Duas vida, apenas uma escolha escrita por Hayssa


Capítulo 4
Viagens Indiferentes


Notas iniciais do capítulo

Agora que começa as melhores partes, a minha amiga vai amar essa parte, mas eu estava com saudades de vocês



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No outro dia quando me acordei estava com uma enxaqueca, mas fui para a escola do mesmo jeito, atravessei a rua e bati na porta, o Sam também estava com enxaqueca, então éramos dois bêbados com reçaca da noite passada, eu iria fingir que não havia acontecido nada, iria fingir que não havia beijado o Sam, iria fingir que não me lembrava de nada.

–Sofia eu posso te fazer uma pergunta?- o Sam perguntou.

–Claro só fala baixinho porque eu to com dor de cabeça.

–Eu também estou com dor de cabeça.

–Dois bêbados- comentei e ele riu.

–Você se lembra de alguma coisa que aconteceu ontem á noite?

–Só me lembro de que bebi muito, e apaguei na cama.

–Você se lembra do que fez antes de entrar em casa?

–Não.

–Ah, eu pensei que você se lembrasse de algo.

–Eu só me lembro de algumas coisas, e me lembro que beijei algum garoto, mas não sei qual o garoto- menti para ele.

Corremos para o colégio, e quando chegamos me despedi dele e fui para a aula. Quando as aulas acabaram eu me sentei na quadra da escola para ver o jogo de basquete dos garotos e eu não estava prestando atenção, encontrei o olhar do Sam e do Lucas, o olhar do Lucas era acusador e o do Sam era dócil e gentil. Corri para sair do jogo e fui andando lentamente para casa, entrei e não percebi que minha mãe estava sentada no banco da praça que ficava no caminho da escola. Entrei em casa e subi para o meu quarto, fiquei pensando em quase tudo que eu havia feito desde que eu conheci a Julia. Acabei dormindo, quando consegui abri os olhos e direcionei-me para o banheiro tomei um banho e desci para tomar café. Minha mãe estava sentada na cadeira com as mãos apoiadas na mesa, ela estava sorrindo.

–Bom dia mãe.

–Bom dia Sofia- ela falou em um tom amoroso- Eu tenho uma ótima noticia para lhe contar.

–Então conte.

–Vou trabalhar em uma empresa que viaja muito, então eu vou ter que viajar para o pólo norte- ela falou me olhando- E eu estarei viajando hoje.

–Está tudo bem- falei indiferentemente.

Subi para pegar meu livro favorito, não vi à hora em que minha mãe foi embora e não liguei para isso, pois eu já estava acostumada com ela indo e vindo, ela praticamente não parava em casa. Fiquei no quarto lendo, bateram na porta e eu desci para ver quem era, quando abria a porta vi que era a Julia, o Sam, a Aria, o Lucas, a irmã da Aria, e o irmão do Lucas. Eles ficaram na sala sentados no chão.

–Tenho uma proposta de jogo para podermos jogar- a Aria falou.

–Qual?- perguntei curiosa.

–E um jogo que eu vi em um site, uma pessoa escolhe duas aleatoriamente e essas duas pessoas ficam sete minutos no armário e fazem o que querem por esses sete minutos- a Aria falou rindo- vocês topam?

Todos toparam e a Bruna irmã da Aria é quem iria começar o jogo.

–Bom eu escolho a Aria e a Julia- a Bruna falou.

Elas foram para o porão e passaram os sete minutos, não dava pra escutar se estavam brigando, mas elas subiram rindo.

–Eu escolho a Sofia e o Sam- a Aria falou rindo maliciosamente.

Olhei vergonhosamente para o Lucas, fomos para o porão, desci e me sentei em um pequeno sofá, ele se sentou do meu lado e me olhou enquanto eu olhava para o chão. Olhei para ele e ele parecia estar envergonhado.

–Eu acho que não foi uma boa idéia ter aceitado jogar com a Aria- ele falou rindo.

–Concerteza não foi uma boa idéia.

–Me lembre de nunca mais brincar com ela.

–Desculpa.

–Como assim desculpa?

–Eu menti pra você... Eu lembro- eu falei olhando para baixo- Na noite da festa, eu me lembro de tudo o que eu fiz, lembro que bebi e que voltamos para casa, e que eu te beijei antes de entrar em casa. E lembro também que você me lançou um sorriso bobo.

–Eu pensei que você não se lembrava- ele falou me olhando- O que aquele beijo significou?

