The Four Kingdoms escrita por starqueen


Capítulo 34
Capitulo 33 - Ele ainda vivia.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEYYY PESSOAS :D

ESTE é o último capítulo da fic. Pois é, trágico, eu sei, MAAAS, tenho uma notícia um pouco previsível sobre a fic nas notas finais deste capítulo, então, POR FAVOR, leiam, ok? :)

Espero que gostem desse último cap :/

—--- ATUALIZADO: LINK DA TERCEIRA TEMPORADA http://fanfiction.com.br/historia/555458/The_Four_Revolutions/



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Então eu acordei em outro lugar. De novo.

Ultimamente — mais exatamente desde Janeiro, quando eu fui capturada pela a Área 51 —, eu já pedi a conta de quantas vezes eu desmaiei — ou passei por experiências de quase morte — durante esse tempo. Até o ano passado, isso nunca acontecia comigo. Talvez seja alguma maldição que você ganha ao ser capturada pelo o governo e de certo modo lutar ao lado dele. Sério, eu realmente estou começando a suspeitar das minhas capacidades de ficar sem desmaiar. Antes de Janeiro desse ano, a única vez que eu desmaiei na minha vida foi quando eu fui capturada pela a primeira vez pelo o governo americano, quando eu tinha nove anos de idade.

Eu pisquei os meus olhos umas duas vezes, e percebi que estava deitada em uma cama de hospital. O quarto tinha um pôster do sistema de saúde mexicano — só percebei isso por causa do espanhol —, então eu presumi que talvez eu estivesse no México ou algum desses países da América do Sul que falam espanhol. Eu estava recebendo o soro através do meu pulso. Eu passei a minha mão levemente pelo o pescoço e senti que tinha um curativo no local da queimadura.

Eu virei a minha visão, e tinha uma cadeira ao lado da minha cama. Matthew estava sentado nela — na verdade, ele estava mais era em uma posição meio torta —, e parecia meio cansado. Ele estava dormindo. Parecia que ele tinha deixado crescer a barba.

Por quanto tempo eu fiquei aqui?

A porta se abriu, e eu vi a imagem de um cadeirante. Demorou um pouco para o meu cérebro processar quem era, mas até que não demorei tanto assim. A sua pele negra conseguia parecer ainda mais escura, ele parecia bem mais magro, e até deixou a barba crescer. Era Gordon.

Gordon está na cadeira de rodas.

— Sam! — ele disse um pouco feliz.

— Gor-Gordon? — gaguejei sem acreditar no que estava vendo. Minha voz estava rouca. — Vo-você está na...

— Cadeira de rodas. — ele completou um pouco triste. — Sim, eu sei. É algo temporário.

— P-Por quando tempo eu fiquei aqui?

— Exatamente dois meses. — respondeu Gordon. — Você ficou em coma por dois meses.

Dois meses... Então eu realmente devo ter batido o meu recorde.

Eu me perguntava o que tinha acontecido durante esses meses. Estamos em uma guerra praticamente oficial agora. Devem ter acontecido muitos ataques no mundo todo, e talvez, estivéssemos em uma situação que conseguisse ser mais séria do que já era. Hector se foi, e provavelmente não acharam um vampiro bom o suficiente para ocupar o seu lugar, fazendo os vampiros entrarem em uma anarquia imediata. Devem estar estuprando mortais e bebendo o seu sangue, enquanto aproveitam para causar um caos total na mídia falando mal dos dominadores. Os The Owners já devem ter arrumado um líder pior que Lewis.

As coisas devem estar piores do que já eram.

— Se você se pergunta, muita coisa mudou. — falava Gordon. — Wright e Roux morreram em Sydney, Mary fugiu e os vampiros tem um novo líder.

Wright e Roux morreram. Eu não pude me sentir surpresa com isso, o livro já tinha avisado isso bem antes. Mas eu não pude evitar de me sentir triste por causa disso. Por mais que em grande parte do tempo eu odeie os dois, ter o pensamento de que eu jamais irei vê-los de novo era meio perturbador. Wright poderia ser um líder estúpido, mas de longe, era o único líder de verdade. Roux era legal ás vezes. Eu até gostava mais da Área 52 do que a 51.

Todos os nomes escritos naquele maldito livro agora têm os seus donos mortos. Então, por que eu ainda estou viva?

