The Four Kingdoms escrita por starqueen


Capítulo 12
Capítulo 12 - O nervosismo.


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas, aqui temos um capítulo novo :D Com emoções novas... -q Mentira, vou parar de fazer propaganda enganosa e.e

FINALMENTE temos um ponto de vista da Sam ~aleluia~ asuahsuas Enfim, vou parar de enrolar e vamos logo ao capítulo o/



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Roux chamou Matthew e eu até a sua sala.

Eu não fazia ideia do que ela iria dizer. Eu não fiz nada. Bem, talvez o problema seja de que eu não esteja fazendo nada. Mas eu não fazia a mínima ideia do porquê de ela chamar o cara que domina o fogo.

Eu não tenho nada contra ele, só o achava meio estúpido e mal educado. Ele parecia ter uma resposta para tudo e além do mais agia muito estranho quando estava comigo. Dizer que era estranho era muito pouco. Sinceramente, de todo mundo na Área 52, ele é de longe o mais estúpido de todos os tempos.

Assim que chegamos na sala, Roux deu um olhar meio bizarro para nós, e parecia que a cada dois minutos — sim, eu contei —, Matthew me lançava um curto olhar nervoso. Eu não sabia se ignorava isso ou finalmente concluía que todos aqui eram um bando de malucos sem nenhuma sanidade ou qualquer outra coisa assim.

— Finalmente vocês chegaram. — dizia Roux. — Eu estou esperando desde o, hã, último “incidente”. — ela fez aspas com as mãos enquanto olhava para mim. Não demorou nem um segundo para eu perceber que o “incidente” em questão era o fato de eu ter perdido a minha memória. Eu já estava cansada desse assunto.

— Esperando o quê? — perguntou Matthew, ainda em tom sem interesse.

— Eu odeio repetir isso, mas já faz um mês que a Sam perdeu a memória e só estamos piorando. — ela dizia. Ah não, lá vai toda aquela história chata de como eu fui imprudente e como eles estão frágeis na guerra e blá, blá, blá. Ela virou o seu olhar para mim. — Você se lembra de alguma coisa?

Eu evitei responder um “sim”, até porque eu não confiava em Roux e nem em Matthew. Eram apenas alguns nomes e frases sem nenhum sentido que ficavam se repetindo algumas vezes na minha mente. Nada importante demais e nada que ela devesse saber.

— Não. — menti. — Eu ainda não me lembro de nada.

— Bem, então devemos fazer algo. — dizia Roux, com um olhar pensativo. — Se depender de Kitter, nos meus pensamentos mais otimistas, ele devolveria a sua memória em Novembro ou Dezembro. Até lá podemos perder tudo.

— Então, o que você sugere? — perguntou Matthew. — Ainda estamos em Abril e pelo o visto os The Owners estão acabando conosco.

— Eu sei. — respondeu Roux, com um mau humor na voz. — Tem alguma coisa nas suas memórias, Sam. Alguma coisa que Hector Kitter está usando na guerra. Se não recuperarmos logo você pode perde-la para sempre, o que pode nos levar a uma decadência oficial.

Como sempre, Roux diz coisas super inteligentes e novas que eu até sinto que posso morrer feliz depois de ouvir coisas tão novas e incríveis sobre tudo isso. Ninguém hesitou ou até pensou em dizer isso para mim durante esse um mês sem memória. Sério. Dá uma vontade enorme de bater palmas para ela e dar um prêmio Nobel da paz depois de falar uma coisa não-tão-óbvia como essa. Roux como sempre é uma mulher extremamente inteligente, confiável e nada previsível.

— Já estamos em decadência. — disse Matthew. — Eu não tenho ideia do porquê das memórias da Sam serem tão importantes.

Roux pareceu se segurar para não esmurrar Matthew. Eu entendo ela. Quis fazer a mesma coisa naquela hora.

— A sua capacidade de falar das coisas sem saber nada é algo surpreendente. — disse Roux a Matthew. — Como estava dizendo, eu acho que sei como eu podemos trazer a memória da Sam de volta.

