The Four Kingdoms escrita por starqueen


Capítulo 4
Capítulo 4 - A missão.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY PESSOAS :3

Aqui estou eu, a meia noite postando um capítulo para vocês, então, ME AMEM u.u Enfim, preparem-se pq certa coisa vai acontecer aqui e... LEIAM LOGO u.u



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Eu estava na Nova Zelândia.

Wright achou melhor que ficássemos aqui por uns dois dias e tirássemos todas as fotos, para depois voltar a Austrália e ficar um tempinho lá. Ele disse que era para despistar os The Owners, já que o mundo não fazia ideia de onde eu estava — e Wright queria que não fizessem mesmo. De todos os jeitos, eu achava aquilo terrível. Além de eu ter que bancar uma de atriz em uma coisa que eu odeio, ainda tinha que aguentar a constante mudança de fuso horário. Quando eu finalmente me acostumo com os horários dos E.U.A, vem a Austrália e depois a Nova Zelândia... Isso não era algo lá tão agradável e fácil de se acostumar.

A cidade de Auckland, parecia ser bem calma. Naquele instante, estávamos na praia de Karekare, um lugar tão lindo que você até se questiona se realmente é possível que existam coisas tão lindas assim no mundo. Eu poderia não gostar de praia — meus motivos para odiar são mais ridículos ainda —, mas eu preciso admitir que aquele lugar era incrível.

Eu estava de Biquíni — isso me fez perceber que faz séculos que eu não vou a alguma praia ou uso biquínis — e me preparando mentalmente para como ia ser. Wright contratou alguns paparazzis falsos, sem falar que tudo era tão perfeitamente armado que seria bem difícil de alguém suspeitar. Algo como: a dominadora de água que todo mundo odeia foi pega na praia com o dominador de fogo em um clima romântico, provavelmente, seria uma das principais notícias deste ano. Se não for exagero, talvez da década. Eu imagino o quanto isso iria se intensificar quando anunciarmos o namoro falso publicamente na mídia e depois vir com aquela história ridícula da gravidez falsa.

— Vá. — disse um Paparazzi. — Tente fingir direito, garota.

Revirei os olhos.

— Vocês dois não precisam se beijar. — disse outro. — Só precisam encostar os lábios uma vez, e depois ficarem em momentos um pouco mais “românticos”, entenderam?

E com isso, eu pude concluir que eu era uma péssima atriz. Também era a prova mais concreta de que em todas as áreas da arte — inclusive atuação — eu era uma vergonha.

— Então, hã... — Matthew parecia meio sem jeito. — Por onde começamos?

— Hã... — eu disse. — Eu não sei.

Ele revirou os olhos.

— Então... — ele dizia. — Você gosta de praias?

— Onde você quer ir com essa pergunta estúpida?

— É que eu acho que se precisamos fingir um namoro falso na mídia, temos que nos odiar menos, certo?

Até que ele estava certo.

— Não. — respondi a sua primeira pergunta. — Eu odeio praias.

— Sério? — ele disse. — É que você é a dominadora de água, e...

— Você é o dominador de fogo e nem por causa disso eu acho que você ama o inferno. — disse com sarcasmo.

Ele bufou.

— Não custa você ser um pouco mais simpática e legal?

— Custa. — respondi. — E muito.

Então ficamos alguns minutos em puro silêncio, sentados na área e olhando pro nada.

— Vamos lá... — murmurou um paparazzi, meio irritado, e dando alguns passos até nós, chegando perto de mim. — Você, coloque sua mão junta a dele. — ele pegou a minha mão e com toda a força do mundo e juntou a de Matthew. Ele era muito quente. Eu pensei que ia ser queimada pela a temperatura alta dele, mas evitei fazer qualquer comentário sobre isso. — Vocês dois, tratem de agir como se estivessem completamente apaixonados, eu não quero perder mais tempo, entenderam?

Eu assenti, mesmo que odiasse fazer isso e estivesse morrendo de nojo.

O paparazzi voltou ao seu lugar anterior, se distanciando de nós muito rapidamente.

