Death Note: Os Sucessores - Caso Especial escrita por Nael


Capítulo 2
Parte 2: Largada - Que o jogo comece


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta.
Bem, quando eu comecei a escrever essa história ela devia ser publicada junto com a outra fic então seriam capítulos maiores e por conta disso não a fiz com finais planejados que engajariam o outro capítulo.
Então ficou meio grande e deve seguir esse ritmo de palavras. =D



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Condomínio Aoba, 00:43

O Toyota Vitz cinza parou na portaria do prédio. Faye saltou do banco do passageiro e Ayato abriu a porta traseira ajudando Inori.

— Precisa de mais alguma coisa? – perguntou Faye que parecia exausta. Seus cabelos repicados que ela pintava de vermelho cobreado um pouco acima dos ombros estava um tanto despenteado. Os olhos que não se sabia se eram verdes, azuis ou cinzas pareciam preocupados. E sua pele estava mais branca que o normal. – Se quiser eu posso te fazer alguma coisa...

— Estou bem. A carona foi o suficiente. Obrigada. – e começou a subir os degraus da escada. Foi quando Ayato trancou o carro apertando o botão no controle e seguiu ela. – Mas o que...

— Vou subir com você. – falou simplesmente. Inori não tinha levado muitas pessoas até sua casa principalmente rapazes.

— Não precisa.

— Eu não perguntei isso. – o porteiro destravou o portão e ele empurrou dando passagem pra garota. – Não vou embora enquanto não der uma olhada no seu apartamento e me certificar de que está bem.

Em uma situação normal Ayato estaria bancando o malandro provocador e galanteador e ela com toda certeza não deixaria ele dar nem mais um passo. Mas sua expressão agora era séria, sem nenhum traço de brincadeira ou piadas. Ela abriu a boca para tentar reverter à situação, mas rapidamente Faye se juntou ao ex.

— Isso mesmo. Não vamos sair daqui até fazer isso. – ela olhou de um para o outro.

Sem alternativa ela os levou até o bloco C, subiram de elevador até o 3º andar e entraram no apartamento 32. Ayato verificou as janelas, fechaduras e cada cômodo do pequeno lugar. Depois se juntou a Faye e Inori que tomavam chá na cozinha.

— Você viu o criminoso, devia estar sobre proteção policial. Não acredito que a mandaram de volta pra casa. – ele se sentou numa das cadeiras e apoiou um cotovelo na bancada. Ali não havia mesa.

— Eu disse que vi alguém jogar o saco no lago, mas estava todo coberto. Não fui útil de maneira nenhuma. Nem consegui medir a altura dele ou descrever o carro direito. Seja quem for não tem motivos pra vim atrás de mim. Acabou que não vi nada para incriminar ninguém.

— Ainda sim pode ser arriscado. Tem certeza de que vai ficar bem aqui sozinha?

— Ayato-kun se você se disponibilizar para ficar mais uma vez aqui em casa eu vou chamar a policia é pra você. – ela respondeu e Faye riu se engasgando com o chá.

— Haha. Toma. – ela que estava ao lado dele lhe deu um soco no ombro. – Parece que está melhor do que nunca, mas se o caso for esse eu posso ficar também. Meus pais nem se importariam.

— Não precisam fazer isso. Dá pra ver que estão cansados depois do interrogatório. Vou ficar bem. Tenho a Hime comigo. – Faye fechou a cara.

— Vai nos trocar pela Hime? Sério?

— Ela tão amiga minha quanto vocês. – Ou mais, pensou Inori já que conhecia os dois tinha apenas um ano e meio.

— Cara, na moral. – Ayato se levantou ajeitando a blusa que havia recebido na delegacia já que a sua estava encharcada. – Eu suporto muitos foras, Faye está aí de prova, mas ser trocado por uma cacatua é demais até pra mim. – ele voltou a ser o brincalhão inconveniente e Inori começou a se arrepender de tê-lo levado até sua casa. – Que seja então. Espero que Hime manje dos kung fu caso alguém entre aqui. Vamos Faye, fomos mais do que dispensados.

— Ai que drama. – a ruiva suspirou. – Inori qualquer coisa ligue pra gente. Atendemos a qualquer hora.

— Sendo assim ligue de preferência pra Senpai. Eu gosto de uma boa noite de sono. Afinal faltam só três dias para voltar às aulas.

Faye começou a atacar ele com tapas.

— Seu insensível! Tomara que tenha pesadelos.