Matthew me lançou outro olhar nervoso. Desta vez, ele demorou quatro minutos e meio desde o último olhar. Recorde.

Eu não sabia se corria dele ou se o dava uma surra aqui mesmo.

— Como? — perguntei, ignorando a presença de Matthew.

— Se aproximem. — Roux mandou.

Matthew e eu nos aproximamos de sua mesa, enquanto Roux tirava um mapa de uma gaveta da mesa. Era um mapa pequeno comparado com o enorme mapa da América do Norte — que era centralizado nos EUA, cortando algumas partes do Canadá e México — na parede bem atrás de Roux, e assim que ela abriu o mapa eu pude ver que era o dos Estados Unidos. Prefiro não comentar o quanto os americanos são egocêntricos — mesmo que Roux nem seja americana de verdade.

Ela pegou uma caneta comum e circulou os estados do Arizona, Novo México, Colorado e Kansas. Eu era péssima em geografia, mas pelo o que saiba, a Área 52 deveria ficar em Utah, que fazia fronteira com o Colorado, que por sua vez, fazia fronteira com Novo México, Arizona e Kansas.

— Estes são os estados. — ela dizia. — São os únicos estados americanos onde temos registros atuais de telepatas verdadeiros. Vocês sabem, daqueles que não fingem ser o que não são.

— Telepatas? — perguntei.

Roux e Matthew me olharam como se eu fosse retardada.

— São humanos com conexões entre os dois mundos. — dizia Roux. — Conseguem ler pensamentos, se infiltrar nas mentes das pessoas, e o mais importante: eles conseguem se conectar a alma de qualquer ser vivo. E é aí onde a minha ideia entra. — ela deu uma curta pausa. — Hector não é tão poderoso ao ponto de conseguir separar as suas memórias da sua alma. Elas continuam ali, e o único jeito de trazê-las logo é com um telepata.

— Não seria mais fácil chamar algum pastor ou reverendo para fazê-la aceitar Jesus e curá-la da perda de memória? — Matthew perguntou de um modo completamente debochado e sarcástico. Eu me segurei para não mata-lo de verdade.

— A sua ignorância e falta de respeito sempre me surpreendem cada vez mais, Summers. — Roux disse com um pouco de raiva na voz.

— Sarcasmo. — disse Matthew. — Por que você nunca entende?

Roux lançou um olhar repreensivo para Matthew.

— Como eu dizia... — falava Roux. — Vocês dois vão se virar nesses estados á procura de um telepata de verdade.

— Espere... Nós dois?! — perguntei.

— Por que temos que ir juntos? — Matthew perguntou. — Ela perde a memória e sou eu que ganho as consequências?

Roux deu um sorrisinho a Matthew, como se fosse um “sim”.

— Vocês não serão protegidos do governo por muito tempo, e sabem disso. — falava Roux. — Eu estou apenas os ensinando a como se salvarem sozinhos.

— Isso é estúpido. — disse Matthew.

— Mais estúpido foi você deixa-la perder a memória. — disse Roux. Matthew se calou.

Dessa parte eu não sabia. Mas eu evitei de falar qualquer coisa disso, eu não queria parecer mais desatualizada do que já sou.

— Quando vamos partir? — perguntei.

— Hoje á noite. — respondeu Roux. — Temos que ser rápidos com isso.

[...]

Oito e meia da noite.

Já deveria fazer de dez a quinze minutos desde que partimos. Matthew não me olhava nervosamente quase toda a hora, até porque ele não falava comigo, como se eu tivesse algum problema sério. Ele não falava comigo desde que Roux falou conosco hoje de manhã, e sinceramente, eu não fazia a mínima ideia de como teríamos de arranjar um telepata se nem nos falamos direito.

Estávamos esperando o ônibus das nove horas da noite para Grand Junction, uma cidade de aproximadamente quarenta e oito mil habitantes, no Colorado. Iriamos ficar um dia lá e depois pegar outro ônibus para Denver, a capital do Colorado, com uns cem mil habitantes. Não podíamos passar pelo o estado todo, mas ao menos poderíamos procurar em uma cidade pequena e na capital de cada.

Não seria uma tarefa fácil.

