PDV Viúva Negra

Ando pela sala impaciente. Eu amava entrar nessa sala, mas quando era eu quem interrogaria. Mas hoje eu seria a interrogada e eu estava morta de raiva dessa jornalistazinha. Eu iria atrás dela quando eu saísse daqui.

Paro de andar quando a porta se abre e me viro, vendo Alice e o Klaus entrarem. Só o que me faltava agora, eu havia me esquecido que eles estavam no caso dos desaparecidos.

Suspiro e me sento.

PDV Tenente Alice

Eu considero fascinante a forma como uma pessoa pode mudar tanto. Eu me considerava feliz. Tinha uma vida boa em Paris. Um apartamento, um estágio de recepcionista na agência da CIA que era onde meu pai trabalhava e tinha um namorado. Certo que era virtual, mas eu o amava loucamente. E quando ele foi a Paris me conhecer, eu fui até o céu de tanta felicidade.

Mas então aconteceu, ele foi assassinado nas ruas de onde morava.

Suspirei afastando esses pensamentos e ansiosa entrei na sala de interrogatório.

Eu não conseguia acreditar que aquela imunda estava por trás dos desaparecimentos.

Eu a encaro enquanto me sento e Klaus também se senta ao meu lado.

— Creio que não precisemos de apresentações, visto que nos conhecemos. — Klaus se pronuncia e ela assente. — Alice, quer começar? — ele pergunta me olhando.

Meu foco está na mulher a minha frente.

— Eu tive um namorado. Jasper Whitlock. — ela arregala os olhos quando eu digo aquilo e tenho a confirmação. — Ele foi assassinado em Forks, onde ele morava. Eu sofri, fiquei muito tempo de luto. Até que o meu pai, propôs que treinasse afim de amenizar minha dor. Então eu passava várias horas do dia treinando. Eu vivia para treinar. E como meu pai mandava em grande parte da CIA, logo me tornei uma boa agente. E já que eu tinha vários contatos, logo consegui fazer com que descobrissem quem foi o responsável pela morte do Jasper. E adivinha só quem eles me informaram que o matou? —me inclino sobre a mesa e ela continua petrificada. — Você! — digo com toda acidez e ódio possível.

— Alice! — o Klaus me repreende e eu levanto a mão para ele calar a boca.

— Sou muito boa no que faço.— digo me certificando de que desliguei os microfones para que ninguém do lado de fora possa nos ouvir. — Meu pai mexeu uns pauzinhos e logo cheguei a patente de Tenente, e me aproveitando dessa posição, consegui fazer com que eles enviassem a mim e o meu parceiro a essa cidade, a cidade que eu sabia que a Viúva Negra estava. — eu continuo olhando no fundo dos seus olhos. — Eu vim atrás de você sua porca imunda. E se é por desaparecimento de pessoas que eu vou ter que pegar você, pode crer que vou pegar você.

Fico irada por ver que ela não se abalou com o que falei. Klaus suspira ao meu lado e começa com o interrogatório.

— Você pode nos dizer o que você tem haver com esses desaparecimentos? — ela parece não o ouvir, pois continua me encarando e não o responde. — Viúva? — Klaus torna a falar e eu estreito meus olhos.

— No tengo nada que ver con estas desapariciones. (Não tenho nada a ver com esses desaparecimentos.) — ela diz firme ainda me encarando.

— Não é isso que os noticiários dizem — eu digo vitoriosa.

— Y lo que evidencia que subyace en los cargos? En su ira contra mí? (E em que provas se baseiam as acusações? Em sua raiva contra mim?) — ela diz me encarando e meu sangue ferve — Cuando se tiene evidencia de la verdad sobre mí, me llaman para toda esta mierda de nuevo. (Quando você tiver provas de verdade contra mim, pode me chamar novamente pra essa palhaçada toda.)

E então ela se levanta para ir embora e eu perco a paciência, me levantando e gritando:

— Volte e sente sua assassina, nós ainda não terminamos.

— Alice, se controle. — Klaus diz segurando meu braço.

A vadia para na porta e se vira para mim.

— No se olvide que usted está hablando. Sé el protocolo de los interrogatorios, y si no tiene pruebas contra mí, no me puedo aguantar aquí. ( Não se esqueça de com quem você está falando. Eu conheço o protocolo dos interrogatorios, e se você não tem provas contra mim, não pode prender-me aqui.) — ela me olha parecendo decidir se me diz algo ou não, até que por fim ela diz: — El día que sabe la mitad de mi vida y mi historia se tragará cada palabra caminar decírmelo. ( No dia em que souber metade da minha vida e da minha história, vai engolir palavra por palavra que anda me dizendo.)

E ela sai porta a fora e eu grito frustrada.

— O que foi isso Alice? — Klaus diz sério — Se o conselho da CIA de Paris descobre tudo o que você fez para se aproveitar, você perde sua licença e nunca mais entra pro serviço secreto.

— Eu tô pouco me lixando, Niklaus. Eu só quero aprender essa assassina.

— Ela é uma de nós, Alice. Merece pelo menos o benefício da dúvida.

— Foda-se. Eu vou prender essa mulher de qualquer jeito. — digo nervosa.

— É melhor você se controlar, senão vou ser obrigado a tomar medidas drásticas — ele diz sério e sai da sala.

PDV Viúva Negra

Saio daquela sala com a cabeça fervendo e vou em direção ao elevador, aperto o botão várias vezes irritada, chateada, frustrada.

O ódio de Alice é culpa minha. Puxo os cabelos com força, com raiva de mim.

