque cowboys não chama a atenção.

 

           - Oh claro. É extremamente comum você ver pessoas com chapeis de cowboy e calças de couro.

 

            - Ainda bem que você me entende. Agora fique de olho na ruiva. – Sussurrei para Rose ao meu lado vestida de homem. – Sabe, acho que terei alguns problemas para te beijar depois que te vi vestida de homem.

 

            Rose arqueou as sobrancelhas perfeitas.

 

           - A ruiva Emmett! Foco, nela! – ela apontou.

 

            Olhei para ruiva porque eu estava ficando com medo da Rosalie. Ela ainda estava com sua amiguinha.

 

            - Vamos Emmett elas estão indo para a tal festa.

 

            Corremos para o estacionamento o mais rápido que conseguimos. Essas calças podem ser realmente desconfortáveis depois de um tempo. Porra! Não sinto mais minhas partes intimas.

 

           Entrei no carro e dei partida seguindo o Jaguar da foguinho. Estava me segurando para não passar por cima daquele carrinho.

  

          Tentei ser o mais discreto possível, fingindo que apenas estava indo para mesma festa que ela. Eu sei fingir ta ligado. Ninguém engana o Xerife Wood.

 

            - Emmett, nós as perdemos. – Rose disse.

 

           - MAS HEIN? – olhei para frente e não vi nenhum Jaguar. – MERDA.

 

            Senhor, me dá uma luz.

 

            Nesse momento vi um farol pelo espelho retrovisor e ouvi uma buzina.

 

           - VAI BUZINAR PARA A SUA AVÓ!

 

           - Emmett, são elas. – Rose gritou para mim. Opa.

 

           Elas me ultrapassaram e chegamos juntos a festa. As duas desceram do carro e vieram até o meu carro. Pararam na frente dele e fizeram sinal para descermos.

 

            Quando Rose desceu a loira escancarou a boca. AH, é a loirinha descerebrada que o Edward estava tentando catar lá no Brasil. Qual é o nome dessa coisa? Ah sim, Irina.

 

           Mas o melhor foi ver a expressão da foguinho quando eu desci do carro. Parecia que ela tinha borrado as calças.

 

           - Você. – disseram as duas ao mesmo tempo.

 

           - Olá Barbie Malibu, como ficou o seu vestido? Espero que bem manchado. – Rose sacaneou.

 

           - Foi ela que derrubou o vinho no seu vestido? – Foguinho perguntou assustada.

 

           - Eu mesma, a lambisgóia. – Ela olhou para Irina quando disse isso.

 

            - Sabe você me deve um vestido. – Irina tentou ser firme.

 

            - Eu acho que eu tenho um pano de prato em casa. Com certeza custa mais que aquele seu vestido.

 

           - Como se atreve a... – Victória se aproximou de Rose.

 

           - Abaixa esse seu dedo Victória. – Rose peitou Victória. – Eu to querendo te quebrar desde que te vi pela primeira vez na universidade, é melhor não me irritar.

 

           Victória engoliu seco.

 

           - Se não se importam, temos uma festa para curtir. – Rose pegou minha mão e me puxou para dentro.

 

           - Ok Emmett, preste atenção. Eu vou ficar de olho para que nem Victória nem Irina se aproximem de Edward, você fica de olho em Edward para ele não tentar nada e em qualquer outra mulher que tentar aproximação. – Acho que eu ia gostar da minha missão. – Foco na missão, não tente se dar bem Emmett Cullen. Seja discreto.

 

           Broxei depois dessa.

 

           Já que eu ficaria na seca por essa noite, resolvi afogar as mágoas em comida.

 

            E a mesa de aperitivos não deixava a desejar. Tinha de tudo. Tortas, pães, frutas, frutos do mar, até fundi.

  

          Resolvi começar leve. Peguei um pão e avistei um pote de Nutella. Por mais que eu ache pão e Nutella pobre demais para uma festa eu estava satisfeito. Eu amo esse negocinho gosmento.

  

          Procurei algo para passar a Nutella encontrando uma espátula.

 

            Acho que haviam deixado o potinho da Nutella muito tempo na geladeira, estava duro e impossível de passar. Fiz força, mas sem querer a espátula voou da minha mão.

Olhei para trás e vi a espátula grudada no cabelo de uma pessoa muito azarada.

 

            Virei para mesa e fingi não ter nada a ver com isso.

 

           Peguei outra espátula, mas deu na mesma. Dessa vez o resultado foi pior.

