Se reconciliando! escrita por Dri Viana


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Era pra ser uma one, mas aí resolvi dividir a estória e ficou dois capítulos. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/510904/chapter/1

Ela acordou e a primeira coisa que fez foi olhar para o outro lado da cama ... Vazio! Mais uma vez acordava sozinha naquela cama enorme!

Há cinco dias isso acontecia. Desde que ela e o marido tinham brigado. O motivo da briga? Ciúmes! Ela soubera pelo filho de cinco anos, Ben, que quando ele e o pai saíram pra almoçar no dia anterior a briga do casal, encontraram no restaurante uma amiga do pai chamada Heather. Ben contou que a ''moça bonita'' que estava sozinha, convidou seu pai e ele pra se sentarem ali com ela e como o restaurante estava lotado e não havia nenhuma mesa disponível pra eles, seu pai resolveu aceitar o convite de Heather de sentarem-se com ela porque o Ben estava ''morto'' de fome.

Sara detestou saber que seu filho e seu marido almoçaram na companhia daquela mulher, como se fossem uma família. Indagado pelo mãe, Ben inocentemente contou tudo o que aconteceu no almoço, o menino disse que a amiga de seu pai era muito legal e até tinha lhe pago um sorvete gigante depois do almoço. Mas logo depois meio emburrado disse que só teve um momento que ele não gostou da amiga do pai. Sara o questionou sobre que momento foi aquele. Em sua cabeça a morena já pensava que se aquela mulher tivesse dito algo desagradável ao seu pequeno ela ia se ver com ela. Ben disse a mãe que não gostou quando seu pai foi se despedir de Heather e a mulher segurou seu rosto e lhe beijou na bochecha parecido com as vezes que sua mãe fazia em seu pai.

Isso foi a gota d'água pra Sara!

Há dias que Heather vinha constantemente aparecendo na vida de Grissom e por consequência na de Sara também já que a morena era esposa do supervisor. A primeira vez foi no começo do mês, ela apareceu no laboratório de surpresa pra fazer uma visita para o amigo. Sara que até então não fazia ideia da presença da ex-dominatrix ali, foi a sala do marido pra pedir um esclarecimento sobre uma larva que aparecera no corpo da vitima de seu caso, e surpreendeu-se ao entrar ali e ver aquela mulher abraçando seu marido. No mesmo instante Grissom tratou de desfazer qualquer mal entendido que aquela cena podia gerar. Ele dissera que Heather estava apenas se despedindo dele, pois já iria. A morena mesmo se corroendo de ciúmes dissimulou isso na frente da mulher. Mas assim que ela saiu dali, Sara comentou que não gostou nada daquela cena que presenciara. Seu marido retrucou que não estava acontecendo nada de mais e que ela não tinha que se preocupar pois ele só tinha olhos pra ela. Isso foi bom de ouvir, mas não lhe fez esquecer o que vira.

Três dias depois aquela mulher ligava para o celular do supervisor em plena folga dele, dizendo que precisava de sua ajuda, pois andava sendo ameaçada. Grissom a contragosto de Sara foi a casa da amiga pra ajudá-la. Ele pediu a Jim que policias vigiassem a casa de Heather e após dois dias um homem foi preso tentando forçar a porta dos fundos da casa.

O sujeito, um assassino de aluguel, em depoimento disse que havia sido contratado por uma pessoa que não conhecia já que só se falaram por telefone, e que essa pessoa havia lhe contratado pra dar fim em Heather, pois a mulher vinha lhe ameaçando com cartas anônimas o que Heather negou veemente.

Outra vez, na semana passada, Sara pediu o celular do marido pra ligar para o seu que não encontrava em canto algum e ao pegar o aparelho acabou vendo uma mensagem que acabara de chegar, era de Heather. A mensagem dizia: '' Obrigada pela ajuda com minha neta e pelo café que me pagou. Você é uma pessoa muito especial!''

Isso causou uma briga séria. Ela o questionara a respeito dessa ajuda com a neta dela e ele lhe explicou que havia apenas ligado para o ex de Heather, que mantinha a guarda da garotinha de seis anos, e conversando com ele o fez entender que Heather tinha o direito de ver a neta. Sobre o café, ele contara que a encontrara por acaso numa cafeteria e somente fez a gentileza de lhe pagar o café já que ela quando ia fazer isso notou que sua carteira não estava ali na bolsa. Indagado por Sara sobre o motivo de ter lhe escondido sobre essas coisas ele respondeu que não escondeu nada apenas ''omitiu'' pra evitar brigas entre eles. E a respeito da declaração dela de que ele era especial, isso era uma opinião dela, ele não tinha nada a ver com isso, talvez ela achasse isso por conta do que ele tinha feito por ela.

Porém depois de toda essa briga, os dois acabaram se acertando, diferentemente do que aconteceu na última briga que ocorrera por causa desse almoço entre Grissom, Ben e Heather. Sem conseguir se conter Sara juntou todos os acontecimentos dos últimos dias e fez acusações sérias ao marido, colocou em dúvida a fidelidade dele para com ela e acabou dizendo coisas pesadas e desagradáveis que magoaram profundamente Grissom, tanto que o supervisor resolvera até sair de casa e estava dormindo há cinco dias em um hotel e não em casa.