— Credo. Não quero sonhar com você. Seria demais para o meu nível de assustador. – Inori riu e eles se voltaram pra ela. – Nos vemos amanhã então. Quer que passe pra te levar de volta a delegacia?

— Seria ótimo. Obrigado.

— Então me ligue quando estiver pronta. – ela os acompanhou até a porta. – Tudo bem que é uma delegacia, mas poderei me gabar dizendo que sai com você ao menos uma vez. – ele piscou um olho.

— Você não tem jeito mesmo Ayato-kun.

Se despediram e ela trancou a porta e lacrou a trinca mais acima. Foi até a varanda onde estava Hime, sua cacatua branca com penacho amarelo que subiu no seu ombro assim que a viu e mordiscou sua orelha.

— Eu sei, eu sei. Está morrendo de fome. – ela foi até o armário da cozinha e tirou a mistura nutritiva que costuma dar a ela. Vendo a impaciência do animal cortou um pedaço da maçã da fruteira.

Voltou a varanda até o poleirinho e casinha de pássaro da ave e preparou sua comida no pote indicado. O bicho voou e começou a devorar tudo rapidamente enquanto Inori acariciava seu penacho.

Havia uma grade de proteção nas janelas e uma cerca de arame na varanda que só tinha um parapeito, mas Hime tinha aprendido como abrir a trava e puxar a estrutura metálica um tanto fraca para sair.

E mesmo quando saía voava apenas em volta do condomínio ela sempre retornava. Era a única companhia de Inori naquela lugar já que seus pais moravam em outra cidade no interior e ela tinha se mudado para estudar.

Tomou um banho rápido e se jogou na cama de casal colocando o celular para despertar. Tinha que comparecer na delegacia no dia seguinte para dar mais informações sobre o acontecido. Por mais que quisesse esquecer aquele assunto ainda voltaria várias vezes para atormentá-la.

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Centro de Tóquio, em algum hotel

31 de Agosto às 03:47

O rapaz de 16 anos, 1,70 de altura cabelos um tanto cumpridos e escuros com franja grande estava sentado numa cadeira giratória com rodas digitando freneticamente no notebook. Tinha os olhos heterocromos concentrados e olheiras fortes.

Um barulho começou a tocar e ele olhou para o lado no visor do telefone. Tsk! Logo agora. Ele parou o que estava fazendo e atendeu.

— Estou no meio de um jogo, seja breve. – falou. – Ah! Isso eu já fiz a muito tempo. – ele empurrou a cadeira de rodinhas até outra mesa onde havia outro notebook. – Esse sistema de segurança da policia é uma piada... Ou eu sou bom demais. – o rapaz se gabou sorridente, mas logo fechou a cara. – Eu sei, eu sei, tá. O que quer agora? – Ele parou para ouvir e saltou na cadeira.

— O que? Não pode tá falando serio. – outra pausa. – Olha só você disse que queria que eu encontrasse todos os dados referente a Inori Saito não mencionou nada sobre me aproximar dela muito menos matá-la. Sabe que socializar não é comigo. Faça isso você mesmo. – do outro lado a pessoa demonstrava calma. – Então contrate outra pessoa para fazer isso, eu não vou.... – ele se calou. – Quanto? – a voz repetiu a oferta e ele começou a passar as mãos no cabelo. – Arg! Tá bom eu faço isso.

Desligou o aparelho irritado, revirou os olhos e digitou algo rapidamente no computador. Em seguida voltou para seu jogo. No visor do notebook era possível ver um vídeo onde a imagem se resumia a um fundo branco e a letra L no centro na fonte Old English. Abaixo um programa captava a frequência e os padrões de fala durante um comunicado do Detetive L.

Maxiez colocou os pés sobre a mesa e estalou os dedos depois de cumprir mais uma missão do seu GTA. Olhou para o notebook onde o processo já estava na metade.

L... Porra, se ele descobrir a verdade por trás desses assassinatos eu também tô morto.— ele cerrou as sobrancelhas. – Quanta ironia, fugir e enganar um Detetive para perseguir um assassino mutante a serviço de criminosos.— ele sorriu de canto. – Só eu pra me meter numa merda dessa.

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P.O.V Inori Saito

Os últimos dias das férias voaram. Dei mais dois depoimentos à polícia, mas acho que eles logos concluíram que eu teria tanta utilidade quanto um carro sem motor.

