The Four Kingdoms escrita por starqueen


Capítulo 11
Capítulo 11 - Um mês.


Notas iniciais do capítulo

NOVO CAP, PESSOAS :D
Recebi uma recomendação aqui gente, EU ESTOU NO CHÃO PESSOAS, NO CHÃO AHSUAHUA Muito obrigada BruhSilva, este capítulo é dedicado a você ;)

Enfim, vamos logo ao capítulo o/
OBS: Por enquanto não teremos POVS da Sam. Eles vão voltar ou no capítulo 12 ou no 13.



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Ponto de Vista do Narrador.

Sam estava em uma das praias de Sydney.

A imagem estava um pouco embaçada e um pouco escura, mas naquela hora ela nem se importou muito. Parecia ter por volta dos seus sete anos de idade, e estava acompanhada do seu irmão mais velho e seu pai — estranhamente ela reconheceu eles, mesmo sem ver seus nomes e rostos. As coisas pareciam extremamente calmas e comuns, o que dava a Sam uma sensação terrível de nostalgia, por mais que nem se lembre que havia acontecido.

Seu pai, estava ensinando ao seu irmão como surfar, enquanto Sam estava na areia fazendo alguns castelos de areia. Ela não gostava muito disso, mas ao menos era uma coisa para fazer já que ela odiava praias e qualquer coisa do gênero.

Tudo parecia normal.

— Por que eu devo confiar em você? — uma voz masculina repetia-se em sua mente. — Eu sou o dominador de água e você é apenas uma inglesa estranha.

— Eu sou sua esposa agora, querendo ou não. — a voz feminina respondeu. — Eu lhe dei o meu sobrenome, casa e você é até considerado um homem livre e branco. Por que eu iria mentir para você?

Ela parou de construir o castelo e procurou de onde aquelas vozes vinham.

— Me desculpe, Mary. — ele disse com uma dificuldade, como se não soubesse o inglês muito bem. — É que todos aqui são muito estranhos.

Sam se levantou da areia e olhava ao seu redor de uma maneira meio nervosa, procurando quem falava aquilo. Ninguém parecia estar falando aquilo. As pessoas pareciam se divertir calmamente na praia, e ninguém estava perto dela naquela hora.

— Não tem problema. — ela parecia dizer gentilmente, mas para Sam aquilo soava como uma grande mentira. — Nós Watters temos muito a ver com você. O mar é o nosso sangue.

O mar é o nosso sangue...

A frase começou a repetir-se milhares de vezes na cabeça de Sam. Parecia estranho, e ela não conseguia compreender o porquê daquilo. Era como se alguém quisesse mostrar algo para ela, mas essa pessoa não estava em lugar nenhum.

Então, a frase se repetiu pela a última vez, e a garotinha ficou feliz com isso. Por algum motivo bizarro, no sonho ela pareceu ignorar aquilo e voltou a se sentar na areia da praia e construir o castelo, como se fosse algo extremamente normal isso acontecer.

Mas demoraram poucos segundos para algo realmente assustador acontecer.

A maré subiu muito em apenas alguns segundos, chegando bem próximo de Sam. A garotinha se levantou e ao invés de sair, ficou observando a água de uma maneira completamente doentia e incomum.

Assim que a água do mar alcançou os seus pés, ela deu um passo para trás, mas a maré continuava subindo cada vez mais rapidamente, voltando a alcançar seus pés de novo. Sam deu outro passo para trás e olhou para frente, vendo que não tinha mais ninguém se banhando nas águas da praia, incluindo o seu irmão e pai. Ela olhou para o redor e viu que todo mundo sumiu, e que estava completamente sozinha. Ela evitou entrar em pânico, e olhou para o redor, procurando seu pai e seu irmão.

E com essa distração, o mar lhe deu o seu único golpe final, a engolindo.

Sam sentiu o medo percorrendo pelo seu corpo, mas a imagem mudou.