  

          A espátula voou até o caldeirão de fundi que estava em cima daqueles fogões portáteis, batendo no controle de temperatura. Aquele negócio começou a esquentar e formar bolhas até que...

 

Edward PDV

 

            Estava conversando com uns caras da faculdade quando de repente escuto uma explosão vindo da mesa de comidas. Fiquei com medo de olhar para o estrago, mas o grito familiar de Emmett me chamou a atenção.

 

           - AAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH!!!!! PORRA TA QUEIMANDO. TIRA ISSO DA MINHA CARA!!!!!!!!!

 

           Não, ele não explodiu o fundi na cara dele. Isso não pode ser verdade. Por favor, diz que é mentira

 

           - MALDITO FUNDI.

 

            Poxa eu pedi, por favor.

 

            Emmett passou correndo por mim e se jogou dentro do mar.

 

            - MERDA DE MAR GELADO. – ele gritou de lá de dentro. Mas Emmett deveria ter esquecido que ele não era muito bom em nadar no mar. – SOCORRO, EU NÃO SEI NADAR!

 

           Ah não, acabou de lembrar. Respirei fundo e fui ao seu encontro. Emmett se debatia.

 

           - Emmett fica de pé.

 

            - Não. Eu não consigo nadar.

 

            - Fica de pé logo. – falei segurando seus braços. Mas ele era muito pesado e eu acabei caindo também.

  

          - Qual é cara, se levanta.

 

            - NÃO, eu estou me afogando. – Emmett se debatia, fazendo água espirrar para todo lado.

 

           - FICA LOGO DE PÉ DROGA.

 

           Emmett se colocou de pé e no momento em que ele ficou de pé percebeu que a água só ia até seus joelhos.

 

           - Oh Edward você me salvou. – ele pegou meu braço e começou a me girar num abraço apertado. Mas tão rápido começou a me abraçar, ele parou.

 

           - Opa, não era para você saber que eu estava aqui.

 

            Ele saiu correndo em direção a praia, me deixando molhado e sem entender merda nenhuma.

 

Rosalie PDV

 

            Eu pedi para ele ser discreto, mas com Emmett isso não existe. Como ele pode ser tão bonito, mas tão burro.

 

            Ele veio correndo desesperados em minha direção.

 

            - Rose, temos que dar o fora daqui. Edward me viu.

 

            - Não, temos que vigiar as mocréias.

 

           - Mas ele me viu.

 

           - Se esconde debaixo da mesa. – E não é que ele se escondeu mesmo. Prefiro me abster de comentários.

 

           - Rosalie, você viu o Emmett? – Edward correu em minha direção.

 

           - Não.

 

            - Certeza? Eu vi ele vindo para cá.

 

            - Aqui ele não está não.

 

           ATHIM!!!!!!

 

           - Você ouviu isso? – Edward perguntou desconfiado. Eu vou matar o Emmett.

 

            - Isso o que? – Dei um sorriso amarelo.

 

            - O espirro. – Me olhou como se fosse burra.

 

            - Ah sim, fui eu. Athim, athim. Está frio hoje.

 

           Edward levantou uma sobrancelha.

            ATHIM!!!

 

           - Merda de alergia. ATHIM. – Emmett provavelmente bateu a cabeça na mesa, pois ela pulou.

 

            Edward olhou esquisito e levantou a toalha.

 

           - Emmett, sai daí!

 

            - Não, você não está me vendo aqui. Sou uma imagem do seu subconsciente. 

 

           - Sai. Logo.

 

            - Ok, não precisa ficar bravo.

 

           - O que vocês estão fazendo aqui?

 

            - Curtindo. É uma festa. – Disse evasiva.

 

            - É, não estamos de jeito nenhum te vigiando. – Olhei para Emmett. Ele simplesmente piscou e fez sinal de positivo com as mãos. Bati na minha testa desistindo.

  

          - Me vigiando? – Ele parecia descrente.

 

           - Olha Edward é...

 

           - Nós NÃO estamos te vigiando, você não entendeu o que eu disse? – Emmett deu um cola em Edward. Vi seu olho esquerdo tremendo.

 

           - Cala a boca Emmett. Olha Edward, Emmett já bebeu alem da conta, não diz coisa com coisa. Eu vou levá-lo para casa. – Não esperei sua resposta e sai dali arrastando Emmett comigo.

 

            - Mas eu não estou...

 

            - Mas uma palavra e eu te castro.

