To Change The Future escrita por RoryHunter


Capítulo 7
Prólogo II Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, aqui está mais uma parte do prólogo que conta a história do Riome, espero que gostem.



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O demônio me diz oi.

Depois de conversar com Yato subi rapidamente para o meu quarto, e lá comecei a procurar algumas peças de roupas fundamentais para o disfarce, eu precisava de um quimono, uma sandália de samurai e minha mascara anbu de brinquedo. Porém como sou muito azarado eu simplesmente não saiba onde essas peças estavam e por esse motivo era necessário pedir ajuda para pessoa mais terrível desse universo, minha irmã Thoranor Akio.

Rodei os “quatro cantos da terra” a procura dessa garota, mas ela simplesmente não estava em lugar nenhum, e por esse motivo eu precisei pedir ajuda a outra pessoa, o segundo ser mais terrível desse universo, meu irmão Thoranor Kai:

–-Ei Kai, cadê a Akio?

–-Cara eu estou praticando um henge vê se não enche.

–-Por que você pratica jutsus na sala? O quintal é tão grande, não é melhor ir treinar lá fora?

Kai pegou um de seus bonecos e jogou em mim, a droga daquele boneco maldito pegou bem na minha testa, e para piorar o garoto ainda caçoou de mim:

–-Está na academia ninja e não consegue desviar de um boneco? Temo que nosso clã está perdido com um futuro líder como você.

–-Eu poderia mata-lo nesse exato momento, mas a mãe já vai fazer isso por mim.

–-Do que você está falando babaca?

Peguei o boneco e joguei no vaso de planta favorito da mamãe propositalmente e em seguida me joguei no chão gritando:

–-AI!!! O MÃE!!!

–-O que você fez palhaço? Por que quebrou o vaso da mãe?- Perguntou abismado meu irmão.

Nesse exato momento minha mãe entrou na sala e não demorou muito para sua expressão se modificar:

–-MAS O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? - Berrou ela.

–-Mãe, o Kai tacou o boneco na minha cara, olha só- Mostrei o pequeno galo em minha testa.- E depois o boneco bateu no vaso da sua planta e quebrou.

–-O que? Eu taquei o boneco sim mãe, por que ele estava enchendo o meu saco, mas ai depois foi ele que tacou o boneco no seu vaso, eu não tive nada haver.

–-Mãe tá doendo- Comecei a chorar – Eu não fiz nada, só vim perguntar onde a Akio estava e ele tacou isso na minha cara. Poxa vida, custava dizer que você não sábia?

–-Kai venha já aqui.- Quanto minha mãe usava aquele tom, significava que um belo castigo estava chegando.

–-Mas mãe... Não fui eu.- Choramingou Kai.

–-Kai eu não vou repetir.- E quando ela dizia que não ia repetir, ela realmente não repetia, e se você não fosse era morte na certa.

Kai foi até minha mãe e ela maldosamente disse:

–-Você quebrou meu vaso de planta e machucou seu irmão que ainda por cima é seu futuro líder, por causa dessa incrível bobagem hoje você vai comer legumes frescos.

–-O QUE? NÃO MÃE, POR FAVOR- Kai começa a gritar e se contorcer no chão.

–-Se fudeu otário- Pensei.

Meu clã tem um tipo raríssimo de sangue, que simplesmente só necessita de açúcar, muito açúcar, um Thoranor necessita ter uma glicose no sangue acima de 230 mg/dl, qualquer outro tipo de nutriente é completamente desnecessário, mas não mata nem causa outras complicações, porém não vai acrescentar em nada comer esses tipos de alimentos. E como nós apenas sobrevivemos de doces, quando comemos algo salgado é muito ruim para nosso paladar.

Ver meu irmão se ferrando foi algo divino, eu adorei ver aquele idiota pagar caro por ter me feito aquele galo. E agora era necessário encontrar a senhora Akio.

