The New Caribbean - New Pirates on Seven Seas escrita por Black


Capítulo 21
Capítulo 20: As Nove Peças de Oito


Notas iniciais do capítulo

Pessoas, estive sem internet e não pude postar.
Espero que gostem e boa leitura!
PS.: Minhas férias acabam hoje, então capítulos novos apenas no sábado.
PSNº2: Quem assistiu ao episódio 2 da quarta temporada de OUAT, Rocky Road?



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O caminho até Isla de Muerta estava se mostrando silencioso demais para o gosto de Anna. Elsa e Elena já haviam saído do lugar onde estiveram sentadas anteriormente e agora estavam próximas à proa do navio, observando o mar. Rapidamente a ruiva se aproximou delas.

Porém, os olhos curiosos da Princesa de Arendelle foram atraídos para o que outrora fora um círculo prateado, mas que agora se encontrava pela metade que estava preso ao uma corrente prateada no pescoço de Elsa.

– O que é isso? – Anna perguntou antes que pudesse se conter.

Elsa ao perceber para onde a ruiva olhava, levou a mão ao semicírculo em seu pescoço, abrindo um sorriso pequeno ao ver os olhos azul-água da mais nova brilharem de curiosidade.

– Isto é uma metade de uma das Nove Peças de Oito. – A loira explicou com os termos mais simples que conseguiu pensar.

– Nove Peças de Oito? – A ruiva repetiu sem entender. Não fazia o mínimo sentido.

– Como explicar? – Elsa pareceu pensar, rindo um pouco da expressão confusa de Anna, que chegava a ser cômica. – Acho melhor que eu comece pela Corte da Irmandade. – Propôs e a outra assentiu. – A Corte da Irmandade é uma união de piratas de todos os mares. Sempre que nós, piratas, estamos em perigo de sermos extintos, cantamos uma canção e os Lordes se reúnem para acabar com a ameaça. – Explicou. – São nove Lordes e cada um tem uma peça para representa-los. Antigamente, quando tudo começou, as peças eram objetos comuns que estivessem nos bolsos dos primeiros Lordes. O plano era que fossem algo mais valioso, mas quando a Corte se reuniu pela primeira vez, a Irmandade não tinha uma moeda. – Sorriu ao perceber que a ruiva estava completamente concentrada em sua história. – Porém, quando as peças antigas foram queimadas para libertar Calypso, a Deusa dos Mares, a Irmandade precisava de novas, então o antigo Rei da Corte, no caso Rainha, instituiu moedas de verdade. – Mostrou mais de perto a sua metade da moeda para que Anna pudesse ver.

– Mas é só uma parte. – A ruiva fez bico, afinal queria ver uma peça completa.

– Porque nós duas comandamos esse navio juntas. – Elena se pronunciou com um sorriso nos lábios e, ficando lado a lado com Elsa, juntou sua metade, que também estava numa corrente em seu pescoço, com a da irmã.

Com as duas metades juntas, agora era possível ver que a moeda de prata tinha o símbolo em alto relevo de uma caveira com duas espadas também em alto relevo atrás. Também havia algumas palavras escritas em espanhol que Anna identificou como “Pirata desde el nacimiento hasta la muerte” ou “Pirata desde o nascimento até a morte” ao redor da imagem da caveira com as espadas.

– Vocês são Lordes Piratas. – Os olhos de Anna brilharam com a nova constatação.

– Sim. – Elsa concordou com um gesto curto da cabeça. – Cada pirata, antes de morrer, deve passar sua peça para alguém e esta nos foi passada, como é a tradição. – Explicou, mas o sorriso em seus lábios sumiu.

– E quem passou a peça a vocês? – A ruiva não se aguentou de tanta curiosidade. Tinha que perguntar.

– Nossa mãe. – Foi Elena quem respondeu, visto que Elsa se apresentava incapaz de fazê-lo. – Ela era Lorde Pirata e, antes de sair em viagem, quando seu navio foi afundado, ela deixou a peça com a gente. Acho que já sabia o que a esperava. – Suspirou tristonhamente e Anna sentiu uma compaixão enorme pelas duas garotas à sua frente. – E, quando soubemos que ela morreu e nos tornamos piratas, dividimos a peça em duas, já que nós duas somos as capitãs. – Explicou e forçou um sorriso para a mais nova.

– E há muitas reuniões? – Os olhos de Anna brilharam de curiosidade. Queria saber o máximo que aquelas duas se permitissem lhe contar, queria saber tudo sobre elas e sobre o mundo em que viviam.

– Raramente. – Elena deu de ombros enquanto que Elsa continuou calada, com a mente bem longe dali, embora a mais velha soubesse bem em que a loira estava pensando. – Não é como se fosse simples ocorrer uma ameaça tão grande aos piratas, então não é tão necessário nos reunirmos. – Explicou sem entusiasmo.

– Queria conhecer os Lordes Piratas. – A ruiva soltou sem pensar em tom baixo enquanto sua mente viajava em definições sobre como eles seriam.

– Não, não quer. – A morena sorriu com a ingenuidade da menina à sua frente. Anna era inocente demais para entender tudo aquilo e, de certa forma, aquilo era bom. Quanto menos soubesse, menos sofreria no final. – Não são exatamente pessoas agradáveis, assim como nós. – Deu de ombros e revirou os olhos.

– Vocês não são ruins. – Anna a corrigiu, franzindo o cenho. Claro, não tivera uma opinião muita boa sobre as duas quando se conheceram, mas, quanto mais tempo passava com elas, mais se afeiçoava àquelas piratas, as admirava.

– Não era isso que você achava antes. – Elena lembrou com um sorriso brincalhão, recuperando o bom humor.

– Eu estava errada. – A ruiva respondeu com sinceridade, sentindo-se culpada por antes tê-las julgado mal. – E já pedi desculpas. – Lembrou com um sorriso sem graça, que fez a mais velha rir.

– E nós já aceitamos. – A morena falou, gesticulando para si mesma e para Elsa, que permanecia pensativa olhando o mar que se estendia ao redor do navio. – É sério, Anna, não se incomode mais com isso. – Pediu ao perceber que a outra não havia se convencido. – Nós a sequestramos, então, o que quer que seja que você pense de nós, é justo. – Ao perceber que a ruiva iria desatar a falar, continuou. – Foi só uma observação, não precisa discutir. – Riu.

O som de coro de anjos ecoou pelos ouvidos de Anna e ela não disse mais nada, afinal concluíra que não adiantaria discutir, parecia que a morena à sua frente possuía respostas para tudo, de modo que não perderia seu tempo tentando convencê-la de algo.

Por fim, Elena se despediu com um aceno da cabeça e caminhou para longe dali, deixando uma Elsa ainda pensativa fitando o mar com Anna, indo em direção ao timão, onde Margo estava, e assumindo no lugar da castanha, começando a guiar o navio enquanto seus olhos azul-gelo brilhavam com a visão do mar iluminado pelas estrelas que já começavam a desaparecer à medida que o sol se erguia, anunciando o começo de mais um dia.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
Estou sem tempo, então respondo aos comentários depois.
Próximo Capítulo: Perseguição Iniciada.