Então eu me lembrei dos últimos acontecimentos. Eu matei a garota que vestia negro, então, de alguma maneira aquele livro não estava errado. No final, Sam Watters de fato morreu.

Agora o foco era descobrir quem era o novo líder dos vampiros.

— Quem é o líder? — perguntei.

— Stephen. — respondeu Gordon.

[...]

Quatro dias.

Já se passaram quatro dias que eu acordei, e exatamente dois messes e quatro dias que Lewis morreu. Eu ainda estava no hospital — ou seja lá o nome disso — na sede oficial dos lobos. A diferença, é que eu estava menos pior agora — o que para eles significava que eu estava curada —, e provavelmente iriam me dar alta hoje.

Eu não falei com ninguém além de Gordon durante esses dias. Catlyn Velásquez, a líder atual dos lobos — e claramente a única líder até agora que não fora derrubada —, parecia estar me controlando indiretamente. Gordon me disse que os Estados Unidos estavam em um estado muito perigoso, então não teve escolha que não fosse a sede dos lobos.

Eu não vi Matthew desde que eu acordei. Eu me lembro que tinha tomado um remédio, adormecido, e então quando eu acordei ele se foi. Depois disso, eu passei a não dormir mais. Faz bem uns três dias que eu não durmo, e também três dias que eu não tomo remédios. Na verdade, era impossível dormir quando a sua mente te torturava mais que o normal.

Então aí vamos ao ponto principal: Eu não estou bem.

Ignorando o fato de que eu estava em um tédio terrível aqui e ainda estou processando a morte de tanta gente, outras coisas me assustavam agora. Eu só conseguia pensar no que essa guerra estava preparando para mim. Stephen era o líder dos vampiros. Eu deveria me preparar para acabar com ele ou chorar eternamente porque eu sei que desta vez eu não irei conseguir? Se Hector quase me matou sem que eu nem batesse nele, eu nem quero imaginar o que Stephen poderia fazer.

Ás vezes, Hector aparecia para mim. Ele sussurrava no meu ouvido e parecia me perturbar a cada segundo que se passava. Eu não sei se essa é a prova de que eu estou ficando totalmente maluca, ou se ele ainda estava vivo, querendo pregar algumas peças em mim.

Eu ainda não consigo esquecer a morte de Jeff e Helena. Por alguma razão desconhecida, eu ainda me sentia muito culpada por causa deles. Talvez porque seja minha culpa.

Agora eu estava na sala de uma psicóloga. Ela estava me avaliando psicologicamente, já que ela suspeitava que tinha algum trauma que estava desencadeando alguma doença psicológica agora. Gordon me disse que todos ficaram muito devastados após os últimos acontecimentos — principalmente os outros dominadores: Matthew e Travis —, então provavelmente ela deve achar que eu estou como eles. Ela está certa.

— Quantas mortes você presenciou? — ela me perguntou.

Muitos flashes se passaram pela a minha mente. Big J. Helena. Jeff. General Rodriguez. Meus pais. Minha irmã. Donna Anderson. Os inúmeros lobos que matei. Vampiros. Os gritos ficavam ecoando na minha mente, juntamente com a imagem dos seus olhares antes dos seus últimos momentos.

Muitas. — respondi, com o olhar fixo no chão. Eu não queria olhar para o rosto dela.

— Quantas? — perguntou. — Você tem alguma estimativa ou...

— Eu já disse. — falei. — Eu já vi muitas mortes.

A psicóloga anotava algumas coisas no seu caderninho, como se eu fosse uma espécie rara que precisasse de anotações para ser estudada. Provavelmente, deveria estar anotando toda essa conversa pelo o seu ponto de vista, onde deveria me ver como uma pobre garota perdida e perturbada. Ao menos eu agradeço o fato de que ela é a única mexicana aqui que não tenha aquele sotaque espanhol tão forte.

— Alguma delas te acerta em especial?

— Não. — menti. — É normal. Uma hora as pessoas se vão para sempre.

Eu pisquei os olhos e levantei o meu olhar. Eu conseguia ver Hector Kitter no canto da parede, próximo a cadeira em que a psicóloga estava sentada. Pisquei os olhos de novo a imagem de Kitter virou cinzas, desaparecendo.

— Você pode me dizer, Sam. — ela disse. — Eu estou aqui para te ajudar.