— Então... — eu tentei puxar assunto. — Como iremos achar uma telepata no Colorado?

— Eu não sei. — ele respondeu. — Talvez se você dominasse água ou alguma coisa assim. Talvez isso possa chamar a atenção de algum telepata.

Ele nem olhava pro meu rosto.

— Olhe, se queremos achar logo um telepata e nos livrarmos disso, eu acho que é melhor você falar comigo e ao menos olhar para mim. — disse.

Ele revirou os olhos e virou seu olhar para o meu rosto.

— Feliz? — perguntou, com um pouco de raiva.

— Sim. — respondi.

E ficamos em um silêncio terrível. Eu não sabia mais o que fazer e ele parecia ficar nervoso ou sei lá do que só de olhar para o meu rosto. Então eu não tive nenhuma opção além de aproveitar o fato de que ele estava comigo e fazer um monte de perguntas sobre aquela história dele ser o culpado pela a minha perda de memória. Talvez isso me fizesse me lembrar de algo.

— Como eu perdi a memória? — perguntei.

— O-O quê? — ele gaguejou, com nervosismo na voz.

— Roux disse que a minha perda de memória é culpa sua. — disse. — Se você estava lá, deve saber como eu perdi.

— Hã, t-talvez seja melhor eu não dizer. — disse Matthew, transpirando nervosismo. — Não foi uma coisa boa, sabe?

— O que teve de tão ruim nessa história? — perguntei. — Ninguém parece dizer nada sobre mim, e se eu soubesse como...

— E você achou o motivo. Deus, eu devo dizer. — ele disse.

— Dizer o quê? — perguntei.

— As pessoas não te falam como você era antes ou até as coisas que você fez, porque, hã... — ele parecia que ia gaguejar de novo. — Você não era exatamente uma boa, tipo, uma pessoa correta ou educada.

— Helena disse o contrário. — disse.

— Helena é uma péssima mentirosa. — disse Matthew. — Ela morria de culpa, mas vivia mudando toda as suas histórias neste mês, achando que talvez pudesse te fazer uma pessoa melhor. Não que eu te achasse ruim, é que...

— O que eu era? — o interrompi.

— Uma pessoa? — ele disse de um modo meio desajeitado, dando um sorriso nervoso.

— Diga. — disse. — Agora.

— Nós vamos perder o ônibus. — ele tentava mudar de assunto.

— Ainda faltam uns vinte minutos. — disse. — Diga agora.

Ele suspirou.

— Uma assassina. — disse, quase como um sussurro. — Eu nunca achei grande coisa, mas digamos que ninguém gostava de você sendo assim.

— Uma assassina?

— É. — ele confirmou.

— Quem eu matei?

— Hã... — ele dizia. — Isso é longa história...

— Quem eu matei? — repeti a pergunta, em um tom mais autoritário.

Ele respirou fundo, virando o seu olhar para a TV principal da rodoviária. O noticiário falava de algum casal adolescente estúpido que eu não me interessava. A sua expressão mudou rapidamente.

— Oh não... — murmurou. — A mídia.

— O quê?

Ele me puxou pelo pulso com quase nenhuma força, e saiu correndo pela a rodoviária, como se fosse algum deficiente mental ou qualquer coisa assim. Eu não conseguia entender nada do que estava acontecendo aqui.

Eu odeio não saber do que está acontecendo.

Ele me levou para um local bem afastado da rodoviária. Eu só não me soltei porque eu só queria ver como diabos ele iria explicar isso. Tudo isso.

— O que está acontecendo? — perguntei. — Você é um maluco!

— Todos falam isso. — ele murmurou. — Também costumam a falar que eu tenho um probleminha do raiva e um pouco de falta de inteligência, mas Okay, eu sei que sou assim.

— Eu não quero saber disso. — disse. — O que aconteceu com você?

— Você não queria saber coisas sobre a “antiga” você? — ele perguntou e eu assenti. — Primeira coisa: você é uma celebridade e eu também.

— Como assim uma celebridade? — perguntei.