–Eu não sei, eu estava bêbada- eu falei olhando a expressão de desapontamento dele- Pra você significou algo?

–Sim, significou tanto quanto esse vai significar.

Ele colocou a mão no meu rosto, e me olhou no fundo dos olhos, eu senti um leve frio na barriga e ele acabou me beijando, por mais que eu adorasse a amizade dele, eu estava adorando o beijo, bateram na porta do porão e eu me afastei dele e subimos. Não comentamos nada sobre os sete minutos que passamos juntos no porão, decidimos não comentar entre nós mesmos. Aqueles sete minutos não foram os melhores do mundo, eu o adorava e não dava para negar que aquele beijo significava algo para mim, eu não estava afim dele, eu via ele como um irmão mais velho. A brincadeira continuou, eu ainda tinha que participar da brincadeira, a irmã da Aria foi para o porão com o irmão do Lucas, a Aria e o Sam foram logo depois, a Julia foi com o irmão do Lucas, eu tive que ir com o Lucas para o porão, desci e ele fechou a porta, sentei no sofá e ele ficou me olhando.

–Você vai me contar o que aconteceu com você e o Sam nos sete minutos que passaram aqui?- o Lucas me perguntou.

–Nada que seja do seu interesse, e o que você fez com a Aria nos seus sete minutos?

–Apenas conversamos e eu sei do interesse dela por mim. Sei que eu não sinto nada por ela.

–Então porque você sempre a defende?

–Eu não só fico defendo-a- ele ficou envergonhado comigo.

–Mentira- eu falei rindo debochadamente- Você sempre defende ela, você nunca me defende, em toda discussão que eu me envolvo você sempre defende ela, eu não acho que você seja meu verdadeiro amigo.

–E quem é seu verdadeiro amigo? O Sam?

–Ele vem sendo meu amigo, muito mais do que você vem sendo.

Ele não falou nada, não percebi, mas a metade do tempo já havia passado. Ele me beijou, eu fiquei muito surpresa com aquilo, eu literalmente morri por dentro, eu não senti nada em relação ao beijo, não tanto quanto eu senti com o do Sam. Afastei-me abruptamente dele, ele me olhou, me virei e não olhei para ele.

–O que você achou que estava fazendo?- eu perguntei assustadamente.

–Eu estava te beijando, obviamente você percebeu isso.

–Eu não quero ser beijada por você.

–Então você quer ser beijada pelo Sam?

–Não, eu não quero ser beijada por ninguém, eu não quero pensar em beijar alguém agora.

–Você é muito idiota, sua completa idiota.

Passaram-se os sete minutos, quando eu passei pela porta do porão olhei para trás.

–Vá para o inferno, Lucas- olhei para todos os que estavam na minha sala- Acho que o jogo acabou.

Eles foram embora, eu apenas subi até o meu quarto e me joguei na cama. Fiquei olhando para o teto, olhei para a porta e percebi que a Julia estava me olhando, levei um pequeno susto e quase caia da cama. Ela se sentou na minha frente e eu fiquei olhando para ela, eu estava com muita raiva do Lucas.

–Posso te contar algo, e você promete que não vai contar para ninguém?- perguntei meio frustrada.

–Claro, lembre que eu sou a sua amiga- ela falou- É algo sobre os seus sete minutos?

–Sim, eu não sei por onde começar a te contar- eu falei- Eu adorei os sete minutos que passei com o Sam, mas os sete minutos que passei com o Lucas foram para me deixar com o maior ódio da minha vida.

–Então o que aconteceu com você e o Lucas nos sete minutos?

–Bom, a gente começou a brigar e ele me beijou, eu não estava agüentando ficar com ele os sete minutos.

–E porque exatamente vocês brigaram?

–Pelo fato de que ele nunca me defende, ele apenas defende a Aria, em toda a discurção que temos.

–Ah! Por isso- ela falou- Bom, mudando um pouco de assunto, o que aconteceu entre você e o Sam nos sete minutos?

–Bom, ele me beijou e sinceramente essa foi a segunda vez- eu falei vergonhosamente- Na primeira vez eu beijei ele, e ele me disse que significou algo para ele, e que significaria tanto quanto o outro que ele iria me dar, e ele me beijou, eu senti que significou algo para mim.

–Então quer dizer que eu tenho uma nova cunhada?