Estava tudo escuro, e se sentiu como tivesse oito anos de idade de novo — mesmo que nem se lembrasse de ter oito anos de idade. Ela não conseguia se mover, mas no sonho parecia ter ignorado aquilo, como se fosse mais uma situação extremamente normal que acontecesse com as pessoas todos os santos dias.

— Ela não é a minha filha. — disse uma voz feminina e familiar. — Eu não quero mais criar esse monstro na minha casa, Zachary!

Sam sentiu uma sensação estranha no peito.

— Ela é a nossa... — dizia uma voz masculina, familiar também.

— Sua filha. — a mulher corrigiu. — Completamente sua.

— Você deveria ser melhor com ela. — dizia o homem. — Ela é apenas uma criança, Melinda, não entende? Ela não tem culpa.

A mulher se calou por alguns segundos.

— Ela não é o meu sangue. — disse a mulher. — E você sabe disso. — ela deu uma pausa. — Apenas entregue essa sua monstrinha para o governo americano e me deixe em paz.

Assim que ela falou isso, o sonho anterior voltou para Sam. Ela estava se afogando.

E ela acordou.

Sua respiração estava completamente desacelerada, e por alguns minutos, pensou que tinha se esquecido até como respirar. Ela suava muito, e a sua mente parecia que ia explodir naquele instante, como uma bomba atômica. Seu corpo estava um pouco cansado — o que era irônico, porque ela estava dormindo — e também suas pernas estavam dormentes. Seu coração estava acelerado também. Por alguma razão, aquelas coisas eram bem familiares, mas não ao ponto de ela finalmente se lembrar de alguma coisa que não fosse nomes de pessoas aleatórias ou frase inúteis que deveria ter ouvido.

Perder a memória é uma merda, pensou.

Havia se passado um mês desde que Sam perdeu a memória, e nada parecia melhorar. No início, ela achou que a memória iria voltar rapidinho, mas parecia que tudo que as pessoas faziam era inútil, já que nada voltava. Só nomes aleatórios ficavam repetindo-se na sua mente. Edward Lewis, Christopher, Melinda Davis, Zachary, Mary e uma tal de Blair. Fora o fato de que a sua memória era uma droga, os treinos eram terríveis. Ela mal conseguia dominar a água, e sempre que conseguia era uma coisa completamente descontrolada. Ao menos seus reflexos eram perfeitos — melhor que os dos outros dominadores, mas Sam preferia não se gabar — e ela até sabia manejar bem uma espada.

Outra coisa ruim de perder a memória é que ela estava praticamente fora de tudo. Toda a vez que ela conversava sempre tinha que fazer as mesmas perguntas tipo: “Quem é fulano?” “O que aconteceu?” e inúmeras coisas assim. Sentia-se como se fosse uma babaca débil mental. Por mais que Helena dissesse que Sam estava em todas as situações que contava, ela não se lembrava. Parecia que Helena estava mentindo ou manipulando a verdade.

Ela havia feito uma amizade com Helena e Travis, e algumas vezes falava com Matthew. O dominador de fogo parecia estar sempre nervoso toda a vez que falava com ela e até gaguejava algumas vezes, e agia meio estranho com ela.

A dominadora de água virou o seu olhar para o relógio. Eram 4:59 da manhã, o que significava que faltava apenas um minuto para os generais da Área 52 começarem a soprar suas trombetas e obriga-los a acordar. Ela virou seu olhar para Helena, que ainda estava dormindo calmamente sem ter nenhum pesadelo.

Não demorou muito para as trombetas começarem a tocar desafinadamente e bem alto, acordando Helena. Agora, o dia tinha oficialmente começado.

Helena se levantou da cama rapidamente e olhou para Sam de um jeito meio estranho.

— Você está bem? — Helena perguntou.

— Hã, sim. — Sam respondeu. — Completamente bem. — e deu o típico sorriso meio torto.

Helena evitou estranhar o fato de que Sam sorria. Antes dela perder a memória, os sorrisos eram raros, e quando aconteciam, era sempre de um modo completamente sarcástico e doentio, que daria medo em qualquer pessoa normal. Agora, ás vezes Sam dava meio um sorriso torto quando não sabia o que fazer — exatamente como o seu irmão Chris.

