Uma nova princesa para uma nova Illéa escrita por Snow Girl


Capítulo 15
Sinceridade


Notas iniciais do capítulo

Aê cheguei! Acabei de responder o último review pelo celular e minha linda e amada irmã me deixou usar o pc. Mó raivinha no meu coração pq odeio aquele teclado minúsculo u_u
Esse capítulo tem respostas para algumas das perguntas abertas nos capítulos anteriores.

Música do capítulo de viado: A Thousand years - Boyce Avenue (originalmente é da Christina Perri, mas prefiro do Boyce)



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Antes de abrir a porta eu já sabia exatamente como Caleb estaria: as mãos nos bolsos, os olhos baixos e a forma levemente orgulhosa de seus lábios em um sorriso secreto.

— Alexia, linda como sempre.

Meu coração estúpido perdeu um compasso.

— Obrigada, Caleb. Você também está muito bonito — falei sorrindo para o chão, encabulada.

Não que eu não fosse bonita, eu sou, mas não sou uma deusa estonteante merecedora de elogios.

Ele estendeu o braço em forma de L. Eu o peguei.

— Aonde estamos indo?

— Surpresa!

— Nem vem, Caleb. Diga!

Ele deu uma olhada para o lado onde eu estava e riu.

— Qual a graça?

— Você vai descobrir.

Eu já disse o quanto odeio surpresas? Não é legal ficar louca tentando desvender tanto mistério.

— Você é irritante.

— Você acha?

— Você vai me dizer aonde estamos indo?

— Não.

— Então, sim, você é irritante.

Ele apenas riu. Tentei ficar brava mas não consegui. Falhei igualmente ao tentar esconder o sorriso estúpido que teimava em ficar no meu rosto.

Continuamos em silêncio até Caleb parar diante de uma parte aleatória de parede.

Ergui uma sobrancelha.

Ele deu de ombros e exibiu o painel secreto. Era um dos esconderijos anti-rebeldes.

Fiquei ainda mais confusa.

— Caleb? O quê estamos fazendo aqui?

Ele abriu a porta e me empurrou delicadamente para dentro.

A câmara deveria ter cinco por cinco metros e estava cheia de aparelhos de musculação, algumas cordas de pular, pesos, um saco de areia... uma mini academia super equipada.

— Bom, eu pensei que talvez você fosse gostar de receber algumas aulas de muay thai — explicou observando-me atentamente. — Sei que não é bem o que se espera de um encontro, mas...

— Caleb, eu nunca lutei nada, a não ser que você inclua as vezes em que em briguei com o meu p... as vezes em que eu briguei na rua.

— Não importa. Nunca tentei ensinar ninguém antes, mas acho que seria um professor muito paciente, você verá.

— Sem querer ofender o seu aparentemente inabalável otimismo, mas eu não posso lutar de vestido.

— Eu sei, peguei algumas roupas da minha mãe para você. Talvez fiquem meio grandes, mas… — ele apontou para um banco onde tinha algumas roupas dobradas.

— Você pensa em tudo, não é?

— Sou o futuro rei, Alexia. Eu tenho que pensar em tudo.

— Deve ser chato isso — conjecturei — você só tem dezenove anos e a pressão de todo um povo nos ombros.

Ele sorriu aquele sorriso lindo.

— Na verdade, estou muito ansioso para ser rei. Tenho muitas ideias que quero colocar em prática. Sei que é muita pressão, mas fui treinado a vida toda para isso e é o que eu mais gosto. Criar leis é meio chato, mas o que motiva é que eu sei que posso fazer a diferença com elas.

— Eu sei que pode. Você será um rei maravilhoso, mas ainda me parece exaustivo.

— Não tanto quanto lutar. Vá lá se trocar.

Eu revirei os olhos pra ele.

— Pera aí! Não tem nenhum box para eu me trocar? — ele negou com a cabeça, um sorriso nos lábios. Eu apontei autoritariamente para ele. — Vira para lá. Você não vai me ver nua.

Esperei até Caleb estar de costas para trocar-me.

