Meu Incrível Ultimo Outono escrita por Ed Petrova


Capítulo 4
Beijos




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Depois de alguns minutos, Nick e Charlie se afastaram e ficaram olhando um para a cara do outro, sem entender o que havia acontecido, Charlie jamais tinha ficado com alguém em sua vida, mas sempre imaginou ficar com uma garota. Já Nick teve alguns relacionamentos com garotas e inclusive tinha terminado um romance a poucos meses. Charlie baixou os olhos com vergonha de encarar Nick, mas ele foi em sua direção e ergueu o rosto de Charlie com a mão, olhando em seus olhos.

– Cara, não quero perder sua amizade por isso que eu fiz, me perdoa? – Nick disse um pouco envergonhado

– Tudo bem, Mas porque fez isso? – Charlie perguntou

– Sei lá, eu nunca havia beijado um garoto antes, mas quando senti você tão perto, eu me senti atraído, como eu nunca senti por nenhuma garota.

– Você se arrependeu? – Charlie perguntou outra vez, ainda olhando nos olhos de Nick

Nick se aproximou outra vez, colocou a mão no rosto de Charlie fazendo carinho, e outra vez o beijou. Charlie se entregou ao beijo, os dois se beijavam como dois apaixonados, apesar de não ser tão fácil assim, pois Charlie ainda não estava entendendo o que estava acontecendo. Ele nunca havia beijado outra pessoa, isso poderia ser carência, ou talvez ele estivesse gostando de alguém a final. Nick agarrou o corpo de Charlie e o empurrou contra as prateleiras, ainda o beijando loucamente. Eles ficaram assim por alguns minutos, até que ouviram a voz de Kevin que andava pelo corredor em direção a eles, gritando seus nomes tentando os encontrar.

– Charlie? Nick? Estão ai? – Gritava Kevin – Saiam de onde estiverem, mas só não saia de um lugar que possa me assustar, lembre-se que eu tenho um estomago muito forte, mas um coração muito fraco

– Estamos aqui – Gritou Charlie, se arrumando, pois seus cabelos estava uma bagunça. O Mesmo fez Nick

– Vamos pessoal, vai começar a ultima aula – Disse Kevin ao nos encontrar

– Sim, vamos – Disse Charlie saindo na frente

Nick estava atrás conversando com Kevin, mas não prestou muita atenção no que Kevin dizia, ele apenas ficava olhando Charlie que estava logo a frente com Mary. Enquanto passavam pelos corredores Kevin deve ter contado mil histórias, mas Nick não prestou atenção em nenhuma, seu olhar não saia de Charlie.

Ao chegarem na sala, a professora estava na porta. Uma linda mulher de cabelos ruivos. Eles nem ao menos se falaram outra vez, apenas entraram e se sentaram em seus lugares. Charlie abriu seu caderno e começou a escrever, tudo aquilo que estava acontecendo, ele deu uma olhada para Nick, mas Nick estava arrumando suas coisas na mesa. Depois de alguns minutos Nick olhou para Charlie, mas Charlie estava escrevendo loucamente, pois sua cabeça estava cheia de pensamentos, daria para escrever um livro. A professora começou a aula, os alunos estavam mais animados por ser a última aula do dia. Ninguém viu o tempo passar, o sinal tocou muito rápido. Todos arrumaram suas coisas depressa, menos Charlie que esperava Mary e Kevin. Nick já estava pronto, mas ficou ali na porta esperando os outros. Todos saíram juntos da sala, Kevin estava impressionado com o que a professora havia falado, ele deve ter contado a história umas 15 vezes dês de que passaram pela porta.

– Kevin chega dessa história – Gritou Mary enquanto caminhava pelo corredor.

– Cala sua boca e me deixa contar mais uma vez – ele gritou gargalhando

– Ah não de novo não – Disse Nick rindo da situação

Charlie apenas sorriu e balançou a cabeça.

Quando eles chegaram na porta da escola, Mary se despediu, sua casa ficava na direção contrária da de Charlie, Kevin como sempre pegaria carona com seu irmão, um garoto louco que achava que sabia pilotar uma moto. Charlie se despediu de todos eles, pois como sempre sua mãe já estava lá esperando no carro para o levar pra casa. Ele estava indo já quando Nick segurou seu braço

– Espera, deixa eu te levar pra casa hoje – Disse Nick segurando o braço de Charlie

– Não tudo bem, e minha mãe jamais deixaria eu voltar sozinho pra casa – Charlie respondeu

– Você não está sozinho, venha vou falar com ela – Disse Nick

Ele acompanhou Charlie até o carro de sua mãe. Ela estava lá sorridente, olhando seu filho se aproximar, só estranhou a outra pessoa que o acompanhava. Nick não era o estilo de amigos que Charlie tinha, por isso ela achou que fosse alguma encrenca ou reclamação. Mas Nick chegou sorridente, o que era um alívio.

– Oi mão – Disse Charlie

– Oi querido – Ela respondeu – Quem é esse?

– Prazer senhora Sou Nick, amigo de Charlie – Disse o garoto estendendo a mão para a mãe de Charlie.

– Sim, te conheço, lá do Lago, você estava lá não é? – Ela perguntou

– É sou eu mesmo

Charlie estava apreensivo.

– Bom, eu queria pedir para que Charlie possa ir comigo, moro perto de sua casa, posso deixar ele lá depois. – Disse Nick

– Acho que não é uma boa idéia – A mãe de Charlie respondeu, com uma voz mais séria

– Eu prometo que não faremos nada de mais, só vamos a uma sorveteria – Repetiu Nick

– Nós vamos? – Charlie perguntou irônico

– Não sei – A mãe de Charlie ainda não se convenceu

Charlie entrou no carro e baixou a cabeça. Ficou ali sentado no banco sem olhar para os lados. Nick fez sinal de que tudo bem, e estava quase saindo, quando a mãe de Charlie o gritou.

