POV Bella

— Muito bem pessoal, quero total atenção de vocês na reunião, porque esse caso é muito importante. Envolve todo os Estados Unidos. — falou Neiva, a Chefe das Agências Secretas que estava em pé na ponta da longa mesa que estava ao meio dos vários agentes secretos.

Assim que as lanternas japonesas sumiram, nós fomos ao aeroporto, deixando de vez a cidade de Forks. Quando chegamos a Los Angeles foi o tempo de nos instalarmos no hotel, tomar um banho, comer algo e vir para a Sede das Agências

E agora estamos aqui, sentados ao redor da mesa no salão principal de reuniões, com a Chefe Neiva mostrando imponência em nossa frente. Bom, exceto eu. Visto que precisei vir mascarada, não me sentei. E sinceramente, eu estava causando, pois todos os agentes não paravam de me comer com os olhos.

— Agente Edward — Neiva falou olhando para ele e todos da sala voltaram suas atenções para ele que está a sentado ao lado direito da Neiva. — Por favor nos informe de como o senhor foi designado para essa missão.

— Claro — Edward pigarreou e se endireitando se pôs a falar.

PDV Neiva

Eu estava cansada, todos aqueles anos servindo com orgulho, dando minha vida, meu suor, meu sangue por aquelas agências e chegar ao auge da minha carreira e ter um dos meus melhores agentes corrompidos. Eu não conseguia acreditar no que meus ouvidos ouviram a respeito do que Aro, o então presidente do FBI havia feito todas aquelas atrocidades.

Fui encarregada de realizar uma reunião com os agentes envolvidos no caso, e ouvir com detalhes tudo o que eles tinham para dizer, para que no dia do julgamento eu fosse a porta-voz e caso fosse preciso chamariam os agentes envolvidos para depôr.

Suspirei entrando no salão principal e vendo todos os agentes que convoquei já presentes.

— Bom dia. — os saudei e fui ao meu lugar, na ponta da mesa.

Depois de pedir atenção de todos, pedi para que Edward desse seu ponto de vista.

— Meus pais morreram a uns anos na queda do avião, sabia que fora uma emboscada, mas eu nunca soube quem era o culpado. Até que o ex-agente Aro, que era muito amigo do meu pai me disse que sabia que a culpada era a Viúva Negra. Eu estava tão cego de raiva e sedento por vingar a morte deles que não o questionei sobre como ele conseguiu a informação. Ele apenas pediu para que eu fosse atrás dela, conseguisse o pen drive que ele achava que ele tinha e a trouxesse viva pois queria interroga-la. — ele suspirou mais uma vez e continuou — Fiz o que ele pediu, mas quando cheguei lá, percebi que a história dele tinha buracos. Um cidadão chamado Billy Black estava em posse do pen drive e não a viúva negra como ele havia dito. A própria Viúvae ajudou a recuperar o pen drive e o conteúdo dele mostrava toda a verdade. O porque do Aro querer o pen drive, e que ele era o verdadeiro culpado da morte dos meus pais.

— E onde está o pen drive? — perguntei com a voz firme, mesmo querendo terminar logo com aquilo.

— Aqui - falou a viuva do canto da sala.

Me viro e encaro a mulher misteriosa que todos julgavam ser apenas um mito, mas aqui estava ela. Em carne e osso.

— Certo. Rayara, por favor, recolha a prova. — prontamente a legista e perita do caso faz o que eu peço e logo seguida pergunto — Viúva Negra, você poderia nos informar como a senhorita se encaixa nisso tudo.

Ainda no canto ela diz indiferente.

— O agente Antony Masen, pai do agente Edward Cullen, estava com todas as informações contidas neste pen drive e antes do avião cair, enviou o conteúdo ao meu mentor, Carlisle Cullen que foi roubado. E por correr riscos por ser próxima a ele, ele me enviou a Forks que era onde ele suspeitava que o ladrão estivesse. E disse que eu saberia o que fazer quando visse o conteúdo do pen drive. Fiz o que ele mandou e junto com o agente Edward Cullen e os agentes Emmet e Rosalie, recuperamos o pen drive, chamamos reforços e fomos atrás do suspeito.

— Ok. Obrigada. Agente Carlisle, por favor.

— Eu não tenho muito o que falar. O Antony me enviou essas informações, mas um cidadão chamado Billy Back me roubou. Incumbir a viúva negra nessa missão que ela comentou e logo seguida os homens do Aro me pegaram e me manteram preso esses anos. Quanto ao que eu passei nas mãos dele esse tempo todo, eu prefiro deixar para comentar no tribunal.

