Uma nova princesa para uma nova Illéa escrita por Snow Girl


Capítulo 16
Felicidade e fúria


Notas iniciais do capítulo

Eu tenho uma recomendação!!! Morrendo gente. Muito obrigada, Jessi que na verdade é a Joy.
Estou dançando o mambo nesse exato segundo *-*



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Acordei com toda a graça de um panda bêbado graças a Caleb e o sonho na qual ele estava inserido. Aquele mesmo sonho no qual nós dois nos beijamos loucamente na torre. É, eu sei que eu sou uma tarada.

Minhas criadas comentaram que eu parecia "mais feliz" do que estive nos dias anteriores. Como se elas não soubessem o nome e o sobrenome da minha repentina alegria.

Durante o café da manhã percebi que Caleb estava extremamente disperso então nem sequer tentei me comunicar com ele. Sua expressão estava ansiosa e ele brincava com os ovos mexidos em seu prato.

Lembrei-me que ele teria que eliminar três meninas naquele dia. Olhei ao meu redor tentando imaginar quem ele mandaria de volta para casa. Eu sabia quem eu queria que ele mandasse, embora tivesse quase certeza de que ele manteria as duas cobras ali tanto pela aparência quanto por gostar delas.

Não deu outra. Estávamos quase finalizando a refeição quando Caleb anunciou em tom grave que desejava que as senhoritas Anastacia Chairs, Felicity Kamber e Alicia Reyns permanecessem no salão por mais algum tempo.

Senti-me mal por elas, mas também feliz porque não foram Pietra nem Beatrice.

Como previsto elas não apareceram para as demais atividades do dia enquanto nós que restamos fomos para o Salão das Mulheres para fazer sala. Quando finalmente fomos liberadas um minifuracão chamado George exigia minha companhia.

— Lexi — lamuriou-se — ninguém quer ficar comigo. Todo mundo está louco por causa da família real francesa que vai vir aqui só no Natal.

— É porque eles são importantes para Illéa, meu anjo.

— E eu não sou importante? — ele falou de um jeito tão Caleb que eu tive que rir. — O Natal vai demorar ainda.

— Você é importante para mim. Muito, muito muito. E eu sou mais importante que um bando de gente velha e chata.

Georgie riu ainda meio contrariado.

— Quer ir no meu quarto? Podemos jogar videogame!

Segurei sua mãozinha enquanto ele me levava pela área proibida para mim.

— Se alguém perguntar o que eu estou fazendo aqui, diz que você me arrastou. Pelos cabelos.

Dessa vez ele sorriu como sempre fazia, feliz.

— Tá!

O quarto de Georgie era lindo. Paredes escuras, uma cama grande da mesma madeira, uma lareira de enfeite, um vez que Angelees era uma cidade quente o ano todo, uma estante com livros e vários instrumentos musicais arrumados em um canto. Ah, e também tinha a parte destinada aos brinquedos que deveria ocupar mais ou menos uns dois terços do quarto.

Georgie passou direto para a parte dos brinquedos e ligou a televisão que mais parecia um telão.

Olhei embasbacada para aquilo.

— Vem, Alexia.

Sentei igual um animal acuado ao lado de Georgie, com medo de estragar tudo.

Ele me mostrou um monte de jogos para eu escolher. Apontei aleatoriamente para um deles enquanto Georgie me explicava o que fazer e qual era o objetivo do jogo: destruir todos os inimigos com uma variedade de armas. Que jogo adorável para deixar com uma criança!

Eu fiquei com o player 2, só dando cobertura para Georgie enquanto ele arrasava no jogo. Georgie meio que me enxotou de trás de si e disse-me para procurar nossos inimigos que deveriam estar escondidos atrás dos prédios destruídos.

Na verdade, apesar de eu ser uma bela droga o jogo era muito legal, embora eu morresse o tempo todo.

— Atrás de você! — gritou Caleb. Eu nem tinha visto quando ele entrou.

— Hey, Caleb! Estou levando uma surra do seu irmão.

— Eu vi isso — apontou rindo. — Sai daqui, eu vou mostrar como um mestre de verdade joga.

Entreguei o controle preto para ele fazendo careta.

Caleb sentou e se concentrou no jogo. Seu rosto ficou muito sério como se ele realmente tivesse sido enviado para a guerra com o personagem do jogo. A semelhança entre ele e Georgie nesse momento era espantosa.

Os dois riam juntos e Caleb até deu um peteleco na orelha do irmão. Pela primeira vez a fachada de príncipe ruía completamente, deixando entrever o rapaz que estava ali. Era uma visão impressionante.

Cedo demais Paige apareceu para anunciar o almoço. Ela não conseguiu esconder a surpresa por me ver, embora aparentemente não era incomum Caleb aparecer por ali.

— Olá, senhorita Alexia. É bom revê-la. — Ela se inclinou para mim. — Todos os criados tiveram que ajudar na preparação. A rainha Daphne é muito exigente e tudo tem que estar perfeito então precisei abandonar Georgie e cuidar de alguns detalhes que America só confia a mim — dava para ouvir o seu orgulho.

Da forma como ela falou, eu tive quase certeza que em vez de exigente Paige queria dizer que a rainha Daphne era chata.

— É bom revê-la também. Essa coisa fofa do Georgie me chamou para brincar com ele enquanto todos se ocupam da família real francesa — falei sorrindo carinhosamente para meu mais novo irmão. — Devo dizer: eu me dei melhor que você, Paige.

Ela gargalhou.

— Sem dúvida, senhorita. Venham, estão esperando.

Caleb arrumou a roupa de Georgie e nós acompanhamos Paige para fora.

Novamente, quando chegamos todo mundo ficou olhando. Dessa vez tinha uma razão, eu estava acompanhada dos dois príncipes.

Sentei próximo à Kayla novamente, o lugar a seu lado sempre ficava vazio e seria falta de educação sentar longe dela.

Nós nos ignoramos mutuamente e tudo correu bem.

O mesmo não ocorreu no Salão das Mulheres.

Sentei-me próximo à Pietra e Beatrice, como sempre.

— O que vocês estavam fazendo? — inquiriu Pietra.

— Pare de fazer essa cara — reclamei. — Estávamos jogando videogame.

— Aconteceu alguma coisa?

— Não. Nem conversamos muito e Caleb só apareceu no fim. Eu estava com Georgie — expliquei.

Seus lábios se reviraram desdenhosamente.

— E então nada? Que droga, hein. Eu mandaria o menor sair para fazer alguma coisa e aproveitaria o momento.

— Alexia não é uma piranha que só quer beijar Caleb. Ela está certa de ser assim, Pietra.

— Eu não falei nada! Só que é estranho. Alexia esteve o resto da manhã toda com ele e não acontece nada?

— Caso você não tenha visto, eu estava com George, não com Caleb.

— E mesmo se estivesse, certamente seria de forma amigável.

Pietra bufou.

— Você age, Beatrice, como se fosse a santa padroeira da pureza e dos bons costumes. Realmente acha que não acontece nada com dois adolescentes que passam tanto tempo juntos?

— Posso não ser tudo isso, mas não sou uma vaca que só pensa em agarrar o príncipe.

Uma boca caiu atrás da outra.

As duas se levantaram, achei sinceramente que iam se matar bem ali.

— Não me dirija a palavra nunca mais, Beatrice Storekeeper!

E saiu como um furacão.

— É, isso foi animado o suficiente para um dia — comentou Kayla voltando à sua revista.


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Notas finais do capítulo

Mais tarde eu vou postar outro capítulo.

Pq eu sou boazinha (A)



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