– Ei garoto – ela gritou. Nick voltou atrás – Quero vocês em casa antes das 3 horas ok

Charlie deu um beijo em sua mãe e desceu do carro.

– Estaremos lá antes das 2 – Gritou Nick

A mãe de Charlie estava morrendo de medo. Era a primeira vez que Charlie sairia com amigos para algum lugar, pois ela nunca permitia, muito menos seu pai. Mas algo mudou quando ela percebeu que deveria deixar ele viver, pois sua vida estava passando e viu que ele ainda não havia aproveitado o melhor dela. Ela foi pra casa um pouco insegura mas feliz com a decisão. Nick e Charlie foram caminhando pela rua. Os dois começaram uma competição para ver quem conseguia andar na linha que estava desenhado na calçada. Charlie perdeu, mas isso não o desanimou.

Os dois chegaram perto de uma sorveteria. Os dois entraram e pegaram um sorvete para cada um, e continuaram caminhando. Um pouco mais a frente, Nick disse que algo caiu em seu sorvete. Charlie foi ver o que era, e Nick pegou um pouco de sorvete no dedo e passou no nariz de Charlie. Ele não quis deixar barato e correu atrás de Nick, mas não muito pois Nick sabia de suas condições então o deixou alcançar.

Era a melhor tarde que Charlie estava tendo, o melhor foi quando Nick disse que havia um lugar ali perto de uma casa abandonada onde havia um parque desses de crianças, cheio de brinquedos como balanço, gira gira. Os dois foram até esse parque, era bem afastado de tudo, geralmente as crianças iam ao parque novo que estava no centro. Charlie quando viu aquele parque vazio, correu para um balanço e começou a balançar. Nick se sentou a eu lado e ficou balançando.

– Feche os olhos – Disse Nick no balanço ao lado

Charlie fechou seus olhos, e abriu seus braços

– É como se estivéssemos voando, flutuando – Disse Charlie – Ops

Charlie escorregou do balanço e foi direto ao chão, sem as mãos ele não conseguiu se segurar. Nick parou o balanço e correu até Charlie que estava no chão rindo da situação.

– Você está bem? – Perguntou Nick que estava ali olhando para Charlie no chão, ele se ajoelhou perto dele e ficou segurando sua mão

– Nunca me senti tão bem, e tão vivo – Disse Charlie com um sorriso de canto, olhando Nick com dificuldade pelo sol que batia em seus olhos.

Nick o beijou outra vez, Charlie também o beijou. Os dois ficaram ali sentados na grama, se beijando apaixonadamente. Não existe um jeito para definir o beijo, era apenas um beijo de duas pessoas apaixonadas.

Era uma cena como a dos filmes, mas estava prestes a virar uma cena de novela, quando sem perceber, a maldosa Vitamy passou por ali e avistou os dois se beijando. Não era coincidência pois a casa de Vitamy era ali por perto, e seu único prazer nas horas que não estava acompanhada de suas escudeiras Tify e Katerina, era ficar ali no parque abandonado olhando a paisagem. Já que não tinha outros amigos para ficar ali com ela.

– Eu não acredito no que estou vendo – Disse Vitamy se escondendo e já tirando o celular do bolso

Ela deve ter tirado várias fotos, e depois correu dali sem ao menos fazer ruído. Nick e Charlie se levantaram finalmente e foram pra casa, para não chegar tão tarde, e chegar antes do horário prometido. Eles andavam pela rua sorridente, um para o outro. Nick deixou Charlie na porta de sua casa. Sua mãe agradeceu ao ver Charlie ali super bem e com um sorriso tão diferente.

– Nos vemos amanhã no colégio – Disse Nick

– Nos vemos amanhã – Charlie balançou a cabeça

Nick deu apenas um olhar, e saiu outra vez.

Nick caminhava sozinho agora, já que Charlie já estava em casa. Ele ouviu que alguém caminhava atrás dele, mas não quis olhar para trás. Mas depois de um tempo acabou olhando e se surpreendeu ao ver Vitamy, caminhando sensual atrás dele sorrindo discaradamente e ironicamente.

– Ah é você – Disse Nick que continuou caminhando

– Ah sou eu – ela sorriu ao dizer

– O que faz por aqui? – Perguntou Nick

– Vim falar com você – ela disse ironicamente

– Já te disse que não me interesso em sentar a seu lado no refeitório

– Ah mas eu sei disso, e agora entendo porque eu não atraio você não é – ela disse isso e começou a rir

– O que está falando?

– Eu vi você e Charlie, tão apaixonados, que lindo

– Do que está falando? – Nick insistiu

– Não se faça de idiota, eu vi vocês no parque, e tenho fotos no meu celular. Claro não trouxe para você não apagar ou algo do tipo. Mas tenho, e se você quiser eu divulgo esse romance para o colégio todo.

– Porque você faria isso?

– Eu não tenho a intenção de fazer, mas quero que você faça algo por mim – Ela disse

– O que – Disse Nick sem opções

– Amanhã, você vai ignorar seus novos amiguinhos, vai se sentar comigo na mesa no refeitório, e melhor, vai me beijar, ah não é assim uma coisa tão ruim – Ela disse ironicamente

Nick saiu furioso, ele não olhou mais para trás. Vitamy ficou lá parada rindo com sua cara maliciosa. Nick foi embora confuso e furioso, pensando em não voltar a escola no dia seguinte. Mas isso não seria possível, pois o ano estava quase acabando, e ele que veio de outra escola precisava se firmar nas matérias na escola nova para poder se formar. Tudo se complicou!


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