O dia 3 de setembro tinha tudo para ser só mais uma segunda-feira, mas os acontecimentos de quatro dias atrás não seriam esquecidos logo. Não se falavam de outra coisa. Pelo menos ninguém sabia que eu tinha visto o suspeito além de Ayato e Faye então nem se deram ao trabalho de fazer muitas perguntas visto que eu estava um tanto longe da cena quando acharam a garota.

Por causa dos noticiários e da policia eu descobri que ela se chamava Izume Nakajime, tinha 15 anos e morava com os pais e avós no bairro Satagaya, um dos mais populosos de Tóquio. O que mais me assustou é que ela tinha entrado naquela ano no mesmo colégio que eu frequentei durante a Escola Média e agora cursava o Nível Superior. Já estava no 2 ano de Turismo e esperava que aquela manhã passe como tantas outras apesar das varias perguntas que até os alunos do Fundamental fizeram pra gente nos intervalos.

Não podia estar mais enganada.

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Universidade Keio, Minato, Tóquio

Classe de Marketing em Turismo

03 de Setembro de 2029

12:27

Inori estava sentada rabiscando o caderno distraída durante a aula pesando em como estava faminta e onde iria almoçar. Ayato estava algumas fileiras abaixo e ao contrario do esperado estava um tanto concentrado no discurso do professor. Seu celular vibrou e ela pegou o aparelho.

O numero no visor aparecia apenas como CONFIDENCIAL e ela optou por não atender. Primeiro porque não era do seu feitio violar o regimento e atrapalhar a aula atendo chamadas e segundo porque não falaria com quem nem se dignava a mostrar o numero.

Usava um vestido estampado com um colete jeans e sapatilha. Colocou o aparelho no bolso do colete e tentou prestar atenção nas palavras do professor. Novamente sentiu o celular vibrar e constatou que era o mesmo CONFIDENCIAL.

Impaciente colocou dentro do estojo e esperou pacientemente sem se preocupar até o final da aula.

— Vou com uns colegas almoçar. Quer vim junto? – Ayato praticamente gritou.

— Onde vão almoçar? – Inori guardava suas coisas na pasta de couro.

— No centro, acho que em alguma praça de alimentação de algum shopping. Topa? Posso te dar carona.

— Ah! Acho que vou passar.

— Se tá com medo falo pra Faye ir no carro com a gente. – ele brincou e fez a garota rir

— Isso deveria me reconfortar? Porque só piorou a situação. – ela disse descendo os degraus rumo a porta.

— Você é quem sabe. Só acho que desde o incidente você não tem se enturmado muito. Não que sua vida social seja boa, você é muito nerd... – Ayato sorriu vendo o olhar de indignação dela. – Ora, é a verdade. Se eu não fosse generoso e te deixasse andar comigo seria jogada dentro da caçamba de lixo.

— E eu achando que estava na faculdade. – eles seguiam pelo corredor cheio de gente.

— Nunca se sabe. E você também não é de se jogar fora.

— Nossa... Obrigada pelo grande elogio. Você sabe como derreter o coração de uma garota. – os dois riram.

— Bom te ver melhor. Nos vemos na palestra mais tarde, então. – eles se preparavam para tomar corredores diferentes quando Inori bateu a palma da mão na testa.

— Claro. Que bom que me lembrou. Assim eu coloco o celular para despertar e... – ela tateou os bolsos do colete e da pasta em busca do aparelho. – Essa não. Acho que esqueci o celular na sala. – e disparou a correr pelo corredor.

— Rápido antes que o sensei tranque a sala ou o confisque. – ela ouviu a voz dele a distancia.

Entrou de volta na sala, até o local onde estava sentada. E encontrou o estojo caído debaixo da mesa. Se abaixou e começou a juntar os objetos quando viu o visor acender e o aparelho vibrar de novo. Contatou que havia 15 chamada perdidas do mesmo numero confidencial e que agora chegará uma mensagem de texto.

Ela abriu a SMS e viu que o remetente era o mesmo das ligações. A mensagem estava em francês.

Inori Saito votre vie est en danger

— Inore Saito sua vida está em risco. – ela leu, mas o que mais a espantou foi a pessoa saber que ela falava francês fluentemente. – O que... O que isso?... – ela ouviu uma batida forte.

Se levantou um pouco, olhando por cima da mesa que a porta tinha sido fechada. Um vulto passou rápido e ela se abaixou de novo se escondendo enquanto ouvia os passos subir a escada.

