Felix olhava irritado para os meninos. Com um simples gesto ele concertou todos frascos quebrados
–E a Amma?- pergunta Alberto choroso
–Isso não tem contrafeitiço! Amma se foi, e em breve vocês vão se juntar a ela- diz Felix fazendo uma bola de fogo esverdeada aparecer em suas mãos
–Corre- diz Augusto correndo para fora da sala puxando o irmão pelos cabelos
Felix perseguia os meninos jogando bolas de fogo verdes. Aquela tinha sido a gota d'agua para ele
–Papai não nos mate- implorou Alberto
–Eu não sou mais seu pai seu demonio! Eu vou matar vocês dois- berrava o pai ainda atirando bolas de fogo
Augusto arrastou o irmão até a biblioteca e trancou a porta, depois lançou um feitiço para que ninguem pudesse entrar lá.
–Oque você está fazendo? Você só está nos encurralando seu idiota- choraminga Alberto
–Confia em mim, eu sei oque pode nos tirar daqui, está escrito em um dos livros- diz Augusto
Alberto assentiu com a cabeça e os irmão começaram a revirar a biblioteca em quanto o pai berrava e esmurrava a porta
–Oquê nós estamos procurando mesmo?- diz Alberto desesperado
–É um livro azul e grosso de capa dura- diz Augusto revirando uma prateleira
–Tipo esse aqui?- diz Alberto estendendo um livro enorme com o título "A Maldição do tempo"
–Esse mesmo- diz Augusto pegando o livros da mão do irmão e virando as paginas rapidamente
–Destranquem a sala- o pai berrava ainda esmurrando a porta
–Augusto vai logo com isso, ele está quase quebrando seu feitiço!- diz Alberto apavorado
–Espera Alberto, você está me atrapalhando-diz Augusto sem tirar os olhos do livro
–Não temos tempo para procurar Augusto!- diz Alberto
–Achei! Nunc sinite- berra Augusto.
Logo depois de o menino terminar a frase os gritos do pai e as batidas na porta cessaram
– Oque você fez?- pergunta Alberto nervoso
–Eu parei o tempo! Anda pega o livro e corre, o feitiço não dura muito tempo- diz Augusto correndo para fora do castelo seguido por seu irmão.
Os meninos mal cruzaram a porta do castelo já se depararam com o pai de braços cruzados e os olhos vermelhos fervendo de raiva
–Tentando fugir?- diz Felix
–Nunc...- Augusto tentou parar o tempo novamente, mas com apenas um gesto com as mãos Felix tirou a voz do filho
–Então quer dizer que agora vocês se uniram? Vocês se uniram para me deter mas não conseguem nem passar uma tarde juntos. Pois vão pagar por isso- diz Felix com olhar de nojo
–Oque você vai fazer?- pergunta Alberto choroso
–Uma coisa que eu devia ter feito a muito tempo- diz Felix - vou amaldiçoar vocês
–Você não pode nos amaldiçoar! Somos crianças e você é nosso pai.-Alberto tenta argumentar
–Eu já disse que vocês não são mais meus filhos-grita Felix
O pai levanta uma das mãos e os dois meninos caem no chão

"Arqui inimigos eles devem ser
Tentarão se matar ao se ver
E só uma coisa pode desfazer
O fruto da briga somente eles deverão comer"

Logo apos a maldição ser lançada a aparencia dos meninos mudou
Alberto se tornou um pouco mais alto e estremamente palido, seu cabelo se tornou preto, assim como seu olhos
O cabelo de Augusto clareou um pouco e seus olhos verdes se tornaram azul claros
–Agora que as diferenças entre eles é a marca da maldição- diz Felix gargalhando
Felix gira o pulso duas vezes, mandando os meninos para dois lugares distantes um do outro.