–Eu não estou afim do seu irmão, ou namorando ele, eu acho que apenas significou algo para mim, mas não como significou para ele. Eu o vejo como irmão para mim, eu nunca o veria como algo mais.

–Você sabe que ele sente algo por você, então porque você apenas não da uma chance para ele, ele gosta muito de você- ela falou rindo- Ele é um bom garoto, ele nunca fez nada de ruim para ninguém.

–Você esta dizendo isso apenas porque ele é seu irmão. E sim, eu sei que ele gosta de mim, mas nunca pensei que fosse desse jeito.

–Eu não estou dizendo isso apenas porque ele é meu irmão, estou dizendo isso porque ele e um bom homem.

–Eu sei, pensei que ele nunca fosse gostar de mim. Eu não tinha a intenção de fazer ele se apaixonar por mim. Obrigada por me ajudar, e, por favor, não conte para ninguém o que eu te falei.

Ela me abraçou e foi embora, fiquei deitada na cama enquanto pensava no que ela havia me falado. Acabei dormindo, o domingo passou rápido e na segunda, levantei-me sonolenta e fui tomar um banho, eu não estava feliz por saber que era meu aniversario, coloquei uma calça jeans e uma camiseta vermelha, deixei meu cabelo solto, peguei minha mochila. Atravessei a rua e bati na porta da Julia, ela abriu e eu fiquei esperando os dois, o Sam estava um pouco envergonhado, olhei para ele, Julia estava rindo da nossa vergonha, ela encontrou o namorado dela e deixou-me sozinha com ele, continuamos andando para a escola, me despedi dele e fui para a minha sala, passei as aulas todas sem me preocupar com nada, quando terminou as minhas aulas, sai e andei ate a metade do caminho, o Lucas me parou acompanhado com a Aria, tentei olhar para a Aria, eu não queria fiar perto dele. Vi que o Sam estava no outro lado da rua, corri para o outro lado da rua e abracei-o, ele retribuiu e parecia que ele não estava muito feliz.

–Você vai fingir que nada aconteceu?- ele perguntou sussurrando no meu ouvido.

–Você está falando do nosso beijo?- perguntei me afastando dele, e continuando a andar enquanto ele assentia- Eu sei que aconteceu, e não vou fingir que nada aconteceu.

–Eu sei o que você deve estar pensando, deve estar pensando que eu sou meio doido por tentar achar que você iria retribuir.

Não falei nada apenas continuei andando para casa, eu esperava que os meus amigos se lembrassem do meu aniversario, mas nenhum fez isso ate agora. Deitei na cama e fiquei pensando um pouco no que eu estava fazendo da minha vida. Bateram na porta da minha casa, desci e andei ate a porta debilmente, era o Sam, ele me sorriu e retribui o sorriso, fechei a porta de casa e me sentei com ele na varanda.

–Você topa ir comigo em um encontro no Crush-Night?- ele perguntou.

–Claro, deixa eu só pegar uma coisa.

–Okay.

Peguei alguns dólares e coloquei no bolso da calça, desci e caminhei com ele ate o Crush-Night, lanchamos e ele me desejou os parabéns, fiquei feliz por ele ter lembrado. Voltamos para casa, ele me segurou por três minutos na porta de casa. Quando entrei em casa tive uma surpresa, a Aria, a irmã dela, o Lucas e o irmão dele, a Julia, eles estavam na minha casa, tinha um bolo na minha mesa, eles cantaram parabéns, e eu me senti muito feliz. Fizemos uma algazarra grande, rimos muito, dançamos e aquilo me fez esquecer de que a minha mãe não havia me ligado para desejar parabéns para a única filha que ela tinha. Quando a festa acabou ficando eu, a Julia e o Sam arrumando a casa, ela ficou com a cozinha e eu e o irmão dela ficamos encarregados da sala, a bagunça não estava muito grande. Eu não gostava nem um pouco do clima estranho que estava entre nós, mas ele ficou me olhando e eu acabei olhando para ele por um breve momento. Terminamos de arrumar e eles foram embora da minha casa, eu fiquei sozinha e comecei a abrir os presentes que meus amigos me deram, a Aria me deu um livro o nome era: A garota que perseguiu a lua, o Lucas me deu uma roupa de dormir com pequenas corujinhas, o irmão dele me deu junto com a irmã da Aria um vestido com pequenas caveirinhas desenhadas, eu havia adorado, a Julia me deu uma tiara, e uma blusa com o símbolo das relíquias da morte, do livro Harry Potter, o Sam não me deu nenhum presente, mas também não liguei, antes de dar meia noite escutei passos na minha sala, coloquei o meu casaco e desci a escada lentamente, não havia ninguém na sala, escutei como se algo tivesse quebrado na minha cozinha. Reuni toda a minha coragem e andei sorrateiramente ate a cozinha, vi a sombra de uma pessoa na porta da cozinha e andei ate onde ela estava, quando a pessoa virou percebi que era o Sam que estava na porta, ele sorriu a me ver e eu não consegui retribuir, pois eu estava muito assustada, o que ele estaria fazendo na minha casa e ainda mais naquela hora?