— Eu não estou mentindo. — continuava a farsa.

Ela suspirou.

— Certo. — ela disse, fazendo uma anotação. — Você não tem nenhuma experiência traumática para compartilhar comigo? Talvez isso possa melhorar.

Eu tinha muitas. Talvez o meu problema é que eu já tive experiências traumáticas demais, mas elas já se foram, e provavelmente, iriam dar espaço a outras bem piores na guerra. Matar os meus pais, a Área 51, Hector Kitter... Eu tenho certeza de que elas são nada comparadas ao que vai acontecer. Stephen é o meu novo foco.

— Eu nunca tive uma experiência traumática. — disse. — Eu não sou muito sensível a isso.

A psicóloga faz uma última anotação no caderno, e logo o fechou. Ela parecia ter uma expressão meio frustrada no seu rosto, talvez ela achasse que eu fosse confessar tudo e provar ser o demônio que a mídia mostra.

— Eu acho que você está mais do que pronta para receber alta. — ela disse. — Eu nunca vi uma pessoa encarar tantas informações ruins tão facilmente. Os outros dominadores foram exatamente o contrário.

— Matthew e Travis? — perguntei. — Como eles estão?

— Eu não posso falar sobre isso, as conversas são privadas. — ela disse. — Mas os dois pareciam bem abalados, mesmo depois de dois meses.

[...]

Cerimônia de posse do novo líder do Departamento Sobrenatural Americano.

Alguns minutos depois de receber a alta, Audrey me levou a parte mais “social” da sede dos lobos. Era um grande salão social, lotado de pessoas e especialmente decorado para o dia de hoje. Eu não sei como eles podem estar fingindo essa felicidade, já que Wright e Roux morreram. Para mim, ainda é algo recente. Eu ainda não processei esses dois meses. Para eles, já é algo que aconteceu há algum tempo, algo que eles superaram.

Tinham algumas pessoas da elite ali. Eu conseguia reconhecer alguns rostos do conselho continental, o que me deu uma sensação de nostalgia. Parece que foi ontem que Roux e Wright levaram Matthew e eu até a sala do conselho continental para conversar sobre o nosso falso namoro. Agora eu os via, vestindo seus ternos, bebendo champanhe, rindo alto e ao lado de suas esposas, aparentemente felizes e ricos.

— Eu só queria dizer que, se você precisar de alguma amiga, ou qualquer coisa assim, eu estou aqui. — disse Audrey.

Eu nem sabia direito quem ela era.

— Uh... Ok. — eu disse meio sem jeito.

— Eu não quero que isso soe estranho, claro. — disse Audrey. — Mas as coisas estão meio... Hã, complicadas ultimamente. Eu acho que precisamos ser todos unidos, principalmente você que é dominadora.

— Uh... Certo. — disse. — Eu entendi.

— Sam Watters! — eu ouvi uma voz familiar berrando nos meus tímpanos. Sr. Webb. — Como vai o meu investimento?

Investimento... Cadê os direitos humanos agora? Tem um rico estúpido me tratando como arma e ninguém nunca se importa. Provavelmente, se eu fosse uma humana normal que tivesse um tom de pele mais escuro, as pessoas iriam se importar. Ah, espere, se eu fosse humana nada disso estaria acontecendo.

— Sr. Webb. — disse. — Faz muito tempo que não nos vemos.

Audrey saiu, se misturando com as pessoas e deixando Sr. Webb sozinho comigo. Se ela queria ser a minha amiga, me deixar sozinha com o Sr. Webb só iria me fazer dar pontos negativos a ela.

— Eu quase desisti de você, garota. — ele parecia meio alterado. Tinha uma taça de vinho na mão. Estava claramente bêbado. — M-Mas, — começou a gaguejar e falar praticamente gritando. — eu sabia que desde o momento que eu investi em você não iria dar nessa...

— Sr. Webb! — Matt exclamava enquanto se aproximava de nós. Eu me senti segura. — Cara, tem uma mulher lá na direita doida pra te ver.

— Sério? — perguntou Sr. Webb. Realmente, ele estava bem bêbado. Os olhos azuis dele pareciam bem malucos com tanta bebida. Seu cabelo tão perfeitamente arrumado estava bem bagunçado e com algumas mexas rebeldes caindo na sua testa.

— Sério. É uma mexicana morena. — respondeu Matt. — Vai lá, não perca essa chance.