Helena achou que Sam mudou um pouco, mas não tanto quanto Matthew e Travis falavam. Sam continuava tendo o mesmo humor sarcástico, e pra Helena, Sam só era aquela garota meio maluca que tinha o humor sarcástico e sabia como matar alguém. Agora, Helena acha que ela é a garota azarada com humor sarcástico e que parece saber usar uma espada. Não mudou muita coisa.

— Ok. — Helena disse. — É que você está meio estranha.

— Estranha? Eu? — disse Sam. — Eu estou bem, completamente normal como todos os outros dias.

— Então porque não se levanta? — perguntou Helena.

Sam não queria responder que sentia todo o seu corpo dormente.

— Você sabe... — inventava uma desculpa. — Acordar de cedo é uma merda e eu estou morrendo de sono.

Helena fingiu que estava convencida.

— Certo. — disse Helena. — Não fique na cama por muito tempo se não Roux nos mata. Literalmente.

— Claro. — disse Sam. — Eu não sou muito preguiçosa pra isso.

[...]

Aaron respirou fundo.

Ele e Scarlett haviam reunido os quatro dominadores para falar da guerra. Roux e Wright planejavam atacar a base no oriente médio dos The Owners, sem falar que nesse último mês aconteceram muitas coisas. Os The Owners atacaram a Área 51 e tomaram conta dela, e os ataques dos vampiros de Hector começaram a ficar terrivelmente mais fortes. Era uma questão de tempo até que derrubassem a Área 52.

O problema é que os dominadores não pareciam estar nem aí para isso. Isso irritava Aaron. Daqui a alguns messes, caso piore, eles vão lutar e precisam estar preparados. Não conversando o tempo todo e fazendo besteiras. Travis parecia que nunca prestava atenção direito, Matthew quase nunca levava as coisas a sério, Helena parecia estar com medo o tempo todo e Sam perdeu a memória. Ótimo.

Sobre o assunto Sam Watters, Aaron já havia se cansado. Fazia já um mês desde que tudo isso aconteceu com ela e ninguém para de falar sobre isso. Toda a hora ficavam repetindo o maldito assunto e Wright parecia ter muito medo disso, enquanto Roux nem se importava.

— Dominadores. — Aaron tentou chamar a atenção dos quatro.

Helena parou de conversar com Matthew prestou atenção em Aaron, mas Sam e Travis continuavam conversando.

Então Aaron pigarreou, fazendo Travis e Sam pararem.

— Como eu estava dizendo... — falava o lobo. — Roux planeja atacar a base dos The Owners no oriente médio, já que derrubaram a Área 51.

— E daí? — perguntou Matthew. — O que eu tenho com isso?

Aaron tentou se acalmar e contou até dez.

— Talvez porque eu matei Ark Zero e agora vocês terão de matar Lewis e Hector Kitter para terminar isso. — ele respondeu secamente.

Os quatro se calaram.

O nome “Hector Kitter” causou um grande medo neles, especialmente em Sam. Mas o que chamou mais atenção foi o fato de que foi Aaron que matou Ark Zero.

— Espere... — falou Travis. — Você matou Ark Zero?

Aaron segurou um sorriso. Eles finalmente pareciam prestar atenção.

— Enquanto os quatro estavam na Área 51, Roux me mandou o projeto de matar Ark Zero. — disse Aaron. — Foi difícil, até porque eu nunca matei ninguém antes na minha vida mas eu preciso admitir que eu agi perfeitamente. Nenhum cara dos The Owners acha que fui eu que fiz aquilo. — ele virou seu olhar para Scarlett. — Scarlett me ajudou também. — ela sorriu para ele.

Matt murmurou um “Wow...”.

— É isso que queremos dizer. — disse Scarlett. — Do mesmo jeito que Aaron matou Ark Zero, vocês terão de matar Lewis e Hector Kitter. É o único jeito de evitarmos uma guerra em proporções mundiais.