–O que diabos você esta fazendo aqui?- perguntei nervosamente com um pouco de raiva no meu tom.

–Eu apenas queria te dar um presente, mas acho que errei á hora, eu deveria ter vindo um pouco mais cedo.

–Eu também acho que você deveria ter vindo mais cedo. Então o que você queria me dar?

–Eu queria te dar uma coisa que eu também quero, e que eu não sei se você também quer, mas mesmo assim eu vou te dar isso.

Ele aproximou-se de mim e eu fiquei nervosa com o que ele iria fazer comigo, eu sabia o que ele ia fazer e eu não fiz nada para impedir o que ele fez. Ele encostou os lábios dele no meu, no começo foi terno, mas depois ele intensificou o beijo, afastei-me dele e fiquei extremamente corada, ele não ficou nem um pouco envergonhado com aquilo, levei ele ate a porta de casa e ele foi embora sorrindo. Subi lentamente a escada e não pude deixar de pensar no presente do Sam, sorri para mim mesma. De manhã cedo eu levantei-me cedo e andei ate a cozinha, comi uma maçã e logo depois tomei um banho, coloquei o vestido de caveirinhas que a Bruna e o John tinham me dado, coloquei um diadema preto que eu tinha, peguei a mochila e desci. Fechei a porta de casa e me surpreendi ao ver que hoje eu não teria que ir andando para a escola. O Sam por um milagre resolveu usar o carro, entrei no carro e ele sorriu para mim, esperei que eu não pudesse fazer uma besteira ainda maior do que beijar ele. Eu estava dando corda par ele e um dia eu iria me enforcar com a mesma corda, a Julia estava no banco de trás do carro com o Josh, eles riam e se beijavam o que me deixava muito constrangida, passei o caminho todo olhando para fora do carro. Chegamos á escola e fomos cada um para a sua sala, eu e Julia sentamos juntas, no intervalo das aulas, as mesas estavam quase cheias, e eu e a Julia andamos ate a mesa ao canto do refeitório, o Sam estava sentado com a Aria e o Lucas, sentamos próximo a ele e eu acabei comendo apenas uma maçã, eu comia muito pouco. A Aria e o Lucas estavam se beijando e eu juro que não entendi, o Lucas disse que não sentia nada por ela, eu não estava com ciúmes deles, mas apenas não entendi, pois aquilo era terrível de ver, eu não estava suportando aquela cena, desviei o olhar dos dois, olhei rindo falsamente para o garoto que estava a apenas sete metros da mesa, ele retribuiu o sorriso, e apenas desviou o olhar logo depois. Olhei para o Sam que ria da minha atitude desvairada, ele se aproximou de mim e olhou para a minha boca.

–Esta com ciúmes deles?- ele perguntou sussurrando no meu ouvido e me deixando nervosa.

–Eu não estou com ciúmes, nem deles nem de ninguém- falei baixo só para que ele escutasse.

–O que vocês dois tanto cochicham?- o Lucas perguntou rindo.

–Eu não acredito que você parou de beijar para prestar atenção na minha conversa com o Sam, caraca estou me sentindo importante- falei com certo pingo de sarcasmo.

–Eu também não acredito, estamos muito importantes, Sofia- o Sam falou rindo ironicamente.

–Então vocês dirão o que tanto cochicham?- o Lucas perguntou com raiva na voz.

–Na verdade, não e da sua conta- falei rindo.

–Isso foi rude, você não deveria ser grosseira- a Aria falou rindo.

–Eu sou do jeito que eu quiser- falei com raiva.

–Sua idiota- Lucas falou.