Naquela universidade as cadeiras e mesmas lembravam a de refeitórios. Grandes, de madeiras e seguiam continuas dos degraus da escada à esquerda até a direita. Inori viu que os passos subiam a escada pela direita e ficando debaixo da mesa seguiu a direção oposta depois de guardar todas as coisas na pasta.

Assim que viu as escadas ainda abaixada saiu de baixo da mesa, mas continuou se escondendo pela lateral. Mesmo se a pessoa olhasse debaixo do móvel não veria ninguém e como estava do outro lado da sala não saberia que ela estava ali. Os passos continuaram subindo e Inori se pôs a descer.

Em determinado trecho ela percebeu que os passos desciam também e ficou em pânico. Começou a pensar que o homem daquela noite a tinha visto e agora, com medo de ser preso, ia eliminar a testemunha sem saber que ela não tinha conseguido ver nada. Estou ferrada, estou morta.

Viu a porta, mas para isso teria que correr na direção contraria e a pessoa certamente a viria. A chave continuava lá, então mesmo se estivesse trancada ela poderia sair facilmente. O silêncio pairou na sala e ela apurou os ouvidos. Nada. Resolveu arriscar.

Se levantou e correu na direção da porta, mas no caminho um borrão escuro apareceu. Ela se chocou contra um homem de cabelos castanhos bem cortado.

— Opa. Cuidado. Vai se machucar assim.

— Des-Desculpa. Eu não te vi aí. Estava de saída.

— Tudo bem. Eu que não te vi aí. Porque estava se escondendo?

— Eu me escondendo? Ah! Não. Estava apenas pegando umas coisas que deixei cair no chão, logo ali. – ela balançou o estojo na frente dele. – Bom, vou indo então. – ela fez menção de ir ate a porta, mas o homem a segurou pelo braço.

— Eu acabei de me mudar para cá. Poderia me ajudar? Não conheço nada dessa cidade nem da universidade.

— Tenho certeza que o pessoal do comitê de boas vindas vai adorar mostrar cada detalhe pra você. – ela falou firme puxando o braço. – E não tem erro. É só seguir pelo corredor à direta e acha eles.

Ela falou no seu tom mais serio e ameaçador possível e foi até a porta deixando o homem para trás, mas quando estava prestes a tocar na maçaneta essa girou. Uma mulher abriu a porta e entro trancando-a atrás de si. Tinha roupas sociais, cabelo loiros e franja reta.

— Por que a pressa? – ela começou rindo de canto.

— Está na hora do almoço, se me dá licença... – ela tentou tocar a maçaneta novamente, mas a mulher segurou seu pulso fazendo-a girar até prendê-la pelos pulsos de costas.

— É o seguinte garotinha. – o homem voltou a se aproximar com os olhos cerrados. – Você estava no Parque Yoyogi no dia 30 de agosto, certo? Conte-nos o que aconteceu lá.

— Uma garota foi encontrada morta.

— E o que mais? O que mais você viu?

— Um monte de adolescente vomitando por terem enchido a cara e verem um corpo. – o homem a fuzilou com o olhar.

— Olha só queridinha se você não colaborar eu usarei os métodos que forem necessários para que abra a boca. – naquele momento Inori lamentou não ter aceitado o convite de Ayato, mas também sentiu um breve alívio. Se as pessoas estavam querendo saber o que, ou melhor, quem ela viu significava que aqueles não eram os responsáveis. Porém não pareciam menos perigosos.

— Não sei do que está falando. Uma garota foi assassinada e isso é tudo.

— Ela não vai ser a única se não começar a falar. – a mulher apertou um pouco mais seu pulso e ela reagiu.

Amante de lutas e tendo praticado Jiu Jitsu por alguns anos ela deu um chute na barriga da mulher e conseguiu se soltar. A loira revidou com um soco, mas ela se abaixou e ficou atrás dela acertando-a perto da panturrilha fazendo-a cair ajoelhada com o impacto em seguia a jogou na direção do homem que vinha furioso.

Sem saber de onde arrumou tanta força ela girou a chave e saiu pelo corredor. A chave da porta, pelo lado de dentro não podia ser tirada então ela não tinha como trancá-los lá. O lugar já estava vazio e ela resolveu correr até a administração, três andares abaixo onde encontraria alguém e principalmente um segurança.

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Enquanto isso...

Hospital Tokyo Metropolitan Hirro

Annie Tabolt que agora atendia pelo nome de Amanda Mizuho estava na ala da maternidade. Aquela não era sua principal área de atuação, mas como foi um pedido especial ela foi uma das que ajudou no parto de uma das medicas.

