The Four Kingdoms escrita por starqueen


Capítulo 23
Capítulo 23 - A minha casa.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEYY PESSOAS, NOVO CAP :)
Após as "revelações" do último cap, esse é um pouco mais "leve", porém... Teremos uma nova visão de quem é de verdade o Stephen e.e

Enfim, eu espero que gostem, pessoas :D
Here we go...



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Ponto de Vista do Narrador.

— Me ameaçar não vai te garantir nada. — dizia Stephen. — Eu não sou leal a você.

— Você não é leal a ninguém. — disse a voz feminina. — Mas você será leal a mim.

— Eu só estou lhe ajudando de graça. — disse Stephen. — E você sabe muito bem que não poderá esconder isso por muito tempo. Você é uma híbrida. Ela vai perceber, não acha?

A mulher bufou de ódio, mas ainda continuava com as mãos na garganta de Stephen, tentando o enforcar. O coração de Stephen ainda batia muito lentamente, já que ele era um dampiro, enquanto o dela não batia já fazia mais de dezessete anos.

— Você quase me expôs para ela. — disse a mulher. — Uma hora ou outra você vai dizer.

— Eu não direi. — ele disse. — Ela apenas vai perceber. Você sabe muito bem que jamais manterá esse segredo eternamente. Quando a garota entrar em conflito consigo mesma... Ela saberá.

— Transformá-la em lobo será a única maneira de se livrar desse conflito. — disse a mulher. — Você a está salvando de si mesma.

— Eu não estou a salvando. — disse Stephen. — Eu só estou garantindo que Hector morrerá, e que eu serei o próximo a ocupar o trono.

A mulher deu um passo para trás, parando de ameaçar Stephen fisicamente. Seus cabelos loiros brilhavam com a luz do sol, dando um brilho mais vivo para ela. Os seus olhos ganharam um brilho dourado com a luz, exatamente como os de um lobo.

— Você só tem uns cem anos. — ela disse. — Você não pode subir ao trono.

Stephen deu um sorrisinho.

— Eu sou um dampiro. — disse Stephen. — Meu coração ainda bate de uma maneira lenta, além do fato de eu ser mais forte que aqueles estúpidos vampiros normais. — deu uma pausa. — Eu sou perfeito para subir ao trono.

A mulher forçou uma risada.

— Eles vão descobrir uma hora ou outra. — ela disse.

— Do mesmo jeito que a sua querida e amada filha irá descobrir que você é uma híbrida mentirosa. — Stephen retrucou. — Você conseguiu ficar na frente dela e ainda mente sobre isso, Blair. Eu lhe invejo por isso. Minha sede por poder é mais forte que a mentira.

— Eu nunca fui uma híbrida! — disse Blair. — Eu não me transformo desde daquele dia.

Ele passou a sua mão levemente pela bochecha de Blair, segurando seus pensamentos de matar a própria neta. Um sorriso sarcástico estava estampado no seu rosto, mas aquilo não assustava Blair. Ela conhecia bem o seu tio-avô. Ele não era um assassino, era apenas um lunático viciado por poder.

— Você é uma vergonha. — disse Stephen, tirando a mão do rosto de Blair. — Você sempre foi uma péssima mentirosa, por que acha que seria uma boa agora? — deu uma pausa. Ele estava mais do que certo. Até Blair concordava com isso. — Eu só quero imaginar a reação da garota ao descobrir o seu pecado. Ao descobrir que ela não deveria ter nascido.

— Você é um monstro! — ela quase gritou. — Me liberte, agora! Eu não quero passar nem mais um segundo com você!

— Oh, querida, você ainda continua bem ingênua. — disse Stephen. — Eu sou o seu criador, entendeu?! — deu uma pausa, dando um passo e sussurrando na orelha de Blair. — Você fará tudo que eu quiser até que eu me canse.

E ele saiu do cômodo, em passos lentos.