— Estou indo, chicas! — disse Sr. Webb, correndo para longe de nós.

Eu agradeci Matt mentalmente por me livrar de uma versão do Sr. Webb totalmente diferente e bêbada.

A primeira coisa que eu fiz após isso foi beijar Matthew.

— Eu senti a sua falta, Summers. — disse. — O que diabos aconteceu durante esses meses?

— Bem, ignorando o fato de que todos achavam que você estava morta... — dizia Matthew. — Travis está bem triste. Scarlett está grávida de um ex-namorado dela e provavelmente vamos perder essa guerra.

Scarlett grávida de um ex... Ela deve ter inventado isso para não dizer que era do Aaron. Travis deveria estar triste pelo o fato de que eu matei Helena. Ele era bem sensível ás vezes.

— Eu estava quase morta?

— Você quase me matou de preocupação! — disse Matt. — Agora o mundo todo acha que você é uma heroína por ter matado Lewis, além de todos acharem que você morreu após mata-lo. Esses foram os piores meses da minha vida. Você parecia tão morta que eu não fazia ideia do que fazer.

— Eu estou viva agora. — tentei esboçar um sorriso normal, sem nenhum sarcasmo.

Matt sorriu de volta.

— Ao menos estamos vivos. — ele disse.

Todas as pessoas ali se calaram, e no “palco”, eu pude ver Gordon entrando com alguns soldados e também com um garoto adolescente. Um soldado fez um rápido teste no microfone, e todos prestavam atenção naquilo, como se fosse a única coisa no mundo. Eu não conseguia ouvir nenhuma conversa ali. O importante agora é quem era tomar posse do Departamento Sobrenatural Americano, a pessoa que tomasse posse disso era a única que poderia nos salvar na guerra.

Gordon se moveu lentamente — até porque ser rápido em uma cadeira de rodas me parecia uma tarefa meio difícil — até o microfone. Eu me perguntava o que ele tinha feito para estar assim.

Ele deu um sorriso meio tímido, sem mostrar os seus dentes para o público.

— Olá. — disse. — Eu me chamo Corey Gordon, vim aqui para explicar a atual situação do governo. Em 23 de Maio descobrimos que os meio irmãos Louise Roux e John Wright foram mortos queimados, em Sydney, após o primeiro ataque na Austrália. Perdemos também inúmeros soldados e membros muito importantes, como a dominadora Helena Jones. — deu uma pausa. Eu virei o meu olhar para direita, vendo Ben Jones. Ele estava presente aqui. — Mas, depois de dois meses, precisamos seguir em frente e pôr ordem. Em vida, Wright concordava que um dos seus protegidos, Sebastian Mills, pudesse ficar no seu lugar após a sua morte.

O adolescente deu um passo para frente, ficando mais próximo de Gordon. Ele não parecia ser mais velho que eu. Deveria ter por volta dos quinze anos, no máximo dezesseis. Sua pele era bem branca — conseguia ser mais branco que Matthew — e ele tinha algumas sardas no seu rosto. Seu cabelo era negro e em um corte curto. Seus olhos tinham um tom de castanho escuro comum, como grande parte das pessoas.

— Porém, Sebastian ainda é muito novo, tendo apenas dezesseis anos. Como se fala nos documentos oficiais, só um maior de vinte e um anos pode assumir o controle. — dizia Gordon. — Enquanto Sebastian não atinge essa idade, eu mesmo irei assumir o controle. Eu sou provisoriamente o novo líder do Departamento Sobrenatural Americano.

O pensamento de que Gordon pudesse ser um usurpador passava pela a minha cabeça, mas eu tive que descartar. Ele não poderia ser mais um vilão. .

[...]

— Cale-se. — dizia Hector. — Eu sou poderoso, Sam Watters. Eu vou arrancar o seu coração e colocá-lo em uma prateleira como se fosse um prêmio, entendeu?

— Não... — eu murmurava.

Hector deu um sorriso doentio.

— Você sabe muito bem que isso nunca vai acabar. — disse Hector. — Não importa se você matou a garota que veste negro, isso jamais irá acabar.

A imagem do corpo de Jeff minutos após a morte ficava se repetindo. Os últimos minutos de Helena também. A cabeça de Big J decapitada olhando para mim também era algo muito assustador.