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(Horas depois)

Finalmente estava tudo pronto, foi muito difícil convencer minha irmã a me ajudar, mas ela resolveu colaborar depois que eu ameacei cortar o cabelo de suas bonecas com uma kunai que nós guardávamos escondidos em nosso quarto.

Era hora de colocar o plano em ação, coloquei meu quimono, minha mascara e meus chinelos e sai pela janela do quarto, claro, foi necessário dar toda minha mesada para que minha irmã não abrisse o bico, eu estava super irritado, mas era por uma boa ação eu estava seguindo rumo ao heroísmo. No caminho fui até um orelhão e liguei novamente para Yato:

–-Yato, estou a caminho. É bom que essas não seja mais uma de suas pegadinhas, se não vai se ver comigo. Todo mundo tá me olhando e dando risada, eu estou pagando o maior mico da minha vida.

–-Fique tranquilo, eu não brinco com isso cabeção, tome muito cuidado e por favor se possível me mantenha sempre informado. E não se esqueça, cabelos vermelhos, olhos azuis, chifres, verrugas, cabelo vermelho e rosto pálido.

–-Deixe comigo, agora eu vou indo.

Desliguei o telefone e segui em silêncio até o local combinado.

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(Minutos depois)

Estava muito frio e a iluminação era péssima, Yato tinha razão realmente havia uma pequena casinha de madeira no local, eu estava feliz, depois de anos caçando mitos por Konoha eu e Yato finalmente descobrimos um que era verdadeiro. Estava na hora de provar ao mundo que a menina demônio era real, fui me aproximando cuidadosamente, porém acabei não prestando atenção e esbarrei em uma menina ao me aproximar do local.

–-Me desculpe, não era minha intenção- A menina caiu por cima de mim, seu cheiro era muito bom e aquilo me deixou um pouco envergonhado.

Ela se levantou rapidamente e disse:

–-Tudo bem, a culpa foi minha.

–-Não a culpa foi...- O que? Os olhos dela são azuis, seu cabelo é vermelho, seu rosto é pálido. Ela está usando um henge. Ela pensa que me engana.- Olhos azuis, cabelos vermelhos, branca como a neve. LUTE COMIGO, MENINA DEMONIO.

–-O... O que? Mais um. É sempre mais um. Eu já falei que não quero lutar com ninguém, porcaria.

–-Você não tem escolhas, irei limpar esse lugar, Konoha não precisa de gente como você. Vamos lá preparasse para lutar, do contrário matarei sem ao menos deixá-la ter chance de reação.

–-Eu não fiz nada para merecer isso... Por quê? Diga-me... Por que todos me olham com esses olhos?!

–-Por que você é um demônio, um lixo, você vale menos que um pedaço de merda, você é nojenta, porca, um inseto, um verme. Você me dá pena, você é tão inferior que merece ser ignorada, merece ser esquecida, é por isso que estou aqui, para tirá-la da vida de todos nós, membros de Konoha. KONOHA NÃO MERECE GENTE COMO VOCÊ!

–-Pena? Você pode dizer qualquer coisa sobre mim, menos dizer que sente pena!

–-Eu digo a verdade, você é digna de pena mesmo, sua verme.

–-Eu não sou digna de pena. É melhor você calar a boca e retirar o que disse, ou eu vou fazer você engolir os seus dentes!

–-Engolir os dentes? – Sorri –Isso só me faz ter mais pena de você. Você nunca conseguiria...

A garota parou por alguns momentos e começou a tremer, em seguida ela ergueu a cabeça, seus olhos eram vermelhos e sua expressão era outra. O medo tomou conta de mim.

–-EU VOU MATAR VOCÊ- Ela rosnou.

Ele ficou extremamente rápida, ela me socou e eu cai, eu sentia meu sangue escorrendo e em seguida tudo ficou escuro.

Acordei duas semanas depois, no hospital do meu clã.

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Tem certeza vocês são ninjas?