— Você está morta? — Matthew perguntou, com um pouco de sarcasmo em sua voz. — Watters, você tem a pele tão fria que parece que estava morta por semanas.

— E você é tão quente que parece ter saído do inferno. — retruquei.

Antes que ele pudesse responder, o mesmo paparazzi anterior berrou:

— Vão logo! Eu não tenho o dia todo!

— Vamos lá. — disse Matt. — Você tem ideia de onde deve começar?

Eu rapidamente virei o olhar para um dos paparazzis, que parecia ir aqui de novo e ainda por cima a sua expressão não era lá muito feliz.

E no movimento mais rápido e impulsivo que eu fiz em toda a minha vida, eu o beijei.

Provavelmente, eu iria me arrepender disso daqui a alguns minutos, pelo simples fato de eu odiar o Matthew. Eu tinha quase que certeza que todos os meus sentimentos por ele eram coisas completamente negativas, mas se beijá-lo e fingir esse romance falso significaria as pessoas parando de me caçar, certo, eu aceito.

Se eu fosse descrever o beijo seria, no mínimo, estranho. Ele era quente demais. Isso gerava uma onda térmica no meu corpo que eu nunca senti antes, e o pior é que eu não poderia definir se era algo bom ou ruim. Inicialmente, ele foi completamente pego de surpresa, porém ele não demorou quase nada para consentir. O beijo foi curto, mas poderia enganar qualquer pessoa comum e até fazê-la acreditar que é verdadeiro.

Talvez eu seja uma boa atriz.

E quando finalmente paramos o beijo, eu pude ouvir os paparazzis vibrarem.

[...]

Então dois dias se passaram e voltamos a Austrália.

Wright foi para os Estados Unidos e deixou a Sra. Roux no lugar aqui, o que era bem estranho, mas eu preferi não comentar nada. Ontem de noite eles devem ter vazado todas aquelas mentiras na internet, então, eu estava só esperando aparecer alguma coisa na TV sobre isso. Iria ser engraçado.

Diferente de Wright, a Sra. Roux é mais liberal. Ela nos deixa ter um contato maior com o mundo exterior. Podemos ver TV e caso tivemos um comportamento exemplar, temos direito a vinte minutos de internet — claro, com redes sociais bloqueadas —, poderia ser pouca coisa, mas ainda assim era muito mais coisa do que Wright nos deixava fazer. Ela parecia ser mil vezes melhor que ele.

Ela chamou nós quatro para uma reunião, eu não fazia ideia do que ela ia dizer lá, mas como sempre, não parecia e nem era uma coisa boa.

— Vocês quatro terão dois novos companheiros. — ela disse. — Wright tem Gordon, e eu tenho...

— Olá. — disse uma voz que eu poderia reconhecer de qualquer lugar. — Eu sou Aaron Knigth.

Aaron Knight, o lobisomem, estava na nossa frente. Eu fiquei sem reação. Ele era da Área 52 esse tempo todo? Ele parecia ser tão... Independente. Ver que ele era da Área 52 e era praticamente uma propriedade do governo americano é algo no mínimo estranho.

E no seu lado, apareceu outra pessoa mais inesperada ainda. Meu irmão.

— Eu sou Chris Watters.

Assim que ele disse seu sobrenome, Helena, Matthew e Travis ficaram mais surpresos ainda.

— Eu preciso que vocês me façam uma pequena missão. — dizia Sra. Roux. — Junto com Aaron e Chris, eu quero que vocês encontrem Hector Kitter e possivelmente se infiltrem no governo vampiro. Eu quero saber tudo sobre ele.

Assim que ela disse Hector Kitter, Aaron lançou um olhar rápido e meio discreto a mim, como se fosse um: “Eu te avisei. ”.

— Quem é Hector Kitter? — Helena perguntou. — Por quê...