— Vá embora! — gritei. — Me deixe em paz, Hector!

Ele forçou uma gargalhada.

— Eu jamais irei embora, entendeu, garota? — ele disse. — Eu sou mais forte que você!

Então eu acordei.

Dormir era um inferno. A minha respiração estava descontrolada, me fazendo ficar ofegante e até suar. Dava uma terrível vontade de nunca mais voltar a dormir, mas é algo impossível. Eu ainda sou um ser vivo, então se eu não dormir provavelmente ficarei maluca por completo e morrerei depois.

Eu tentei controlar a minha respiração e levantei um pouco o meu olhar. Hector estava no canto do quarto, próximo a porta e segurando a cabeça decapitada de Big J com um grande sorriso estampado em seu rosto. O sangue pingava no chão. Eu pisquei os olhos, achando que ele iria embora, mas na verdade só piorou. O corpo de Helena morto estava no chão, juntamente com o de Jeff. Eu me senti como se tivesse quatro anos de idade e ainda tivesse muito medo do escuro. Pisquei os olhos novamente, mas ele ainda estava lá, olhando fixamente para mim.

Eu não sabia o que fazer. Talvez o fato de me sentir indefesa e fraca era uma grande novidade. Então eu gritei. Ele foi embora. Os corpos foram embora juntamente com ele.

A porta se abriu. Era Matt.

— Sam? — ele perguntou, meio preocupado. Seus olhos brilhavam em um tom de vermelho, como se fossem chamas acesas. — O que aconteceu?

Eu respirei fundo.

— N-Nada. — gaguejei. — Eu só... Uh, eu tive um sonho ruim.

— Eu também. — ele disse.

— Você poderia, hã... — eu dei uma pausa sem saber como pedir. — Dormir comigo?

— Então você está com medo, garota da água? — ele perguntou com um sorriso meio convencido.

Depois disso, não falamos mais nada. Ele apenas andou até a cama e se deitou ao meu lado. Eu repousei a minha cabeça no seu peitoral, ainda em puro e profundo silêncio. Fiquei com os meus olhos abertos e encarando teto. A pele dele era bem quente. Eu não podia negar que isso me dava uma sensação de segurança — algo que eu nunca senti de verdade —, porém, eu não posso me dar ao luxo de sentir algo assim. Estamos em uma guerra. Segurança deve ser a última coisa que eu devo sentir.

— Eu não vi o Travis. — disse. — O que aconteceu com ele?

Matt suspirou.

— Eu também não sei. — Matt respondeu. — Tudo está confuso desde do que aconteceu.

— Chris e Bennett estão aqui? — perguntei.

— Chris se aliou a nós. Eu acho que agora ele não te odeia mais. — respondeu. — Mas Bennett ia ser julgado por traição e fugiu.

Bennett deve estar em qualquer local no mundo agora nessa guerra. Eu me perguntava se ele tinha se juntado a Stephen e os outros vampiros.

— E Mary?

— Gordon disse que Wright e Roux conseguiram matá-la. — disse Matt. — Ao menos estamos livres de líderes malucos que querem nos matar.

— Ainda tem Stephen. — lembrei. — Ele é um maluco.

— Ele é seu parente e considera muito a sua família. — ele falou. — Eu não acho que ele vá se tornar um segundo Hector Kitter e sair matando todo mundo só por diversão.

A única coisa que passava pela a minha mente era a pergunta: Qual será o próximo? É claro que é Stephen, mas talvez uma parte de mim carente por família ainda não aceite que ele é um louco. Eu sabia que ele tinha uma sede enorme por poder, e é mais do que óbvio que o trono vampírico não seja algo que vá para-lo. Ele quer mais.

— Gordon disse que somos importantes na guerra. — disse Matt. — Eu acho que todas as minhas esperanças de viver como um humano comum foram mortas com isso.

— Você sabe muito bem que eles jamais iriam nos liberar. — falei. — Uma vez dominador, sempre brinquedinho do governo.

— Eu não costumo a pensar muito no futuro, mas desde que tudo isso aconteceu é algo impossível pra mim. — ele disse. — Mas, ter uma vida normal como qualquer humano agora me parece como um sonho. Imagine se um dia eles nos liberassem?

— Isso não faria diferença. — disse. — A minha vida humana também seria um inferno.

— Pra mim faz. — disse Matt. — Seria bom ter filhos com...