— Hey, calma aí — sinto mãos tirando as minhas do meu cabelo e estremeço ao perceber que é o Edward — Vai ficar sem cabelos assim. — ele diz e sorrir para mim, parece cansado. — Eu soube o que aconteceu, como você está?

Me seguro para não chorar, não vou dar esse gostinho para ele.

— O que você quer, Edward? — sussurro.

— Eu tô tentando tá? Tô tentando cumprir minha promessa de sempre estar aqui quando você precisar. — ele diz atormentado.

Quando abro minha boca para falar, ouço uma voz vindo atrás de mim.

— Viúva... — me viro e vejo Klaus.

— Mira, si quieres preguntarme algo, tienes que hablar con Carlisle. No digo nada para ustedes dos. (Olha, se quiser me perguntar qualquer coisa, vai ter que falar com o Carlisle. Não digo mais nada a vocês dois.)

— Calma, não tô aqui como um agente. Só o Niklaus Mikaelson. Prometo! — ele levanta a mão direita como se estivesse jurando e sorrir

Eu suspiro rindo também e esqueço do Edward por um segundo.

— Só quero saber como você está. Recebe uma bomba dessas e ainda por cima é acusada pela Alice daquele jeito.

— Sólo quiero tomar un descanso de todo. ( Eu só quero dar um tempo disso tudo.) — suspiro cansada.

Ele anda em minha direção e me abraça.

— ¿Qué estás haciendo? ( O que está fazendo?) — pergunto franzindo o cenho.

— Te abraçando ué. Agora você faz assim. — ele pega meus braços e cruza ao seu redor e eu gargalho o apertando.

Depois de uns segundos, ele se afasta rindo e diz olhando nos meus olhos:

— Não sou o vilão. Estou do seu lado. — sinto a sinceridade em cada palavra sua.

— Gracias Klaus. ( Obrigada Klaus).

Ele rir e se afasta.

— Vou ver como está a fera agora. — ele pisca para mim e cumprimenta o Edward. — Agente Cullen!

— Agente Mikaelson! — Edward diz com a voz dura, ao mesmo tempo que Klaus vira no corredor e o elevador chega.

Eu entro e Edward entra logo depois.

Suspiro decidida a ignorar ele.

— Fico feliz em saber sobre você e o Niklaus. Está ficando rodada. — ele diz e percebo ciúmes em sua voz. — Tem se divertido, ne?

— O que está insinuando? — eu pergunto me virando para ele e cruzando os braços em minha frente.

— É imperdoável. — diz balançando a cabeça.

— Eu não me lembro de ter pedido pra você me perdoar.

— O Klaus é só uma fase? Quem é o próximo? Embry Call? Ouvi dizer que ele fica com qualquer um. Vocês tem isso em comum. — ele diz negando com a cabeça.

Eu coloco o dedo em sua cara ao dizer:

— Não pode me chamar de vagabunda. Quando eu o conheci, achei que tinha encontrado a pessoa com quem iria passar o resto da vida. Tinha acabado todos os caras, todos os bares e complexos de pai não importavam, porque tinha acabado porque eu tinha você. Mas você me abandonou. Você escolheu a Charlotte. E eu colei todos os meus caquinhos. E não vou pedir perdão pela forma que eu escolhi consertar aquilo que você quebrou. Não tem o direito de me chamar de vadia. — eu digo irada

— O que havia entre nós acabou. Já era, Bella. — ele diz segurando meus braços.

— Finalmente. — eu berro e puxo violentamente meus braços ao mesmo tempo em que o elevador para.

Saio do elevador indo em direção a sala do Carlisle, pois ele havia dito que queria falar comigo depois do interrogatório.

Não vejo sua secretária ali, então dou duas batidas na porta e entro.

— Carlisle, você queria ...

Paro de falar quando vejo a Chefe Neiva de pé em sua frente parecendo irritada e ele sentado com a cara preocupada.

— Viúva Negra, você pode vir mais tarde? Estou resolvendo um assunto agora. — Carlisle diz parecendo cansado.

— Oh não, deixe ela entrar. É sobre você que estávamos conversando querida. Por que não entra e me conta você mesma o que está acontecendo? — ela diz sarcasticamente e franzo a sobrancelha.

Eu não queria de jeito nenhum interferir na relação deles dois.

— Neiva, por favor...

— Por favor Carlisle? Além de sua chefe, eu sou sua namorada. E você sabe que odeio que escondam as coisas de mim, porque isso significa que não há confiança.

— Neiva, eu não posso te contar algo que não diz respeito a mim. Eu ...

— Tudo bem Carlisle. — digo entrando e fechando a porta e ele arregala os olhos por eu não estar falando em espanhol. — Ela é sua namorada. Agora é da família, merece saber a verdade.

— Sua voz é muito parecida com a filha adotiva dele, a Isabella. — ela diz estreitando os olhos.

— É porque sou ela. — e tiro a máscara revelando meu rosto.

Ela arfa e Carlisle suspira se encostando na cadeira.

— Mas... O que? Oh meu Deus. — ela está perplexa.

Meu page bipa e vejo que a Rose quer me ver lá no Toca.

— Carlisle, pode contar a ela. Tudo mesmo. Se você confia nela, eu confio também. — eu encaro a Neiva que está me olhando fascinada. — Depois conversamos sobre o noticiário de hoje, a Rose está me chamando lá no Toca.

Ele assente e eu dou um sorriso para eles dois.

— Tenta ouvir tudo antes de julgar, tá Chefe Neiva?

Ela apenas acena e eu saio recebendo um bip da Rosalie para ir até o Toca.