Take me Back escrita por Sky Hope


Capítulo 2
Capítulo 1 - New Life


Notas iniciais do capítulo

Gente, como o prólogo ficou muito pequeno, eu decidi postar o primeiro capítulo junto.
Bem, eu gostei de escrever esse. Não sou boa em cenas de ação mas... gostei mesmo assim rsrs
Pf comentem, comentem, comentem!
Podem falar mal, bem, o que quiserem!!!
Nos vemos nas notas finais ;)
Boa leitura!



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Dois meses depois...
Acordei com meu enorme pastor-alemão lambendo de uma maneira nada sutil meu rosto. Algumas pessoas têm despertadores, outras acordam automaticamente cedo todas as manhãs e eu tinha o meu cachorro barulhento e babão Kota. Ele era um ótimo despertador, pois sua alegria era contagiante, mesmo as sete da manhã. Mas era uma pena ele não saber a diferença entre um sábado e uma segunda-feira.
Ainda relutante em levantar, afaguei Kota, antes que ele me afogasse em baba, mostrando que ele tinha vencido e que eu iria sair da cama. Quando ele desceu e saiu correndo para a cozinha, me virei para o lado para um cochilo de cinco minutos.
Mas um monte de lembranças invadiram minha mente e o cochilo não veio. Lembrei-me da noite em que ganhei Kota e de como fiquei chateada quando ele correu direto para minha mãe quando saiu da caixa de presente toda furadinha de onde o tirei. Era um fato, todos os animais amavam minha mãe. E ela os amava também, todos eles, chegava a ser um exagero.
Lembrei-me da vez em que papai matou uma barata enorme, nojenta e assustadora na frente dela e de como seus olhos de encheram de lágrimas por um instante.
“Que culpa ela tem de ser uma barata e de se alimentar de restos? Ela não merece morrer por isso”, é o que ela dizia e que sempre arrancava risadas minhas e do papai.
Mas hoje, não consegui mais ver graça nisso. Era até uma ironia. Mamãe, aquela mulher que chorava com a morte de uma barata, também não merecia morrer. Dentre todas as pessoas no universo, era a que menos merecia morrer de uma maneira tão estúpida como ser atropelada por um bêbado irresponsável. Mas mesmo assim, ela morreu. Hoje, tanto a morte das baratas como a dela são ignoradas pelas pessoas a minha volta.
Suspirei. Eu tinha que parar com isso.
Joguei as cobertas para o lado, me levantei e abri a janela, deixando o ar da manhã me envolver. Respirei fundo e soltei o ar devagar. Mais um dia estava começando. Mas um dia sem eles.
...........................................................//