— Sam! — chamou a dominadora de água, a avistando de longe. — Sam!

Sam rapidamente se virou, olhando para Stephen. Ela murmurou um: “Eu não mereço” e foi andando em direção a ele, em passos lentos. A última coisa que ela queria ver era o cara que sabia mais coisa da sua vida do que ela mesma sabia. Poderia ainda não ter engolido essa história dele, mas parecia bem real.

E ele era um vampiro, andando na luz da sede dos lobos normalmente.

— O que quer? — se perguntou, próxima dele.

— Nada. — disse Stephen. — Eu só quero certificar se você está bem.

Sam pensou sobre isso durante alguns segundos. Não fazia nenhum sentido.

— O que quer comigo? — perguntou Sam. — Você não estaria me ajudando por nada.

— Você já sabe. — disse Stephen. — Eu só quero poder.

— Não, você não quer só poder. — disse Sam. — Você quer algo mais. Eu posso ver nos seus olhos.

— Eu sou o seu sangue, Sam Watters. — disse Stephen. — Por que eu mentiria para você?

— Porque é de manhã. — disse Sam. — Você e Blair estão acordados de manhã sem sofrer nenhum tipo de dano, além de andarem perto do sol sem nenhum problema. — deu uma pausa. — Você está mentindo para mim.

— Santa Lilith! — disse Stephen. — Eu e Blair somos filhos de um dampiro, Sam. Acabamos ganhando algumas habilidades dele, entende?

— Se ela fosse criada por algum dampiro qualquer, ela não estaria presa a ninguém. — Sam deu uma pausa. — Dampiros não conseguem deixar alguma cria a outra como os vampiros. E eles estão extintos há séculos.

Stephen quase riu daquilo. Sam se relacionou com um dampiro, estava na frente de um agora e nem percebia isso. Ele achava todos ali extremamente ingênuos.

— Nós não podemos ficar separados, garota. — disse Stephen. — Creio que não irá entender. Passou muito tempo da sua vida totalmente sozinha. Você não faz ideia do que é ter alguém para te ajudar.

Sam respirou fundo. Stephen escondia algo e ela precisava saber o que era.

— Não. — disse Sam. — Você está me escondendo algo, Stephen. Você não vai conseguir a minha confiança tão fácil assim, entendeu? — deu uma pausa. — Eu não costumo a confiar em pessoas que sabem mais de mim do que eu mesma.

— Bom. — disse Stephen. — Ao menos você não confiará em Hector, já que ele roubou a sua memória e lhe conhece perfeitamente.

— Como sabe? — perguntou Sam. — Você é um infiltrado dele, não é?

Stephen forçou uma risada.

— Você precisa relaxar um pouco, garota. — disse Stephen. — Durma no próximo voo. Eu acho que isso talvez possa curar a sua paranoia exagerada sobre mim.

— Talvez todos aqui precisem dormir direito. — disse Sam. — Porque ninguém aqui confia em você, querido bisavô.

Stephen lançou um sorrisinho para Sam.

— Eles preferem acreditar na falsa messias do que na única pessoa realista aqui. — disse Stephen. — Venha para o mundo real, querida bisneta. Eles também não costumam a confiar em assassinas como você. Só não te mataram porque você é uma maldita dominadora de água. — deu uma pausa, olhando bem fundo nos olhos de Sam. Eram mais verdes que os seus. — Você tem os olhos do seu pai, garota. É uma grande pena que fora isso, você tenha apenas pegado os defeitos dele.

Stephen saiu de lá com um sorriso sarcástico estampado em seu rosto. Ele havia conseguido pegar Sam Watters de jeito, ou ao menos ele achava que havia conseguido isso. Ele e o seu criador bolaram o plano perfeito para derrubar tanto o governo americano quanto os vampiros. Sam era apenas a peça principal.

Em menos de três horas, todos embarcaram no voo para Austrália.

[...]

Matthew achava que o fuso horário iria o matar.