 

Bella PDV

 

            Eu estava roxa de tanto rir. Tive que me sentar, pois já estava passando mal. Como meu primo pode ser tão burro? Ele sozinho conseguiu explodir o fundi. E a cena do mar. Ver os dois tentando levantar era impagável. Uma pena não ter gravado. Sem dúvida iria para o blog.

 

           Olhei no relógio e me assustei ao ver que era duas da manhã. Era hora de ir para casa.

 

           Me despedi de todos com a promessa de voltar no dia seguinte e falar com Seth. Me conduzi até onde eu havia deixado meu carro.

 

           Chegando lá avistei Edward. Ele chutava o pneu de sua Mitsubishi Eclipse Spyder. Eu simplesmente babei no carro dele. Era conversível e um vermelho forte. Um tipo de carro que eu compraria para mim.

 

 

Carro do Eddie: http://n.i.uol.com.br/carros/images/eclipse_spyder.jpg

 

            - Vai ficar ai babando? – Ele disse rancoroso.

 

            - Se for crime ficar babando num carro com 268 cv e torque de 36 kgfm a 4.500 rpm, então pode me prender. – Aquele carro era um furacão na estrada.

 

           - Vejo que entende de carros.

 

           - Sim um pouco.

 

            - Se você conseguir concertá-lo eu agradeceria. – Ele disse cansado.

 

           - Infelizmente eu não sei tanto assim.

 

            - Uma pena.

 

           - O que aconteceu?

 

           - Ele não quer pegar.

 

            - Se quiser, eu posso te dar uma carona. – Soltei de uma vez. Edward se virou e olhou para mim conjeturando.

 

            - Eu não mordo Edward. – pensei ter ouvido algum comentário dele, mas ignorei.

 

            - Ok, só aceito porque nossa casa fica longe.

 

            - Muito bem, só me deixe dar uma checada, ele também não está muito bom.

 

            Edward se aproximou de mim e mexeu em algumas coisas.

 

           - Pronto.

 

           - Não vai parar? – Eu estava com medo.

 

            - Não!

 

           - Você concertou o meu carro, mas não consegue concertar o seu?

 

            - O problema do seu era simples.

 

            - Ok, venha entre. - Ele abriu a porta do motorista para mim.

 

           - Velhos hábitos não se perdem facilmente. – Senti minha bochecha queimando e entrei no carro sussurrando um “obrigado” tímido.

 

            - Belo carro.

 

            - Obrigada.

 

            Tentando acalmar a atmosfera liguei o som. Péssima escolha. Estava tocando The scientist. Mudei de estação parando em uma qualquer.

 

           Pensei ter visto um Jaguar na minha cola, mas só deveria ser alguém indo para Forks também.

 

 

            Ficamos o caminho inteiro em silencio e graças a Deus faltavam poucos quilômetros para chegarmos em casa. O Jaguar havia sumido de vista há um tempo atrás.

 

           Mas para a minha má sorte o carro começou a engasgar.

 

            - Não, não, não. – Choraminguei.

 

            Então o carro parou. No meio da estrada.

 

           - Não faz isso comigo carrinho. – Sussurrava tentando dar partida.

 

            - O que aconteceu?

 

            - Bom, o carro parou.

 

            - Mas eu olhei ele, estava tudo certo.

 

           - É, parece que não entende muito de carro. Você tem sorte de ser bonito. – Sussurrei a última parte para mim.

 

           - Como você sai com um carro problemático Bella? – ele disse preocupado.

 

           - Que eu me lembre, eu pedi o carro de Carlisle emprestado, mas você também o queria.

  

          - Você é tão irresponsável. – ele já estava me irritando.

 

           - Ei senhor responsável, senão fosse por mim você ainda estaria naquela festa parado com um carro PROBLEMÁTICO!

 

            - Você quer dizer onde estava quente, claro, e com pessoas em volta?

 

            - Por que aceitou a carona? – ele não me respondeu imediatamente. Parecia pensar em que responder.

 

           - Você estaria sozinha aqui se eu não tivesse aceitado.

  

          - Você quer dizer que eu estaria sem ninguém piando no meu ouvido?

 

           Ficamos nos encarando e só então percebi nossa proximidade. Sentia sua respiração bater no meu rosto e me foquei em seus lábios entreabertos. Me senti aproximando ainda mais meu rosto e ele também.

  

          Mas quando percebi a idiotice me afastei.

  

          - Você é um idiota. – falei saindo do carro.

