The New Caribbean - New Pirates on Seven Seas escrita por Black


Capítulo 9
Capítulo 8: À Bordo de um Navio Pirata


Notas iniciais do capítulo

People, tive realmente muita sorte em poder postar hoje. Resolvi vir alegrá-los após a derrota vergonhosa do Brasil.
Enfim, espero que gostem e boa leitura!



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Já estavam distantes de Arendelle e Anna ainda não havia saído de sua posição. Continuava imóvel no convés do navio, fitando a direção em que seu reino estava, ignorando os piratas que passavam de um lado para o outro, alguns pedindo para que ela entrasse em uma cabine até.

– Ruiva, vai ficar aí parada para sempre? – O loiro de olhos castanhos que ela ouvira os outros chamarem de Kristoff se aproximou dela, encostando-se à parede próxima à porta que levava à cabine das capitãs.

Ela só então pareceu acordar de seu transe e o fuzilou com os olhos, começando a caminhar para longe dele. Em vão, pois o loiro a seguiu.

– Parece irritada. – Ele brincou, divertindo-se à custa da ruiva.

– Estou sendo sequestrada por piratas. Como acha que eu deveria estar? – Ela tentou mostrar-se firme, mas não conseguia olhá-lo, pois sabia que deixaria toda sua tristeza e saudade transparecerem, e isso era tudo o que ela não precisava.

– Ei, ei. Calma. – Ele pediu, assumindo um ar mais compreensivo e sério. – Não é como se fosse estritamente minha culpa você estar aqui. Não sei o que as Capitãs viram em você, até porque detestam ter mais gente aqui do que é necessário para tripular o navio, mas você deveria estar grata por não ter sido morta. – Finalizou com uma expressão mais dura, analisando a ruiva com seriedade, tentando descobrir o que ela poderia ter de tão especial para Elsa e Elena a quererem ali.

Anna pareceu estancar com aquilo. Segurou-se às bordas do navio como que para se sustentar. Parecia estar tendo alguma dificuldade para respirar, uma maior do que a que já vinha apresentando desde que embarcara.

– Tudo bem, ruivinha? – O loiro se aproximou dela, subitamente preocupado ao ver o estado em que ela se encontrava.

– Eu... Só... – Ela parecia não ter fôlego o suficiente para falar uma frase inteira de uma vez só. Estava com falta de ar. Já não conseguia respirar direito por consequência do espartilho e a ansiedade só estava piorando.

De repente, a ruiva simplesmente desabou e, por estar próxima demais da borda, caiu no mar, chocando Kristoff, que ficou atônito em seu lugar quando os demais tripulantes se aproximaram.

Todos se amontoaram, procurando pela ruiva que desaparecera por entre as águas negras como a noite.

– Mas o que é que está havendo aqui? – Ouviram a voz de Elena e subitamente sentiram um frio em suas espinhas, afinal, se elas haviam mantido Anna ali, certamente a queriam para algo.

– A ruiva caiu no mar. – Um rapaz de cabelos e olhos negros e pele parda, Aladdin, foi o primeiro a tomar coragem para se pronunciar, apesar de parecer tremer em seu lugar e engolir em seco ao falar.

Para a surpresa deles, as duas capitãs do navio permaneceram absolutamente calmas assim que receberam a notícia. Elsa foi a primeira entre elas a demonstrar uma reação, andando elegante e calmamente até os tripulantes.

– Com licença. – Disse e eles abriram caminho para que ela passasse.

Se tinham se surpreendido pela súbita calma que a loira e a irmã apresentaram, ficaram chocados quando Elsa simplesmente pulou do navio, mergulhando por entre as águas negras e geladas do mar.

– Mas o que...?! – Margo estava histérica, mas Elena colocou a mão em seu ombro, atraindo não só a atração da castanha, mas também de toda a tripulação para si.

Mesmo com todos os olhares nela, ela nada disse. Em segundos, viraram-se novamente na direção onde Elsa e Anna haviam desaparecido e viram uma escada de gelo se formando até o navio. Antes que percebessem, a loira já havia subido ao convés com a ruiva desacordada. A Capitã do navio deixou-a no chão sem realmente muita delicadeza.

Kristoff imediatamente se abaixou e começou a examinar a ruiva, parecendo mais preocupado com o passar dos segundos.

– Ela não está respirando. – O loiro declarou com um desespero contido, olhando diretamente para Elsa, que estava cercada pelos marinheiros que lhe traziam toalhas e a secavam, e para Elena, que estava de braços cruzados encostada ao mastro.

– Sai. – A morena se pronunciou, abaixando-se ao lado de Anna e empurrando Kristoff para o lado. Tirou uma adaga prateada imaculadamente limpa do cano da bota e rasgou o vestido de Anna, percebendo que a ruiva usava um espartilho apertadíssimo. – Ah, claro. – Revirou os olhos ao perceber o que havia causado aquilo. Com a adaga, rasgou também o espartilho, deixando a ruiva apenas com um vestido mais fino e branco que usava por baixo, comum a quem usava aquele tipo de roupa.

Com isso, Anna conseguiu respirar novamente, acordando e cuspindo praticamente a água de todo o mar, quase se engasgando.

– Ei! – A ruiva exclamou ao perceber que estava apenas com as roupas que usava por debaixo do espartilho, olhando acusatoriamente para as Capitãs do navio, uma completamente encharcada e outra com uma adaga em mãos.

– Ah, agora está reclamando do modo como salvamos sua vida? – Elsa perguntou sarcasticamente, não parecendo se incomodar nem um pouco com a brisa gélida que batia em seu corpo e roupas ensopadas. Não apresentava nenhum sinal de estar incomodada com o frio que se fazia ali.

– O que...? – Anna começou a perguntar, só então se dando conta do que havia acontecido ali e sentindo-se imediatamente culpada por ter tratado as duas tão mal ao acordar.

– É bem típico do pessoal da realeza. – Elena se levantou e guardou a adaga no cano da bota de onde a havia tirado. Sua simplesmente pingava pura ironia. – São todos ignorantes e insatisfeitos com tudo. Se é assim eu tenho uma notícia para te dar, ruiva. – Inclinou o corpo para frente e segurou o queixo de Anna rudemente, forçando a ruiva a olhá-la. – Você não está mais em um castelo. Está em um navio pirata. Aqui você não é muito mais do que uma garota que sequestramos. Você não é nada. – Semicerrou os olhos, parecendo subitamente mais velha do que realmente era.

Soltou Anna e foi andando até a porta da cabine, abrindo a porta e desaparecendo por entre a escuridão que se instalara lá dentro. Então, Elsa se aproximou de Anna, segurando o queixo da ruiva do mesmo modo que a irmã fizera momentos antes, fazendo-a estremecer com o toque úmido e gelado.

– E não pense que vamos ficar livrando a sua pele para sempre. – Elsa começou, parecendo ser uma pessoa ainda mais rígida do que a irmã se demonstrara minutos antes. – Se não sabe como agir por aqui, terá que aprender. Como ela disse, você não está mais em um castelo. Agora, você é uma pirata. Aja como uma.

Largou a ruiva bruscamente, machucando-lhe o rosto, e dirigiu-se à porta por onde Elena desaparecera, fechando-a com um estrondo mais que audível ao passar, chocando tanto Anna quanto a toda tripulação, que jamais as havia visto sendo tão rígidas e rudes com qualquer pessoa.


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Notas finais do capítulo

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