Uma hora, estava no seu país, enquanto na outra estava no México, aí ele ia para o outro lado do mundo e acabava criando uma grande bagunça em todo o seu horário. Se ele viajasse mais uma vez, iria morrer pelo o maldito fuso horário.

Sam estava no seu lado, juntamente com Scarlett, Aaron, Helena, Travis, Blair e Stephen. A frente deles, só tinha uma casa azul, típica daquelas de classe média alta. Ele não fazia a mínima ideia do que era. Só sabia que estava em um país do outro lado do mundo para achar Garrett, um irmão de Aaron que é líder de uma grande e poderosa matilha. Segundo os irmãos Knight, a mordida de Garrett faria a parte “loba” de Sam acordar de vez.

Por mais que Matthew tentasse, ele não conseguia entender toda essa história.

— Eu acho que a família da minha mãe ainda mante a casa. — disse Sam.

— Sua mãe adotiva? — perguntou Travis.

— O que seja. — disse Sam. — Eu não consigo engolir essa história.

Ninguém conseguia acreditar ou até entender direito essa história. Exceto Stephen, que parecia encarar aquilo com toda a tranquilidade do mundo. Aquilo assustava Matthew, mas ele evitava demonstrar isso. Até Blair, a parceira de Stephen, parecia encarar aquilo de uma maneira meio medrosa e cautelosa, como se escondesse alguma coisa.

— Estamos na casa onde você passou a infância? — perguntou Helena.

— Até os meus oito anos, eu acho. — disse Sam, dando um passo para frente e abrindo a porta.

Assim que Sam abriu a porta, a única coisa que ela queria fazer era chorar como se fosse a única coisa a fazer. Tudo estava exatamente igual. Aquilo a trazia memórias de uma época onde ela chegava a ser feliz. De uma época onde não tinha nenhum governo americano, ou vampiros malucos e líderes mortais que queriam ver a sua cabeça rolando no chão. A época onde a sua única preocupação era de fazer o dever de casa.

Ela se segurou.

— Chegamos. — disse Sam. — Mexam no que quiser. As coisas não devem ficar exatamente iguais por muito tempo.

Ela rapidamente subiu a escada, deixando todos ali.

Matthew olhou para o chão, vendo manchas de sangue. Na parede, tinha mais manchas de sangue, e uma das janelas estava quebrada. Tudo estava terrivelmente empoeirado, além de ter um cheiro forte de sangue meio “velho” e mofo misturado. Parecia uma cena de crime deixada para trás. Os porta-retratos nas paredes e na estante tinham suas fotos quase que preenchidas pela maresia. O único porta-retrato que parecia não ter sido completamente atacado pela maresia mostrava a imagem de duas crianças.

O menino, que era mais velho, tinha cachos castanho-claros extremamente bagunçados, e olhos quase cor de mel. O sol o atingia, deixando esses traços cada vez mais claros. Sua pele era meio bronzeada. Ele usava um colar exatamente igual ao que Sam usa atualmente. Matthew não demorou muito para ver quem era. O menino era praticamente a versão de Christopher Watters com apenas dez ou onze anos de idade.

Ao seu lado, tinha uma garotinha. Ela tinha um sorriso largo e meio torto estampado em seu rosto. Seus olhos eram extremamente verdes, graças à luz do sol. Seu cabelo loiro e cacheado estava tão bagunçado quanto o de Chris, e ela também tinha uma pele meio bronzeada. Ela parecia extremamente saudável e comum. Matthew demorou um tempinho para perceber quem era. A garotinha era uma versão de Sam Watters com seus quatro ou cinco anos de idade. Ele quase paralisou.

Sam se trancou no primeiro banheiro do corredor do primeiro andar. Ela ficou se encarando no espelho por alguns minutos, encarando cada pequeno detalhe do seu rosto. A dominadora de água analisava friamente a cicatriz na parte da sua mandíbula, feita por Matthew, e a cicatriz maior na sua bochecha, feita por General Rodriguez. Pensava em como cicatrizes poderiam fazer uma pessoa parecer mais má e perigosa do que ela já é.