Se dirigiu então de volta ao laboratório onde ajudava com os exames a equipe medica responsável por investigar a causa dos sintomas que três crianças sem nenhum vinculo apresentavam em comum. Desde criança sempre foi ótima em química e biologia e só não fez medicina por conta dos anos de estudo que teria que passar. Enfermagem seria menos tempo já que ela pode cortar matérias por ter um curso anterior.

Uma das moças da recepção então entrou e lhe informou sobre um telefonema de seus irmãos. Ela desceu os andares e atendeu em meio a confusão e o vai e vem de pessoas e médicos.

— Alô?

— Como ele faz? – a voz feminina perguntou.

— O que? – ela reconheceu a voz em inglês e começou a sussurrar. – Sophie?

— Sim, como ele faz?

— Mas o que... Eu tô trabalhando.

— Eu sei, mas preciso que você me diga o que acha. Afinal, como L esse é meu primeiro grande caso. – Annie suspirou.

— Não faço ideia. É impossível. E falando nisso, pare de me mandar arquivos da investigação. Se alguém ver você é que estará encrencada.

— Na verdade o seus irmãos, já que qualquer um os usaria para chegar até você para que revelasse algo sobre o Detetive L. – ela ouviu o amassar de alguma embalagem, Sophie como sempre estava calma e comendo alguma coisa. – Agora, você disse que é impossível. Mas ele é um alquimista e os corpos das vitimas estão aí para provar.

— Tá bom escuta, esse tipo de coisa, alquimistas não existe. Ele teria que transmutar as garotas.

— Hum... Então você leu os relatórios e viu as fotos afinal? Aliás aposto que pesquisou sobre isso desde a primeira morte.

— Ah, e daí? Um cara se declarando alquimista... Eu tinha que espiar.

— E o que tem a dizer?

— Pra começar alquimia é impossível. É algo que não existe, não da maneira filosófica e que ele quer que todos pensem.

— E quanto aos corpos transmutados? Isso é incontestável.

— Eu sei, mas não acredito nisso.

— Que irônico, depois de presenciar um caderno que pode matar alguém só se escrevendo nele você ainda acha que tais coisas são impossíveis?

— Acontece que se o caso for esse alquimia é uma ciência e não magia. Ela estuda a matéria, é a mãe da química. Ela acredita que ao se manter a massa de um objeto você pode fazer com que ele se torne outro. O que em parte é verdade. Se você derreter uma pepita de ouro você vai consegui formar um anel proporcional a quantidade de ouro. Entretanto a alquimia vai, além disso, ela diz que você pode dar a forma e estrutura que quiser assim como alterar sua composição original.

— Composição original...

— Sim, como por exemplo, extrair metal e ferro do solo ao mesmo tempo que dá a forma de uma faca a ele. E para isso bastava criar uma equação de energia e obedecer a lei de conservação das massas.

— O circulo de transmutação.

— Isso, se você oferecer 1Kg de pedra pode obter 1Kg de ferro e moldá-lo como quiser. Isso é alquimia, a lei da troca exata. Só que círculos de transmutação não funcionam, supondo-se que isso seja verdade o ser humano não adquiriu capacidade de usá-lo.

— Entendo. Então voltamos ao começo. Como ele faz? Com ele transforma órgãos e tecidos? De acordo com as regras da alquimia ele não está fazendo uma troca justa.

— Ora essa, você é o detetive. – ela sorriu de canto. – Me diga você.

— Direi com toda certeza. Gostaria de descobrir junto comigo?

— Dispenso. Passar bem Sophie.

— Sendo assim se eu acabar encontrando a pedra filosofal ela será somente minha. – ela ouviu a garota rir uma última vez antes de desligar.

Pedra filosofal, é? Alquimia... Será que... Bom o Death Note é real, Near nos provou isso, mas... Quais as chances? Quais as chances de ser um verdadeiro alquimista? Se for como ele conseguiu essa capacidade? Será que a humanidade evoluiu tanto assim? E mais uma coisa, por que matar essas garotas? – Annie ficou parada na recepção com os braços cruzados pensando. – Argh! Mas que droga L!

 


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Notas finais do capítulo

Bom como eu disse capítulo grande, mas acho que valeu a pena. O que estão achando?

Mais uma vez todos os locais apontados existem de fato e eu pretendo manter isso para ficar mais realista. =D

Pra quem ainda não entendeu muito sobre alquimia tenha calma que será melhor explicado mais a frente.



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