 

Alice PDV

 

            Eu devo ter me exaltado falando que eu odeio acampar. Essa coisa subiu no meu conceito. A paisagem fora da barraca era linda. Mas o vento frio já começava a incomodar, por isso entramos.

 

            Hum, eu posso pensar em várias maneiras para nós não dormimos na barraca.

 

           - Está gostando Alice? – Jasper perguntou se deitando no colchão de ar.

 

           - Isso é maravilhoso. – Levantei a cabeça e apoiei meu queixo em seu peito. – Ainda bem que você me convenceu a vir.

 

           Jasper deu um sorriso lindo e contagiante. Me posicionei em cima de seu corpo e o beijei. Um beijo calmo, mas algo acendeu em Jasper e ele nos virou na barraca ficando por cima.

  

          Começou a distribuir beijos por toda extensão de meu pescoço. A respiração já estava ficando ofegante e suas mãos em um súbito de segurança começaram a passear pela lateral do meu corpo.

 

            Senti meu rosto inteiro vermelho. E não era por vergonha e sim expectativa.

 

           Ouvi um gemido, mas não era meu e muito menos de Jasper.

 

            - Jasper, você ouviu isso?

 

            - O que? – Ele continuava a beijar minha mandíbula.

 

            - O barulho. – Ok, nada de pânico Alice.       

 

           - Não ouvi barulho nenhum. – E como se quisesse provar meu ponto, ouvimos um galho se quebrando, como se alguma coisa tivesse pisado nele. Jasper levantou a cabeça e me olhou assustado.

 

           Ótimo, cada o homem seguro de agora pouco?

 

           Não era nada. Podia ser um coelho, ou um cachorro, ou um urso.

 

           - Ah meu Deus Jasper, tem um urso lá fora.

 

            - Não é urso, vamos ficar quietos que ele já vai embora.

 

            Tentei controlar minha respiração e minhas mãos que tremiam demais. Fiquei olhando para o teto da barraca. Eu podia distinguir as sombras de algumas árvores e uma silhueta estranha.

 

           OPA!

 

            - Jasper, não ta funcionando, eu quero sair daqui. – Meu rosto se encheu de lágrimas.

 

            - Temos que esperar ele se afastar, porque senão ele nos ataca, seja lá o que isso for.

 

           - A-ataca???? Você está querendo me dizer que eu posso ser atacada por aquela criatura ali fora. NO MEIO DO NADA!

 

            - Shhhhhhhhhhhh!

 

           - Shhhhhhhhhhh o cassete. Eu vou lá fora. Se esse bicho acha que vai me matar ele está muito enganado. Ninguém mata Alice Swan no meio do nada.

 

           Escorreguei para fora da barraca com uma lanterna.

 

           - A-Alice, volta aqui para dentro. - Jasper disse com a voz tremula.

 

           - Nem pensar. E você vem comigo. – Peguei a mão dele e o puxei comigo. Ele ficou atrás de mim tremendo mais que bambu.

 

           - TEM ALGUEM AI? – gritei na esperança de ser uma pessoa.

 

            Mas só ouvi outro galho se quebrando a minha esquerda, tentei ver algo, mas estava escuro demais.

 

            - A-A-Alice, vamos entrar na barraca. – A voz de Jasper estava esganiçada que chegava a dar dó.

 

            - Só depois que eu ver o que é essa coisa.

 

            - Por que você não deixa para ser a heroína outra hora.

  

         - Porque com a Pink Glamour não há hora para ser heroína.

 

            - Pink Glamour???

 

            - Não há tempo para explicações. “A coisa” está se mexendo.

 

            - “A coisa”???

 

            - Será que dá para entrar no personagem Jasper? – Pessoa sem imaginação.

 

           - Acredite Alice, eu estou tentando.

 

            Eu ia revidar, mas “a coisa” começou a avança em nossa direção. Eu já podia ver sua silhueta se destacando por causa da luz da lua. Tudo bem, eu estava ficando com medo. E se isso realmente nos atacar. Eu não quero ficar aqui para descobrir.

 

           - Corre Jasper. – sussurrei para ele.

 

            - O que?         

 

            - CORRE.

 

            Saímos correndo para qualquer lado. Eu tropecei algumas vezes, mas “a coisa” não estava mais nos seguindo.

 

           Paramos no meio das árvores. Totalmente perdidos. Eu estava ofegante, com minha bota detonada e o pior, meu cabelo estava um ninho de passarinho, literalmente.