Pensou se a sua mãe poderia ser má ou ter cicatrizes, igual a ela.

Deu um curto passo para trás, evitando em pensar em toda essa história que Stephen tinha contado. Sam queria mais do que tudo acreditar que aquilo era uma grande mentira, mas ela não podia. Parecia mais verdade do que quase todas as coisas que ela já acreditou.

Ela levantou o seu olhar, olhando o seu corpo no espelho. Sam percebeu uma mão pálida subindo no seu ombro e até sentiu aquilo, como se fosse totalmente real. Ela rapidamente se virou, mas viu que não tinha nada ali.

Virou o seu olhar para o espelho, até que viu a mão subindo pelo o seu ombro de novo. Um homem familiar apareceu atrás dela, como se simplesmente surgisse nas sombras. O instinto de Sam berrava para se virar e atacar, mas ela estava negando a o seu próprio instinto, ficando apenas parada e observando mórbidamente o que acontecia no espelho.

Era Hector Kitter.

Ele deu um sorriso assustador a Sam, que retribuiu apenas com um profundo silêncio. A outra mão de Hector ia até a boca de Sam, calando-a. Ela continuou totalmente paralisada, apenas vendo essa cena do espelho. Hector foi até a orelha de Sam, sussurrando:

— Sua covarde. — sussurrava. — Você jamais vai me vencer.

Sam atacou da melhor maneira que ela pode: deu um soco no espelho.

Ele caiu em pedaços, com inúmeros pedacinhos de vidro caídos no chão. O som da quebra do espelho era extremamente irritante, mas ao menos Hector havia ido embora. Algumas peças maiores ficaram ainda no local que estavam, mas a única coisa que Sam conseguia ver refletida era o seu olho esquerdo e metade da sua boca. Ao menos, ela não poderia ver a cicatriz e a queimadura.

Ela olhou para a mão que deu o soco. Estava sangrando.

— Merda... — murmurou.

Ela nem secou o sangue. Apenas concluiu que estava começando a ter alucinações, e que a sua loucura estava começando a subir para outro nível mais preocupante.

Ela saiu do banheiro e foi até o seu quarto, evitando ser consumida por qualquer outra emoção que não fosse nostalgia ou ódio.

Enquanto todos iam olhando as coisas, discutindo estratégias e coisas desse gênero, Matthew subiu as escadas à procura de Sam.

Logo, o dominador de fogo deu de cara com um vasto corredor.

Ele andava rapidamente olhando para as portas. Todas estavam fechadas. Ele não fazia ideia de onde Sam poderia estar. Mas, a quarta porta, quase no fim do corredor estava aberta. Ele se aliviou por causa disso.

Ele entrou no quarto, vendo aquele típico quarto de menina comum. As paredes eram brancas, mas algumas partes eram pintadas de cor de rosa. Adesivos de corações e estrelas estavam colados nas paredes. Tinha algumas fotos de Sam também. Algumas bonecas da Barbie estavam jogadas no chão, ao lado de uma miniatura bem antiga do Iron Man. Ele virou seu olhar até a cama, encontrando Sam. Ela estava com um olhar mais perdido que o normal, fitando o chão.

Sam rapidamente escondeu a mão que deu o soco no espelho, mas Matthew nem percebeu esse movimento.

— Você está bem? — perguntou.

— Sim. — respondeu Sam.

Ele se sentou na cama, ao lado dela.

— Rosa? — perguntou Matthew, analisando o quarto. — Sério?

— Qual o problema? — Sam perguntou.

— Eu achava que você era o tipo de criança que batia nas outras e costumava a arrancar as cabeças das bonecas. — disse Matthew. — Ou como aquelas crianças psicopatas que maltratavam animais e mutilavam os colegas de classe.