— Pronto.

Ele sorriu.

— Ficou bom.

— Você não vai se trocar? — questionei.

— Claro. — Ele nem me pediu para virar, apenas tirou o casaco, a camiseta e a gravata. Tentei não encará-lo.

Lembrei-me que Beatrice havia dito sobre o corpo dele ser muito bem definido. Ela estava coberta de razão. Caleb não era bombado, sim proporcional com a barriga dividida em gomos e braços fortes. Kim diria que ele era gostoso.

Ele riu da minha cara de parva enquanto dobrava suas roupas.

— O quê foi?

Foi que além de ser gentil, atencioso e fofo você é um gostoso.

— Você só está exibindo esses seus músculos. Não vai me ensinar a lutar?

— Claro que vou. Venha aqui.

Aproximei-me alguns passos e ele continuou:

— Muay thai é chamada de a arte dos oito membros porque você usa seus pés, joelhos, cotovelos e mãos para derrotar seu adversário. Basicamente você se aproxima do seu oponente assim — ele chegou ainda mais perto de mim — e usa os seus pontos de apoio para esmurrá-lo. Use seus cotovelos ao redor do meu pescoço para me enforcar — ele pegou meus braços para demonstrar o movimentos.— Mas se você quiser me derrubar recomendo usar os cotovelos no meu peito.

Fiz como ele ensinou aprimorando os golpes até Caleb se dar por satisfeito.

Por fim ele me chamou para uma aula prática. Acabou que eu me diverti muito aprendendo a arte dos oito membros até que sem querer eu o derrubei com uma rasteira e nós dois fomos parar no chão, eu por cima dele.

Não consegui parar de rir.

— Caleb! Meu Deus, me desculpe.

Ele também riu, seus olhos adquirindo um brilho suave.

— Tudo bem. Se essa fosse uma luta real, você teria ganhado com esse golpe surpresa. Bom trabalho.

— Engraçadinho.

Ele abriu um sorriso brilhante.

— Só com você.

Ri enquanto tentava me levantar. Ficar ali deitada em cima dele não fazia muito bem a mim. Vi que também não fazia muito bem a Caleb, seus olhos escureceram enquanto me fitava.

Levantei com dificuldade.

— Você não vai me beijar — avisei.

— Mas eu quero beijá-la — reclamou sorrindo enquanto se punha em pé com graça.

— Esse é seu castigo por ter duvidado de mim. Nada de beijos para você.

— E o que supostamente nós vamos fazer? É um encontro estranho, sem beijos.

Senti minhas sobrancelhas subirem.

— Você já beijou todas as meninas nos encontros?

O rosto dele ficou vermelho.

— Não, mas é diferente com você. Eu sempre quero beijá-la.

— Sei...

— Ainda assim, o que vamos fazer já que estou proibido de te beijar?

— Uma coisa que as pessoas normais fazem em encontros normais: conversar.

Ele arqueou uma sobrancelha.

— Não sou bom para conversar, a não ser que você queira ouvir-me falando sobre o novo projeto de lei para proibir que as fábricas mantenham seus trabalhadores em turnos superiores a oito horas diárias.

— Na verdade isso parece interessante.

— Eu estava sendo irônico. Não sou bom com conversas casuais, nunca sei o quê perguntar ou falar.

Sorri da aparente falta de jeito dele.

— Hum... você sabe brincar de cinco perguntas? — questionei apesar de ter quase certeza da resposta.

— Cinco perguntas? Não, como é?

— É como se fosse uma entrevista. Funciona assim: eu te faço cinco perguntas e você responde, depois você me faz cinco perguntas e eu respondo. É um jogo para as pessoas se conhecerem melhor.

— Eu nunca joguei isso — comentou maravilhado.

— Imaginei. Você começa.

Caleb se sentou novamente no chão, as pernas cruzadas.

— Primeira: como é o mundo fora dos muros do castelo?

Pensei um pouco nisso. Eu não podia jogar a verdade em cima dele tampouco podia mentir.