— Tudo bem. O mesmo será com a agente Rayara.

Peguei o depoimento de mais alguns agentes e antes de encerrar a reunião falei:

— O caso é de extrema importância, então o julgamento está sendo adiantado para essa tarde. Vocês terão que assistir ao julgamento, caso eu precise do depoimento de algum de você.Todos vocês cumpriram suas obrigações para com o seu país. Aos agentes Edward, Carlisle, Emmett, Rosalie e viúva negra mais que merecido vocês receberem férias depois dessa longa missão. E quanto aos outros, receberam um bônus pela participação. Obrigada a todos.

Encerro a reunião e todos tomam seus rumos. Inclusive eu que vou juntar tudo o que precisarei para o julgamento.

PDV Viúva Negra

Após a reunião com a Chefe Neiva fomos todos de volta ao hotel.

Almoçamos, descansamos e fomos ao tribunal.

Tive que ir com o disfarce, pois provavelmente eu teria que depôr.
Edward estacionou e descemos todos. Rose, Emmet e Carl foram na frente e Edward me puxa.

— Hey, como você está? — ele me pergunta ansioso.

— Estou bem. — digo e tento andar, mas ele me puxa de novo.

— Eu quero saber se você vai conseguir segurar a onda quando Aro aparecer.

— Eu vou, ta legal? — digo e puxo meu braço com força e entro ao tribunal.

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Assim que nos sentamos na área reservada as testemunhas, o juiz começa a falar.

— Silêncio, por favor. Este julgamento está restrito apenas aos envolvidos no caso. Tragam o réu Caius Volturi.

Policiais escoltam o advogado e primo de Aro, até o advogado deles.

— O réu está sendo acusado de participação nas ações do senhor Aro Volturi. Como advogado dele, o réu encobriu os delitos de Lavagem de dinheiro, Soltura proibida de presos perigosos, subornos, falsificações para que o Senhor Marcus Volturi assumisse a presidência do FBI, traição ao seu país e Homicídio. Porfavor, a promotoria de acusação apresente seus argumentos.

A Chefe Neiva se levanta e começa a apresentar seus argumentos.

Eu fecho meus ouvidos a partir dali. Eu quero que isso se apresse, quero saber a sentença do desgraçado do Aro. Ele era o verdadeiro culpado, o resto eram apenas peões idiotas em seu tabuleiro.

Começo a balançar as pernas impaciente e a mão de Edward pousa nela, fazendo com que eu parasse de meche-las.

Respiro fundo e o juiz declara a sentença de Caius. 15 anos de prisão e a licença dele de advogado apreendida.

Suspiro enquanto o juiz chama o próximo réu, o Marcus Volturi. A sessão dele parece demorar mais que a de Caius.

Impaciente eu me levanto para beber uma água. Aquela espera estava me matando.

Do lado de fora, no corredor depois de beber a água, me sento num banquinho e encosto a cabeça na parede.

Passos ecoam no corredor, abro os olhos e vejo Rose vindo em minha direção.

— Tudo bem? — ela pergunta se sentando ao meu lado.

— Sim. Só precisava tomar um ar. Essa espera ta me matando.

— Vai dar tudo certo. Relaxa ta?

Eu balanço a cabeça e Edward junto com Emmett aparece também, dizendo que o juiz fez uma pausa de 10 minutos e que voltaria com a sentença de Marcus.

Após os 10 minutos, nós voltamos para dentro e a sentença é dada. 20 anos de prisão, bens apreendidos, sem direito a fiança.

Suspiro enquanto os polícias levam Marcus e o juiz diz:

— Tragam o réu Aro Volturi.

Do lado esquerdo da sala do tribunal, dois policiais escoltam Aro que ainda está machucado do dia do acidente e o levam para se sentar ao lado de seu advogado.

Meu sangue ferve, e sinto a mão de Edward sobre a minha, me impedindo de me ferir de tão forte que apertei os punhos.

Por instinto eu me levanto, querendo ir até ele. O juiz me encara por debaixo dos óculos e diz:

— Algum problema senhorita mascarada?

— É Viúva Negra. — eu digo com o sangue ainda fervendo. Ele arqueia uma sobrancelha e Edward segura meus braços e diz:

— Nenhum problema, meritíssimo juiz.— e se senta me puxando junto.

Percebo que agora todos estão me olhando.

— Vamos iniciar a sessão. — o juiz diz e bate aquele martelinho chato, me ignorando.