— Mas a guerrinha de vocês já está em proporções mundiais. — disse Helena.

— Ela é sua também. — retrucou Scarlett.

Helena revirou os olhos.

— Então vocês estão aqui para nos encorajar a matar duas pessoas más? — perguntou Travis. — Eu não sou do tipo que mata.

— Nem eu. — disse Helena.

— Matar vilões? — disse Matthew. — Isso é heroico demais para mim. Talvez eu tope.

Sam não respondeu nada. Só continuou quieta.

— Eu não me importo com o que vocês acham. — dizia Aaron. — Quando vocês vão aceitar que são dominadores e precisam agir direito?

— Quando porcos listrados voarem. — Matthew respondeu com sarcasmo.

Scarlett revirou os olhos. Agora ela entendia perfeitamente porque Aaron não gostava nada de Matthew.

— Eu vou fazer porcos listrados voarem só para esfregar nessa sua cara de babaca que você precisa aceitar isso, dominador de fogo. — disse Aaron. — Vocês são propriedade do governo americano e precisam parar essa revolução de Kitter e Lewis.

— Matando pessoas? — disse Travis. — Não mesmo.

— Matando duas pessoas más. — corrigiu Aaron.

— Você é mau também, lobo solitário. — Matthew respondeu, em um tom de voz para irritar Aaron. — Por mais que eu odeie Lewis e Hector Kitter, precisamos admitir que todos têm um lado mau. Inclusive você.

Aaron pensou em uma boa resposta.

— Então você acredita que Hitler tinha um lado bom? — disse Aaron. — E quanto a Bin Laden?

Matthew se calou.

— Querem saber? — disse Aaron. — Podem voltar aos seus treinos estúpidos. Mas saibam que terão de matar Lewis e Hector Kitter, querendo ou não.

E sem nenhuma resposta, os dominadores saíram da sala, em puro silêncio.

— Você foi do jeito errado com eles. — dizia Scarlett. — Eles são adolescentes, cinzento, não entendem muita coisa do que acontece.

— Pare de me chamar disso. Eu não tenho mais cinco anos. — respondeu Aaron, meio mal humorado.

— O que aconteceu com você? — perguntou Scarlett. — Você esteve andando muito estressado nos últimos dois messes.

— Eu estou bem. — mentiu Aaron. — Só estou levando as coisas a sério.

— As coisas não estão tão ruins quanto você pensa, cinzento. — disse Scarlett. — Ainda temos um bom e poderoso exército. É óbvio que vamos ganhar a guerra com ou sem dominadores.

— Não vamos, e você sabe muito bem disso. — ele disse. — Você não vê o quão forte eles são? Kitter conseguiu roubar a memória de Sam com apenas uma mordida, perdemos a Área 51, alguns humanos estão contra nós e eles estão em maior quantidade pela a primeira vez na história. — ele deu uma pausa. — Nós não vamos nos salvar se continuarmos assim.

— Tudo vai ficar bem. — disse Scarlett. — Sempre fica.

— Eu invejo o seu pensamento positivo, Scar. — disse Aaron. — Mas não vai.

Scarlett não respondeu nada, apenas aproximou-se lentamente e beijou Aaron.


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Notas finais do capítulo

WOWOOWOWOWOW PESSOAS, PODEM IR CHORANDO AÊ, O INCESTO É COM A SCARLETT E O AARON AHSUAHSUASHUAS Mentira, ainda tem chances de ser com o Chris e a Sam, então podem voltar a ter uma esperança e.e

Esse capítulo foi meio ZZzzZZZzz eu sei, mas é necessário para as tretas futuras e uma caralhada de coisa que eu tenho que desenvolver nessa fic (Helena, Travis, Satt, Jeff, Kristen, os lobos, os vampiros... Tsc, tsc) E também teremos futuramente uma POLÊMICA sobre os pais da Sam. Então preparem-se aí u.u

Enfim, comentem o que acharam do capítulo e até o próximo o/



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