— Desculpe se eu te decepcionei, Summers. — disse Sam. — A verdade era que eu assistia Bob Esponja e brincava de Barbie o dia todo. E nos finais de semana, eu ia para a igreja e era obrigada a ver os campeonatos de Surf do meu pai.

Matthew tentava se acostumar com o fato de Sam era uma criança normal, exatamente como ele foi. Talvez mais normal do que ele.

— Então... — Matthew tentou mudar de assunto. — Como você está lidando com isso?

— Com o quê?

— Com o fato da sua vida ter se tornado uma novela mexicana?

— Eu não sei. — confessou Sam. — Ainda não caiu a ficha pra mim. — deu uma pausa. — Como diabos alguém pode esconder a mãe biológica de alguém? Isso não faz sentido.

— Chris é o seu irmão mais velho, não? — perguntou Matthew.

— Sim. — respondeu Sam. — Você não acha que ele não iria estranhar caso a minha mãe... — falhou. — Minha mãe adotiva — se corrigiu — não estivesse grávida? Você sabe, as pessoas iriam falar. Chris iria falar.

— Eu não pensei nisso. — admitiu Matthew. — Mas faz sentido. Ninguém pode esconder a mãe biológica de alguém de uma maneira tão fácil assim. Você acha que vai achar ela?

— Não. — disse Sam. — Pelo que disseram, ela está morta desde que eu nasci. — deu uma pausa. — Se ela estivesse viva, seria a última pessoa que eu queria achar.

— Eles não falaram que ela está morta. — dizia Matthew. Logo um pensamento passou pela a sua mente. Fazia sentido. — Falaram que coração dela não bate mais. Talvez seja uma maneira educada de dizer que ela se tornou uma vampira, não?

— Dá na mesma. — disse Sam. — Vampiros estão mortos. Para se transformar em um, você precisa morrer antes. — deu uma pausa. — Eu preferia que ela estivesse totalmente morta.

— Essa história de você se transformar em loba... — dizia Matthew. — Está errado.

— Eu sei. — disse Sam. — Eu tenho sangue puro. Eu nunca vi um lobo com sangue puro em toda a minha vida. — deu uma pausa. — E eu também nunca vi híbridos.

— Scarlett disse que só há registro de dois dominadores que foram híbridos. — disse Matthew. — Ambos foram vampiros. É a única espécie que um dominador conseguiria ser um híbrido. — deu uma pausa, olhando nos olhos de Sam. Ela estava triste, exatamente como Matthew. — Ela me disse que há 99% de chances de você morrer.

Sam segurou uma risada. Ela já tinha passado por tanta coisa e ouvido coisas desse tipo tantas vezes que nem a assustava mais. Ouvir coisas dessa agora eram mais engraçadas que quase todos os Stand up’s e piadas sujas de todo o mundo.

— Já a milésima vez que me falam isso. — disse Sam, mentalmente desejando que tivesse alguma bebida ali. O seu corpo gritava por álcool, era a única coisa que a faria pensar menos nisso. — Se eu sobreviver disso, eu acho que preciso ganhar o meu prêmio de um milhão de dólares.

— É sério. — disse Matthew. — Você não se importa em morrer?

— Desde quando você fala sério, Summers? — Sam perguntou. — Você é apenas o cara que costuma a fazer piadas de mal gosto e age como uma criancinha de sete anos. Você nunca se importa com coisas sérias ou sobre morte.

Matthew bufou.

— Porque eu não quero que você morra, ok? — disse. — Eu não quero ficar totalmente sozinho nisso.

— Você se importa comigo? — Sam perguntou.

— Talvez. — respondeu Matthew.

— Você não deveria se importar comigo, Summers. — disse Sam. — Meu nome está naquele livro idiota. Está mais do que óbvio que eu não tenho muito tempo de vida.

— Não. — disse Matthew. — Eu não irei deixar isso acontecer, entendeu?