— Hector Kitter subiu ao trono vampiro no final do ano passado. — disse Sra. Roux. — Eu acredito que ele seja talvez um dos vampiros mais velhos da nossa época, tendo por volta de três mil anos. Há boatos fortes de que ele é um famoso criador, e está aumentando muito a população dos vampiros nos últimos mil anos, principalmente após a morte do último dominador de água. — ela olhou para mim. — Tem muitas pessoas sobrenaturais dizendo que ele quer dar um golpe nos The Owners e depois comandar a Área 51 e 52. Eu preciso ver se isso é verdade e acabar com ele logo.

Os outros três dominadores pareciam não entender muito disso, mas eu entendia quase que perfeitamente.

— Não poderia mandar outras pessoas? — perguntou Matthew, em um tom meio estranho.

— Eu poderia, mas não quero. — ela deu um sorrisinho sarcástico. — Diferente de Wright, eu quero que vocês conheçam o mundo como é de verdade. Meus treinamentos são inteiramente reais, e vocês não podem ser protegidos do mundo até que alcancem seus vinte e um anos de idade. E eu não poderia pensar em uma maneira melhor de prepara-los a guerra indo atrás de Hector Kitter.

— Como será missão? — perguntou Helena.

— Vocês terão três semanas para isso. — disse Sra. Roux. — Hoje á noite vocês saem daqui. Procurem um mentor. — ela olhou para mim, eu senti meu corpo gelar. — Só tem duas regras: não matem nenhum humano; e a mais importante: se virem.

E ela saiu da sala.

Eu entendi perfeitamente o que ela quis dizer. Eu entendi tão bem que chegava a ser assustador.

Quando ela falou de um mentor, apenas um nome veio em minha mente: Big J, o meu primeiro e eterno mentor. Se eu pudesse falar tudo sobre ele, creio que iria demorar anos para terminar tudo. Ele era incrível. Ele me ajudou muito dos meus doze até os meus quinze anos, e tinha um conhecimento perfeito sobre dominadores e todas as criaturas sobrenaturais. Sem ele, provavelmente eu já estaria morta. Então, eu devo muita coisa ao Big J.

E pelo visto, depois de quase dois anos, eu iria precisar dele de novo.

Assim que Sra. Roux saiu da sala, eu fui automaticamente em direção de Aaron Knight, puxando-o para um canto mais escuro.

— O que faz aqui? — perguntei, quase sussurrando.

— Não sei se lembra, dominadora de água. — ele disse com aquele típico sotaque inglês e a voz completamente calma e limpa. — Você me deve um favor, e para cumpri-lo, eu precisei entrar aqui.

— Sam! — eu ouvi Matt dando alguns passos e se aproximando de mim. — Você conhece ele? Você tem um irmão? Eu pensei que estivessem todos mor...

— Cale sua boca. — disse para Matthew.

Travis e Helena andavam na minha direção.

— Você conhece ele? — perguntou Helena.

Ótimo, agora eu teria que inventar alguma mentira.

— E-Ele é... Uh, meu primo de segundo grau. — menti. — Nós não nos falamos há anos.

— E o outro cara? — perguntou Travis, achando que eu estava mentindo. E de fato, eu estava.

— Ele é o meu irmão mais velho. — eu não menti.

— Eu sou o irmão mais velho dela. — disse Chris, se aproximando de nós. — Nós dois morávamos com a nossa avó até ela fugiu. Deste então, a última vez que eu a vi foi ano passado.

Chris me encobriu. Mesmo assim, Helena e Travis pareciam ter um olhar cada vez mais suspeito sobre mim, e eu desejava que eles jamais descobrissem sobre o meu passado ou qualquer coisa assim. Só o fato de Matthew saber já era coisa demais. Isso me ameaçava de um jeito terrível e assustador.

Então, ficamos no mais puro silêncio. Não demorou muito para que Matthew saísse primeiro da sala, seguido por Aaron e por último de Helena e Travis. Só eu e Chris ficamos ali, sozinhos. Era estranho. O clima entre eu e Chris não era a mesma coisa como há alguns anos atrás, quando eu tinha oito anos e ele tinha quase treze. Ele não era mais aquele garoto sonhador e desatencioso, do mesmo jeito que eu não era mais inocente e feliz. Muita coisa mudou.