 

           - E agora Jasper, estamos perdidos.

 

            - Eu disse para ficarmos dentro da barraca.

 

            - Para sermos atacados a qualquer momento? Aqui pelo menos nada vai nos atacar.

 

            - Alice, estamos no meio da floresta, sem comida, sem água, e no escuro. Você acha que alguma coisa não vai nos atacar?

 

           - Para, ta me deixando com medo. – Dei um soco no seu ombro.

 

            - Ok, me desculpe, vamos andando, acho que a estrada fica aqui perto. – Jasper me abraçou para que eu não sentisse frio.

 

           - A culpa foi sua. – Escutei uma voz de homem próximo a nós.

 

            - Não, a culpa foi sua. – E depois a de uma mulher.

 

            - Você que veio para festa num carro QUEBRADO.

 

            - E FOI VOCÊ QUE ACEITOU A PORRA DA CARONA.

 

            Eu conhecia aquelas vozes.

 

            - Ah Bella, você está tentando me tirar do sério.

 

           - Edward e Bella? – Perguntei para Jasper.

 

            - Pelo visto estamos perto deles.

 

            Andamos mais rápidos seguindo o som de suas vozes. Pelo visto eles estavam brigando, de novo.

 

            Eu não agüentava mais a discussões dos dois. Iam acabar com o amor que eles sentiam e transformá-lo em ódio.

 

           Chegamos até a beira de uma estrada com poucos minutos de caminhada. Edward e Bella estavam a poucos metros da gente.

 

           - Hey, será que da para parar de brigarem e ajudar uma pobre moça. – Fingi que estava mancando e Bella me olhou.

 

            - ALICE!!! – Ela correu em minha direção e me deu um abraço apertado. – O que faz aqui?

 

            - Bom, pra resumir. Jasper e eu fomos acampar e escutamos um barulho. Fugimos e aqui estamos.

 

            - Que tipos de barulhos? – Ela perguntou visivelmente espantada.

 

            - Aqueles que você prefere não escutar quando está no meio da floresta.

 

            - Que bom que você está aqui amiga. Eu estou quase voando no pescoço do Edward.

 

            - Ta tentando voltar com ele? – Perguntei esperançosa, mas seu rosto se quebrou e me arrependi da brincadeira.

 

            - Não, ele está me tirando do sério.

 

            - Bella, se vocês continuarem brigando desse jeito daqui um tempo não vão suportar olhar um na cara do outro. É a terceira briga dos dois em um dia.

 

           - Eu sei Alice, mas ele não é o Edward que eu conheci, que eu namorei. É um estranho metido e egoísta.

 

           - Eu disse que Edward sofreu muito com a história do coração quebrado.

 

            - Não fala isso. – Ela enterrou o rosto nas mãos e em seguida passou uma mão pelo cabelo. – Eu me sinto cada vez pior.

 

           - Por que não tenta ser amiga dele?

 

           - Eu tentei, até ofereci uma carona para ele, pois seu carro quebrou na festa. Mas ele não me dá chance. Alice eu não sei o que fazer e eu não quero me afastar dele.

 

           Eu a abracei tentando absorver sua dor. Bella tentava segurar o choro, mas foi uma missão falha.

 

            - Bella, nós daremos um jeito.

 

            - Eu espero. – Ela enxugou as lágrimas.

 

            - Vamos lá ver o que eles estão fazendo.

 

            Juntamo-nos aos meninos que tentavam reparar os problemas do carro de Bella.

 

           - Eu acho que não tem concerto. – Edward falou por fim.

 

            - Mas é claro que tem. Você que é um péssimo mecânico. – Bella revidou.

 

            - Bella! – Disse em tom de aviso só para ela ouvir.

 

            - Olha tem um carro vindo lá no começo da estrada. Talvez possa nos ajudar.

 

           Olhei para onde Jasper apontava e vi um Jaguar vindo a toda velocidade. E se ele não freasse atingiria o carro de Bella em cheio.

  

          - Oh meu Deus. Freia essa porcaria. – Bella gritou vendo a mesma coisa que eu.       

  

          Mas a pessoa que vinha dirigindo percebeu um pouco em cima da hora. Ela freou o mais rápido que pode e o carro veio cantando pneu, mas o breque foi feito muito perto do carro, fazendo com que o que os carros se chocassem. O estrago em si não foi dos piores. Quer dizer, pelo menos o carro não capotou, mas que deixou um amassado dos grandes na traseira do carro da Bella, isso com certeza deixou.