Aquela derrota que sofri quando eu tinha 10 anos foi fundamental para me fazer acordar e entrar verdadeiramente no treinamento ninja, desde o dia que acordei no hospital até hoje nunca parei de treinar e graças a isso me tornei um poderoso ninja virando Chunnin dois anos depois. Na época, minha equipe era formada por uma garota do clã Nara e um menino do clã Hyuuga, mas por azar do destino os dois morreram me protegendo de uma explosão em uma velha casa.

Graças a esse terrível ocorrido foi necessário colocar dois novos membros em minha equipe, eu esperava a entrada de dois Chunnins, mas o Hokage teve uma ideia melhor, ele resolveu colocar dois gennins recém formados. Aquilo foi muito irritante, eu não estava afim de ser babá de gennin e pelo jeito eu não teria escolhas.

(Duas semanas depois)

É chegado o dia de conhecer meus novos companheiros, e logo após o almoço, Kaito sensei e eu seguimos até o lugar combinado, onde lá encontramos as duas criancinhas treinada para morrer:

–-Equipe Sete? - Chamou o sensei- Eu serei seu Sensei a partir de hoje. E esse é Thoranor Riome, meu aprendiz e seu companheiro de equipe.

Eu observei os dois formandos e percebi que ali do lado do garoto tímido estava uma menina, de olhos azuis, cabelos vermelhos e pele branca como a neve, nesse momento me veio à mente o soco que recebi naquele dia, o medo, a dor, a tensão, meu orgulho sendo ferido em alguns minutos, e toda minha batalha e treinamento duro para recuperar minha honra. Era ela, aquela puta veio atazanar minha vida mais uma vez, por que ela? Com tantos ninjas, justo ela tinha que entrar na minha equipe? Então eram eles que estavam ali para substituir Nara Akemi e Hyuuga Ken? Eu estava ficando irritado demais e precisava de algo para me acalmar, então peguei uma barra de chocolate e comecei e comer:

–-Vocês parecem fracos. Tem certeza que são ninjas? – Nem mesmo o chocolate estava conseguindo suprimir minha raiva interna.

O garoto abaixou a cabeça, porém a menina demônio parece ter sentido meu golpe, eu só esperava que ela não surtasse novamente e resolvesse nos matar ali mesmo. Com essa reação eu sorri, minha vingança começaria naquele exato momento:

–-Riome.- O sensei percebeu tudo, então resolvi calar.- Se apresentem.

Fiquei feliz, finalmente eu saberia o nome da menina demônio.

–-M... Meu nome é Shiranui Yaichi. –murmurou ele, apenas alto o suficiente para ser ouvido. Ele empurrou os óculos, que estavam caindo. –Tenho doze anos. Eu gosto de ler, e não gosto de pessoas que me deixam nervoso.

Então você vai me odiar garotinho _Pensei_

Esperamos alguns momentos e a menina demônio abriu a boca:

–-Meu nome é Uzumaki Haruka. Tenho onze anos. Eu gosto de... –Ela para por alguns instantes. –De cores brilhantes. E eu não gosto das pessoas de Konoha.

Me segurei para não voar e começar a estrangular aquela menina, como ela ousa dizer uma barbaridade dessas? Uma ninja de Konoha não gosta dos companheiros de armas? Só podia ser um demônio mesmo.

–-Por que infernos você diz isso? –O sensei parecia chocado.

–-Tente gostar das pessoas que te desprezaram, surraram e estupraram em toda sua vida. – A voz dela era irônica.

E tente gostar de alguém que te soca e te deixa quase morto, sua vaca. _Pensei_

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Eu serei sua amiga.

Os opostos se atraem? Sim, eu concordo, pois o que aconteceu nesse dia comprova essa frase.

Um ano se passou desde a entrada de Yaichi e Haruka, e naquele mesmo dia Haruka cometeu um grave erro na missão, ao hesitar matar um bandido líder de gangue e ser pega de refém, se não fosse o sensei ela estaria morta e a missão seria um fracasso.