— Você não tem escolha. — disse. — Está escrito naquele livro, é o meu destino.

— Podemos fazer um novo destino. — ele disse.

Sam se segurou para não forçar uma risada. Matthew era totalmente inocente sobre esse assunto. Ele não fazia a mínima ideia do que isso se tratava.

— Eu já fiz o meu. — disse Sam. — E nesse destino, eu morro antes de fazer dezoito anos. Final feliz.

Sam se levantou da cama, andando em direção até a porta. Matthew rapidamente a seguiu, mais rápido que a garota. Ele ficou na frente dela, impedindo o a sua saída do cômodo. Matthew olhava bem fundos nos olhos de Sam, mas ela tentava desviar o olhar, olhando para o chão e fingindo que ele nem estava na sua frente.

— Me responda uma coisa. — disse Matthew. — Você quer morrer?

— Por que você teme tanto a morte, Summers? — Sam perguntou. — É a única certeza que temos.

— Não. — disse Matthew. — A única certeza que eu tenho é a vida.

— Sim, Summers, “vida”. — Sam fez aspas com as mãos. — Até os vampiros morrem em algum ponto de sua vida. Ninguém pode viver para sempre. É a única coisa que eu sempre tive certeza.

— Não comece com isso. — ele disse. — Não custa pensar positivo?

— Estamos em uma guerra. — disse Sam. — Você perdeu a sua mão e quase morreu umas duas vezes só nesse mês. Você não percebe? Vamos morrer mais cedo ou mais tarde.

— Eu não desisto fácil, Watters. — disse Matthew. — Quando você vai entender isso? Quando a morte vir, nós podemos enganá-la e dizer pra que ela volte amanhã. Talvez semana que vem, ou daqui a uns dez anos... Poderíamos ter preguiça de morrer.

Sam respirou fundo.

— Por que você não me deixa em paz e vá tentar salvar a sua própria pele? — perguntou. — Eu vou morrer. Você não pode mudar isso.

Sam deu um passo para lado e depois tentou sair do quarto. Matthew a segurou pelo o pulso, e então ela se virou para ele, olhando pela a primeira vez nos seus olhos.

— Eu posso salvar você. — disse Matthew.

— Não, você não é Jesus, Summers. Você não pode me salvar. — disse Sam. — Me deixe ir.

Matthew abaixou seu olhar, olhando para a mão de Sam. Uma gota de sangue caia no chão naquele exato instante.

— O que é isso na sua mão? — perguntou.

— Nada que te interesse. — puxou a mão, saindo do quarto e deixando Matthew completamente sozinho.

Assim que ela desceu o último degrau da escada, Aaron e todos os outros focaram a sua atenção apenas nela. Tinha um estranho ao lado de Aaron e Scarlett.

Sam já tinha uma suspeita de quem era aquela pessoa.

— Ele chegou. — disse Aaron a Sam. — Meu irmão.

Garrett Knight, o líder da alcateia principal australiana, havia chegado.

Sam seria mordida em poucas horas.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas, o que achavam?

EU ACHO (SÓ ACHO) QUE VOCÊS ESTAVAM MAIS DO QUE ERRADOS SOBRE A MÃE DA SAM, SÉRIO ASHUASHUAS Eu deixei isso claro desde o início, ok? u.u Pensem direito, isso é mais claro do que Satt ser real ou que o Aaron é um lobo e.e Antes que me perguntem, a mãe biológica da Sam não é má, ok?

No próximo capítulo, nós teremos: Lobos, Garrett Knight, mordidas, história da Helena, Travis e provavelmente, um pouco de Satt. E AS CHANCES DE SATT ACABAR SÃO ENORMES, ENTÃO PODEM FICAR LIGADOS, HEIN PESSOAS U.U

Eu espero que tenham gostado o/ COMENTEM o que acharam. Sugestões e correções do meu português de merda também são aceitas ahsuahsas

Até o próximo o/



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