 

           Olhei para minha amiga que tremia como se estivesse tendo uma convulsão, seu rosto estava branco e seu olho esquerdo tremia demonstrando toda a sua raiva. Ela explodiria a qualquer minuto.

 

           - MEEEEEEEEEEUUUUUU CAAAAAAAAAAAAAARROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

 

           Ela saiu correndo até onde uma ruiva saia do Jaguar.

 

           - VOCÊ ESTRAGOU O MEU CARRO. – Bella gritou.

 

            - Ninguém mandou deixar ele no meio da pista.

 

           - VOCÊ NÃO VIU O TRIÂNGULO DE SINALIZAÇÃO. Isso quer dizer que o carro está com problema. Por acaso você comprou sua carteira?

 

           - Você estragou o meu Jaguar!!! – A ruiva se alterou.

 

            - Não, você conseguiu estragar ele sozinha.

 

            A ruiva começou a tremer e circular Bella que a encarava.

 

            - Ui, que medo. Cuidado se continuar tremendo vai virar o Hulk.

 

            A ruiva avançou em direção a Bella, mas essa se abaixou e passou uma rasteira na ruiva.

 

           - Come poeira Jaburu.

 

            - ISSO DESCE O BRAÇO BELLA. – Olhei assustada para a direção da voz e me assustei ao ver Rosalie encostada no Jipe de Emmett. Minha irmã adora uma briga. O que me surpreendeu foi ver que essa exclamação não saiu da boca de Emmett.

 

           Bella deu mais um soco na cara da ruiva e saiu de cima dela.

 

           - Você tem sorte de eu ter seguro, senão querida, eu faria você pagar.

 

           - Ui to morrendo de medo. – Bella fingiu que ia dar mais um soco, mas Edward segurou sua cintura a afastando. Bella estava quase cometendo um ruivacídio.

 

           - Uau, estão todos reunidos aqui porque? – Emmett perguntou.

 

            - Bom, eu e Edward viemos da festa com meu carro, mas ele parou no meio da estrada. Ficamos aqui uns minutos até que a Alice e o Jasper aparecendo correndo, pois ouviram uns barulhos no acampamento que estava fazendo.

  

          - Não me decepciona desse jeito Jasper. Quando você ouve um barulho você encara, não é pra sair correndo feito mulherzinha.

 

            - Posso continuar? – Emmett balançou a cabeça. – Ai, essa filha da...

 

           - Bella. – Edward advertiu.

 

            - Cala a boca Edward. Essa Jaburu... – Bella olhou para Edward. – Bateu no meu carro, eu dei uns tapas nela e ai vocês chegaram.

 

           - Eu amo finais felizes. – Emmett disse.

 

            - Isso não é um final feliz Emmett. – Eu gritei. – Estamos no meio da estrada, o carro da Bella não pega, nosso acampamento foi invadido, o Jaguar também está destruído. A nossa única salvação é o seu Jipe e vamos ter que nos apertar.

 

           - Bora lá cambada. Vamos ver todo mundo se espremendo ai dentro.

 

            Nos apertamos o máximo possível dentro do Jipe de Emmett. Ele tentou dar a partida, mas nada aconteceu. Ele tentou de novo e nada.

 

            - Emmett, me fala que você colocou gasolina. – Edward disse apertado no banco de trás.

 

            - Claro. O ponteirinha estava no E quando chegamos aqui.

 

           - NO E????????? Emmett, você sabe que o E significa, certo? – Bella perguntou histérica.

 

            - Claro que eu sei. E de Empanturrado de gasolina.

 

            Edward tentou voar na cabeça do irmão, mas todos no banco de trás o seguraram.

 

            - Deixa eu matar. Deixa eu matar esse animal.

 

            - Emmett querido, o E quer dizer vazio. – Rosalie explicou com muita calma.

 

           - É?? Isso não vem no manual. – Bati a mão na minha testa.

 


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Notas finais do capítulo

GENTE ATENÇÃO...

O CAPITULO NÃO ACABA AI....

VÃO PARA A PRÓXIMA PAG QUE TEM UMA CONTINUAÇÃO...

É QUE NA HORA DE POSTAR O SITE SÓ ACEITA 20,000 PALAVRAS POR CAPITULO E O MEU DEU UMAS MIL A MAIS KKKKK ENTÃO EU TIVE QUE POSTAR MAIS UM... FOI MAL GENTE...

MAS SEGUE O CAPITULO...



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