Sai da mesa e andei ate a sala de Historia, ou seja, a sala 5b, e sentei-me na primeira mesa, as mesas eram dupla e logo depois o garoto ao qual eu mandei um sorriso falso entrou na sala e sentou-se ao meu lado. Ele ficou rindo enquanto olhava para o chão admirando algo que estava no chão.

–Eu acho incrível- ele falou ainda rindo em um tom brincalhão.

–O que você acha incrível?- perguntei em um tom irritado e meio curioso.

–Como dois garotos podem ser apaixonados pela mesma garota, ela deve ser muito impressionante, ou muito legal- ele falou respondendo a minha pergunta de um modo irritantemente feliz.

–Como assim?- perguntei curiosa.

–Será que você poderia sair do meu lugar?- Lucas perguntou com muita ironia.

–Você sabe a resposta para a pergunta, então não se finja de boba- O menino falou sussurrando no meu ouvido, o que me fez ter agonias.

O menino saiu me fazendo pensar se eu sabia mesmo a resposta. Eu sabia? Quem poderia me dar uma pista? Duas perguntas que eu com certeza eu não sabia a resposta e acho que ninguém me diria a resposta. O Lucas sentou-se ou meu lado com uma expressão de raiva que me com toda a certeza acabou o animo do meu dia, me deixou desanimada e querendo que alguém me chamasse.

–O que ele sussurrou no seu ouvido?- Lucas perguntou num tom idealizante.

–Hãn... Nada com que você deva se preocupar- eu falei irritada.

–Você nunca me diz nada que falam para você- ele falou pensativamente- Você me considera um amigo, Sofia?

–Claro, Lucas, você e um dos meus melhores amigos, para falar a verdade o primeiro- falei um pouco decidida- Eu amo você como eu amaria um irmão, se eu tivesse um. Você e muito importante para mim, eu só não posso falar o que falam para mim. Nunca duvide disso, está bem?

–Okay.

Dei um leve beijo na bochecha dele, o que acabou deixando ele envergonhado e que me fez rir. As aulas passaram e na saída, caminhamos todos juntos ate a porta da casa do Lucas, beijei ele na bochecha e abracei-o, pelo resto do caminho eu senti o olhar do Sam me fuzilando, o que sinceramente me deixou agoniada. Senti que deveria conversar com ele para esclarecer o que ele sentia por mim e o que eu realmente sentia por ele. Na manhã seguinte andei sozinha para a escola, pois os garotos não foram, voltei para casa. O Sam Meriand estava na porta da minha casa, encostado na soleira da porta com o nariz vermelho acho que de tanto chorar, entrei com ele e fomos ate o meu quarto, ele sentou na poltrona e eu sentei com as pernas cruzadas na ponta da cama.

–O que foi que aconteceu, Sam?- falei preocupada.

–Eu não quero falar, mas eu preciso apenas de abraço e de tempo.

Levantei e abracei-o fortemente, ele começou a chorar muito mesmo. Desci para pegar um copo de água com açúcar, quando voltei ri da situação, pois ele havia se deitado na minha cama, e estava chorando muito ainda. Deitei do lado dele, e fiquei alisando o cabelo dele, ele acabou dormindo, continuei na cama ao lado dele, aquilo era estranho, estar na cama com um homem era muito estranho. A tarde e a noite passou e ele não acordou o que realmente me deixou preocupada, andei calmamente ate a saída da casa e sentei-me na varanda, fiquei olhando o céu , fiquei mal, pois sabia que os meninos amavam muito a avó deles e agora ela tinha partido. No outro dia ele acordou-se e foi para casa, tomei um banho, peguei a mochila e uma maçã, caminhei lentamente para a casa da Aria, ela pediu para que eu passasse lá para buscar ela, iríamos para a escola juntas depois de muito tempo separadas, evitando uma a outra. Bati na porta e ela abriu sozinha, entrei e sentei na sala, a mãe dela desceu depois de um tempo e sorriu para mim, ela desceu e fomos juntos para a escola, ela não me parecia bem, e não parecia a mesma Aria de sempre. Ela havia tingido o cabelo de branco e estava com uma tatuagem no ombro em formato de uma caveira e um pouco abaixo o nome Avenged Sevenfold, ela nunca me disse gostar dessa banda, eu já havia escutado em algum lugar só não me lembrava onde. Andamos lentamente ate a escola.


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Notas finais do capítulo

Favoritem, acompanhem, divulguem e comentem acima de tudo, o comentario de vocês é essencial. Beijos, e até o proximo capitulo.



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