— É difícil. Quero dizer, não é assim para todo mundo, mas para as pessoas como eu é. A casta Cinco nunca foi exatamente bem vista.

— Você não é uma Cinco. As castas não existem mais — seu tom era o de quem já tinha explicado a mesma coisa mil vezes.

— Os números foram abolidos, mas isso não significa que as separações não existam. Veja, eu tenho um casal de amigos, Ethan e Kim, eles estão apaixonados desde sempre mas não podem ficar realmente juntos porque ela é Dois e Ethan é Cinco como eu. As pessoas não aceitam isso, Caleb. Ninguém quer que seus filhos se casem com alguém inferior.

— Mas se as castas não existem...

— Só porque seu pai as dissolveu não quer dizer que elas não existem. As castas foram o fundamento de Illéa, você não pode desagregar isso da sociedade mais do que pode mudar a cor do céu. Próxima?

Deu para ver que ele ficou insatisfeito.

— Me fale sobre seus amigos, como eles são, como é ter amizades que começaram de forma normal?

— Vou falar sobre meus três melhores amigos: Ethan, Kim e Jay. Ethan e Kim eu conheci na escola aos sete anos e desde então eles se juntaram a mim e Jay. Somos inseparáveis — fiz uma careta. — Ou éramos, até eu ser Selecionada. Eles dois eram membros da banda que eu participava lá na nossa cidade e estávamos sempre juntos, mas acho que eles ficaram furiosos por eu ter saído quando estávamos conseguindo alguma fama.

Respirei fundo antes de continuar:

— Jay é meu melhor amigo em todo o mundo. Nós nos conhecemos desde sempre porque minha mãe era a melhor amiga da mãe dele que é minha madrinha, então Jay e eu crescemos como irmãos... Tudo que eu faço ou deixo de fazer tenho Jay a meu lado. Meu primeiro beijo foi com ele — sorri lembrando. — Foi todo babado, eca. Se eu tenho algum show é Jay quem cuida de Patrick para mim. Não consigo imaginar minha vida sem aquele bocó.

Caleb estava todo tenso.

— O que foi? — perguntei franzindo o rosto.

— Seu primeiro beijo foi com o seu melhor amigo e as coisas continuam normais entre vocês?

— As coisas nunca foram normais entre Jay e eu — murmurei.

— Você nutre... sentimentos por ele?

— Claro, ele é meu melhor amigo.

— Mas você o deseja? Mais do que amigo, quero dizer.

Ah Caleb! Por quê você tinha que perguntar isso?

— Sinto falta dele, mas fico feliz quando estou com você. Fiquei chateada quando tive que ir para cá e eu sei que em parte foi por causa dele, no entanto... parece loucura, mas eu gosto de ficar com você — ergui uma sobrancelha. — Não deixe isso lhe subir a cabeça.

— Não sei se posso evitar.

— É melhor que evite, ninguém gosta de caras metidos — disse socando seu ombro de brincadeira. — Minha vez?

— Nem sei. Não estava contando e não fiz nem metade das perguntas que gostaria.

Abri um sorriso.

— Também não estava contando mas tenho que fazer algumas perguntas para conhecer você, não é?

— É só perguntar.

Olhei para baixo, pensando. Eu deveria começar com uma pergunta pessoal e ao mesmo tempo importante.

— Quais são as coisas que você mais gosta de fazer?

— Eu gosto de tudo relacionado à arte. Gosto de compôr, tocar, desenhar, pintar...

— Você pinta? — perguntei surpresa. Eu sabia do seu apreço à música uma vez que a rainha America era cantora, mas não podia imaginar que eles tenham ensinado-o a pintar.

— Sim. Meu pai diz que é bobagem, que eu deveria me manter na fotografia, que é capaz de captar a essência das pessoas de forma muito mais rápida e realista que uma pintura ou um desenho.

— E o que sua mãe diz?

— "Maxon, cale a boca e deixe-o em paz" — ele imitou a mãe, rindo. — Ela diz que é o presente do meu avô, o pai dela, para mim. Diz que é porque eu tenho nome dele.

