PDV Viúva Negra

Eu estava com a minha calça preta de couro, e espartilho preto também. Com uma bota preta que vinha até o meio da minha coxa e com a minha máscara preta também que cobria metade do meu rosto. Com um batom vermelho sangue, me encarei no espelho e suspirei.

Não estava em meus planos voltar a ser a Viúva Negra, mas por causa da Day Freire, eu teria que voltar a usar meu disfarce. Eu não estava nada contente com isso.

Flashes de quando Charlie morreu passava por meus pensamentos e balançando a cabeça, respirei fundo saindo do apartamento antes de Edward voltar.

Fui direto para a pequena casa onde a Day morava e a encontrei debruçada sobre o computador, digitando furiosamente.

Ela parecia extremamente irritada e não percebeu quando entrei.

— Espero que tenga una buena excusa para haber buscado Carlisle. ( Espero que você tenha uma boa desculpa para ter procurado o Carlisle). — falei sentada de pernas cruzadas em seu sofá.

— Meu senhor, você quer me matar de susto? — ela diz virando a cadeira do computador para mim, com a mão no coração.

Arqueando a sobrancelha digo:

— Se le debe algo a tener miedo de esa manera? (Está devendo algo para se assustar assim?)

— Parece que estou sim. E por culpa sua. — ela diz voltando a ficar nervosa — Eu recebi uma mensagem anônima no celular, dizendo que essa tal pessoa, sabia o que eu fiz no presídio. E me ameaçou de vazar essa informação. Veja você mesma. — ela diz jogando o celular para mim e por reflexo, eu o pego e olho para tela encontrando a seguinte mensagem:

" Que coisa feia o que você fez no presídio, acobertando criminosos. O que será que vai acontecer com você, se essa notícia se espalhar?
Assi: F.C.V."

— O pior é que estou há horas tentando rastrear de onde veio, mas não consigo. Você vai me tirar dessa, por que é culpa sua.

— Primero (Primeiro,) — eu digo levantando um dedo— Cuidado con la forma de hablar para mí (cuidado com o jeito que fala comigo.)— levanto cabeça para encara-la, e levanto um segundo dedo.— Segundo, nunca en no acontecimiento búsqueda el carlisle. su temas se me, no con lo. (Segundo, nunca mais, em hipótese alguma procure o Carlisle. Seus assuntos são comigo, não com ele.)

— Eu não sabia como encontrar você. Fiquei desesperada.

— No asunto, no el búsqueda. nunca de nuevo. (Não importa, não o procure nunca mais.)

— Então dê um jeito de eu conseguir entrar em contato com você.

— Voy a resolverlo (Vou resolver isso.)— me levanto e jogo o celular em cima dela e aponto para o celular. — En este mensaje, también voy a resolver. No se preocupe. (Sobre essa mensagem, também vou resolver. Não se preocupe.)

Viro as costas para ela e saio, ouvindo seu suspiro. Ela sabe que vou resolver.

PDV Edward

— Onde diabos você estava, ainda mais de Viúva Negra?

Ela fica parada ainda me encarando até que diz:

— Así que usted deseo a saber? (Para que você quer saber?)

— Para que? — eu digo e rio ironicamente — Deve ser porque você nunca mais tocou nesse disfarce e agora me aparece com ele.

Ela começa a andar em direção ao banheiro quando diz:

— No preocuparse, es nada también. (Não se preocupe, não é nada demais.)

Antes que ela entre no banheiro pego seu braço a virando para mim.

— Não me preocupar? Eu vi você lá na agência hoje. E aí depois o Carlisle diz que uma funcionária do presídio que estava trabalhando na noite em que os Volturis morreram, ligou para ele procurando a Viúva Negra. E aí eu chego em casa e vejo você chegando vestida com o disfarce de Viúva Negra. Como não me preocupar Bella? E para de falar comigo em espanhol. Não fique distante, seja a minha Bella. — eu chego mais perto dela, pegando seu rosto entre minhas mãos — Não guarde segredos de mim, foi esses segredos que quase destruíram nós dois no passado. E nós prometemos que não haveria mais segredos entre a gente Bella.

Ela põe as mãos em cima das minhas e eu tiro sua máscara para poder ver melhor seu rosto.

— Eu só achei que isso tinha acabado. — ela sussurra e encosta a testa na minha.