— Eu queria falar com você. — ele disse. — Você mudou. Não é mais aquela garotinha que eu costumava a conhecer e fazer aquelas brincadeiras irritantes que você sempre odiava.

Eu respirei fundo.

— Eu sei. — disse.

— Por onde você ficou por todo esse tempo? — ele perguntou. — Eles passaram messes te procurando, Sam. Até hoje você é dada como desaparecida.

— Eu estive sobrevivendo. — respondi do jeito mais breve possível, sem mentir, porém sem todos aqueles detalhes de coisas assustadoras que eu fiz sem pensar, só por puro instinto. — E você? Desde daquela noite eu achei que estivesse morto.

— Eu cheguei tarde mais naquela noite. — ele dizia, meio angustiado. Eu me senti muito culpada. — A polícia já havia cercado o local e eu tive que ficar com a família do Edward por alguns dias. Mas, no final, eles ganharam a minha guarda e eu fiquei com eles até os meus dezoito anos.

Naquele instante eu me lembrei do Edward.

Ele era um garoto pálido, muito magro e andava de uma maneira engraçada. Mas, para compensar, eu até devo admitir que ele era meio bonitinho. Tinha cabelos cacheados e castanhos, bagunçados e nada curtos. Tinha olhos bem azuis e penetrantes, além de algumas sardas no rosto. Ele era mais baixo e um pouquinho mais velho que Chris, e as poucas vezes que eu estive com ele eram sempre as piores. Ele era irritante. Ele e Chris adoravam encher a minha paciência, mas também adoravam me defender quando algumas crianças da escola tentavam rir da minha cara — o que era bem raro. A minha mãe era bem próxima dos pais de Edward Lewis, portanto, não seria uma surpresa caso eles ganhassem a guarda de Chris após a morte dos meus pais.

— Você ainda tem contato com Edward? — perguntei.

Ele deu uma pausa, como se fosse alguma coisa tão ruim que ele não poderia contar para mim.

— Não. — respondeu. — Mas, Sam... Por que você não me procurou? Sabe quem matou nossos pais e a Cat?

Eu me segurei.

— Desculpe, eu não sei. — dei uma pausa. Aquilo era difícil. Mentir pro meu próprio irmão... Não era uma tarefa fácil. — Eu fui covarde. Eu fugi antes que eles dessem seu último suspiro.

— Eu não lhe julgo. — disse em voz baixa. — Eu faria o mesmo.

Não, você não faria, pensei. Você jamais mataria nossos pais.


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Notas finais do capítulo

PROOOONTO PESSOAS, AGORA VOCÊS PODEM RLX AS PPKS (OU PIROKS) E ME DEIXAREM EM PAZ u.u -q

Pessoas, eu tava no Photoshop de boas, e resolvi fazer duas capas alternativas da fanfic (se vocês interpretarem direito, tem uma caralhada de de spoiler HUEHEUE) caso vocês queiram ver...
Capa alternativa 1 - http://1.bp.blogspot.com/-bvI2OnaE-i4/U6jyZCfJ2_I/AAAAAAAABIk/IFeAnOyNlug/s1600/tfk-alternativa-1.png
Capa alternativa 2 - http://1.bp.blogspot.com/-OO_Mzq0JF80/U6jyZiFK8UI/AAAAAAAABIs/SlTtOmk9b7w/s1600/tfk-alternativa-2.png

Quem adivinhar os personagens e ainda o spoiler que a imagem abaixo (vampiro/lobo branco e negro) vai ganhar um biscoito :3 Mentira, só vai ganhar um beijo da Gretchen HUEHEUEHUEEHUEEHUEEHU -q Okay, um beijo da Gretchen seria algo assustador.

Aliás, uma coisa pra vocês: MAS QUE GENTE É ESSA QUE GOSTA TANTO DE INCESTO? Eu nem ia botar incesto achando que vocês iam odiar e olha isso... '-' Mds gent, relaxem esse fogo.

Enfim, chega de enrolar, comentem aê o que vocês acharam desse capítulo ;D