— Graças a Wright e Roux, o mundo pensa que estamos completamente apaixonados. — disse. — Ah, e desde da semana passada eles acham que você está grávida de três messes, então, eu estou salvando a sua vida de pessoas malucas e paparazzi’s que querem fotos nossas. — completou.

— Apaixonada por você? Grávida?

— Eu sei, isso é mais falso que uma pessoa dizendo que só começou a gostar de Two and a Half Man quando o Charlie Sheen saiu. — dizia Matthew. — Na verdade aquilo era um planinho idiota do Wright e da Roux para ver se melhoraram a nossa reputação. E deu certo. Mas o problema é que temos reputação até demais.

— Eles são malucos ou...

— Malucos não, apenas perturbados mentalmente. — respondeu Matthew. — E não queira saber dos planos de Roux para te manipular após a perda da memória.

Ponto de Vista do Narrador.

— Deveríamos fazer uma falsa caça aos seres no norte e depois no sul do país. — dizia Travis. — É uma boa ideia, não?

— Parece uma ótima ideia. — Helena sorriu gentilmente para Travis. — Mas eu acho que tem algumas falhas.

— Ok. — disse Travis. — O voo para a Inglaterra ainda vai demorar uma hora. Você deveria aproveitar para ver se tem falhas ou coisas sem sentido.

— Eu vou comprar alguma coisa para beber. — disse Helena. — Minha garganta está seca.

— Pode ir. — disse Travis.

Helena se levantou da cadeira e se afastou em passos rápidos de Travis.

Roux havia mandado ambos para a Inglaterra, ela queria falar com o pai de Helena e também queria que Helena e Travis fizessem uma espécie de “caça” a algumas criaturas sobrenaturais, e voltar aos Estados Unidos com uma população aproximada de criaturas sobrenaturais. Pra quê Roux queria isso? Helena não fazia a mínima ideia. Ela só estava fazendo o seu trabalho e obedecendo Roux.

— Hey, Helena. — ouviu uma voz familiar. — Você está apressada?

Ela viu Bennett Moore e evitou mostrar um sorriso.

— O que você faz aqui? — ela perguntou. — Desde do último incidente você desapareceu.

— Não exatamente. — o vampiro respondeu, com um sorriso estampado em seu rosto. — Eu estava procurando por você.

— Então você conseguiu, porque eu estou bem aqui na sua frente. — ela disse, fazendo toda a força do mundo para não sorrir.

Helena sentia uma coisa a mais pelo o vampiro, isso era um fato verdadeiro que ela não poderia negar ou esconder. Do mesmo jeito ele parecia sentir por ela, não que ela tivesse certa disso, mas ao menos parecia. No tempo que ficou com Big J na Austrália, desenvolvendo o plano e até treinando, Bennett foi um grande amigo para ela. Talvez grande amigo não fosse a palavra exata para descrevê-lo, mas era a única coisa não tão ruim que ela poderia descrevê-lo. Ela ouviu falar que Sam e Bennett tiveram alguma coisa há uns dois anos, mas ele sempre dizia que a dominadora de água foi apenas uma distração para ele, e quando Helena perguntava a Sam sobre Bennett, a australiana dizia que Bennett só era apenas um cara que ela pegou. Nada demais.

Talvez ele fosse uma das únicas coisas que prestavam nesse mundo sobrenatural.


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Notas finais do capítulo

WOWWOWOOWOWOWWOW ACABEI COM AS ESPERANÇAS DE UM PESSOAL AQUI QUE ACHA QUE A HELENA E O TRAVIS FAZEM UM CASAL AHSUAHSUHAUS I'm bad u.u 2bjs -q

Okay, agora finalmente vamos ter outras criaturas nessa fic que não sejam vampiros ou lobos. Teremos os metamorfos e os telepatas o/ E também com os telepatas vai ter toda aquela história do véu e dos "dois mundos" e talz... Mas não terá Satt u.u -q Mentira, terá Satt, ou não... OKAY PAREI '-'

Enfim pessoas, o que vocês acharam do capítulo? O que acham que vai acontecer? Tem algum erro de português ou eu repeti alguma palavra demais? DIGAM NOS COMENTÁRIOS =D



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