— Você não precisa fazer mais nada sozinha. Eu estou aqui agora, divide comigo. Conversa comigo, amor.

Ela abre os olhos e me encara.

— Eu fui ver a Day Freire.— ela diz baixinho.

— A funcionária? — ela assente. — O que ela queria?

— Ela quer que eu descubra quem está atrás dela.

— Como assim? — eu digo franzindo o cenho.

— Alguém enviou uma mensagem para ela, dizendo que sabia o que ela fez no presídio naquela noite. E está ameaçando expor ela.

— E você está se sentindo a responsável por isso.

— Ela fez aquilo por mim, Edward. Eu devo isso a ela.

Eu suspiro e passo minhas mãos sobre o rosto.

— Não quero você metida nessas coisas de novo, Bella.

Ela me olha e arqueia a sobrancelha.

— Eu te contei o que está acontecendo porque eu não quero que nada fique entre a gente. Mas não vou deixar você me impedir de fazer algo, Edward.

— E quando foi que eu consegui impedir você de fazer algo Bella? — eu sorrio de canto. — Não te quero metida nisso. Mas já que não consigo te impedir, eu vou te ajudar. Eu vou aceitar o caso que Carlisle ofereceu, assim eu terei mais recursos pra te ajudar.

Ela sorri lindamente para mim e me abraça.

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— Muito bem gente, quero que formem duplas. Um irá lutar com o outro. Quero ver quem realmente aprendeu com as aulas práticas. Vamos vamos. — eu apito e a turma que sou responsável começam a agir.

— Eles estão indo bem, Edward. — Carlisle diz ao meu lado, ele veio ver o treino à pedido meu.

— Sim, estão. E é isso que eu não quero perder. — eu comento com ele enquanto passamos por entre os novatos treinando. Paro em uma dupla, ajeito o braço de um deles e assim que ele volta a socar certo, continuo andando com Carlisle ao meu lado. — Eu sei que nenhuma outra pessoa vai força-los tanto quanto eu. Eu sei da capacidade de cada um deles, Carlisle. Então a minha condição pra aceitar o caso, é se eu continuar a treinar pelo menos essa turma.

— Edward... eu não sei se você daria conta das duas tarefas. As duas exigem muito. — ele diz observando atentamente uma certa dupla. A dupla que mais me dá trabalho, por outro lado, é a dupla que mais da resultados.

— São boas elas, não? — pergunto também observando-as. Ele assente.

— Qual o nome delas?

— Ingrid e Débora. Elas tem grande potencial de se tornarem excelentes agentes. Mas só se eu continuar a treina-los.

Eu sabia que já tinha ganhado.

Depois de ele concordar, encerrei o treino e fui me atualizar com o caso de James Porter.

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Estávamos no quarto conversando sobre a mensagem de Day.

— Eu não sei o que significa essa assinatura. Você já viu em algum lugar? — Bella me pergunta visivelmente nervosa.

Eu encaro a assinatura: " F.C.V. "

— Não, eu não faço a mínima ideia.

Bella respira fundo e levanta da cama.

— Se a Rose estivesse aqui ... Nem uma mísera ligação não posso fazer para não estragar o disfarce dela. — ela fala alto e do nada pega o despertador da cabeceira da cama e joga na parede que se despedaça.

— Ei, ei, ei. — eu digo me levantando e parando em sua frente, pego seu rosto em minhas mãos — Você precisa se acalmar, nós vamos conseguir.

— Edward, hoje é quarta feira e desde segunda a gente bate a cabeça pra descobrir isso. Cada dia que passa, mais perto fica desse infame expôr a Day.

— Ta, então vamos mudar nossa linha de raciocínio. — eu digo e solto seu rosto. — Quem você acha que poderia nos ajudar a descobrir o significado dessa assinatura?

Ela para me encarando.

— Rayara Cristina. Ela é fera nessas coisas.

— Ótimo. Vamos falar com ela.

— Não é tão simples Edward. Eu podia chegar lá como Viúva Negra e fazer com que ela descubra isso. Mas aquela garota não se deixa intimidar. Na audiência dos Volturis, ela me encarava altiva. Garota de forte personalidade. Nós precisamos descobrir algo sobre ela e usar isso ao nosso favor.

— Você sabe que não gosto desse método. — eu falo e vou me sentar na ponta da cama.

— Deixa essa parte comigo. Foca em tentar rastrear o IP do servidor da mensagem.