— É um pensamento bonito para se ter — comentei impressionada. — Eu gostaria de ver algum dos seus retratos qualquer dia desses.

— Quem sabe. Próxima pergunta?

— Hum… Como é a sua relação com os seus pais?

— São as duas pessoas que eu mais admiro no mundo. Meu pai é bastante rígido comigo, mas ele me ensina tudo o que sabe. Mamãe, bom, é a pessoa mais doce que eu conheço.

Assenti, mordendo o lábio.

— Caleb, posso fazer uma pergunta? Não é sobre você e você não precisa responde se não quiser.

— Pergunte qualquer coisa, querida — seu tom era de carinho.

— Há alguns dias eu vi a sua mãe chorando… você pode me dizer o porquê ou é muita intromissão da minha parte?

Seu rosto ficou tenso.

— Eu vou dizer se você jurar que assunto morre aqui. Ninguém pode saber disso.

Olhei seu rosto grave.

— Eu prometo.

— Eu não sei como explicar — admitiu. — Bom, antigamente, quando meu pai era príncipe ainda, haviam dois grupos de rebeldes: norte e sul. O norte fez um acordo de paz com meu pai e papai e mamãe se tornaram muito amigos dos líderes, inclusive eles, os dois líderes, se tornaram meus padrinhos. Os rebeldes do sul não gostaram da aliança e juraram vingança contra o palácio e contra os nortistas que destruíram boa parte do exército deles. Bom, os sulistas são esses que vivem nos atacando. Há alguns dias eles descobriram onde meus padrinhos estavam vivendo e… eles atacaram a casa. Meu padrinho, August Illéa, não sobreviveu.

— Illéa?

— É. Ele é… era… descendente direto de Gregory. É uma longa história.

— Caramba, que estranho. Que horrível. E a sua madrinha?

— Ela está bem. Se mudou para a Itália com o filho deles e vai ficar um tempo com a rainha Nicoletta que também é amiga dela.

— Eu sinto muito. Deve ter sido horrível perder alguém tão amado quanto seu padrinho e não poder nem demonstrar por causa de um bando de garotas que apareceu para estragar tudo.

Ele fez que sim.

— Eu sinto a falta dele, mas não sei… É tudo tão estranho.

Aninhei sua cabeça em meu ombro, não era um gesto romântico, eu queria reconfortá-lo.

— Eu sei. Quando minha mãe morreu foi muito difícil também.

— O que você fez para a dor passar? — sussurrou em meu pescoço.

— A dor não passa, você aprende a lidar com ela. Alguns nem tem tempo para isso — se Caleb notou minha voz amarga, ele não falou nada.

— Vamos mudar de assunto, sim?

Olhei para seu rosto, os olhos estavam ansiosos.

— Claro. Qualquer um, só dizer.

— Muda de assunto você. Não consigo pensar em nada.

Eu tentei.

— Por que motivo você parou de eliminar garotas? Faz quase uma semana que não temos eliminações.

— Meu pai diz que eu deveria fazer isso aos poucos, fazer durar — ele franziu o nariz como se discordasse. — Vou eliminar três meninas amanhã. E depois duas por semana.

— Seu pai quer que dure dez semanas?

— Sim, cinco até a Elite e mais cinco até a final. Uma bobagem, eu digo, porquê já fiz minha escolha. Sou uma pessoa que toma as decisões muito rápido e ele diz que é bom quando se trata de governar, mas que às vezes não é bom para assuntos do coração. O que é meio idiota porque ele disse que se apaixonou pela minha mãe já no primeiro dia.

Eu ri.

— Mas eles ficaram um tempão enrolando antes de casar, não foi?

— É. Meu pai não tinha certeza dos sentimentos da minha mãe e ele diz que eu não posso ter certeza dos sentimentos da minha escolhida se escolher muito rápido, ela pode estar apenas encantada e depois do casamento desencantar.

— Seu pai me parece meio… precavido.

— Nem me fale! Mas é um ótimo pai — acrescentou com carinho.