Conferi o relógio mais uma vez. Já eram quase oito da manhã e nada do meu pai dar as caras. Perfeito. Teria que aturar aqueles Italianos ridículos que aguardavam na sala de espera sozinho.
Comecei a trabalhar como aprendiz na empresa do meu pai na semana passada, contra minha vontade claro. Era uma punição por ter se envolvido numa briga na escola. Patético. O meu pai sabia que meu lugar não é atrás de um computador, fazendo planílias e participando de reuniões com pessoas que sequer falam minha língua. Isso quando eu não passava horas naquela maldita sala da copiadora.
Eu só tinha quinze anos porra! Qual garoto de quinze anos não se envolve numa briga na escola? "A maioria deles não quebra o nariz do garoto com quem estava brigando Damon!" dissera meu pai diante dessa minha frase. Bem, aquele garoto era um babaca, assim como o meu pai.
E o Doutor Giuseppe? Tava na cara que não queria nem saber. Nem o fato de eu ter quase matado um garoto na escola ( Tá legal, eu reconheço! Foi errado), era o bastante para ele passar mais de dois minutos falando comigo. Viajava muito "a trabalho", mas eu sabia que ele estava apenas fugindo. Meu pai não faz o tipo responsável, odiava a vida num escritório tanto quanto eu e deixava a empresa na mão de sócios. O mesmo acontecia comigo. Fui criado por babás, ele não esteve presente nem em um terço da minha vida.
Suspirei e peguei o telefone para informar a secretária que poderia mandar os clientes subirem. Naquele prédio havia muitas delas, mas quem informava os clientes mais importantes que o chefe se atrasara para a reunião era eu, e não são poucas vezes que isso acontece. Típico. Mas quando estava prestes a tirar o aparelho do gancho, um sujeito alto e moreno entrou na minha sala com uma cara não muito feliz. Parecia muito desesperado, na verdade.
– Jesse! Como vai meu segurança favorito?
Acho que esqueci de mencionar que além das babás, eu também tive seguranças. Bati o pé quanto a isso muitas vezes, mas meu pai faz questão que eu ande acompanhado por pelo menos um desses armários. Jesse era de longe o mais suportável de todos os que eu já tive. Ele não me dedurava quando eu saía no meio da noite escondido para alguma festa nem quando eu tentava fugir dele.
– É uma emergência senhor. Tenho ordens para tirá-lo daqui o mais rápido possível.
Dei uma risada. Aquilo era uma pegadinha, certo? Se eu saísse dali agora, no meio do expediente, com fazedores de pizza muito bravos esperando pelo meu pai lá fora, provavelmente ficaria sem mesada por um ano.
– Olha só cara, por mais que eu queira muito sair daqui agora, não vai rolar tudo bem? O velho me mataria, você sabe.
– Desculpe, senhor – respondeu Jesse, resmungando algo num dispositivo de comunicação preso em seu terno escuro. Parecia não estar achando graça - Mas você precisa vir comigo. Agora.
– Olha cara, agora não vai ser poss...
Mas não consegui terminar. Em um movimento impressionantemente rápido me pegou pelo colarinho e me arrastou porta afora. Pensei em lutar com ele, mas estava curioso, o segurança nunca agira daquela forma antes. E eu estava ciente que não tinha chance de vencer aquela briga.
– Ei! Tudo bem, tudo bem! Eu vou com você. Mas pode me dizer o que está pegando?
Jesse me largou abruptamente, quase me fazendo cair. Atravessou a sala com passos largos e abriu a porta com violência. Depois me lançou um olhar não muito amigável. Algo me dizia que ele não iria responder minha pergunta. Teria que descobrir por mim mesmo o que diabos estava acontecendo, então peguei minha jaqueta e o segui.
Ou pelo menos tentei. Aquele cara realmente tinha pernas muito grandes, eu praticamente precisei correr para acompanhá-lo. E claro que Jesse não estava com paciência para esperar o elevador. Me arrastou por quatro lances de escada em uma velocidade impressionante. Quando finalmente chegamos na portaria, não sentia mais as pernas e meus pulmões ardiam, protestando continuar a trabalhar naquela rapidez.
Com muita dificuldade, segui Jesse até o meu carro, um sedã preto, onde o motorista, Tyler, já esperava por nós. Ele também parecia muito precupado, olhava pelo espelho retrovisor nervosamente. Ao nos ver acomodados no banco de trás, pisou fundo no acelerador, me fazendo bater as costas violentamente contra o banco de couro.
– Mas que merda é es...
Fui interrompido por um barulho ensurdecedor. Carter passou o cinto em volta do meu corpo bem a tempo de algo bater no carro e fazer o motorista pisar no freio tão violentamente quanto havia pisado no acelerador momentos antes. O carro girou fazendo um barulho terrível e bateu em um poste. Bati minha cabeça com força no vidro, abrindo um talho no local. Me surpreendi por não ter desmaiado.
Apesar da dor e a tontura, abri os olhos devagar e enxerguei o caos. A primeira palavra que passou pela minha cabeça foi "terrorismo". O prédio do qual eu acabara de ser arrastado estava em chamas, havia muitos pedaços de cimento espalhados pela rua e muita poeira. No meio disto tudo, vi que dois homens corriam na nossa direção com olhares assassinos.
Então finalmente entendi que ficar sem mesada não era o maior dos meus problemas. Aquilo não era uma piada tampouco.
Eu estava completo e verdadeiramente ferrado.


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Notas finais do capítulo

Então... Eu tava querendo umas músicas novas! Quem conhecer alguma... qualquer tipo! Tenho um gosto muito variado rsrs comentem ai!
Espero que tenham gostado!
xoxo
Sky Hope