Ele próprio se cortou quando falou isso. Eu parei de encarar o teto e mudei de posição, olhando para o seu rosto. Ele estava todo vermelho agora. A reação dele foi engraçada, mas eu tive que conter o meu riso.

— Você quer ter filhos comigo, Summers? — eu perguntei.

— Hã, não, é que... — ele parecia nervoso. — Ah, esquece.

Eu tive que me segurar para não rir.

— Você quer ter filhos comigo, não é, Summers? — repeti a pergunta.

— Okay, eu admito, eu pensei nisso nesses dias. — disse Matt. — Eu pensei em crescer, fazer faculdade um dia e talvez ter uma vida com você.

Ele estava apaixonado.

Eu o beijei lentamente, e aos poucos, as coisas começaram a ficar um pouco mais velozes. Eu não pensei muito no que ia fazer naquela hora, tudo ia da maneira que nossas partes carnais queriam. Talvez seja bom para mim. Tirar Hector da minha cabeça durante essa noite era a coisa que eu mais queria.

Ponto de Vista do Narrador.

Lentamente, ele abria os seus olhos. Só tinha escuridão.

— Graças a Lilith! — ele viu um par de olhos verdes passarem pelo o quarto. Se a voz não fosse masculina, iria achar que era Sam. As luzes se ascenderam, revelando a figura de um homem que tinha por volta ds seus trinta anos. Ele tinha barba, seu cabelo castanho claro já estava maior, com alguns fios caindo na testa. Parecia morto. Era Stephen Watters.

— V-Você é um Watters. — gaguejou.

— Stephen Watters salvou a sua vida. — disse Stephen. — Você deveria estar feliz, Edward.

Lentamente, Edward levantou a sua mão e passou levemente no seu rosto. Estava... Queimado. Seu lindo rosto estava queimado.

Não demorou muito para que ele juntasse os fatos do que tinha acontecido nos últimos momentos que o seu cérebro funcionava. Sam tinha o esfaqueado, e alguns segundos depois, ele sentiu um grande calor na sua pele. Pensou que fossem os seus últimos minutos.

Ao contrário do que outras pessoas fariam, ele sorriu. Estava vivo. Ainda poderia ganhar essa guerra. O seu lindo rosto, que sempre usou para o seu favor poderia estar destruído, mas ele tem o seu cérebro. Ele pode ganhar essa guerra.

Lewis ainda vivia.


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Notas finais do capítulo

A SAM ( ͡° ͜ʖ ͡°) COM O MATT AHUEAHAUEAHUEA, E LEWIS É BIXA MÁ, PQ ELE É TIPO A SAM: OS DOIS SÃO I-M-O-R-R-Í-V-E-I-S AHUEHUEAHUEAHUE -q

Anyway, esse foi o ÚLTIMO capítulo, e como vocês viram, ainda tem muitos fios soltos e tretas bem maiores para colocar. Não dava para fechar todos os fios soltos dessa fic nesses últimos capítulos, então, eu tinha planejado algo nessa fic mas fiz algo muito diferente. Por causa disso, eu estava pensando em fazer uma TERCEIRA TEMPORADA FINAL para mostrar a guerra, terminar uma caralhada de personagens que eu não terminei e por aí vai.
Eu to meio em dúvida com essa terceira temporada, porque sempre tem muitos leitores que acabam perdendo e por mais que eu goste de escrever essa fic, sempre dá um medo que a terceira "flope". Eu pensei em fazer um epílogo nessa, MAS AINDA TEM MUITA COISA PRA ACONTECER, então tipo, não daria.

Alguns pontos sobre a terceira temporada:
— Vai se passar na guerra;
— São exatamente dois anos depois de tudo isso;
— As coisas estão bem mais sérias;
— Tretas;
— Desenvolvimento final de todos os personagens.

O nome da terceira vai se chamar "The Four Revolutions". DIGAM AÊ nos comentários o que vocês acharam do capítulo e também digam SE QUEREM UMA TERCEIRA TEMPORADA. É muito importante para mim. Se vocês não quiserem, eu não faço e fica esse final meio tenso dessa segunda.

—--- ATUALIZADO: LINK DA TERCEIRA TEMPORADA:http://fanfiction.com.br/historia/555458/The_Four_Revolutions/

Espero que tenham gostado o/