— Você também será um ótimo pai e um ótimo marido. Tenho certeza que quem quer que seja a sua escolhida ela já deve te amar.

— Quem me dera — suspirou.

— Vai me dizer quem é a sortuda?

Ele sorriu.

— Não.

— Nem se eu tentar adivinhar?

— Qual vai ser a graça das próximas dez semanas se você já souber?

Odiava ver que ele estava certo.

Mostrei-lhe a língua e Caleb riu.

Conversamos até eu perder completamente a noção de tempo, expliquei-lhe como era minha minha vida: os ensaios incessante na casa de Kim, como eu me virava para cuidar de Patrick e detalhei minha relação com Jay. Caleb me contou detalhes sobre suas centenas de viagens ao exterior, todas as coisas que ele apreciava, as coisas internas do palácio, como foi crescer ali sozinho e sobre suas poucas amizades.

Ele estava no meio de uma história sobre como confundiu a primeira ministra russa com um homem quando a porta foi aberta e um vulto azul e vermelho entrou.

— Caleb Shalom Schereave! Me dê um bom motivo para a sua ausência durante todo o jant... Oh. Eu não sabia que você tinha companhia.

— Mamãe, essa é Alexia — falou casualmente.

— A moça que fez um bolo para seu irmão, sim eu me lembro.

Sorri nervosamente para ela. Será que tal como Caleb a rainha achava que eu havia usado Georgie para ganhar pontos com Caleb?

Caímos em um silêncio desconfortável.

— Acho melhor vocês irem dormir, crianças. Está tarde.

Caleb franziu o cenho.

— Nós perdemos o jantar?

— Sim, vou mandar alguém levar algo para vocês nos quartos. Odeio ter que atrapalhar as criadas assim, mas vocês precisam comer.

— Que horas são?

— Já passou das dez.

Nós ficamos quatro horas ali? Não pareceram nem quarenta minutos!

Caleb sorriu da minha supresa apesar de ele próprio parecer meio chocado.

— Desculpe-me — falei. — A conversa estava tão boa que juro que não vi o tempo passar.

Nós não vimos.

— Ainda assim, vocês precisam descansar. Amanhã vocês podem continuar de onde o assunto parou.

Tive que abafar o riso da expressão decepcionada de Caleb.

— Vou acompanhar Alexia até o quarto.

— Ótimo. Vou querer conversar com você em seu quarto.

A rainha saiu, alguma coisa no modo como me olhou deixou-me desconfortável.

Peguei minhas roupas de onde havia deixado enquanto Caleb vestia a camisa branca.

Ele me guiou em silêncio até o segundo andar.

— Lamento que tenhamos sido interrompidos — murmurou. — Acho que eu poderia ficar a noite toda conversando com você.

Apertei sua mão.

— Não se preocupe. Teremos tempo para isso.

Fiquei muito próxima a ele, temendo esbarrar em alguma coisa.

Finalmente chegamos ao meu quarto. Caleb ainda segurava minha mão.

— Obrigado pela noite maravilhosa — disse-me de forma cortês, como sempre.

— Eu que agradeço. Fico feliz por ter um tempo para mim — eu deveria falar aquilo? Não, eu não deveria, mas e daí? Não sou exatamente conhecida por manter meus pensamentos só para mim.

— Eu sempre tenho tempo para você. Pode me procurar a hora que quiser.

Virei de modo que minhas costas encostasse na porta. Ele estava muito perto.

— Eu… acho melhor dormir.

A expressão dele mudou para a decepção.

— Sim. — O príncipe desviou os olhos. — Boa noite, Alexia.

Fiquei na ponta dos pés. O que eu estava fazendo?

Toquei meus lábios nos dele suavemente.

— Boa noite, Caleb.

Antes que eu pudesse me arrepender abri a porta, com um sorriso do tamanho do mundo estampado na cara.


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Notas finais do capítulo

Tá aí o capítulo enooooorme. Sei que 3000 palavras não é muito para vocês mas é muito para mim, eu odeio escrever capítulos grandes.
Até logo