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PDV Bella

Hoje faz uma semana em que estou seguindo a Rayara.

Consegui estabelecer um padrão na rotina dela e descobrir algo em que eu poderia investigar mais a fundo

Todo dia, após sair do trabalho, ela fazia uma volta na cidade, um caminho emaranhado que poderia despistar qualquer um, mas eu não era qualquer um.

E então descobri qual era seu destino. Um pequeno apartamento no subúrbio de Los Angeles, onde ela ficava por 4 horas e só então ela seguia para casa.

Hoje resolvi não segui-la até em casa.

Fiquei em frente ao apartamento no subúrbio e já havia uns 30 minutos que ela tinha ido embora.

Poucas coisas me deixam pasma, e o que eu vi ali, me deixou mais do que pasma. Eu já estava prestes a ir embora quando para minha surpresa, vejo o juíz Benjamin saindo todo disfarçado.

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— Bella, você tem certeza? — assim que cheguei em casa, contei tudo o que descobrir ao Edward, e agora ele não conseguia acreditar no que contei.

— Veja você mesmo. — e lhe entreguei o celular com as fotos de Rayara saindo e depois o juíz Benjamin.

— Bella, isso não quer dizer nada. — ele diz olhando as fotos. — O juíz Benjamin é muito certinho. E se alguém descobre é possível que aquela audiência seja reaberta para reavaliar se houve nepotismo na decisão.

— Ah Edward, pelo amor de Deus. Eles passam 4 horas sozinhos em um apartamento fazendo o que? Brincando de baralho?

— O juiz Benjamin? — ele diz ainda encarando a foto.

— Vou falar com ela amanhã. — eu digo olhando para ele que levanta a cabeça para me encarar.

— Acho melhor esperar mais um pouco. Ele é juiz, Bella. Acusa-lo de algo assim, é sério.

— Não vou expôr eles. Não vou acusa-los. É só uma garantia caso ela recuse fazer o que eu quero, Edward. Não tem sentido expôr eles se a decisão do julgamento foi favorável para mim.

Ele suspira passando a mão na cabeça.

— Vou aborda-la amanhã quando ela sair do trabalho.

Ele pega minhas mãos e as beija, depois olha para mim e suplica:

— Por favor amor, toma cuidado.

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PDV Viúva Negra

Disfarçada, eu abrir a porta do carro dela, com todo o cuidado para o alarme não tocar, e depois sentei no banco de trás do carro.

Cerca de dez minutos depois, vejo a Rayara andado em direção ao carro e apressadamente entra.

E quando estava prestes à ligar o carro me pronunciei:

— ¿Apurado? (Com pressa?) — eu pergunto e ela dá um grito de susto e se vira para ver quem é.

— Você? Como entrou aqui? — ela diz irritada. — O que você quer?

— En calma. Una pregunta a la vez.(Calma. Uma pergunta de cada vez.) — digo sorrindo, mas logo assumo uma expressão séria. — Necesito un favor. (Preciso de um favor seu.)

— E porque eu te ajudaria? Saia logo do meu carro.

— Si tuviera que reconsidere su decisión. (Se eu fosse você, reconsiderava sua decisão.)

— E porque eu faria isso?

— Por causa de eso. (Por causa disso.) — falei e joguei a folha onde imprimir as fotos em cima dela.

Ela pegou as folhas e escancarou a boca ao ver o que tinha ali.

Ela então me pega de surpresa ao se virar furiosa, tentando me agredir. Depois do susto, eu pego seus braços e a imobilizo.

— ¿Estás loco? (Está louca?) — eu digo irritada. — No he venido a hacer daño. (Não vim para te machucar.)

— Mas eu vou te machucar, sua desequilíbrada. Ficou sem coragem de se assumir e não assinou a ameaça com seu nome não? — ela diz tentando se soltar.

— ¿Qué amenaza? ¿De qué estás hablando? (Que ameaça? Do que você está falando?) — pergunto ficando confusa.

— Mas é uma sem vergonha mesmo. Vou refrescar sua memória. Aquela em que você assinou como "F.C.V."

Eu paraliso.

—¿Qué? (O que?)

— Me solta sua doida. — ela diz se mexendo e eu a solto e a faço me encarar.

— Usted también consigue una amenaza firmada de esa manera? (Você também recebeu uma ameaça assinada assim?)

E ela me encara confusa ao ver toda a sinceridade em meus olhos.