Ao relatar o ocorrido a Katsumei, ele mandou todos saírem da sala, exceto Haruka, saímos e deixamos a garota sozinha.

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(Horas mais tarde)

Eu caminhei até minha casa para descansar, porém no caminho uma coisinha me chamou atenção, uma menininha praticamente morta andando como um zumbi em direção a seu apartamento:

Droga, ela vai cair! _Pensei_

Ao chegar no local encontrei a garota, e ela era quem eu menos queria encontrar: Uzumaki Haruka:

Você me persegue né garota? Se papai me ver aqui eu to fodido, mas eu não posso deixa-la assim... Ah! Dane-se. _Pensei_

–-Ei! Haruka? Ei- Dei alguns tapinhas na cara dela enquanto tentava despertá-la.

Ela não reagiu, mas eu não desistir:

–-Haruka, acorde! Vamos lá, você não pode morrer por causa de algo assim! HA-RU-KA!

Ele gemeu demonstrando que estava viva, aquilo me deixou aliviado, eu não estava afim de depor em tribunais, aquilo é uma extrema chatice. Abriu os olhos, porém fechou rapidamente, e logo percebi que era por causa da luz:

–-Ah! Desculpe! Eu já apaguei as luzes, pode abrir os olhos agora, Haruka!

Ela obedeceu minha ordens e abriu os olhos:

–-Riome?

Eu sorri e peguei um chocolate, eu já estava morrendo de fome.

–-Sou eu! – Exclamei

Percebi que ela estranhou a minha presença no local, afinal, eu era muito fechado e não socializava com ela a não ser para dar ordens na missão. E para não ofender a garota e dizer meus reais sentimentos apenas falei o que todos já deveriam saber.

–-Desculpe. Meu clã preza muito o sangue puro, e fazer uma amizade de fora do clã é punível com um veneno, que nos torna intocáveis... Meu clã é especialista em venenos, você sabe? Nosso sangue é venenoso. Se ele cair em você vai ficar letárgica, ou desmaiar... E se cair em sua boca, olhos ou entrar em um machucado aberto, é letal...

–-Eu achei que você me odiasse.

E eu odeio, você não imagina como eu te odeio garota, você feriu meu orgulho e um dia vai pagar por isso. _Pensei_

–-Não- Menti - mas eu não posso fazer amigos, então...

–-Eu vou ser sua amiga. – Foi o que ela disse.

Sim, ela disse aquilo, aquela frase remoeu na minha cabeça por alguns instantes, eu... E uma garota que não pertence ao clã... Eu... Eu e ela? Amigos? Depois de tudo que ele me fez passar? Será que eu largaria mão do meu orgulho e aceitaria aquela garota? Eu? O futuro líder do clã, o melhor aluno da academia. Eu não posso... Eu... Eu não posso... Devo ser um exemplo para o meu clã, não posso ser o primeiro a quebrar as regras, mas... Por que meu coração está batendo tão forte? Ela disse que quer ser minha amiga... Ela não quer ser minha namorada e nem tem interesse na minha riqueza, ela apenas quer ser minha amiga... Isso...Isso é tão bonito, será que ela realmente é a menina demônio? Não pode ser... Eu não posso chorar, eu não vou chorar, não vou... _Pensei_

–-M... Mas... O veneno- Droga eu pensei alto.

–-Então vamos fazer o seguinte...- Ele teve uma ideia–Vamos fingir que nos odiamos aos olhos do público, assim sua família não desconfiaria que somos amigos quando estamos sozinhos!

Amiga... EU FINALMENTE TENHO UMA AMIGA!!!! Essa felicidade é contagiante, eu simplesmente não me controlo, eu acho que vou chorar....

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Notas finais do capítulo

Por favor comentem, o feedback de vocês ajuda demais. Até a próxima pessoal.