Sara suspirou. Estava arrependida pelas coisas que disse, porém orgulhosa como era não queria dar o braço a torcer e ir procurar o marido pra lhe pedir desculpas já que toda aquela situação tinha sido causada por ela.

O queria de volta, sentia sua falta e o filho deles também, mas faltava coragem pra dar o primeiro passo e ir lhe pedir perdão.

Ela ouviu uma batida na porta de seu quarto e depois viu seu filho aparecer pelo vão da porta aberta, os cabelinhos todo arrepiado e a carinha de quem tinha acabado de acordar. Fez sinal pra ele vir se deitar com ela e ele veio correndo.

_Acordou agora, meu amor?

_Huhum ... Mamãe, quando o papai volta? Eu tô com muita saudade dele!

''Eu também!''

Ao menino ela havia dito que Grissom tinha viajado por conta do trabalho. O supervisor confirmou aquilo ao filho quando ele lhe dissera que a mãe havia dito que ele estava viajando. Ele ligava todos os dias pra falar com o filho, mas era só com ele, com ela não.

No laboratório ele falava com ela, mas era somente sobre questões de trabalho e nada mais. E isso lhe deixava mais mal.

Porém mais mal em toda essa situação estava era ele. O supervisor havia se magoado muito, cada coisa que a esposa lhe dirigiu foi duro de ouvir. Acusações infundadas e sua fidelidade posta em questão, isso não tinha sentido. Como ela vai duvidar disso? Talvez não houvesse no mundo alguém mais fiel do que ele. Ele só tinha olhos pra ela. Só pensava nela, respirava ela, sonhava com ela e ela duvidando de sua fidelidade, depois de sete anos de casamento? Era de magoar qualquer um! Precisava de tempo e talvez de certa distância dela pra deixá-la pensar nas besteiras que lhe disse. E também precisava de tempo pra si. Esperaria mais um tempo pra vê se ela o procuraria, caso isso não acontecesse ele a procuraria pra terem uma conversa na tentativa de se entenderam,mas se isso não acontecesse ele teria que começar a cogitar a ideia de que poderia ser o fim da relação deles.

_Ben, eu já expliquei a você que o papai foi trabalhar e não há previsão de quando ele volta. Pode ser que ele demore pra voltar, como também pode ser que ele volte a qualquer momento.

_Ele parecia triste quando falou comigo ontem. Será que é porque tá com saudades da gente?

_Deve ser, meu amor!

_Por que toda vez que ele liga, não fala com você, mamãe?

''Benjamin, pela amor Deus, interrogatório logo cedo, não!''

Esperto como ele só Ben começou a achar que seus pais estavam brigados já que nenhuma vez eles se falavam quando o pai ligava. Se quer seu pai perguntava por sua mãe e nem pedia pra falar com ela.

_Porque quando ele liga é pra falar com você, querido. Mas depois ele liga pra mim e nós nos falamos. - mentiu a morena.

_Hum...

_Agora que tal nós descermos pra tomar café? Aposto que a Dana já deve ter posto a mesa há muito tempo.

Dana era a moça que trabalhava na casa. Primeiro ela havia sido contratada pra cuidar de Benjamin quando a licença maternidade de Sara terminou e ela tivera que voltar para o trabalho. Mas de uns tempos pra cá com Ben já maior, suas funções de babá foram deixadas de lado e ela passou a ter as funções de cuidar e arrumar a casa já que era Sara quem cuidava agora do menino. Seu salário foi aumentado e suas folgas passaram a ser semanais e não quinzenais como era antes, e isso agradou muitíssimo a moça que aproveitava as folgas pra visitar os pais que moravam na cidade vizinha.

_Será que ela fez waffers? - o menino perguntou com seus olhinhos brilhando.

Ele assim como o pai adorava waffers e Dana sabendo disso, muitas vezes fazia só pra satisfazer a vontade do pequeno a quem ela tinha um imenso carinho assim como tinha pelos patrões.

_Só tem um jeito de sabermos isso. Descendo pra tomar café. Vamos?!

_Vamos!

Depois de escovarem os dentes e tomarem banho, mãe e filho desceram pra tomar café. Quando desciam os últimos degraus da escada, eles viram a porta da frente se abrir e Grissom surgir ali.

_Papai!! - o menino correu se jogando nos braços do pai que logo o carregou.

_Meu campeão!! Que saudades de você! - o supervisor abraçou e beijou o filho.

Perto da escada Sara apenas se limitava a assistir a cena. Viu quando o marido lhe dirigiu um rápido olhar enquanto ainda abraçava o filho. Por míseros segundos ela pensou que ele tivesse voltado pra casa e que eles conversariam e se acertariam sem que ao menos ela tivesse dado o primeiro passo e ido atrás dele. Mas não era bem assim.

_Puxa que bom que voltou, papai. Ainda agora eu perguntei a mamãe quando você voltava.

_Campeão o papai ainda não vai voltar pra casa.

_Não? - a tristeza nos olhinhos de garoto foi visível.

_Não! Eu só vim buscar umas roupas. O papai ainda tem muito trabalho na outra cidade. Só veio pra buscar roupas e vê você, porque não aguentava mais de saudades do meu filho preferido.

_Mas eu sou seu único filho, papai!

O supervisor soltou uma gargalhada pela esperteza de seu garoto.

_Por isso mesmo é meu preferido, porque você é o único! - ele beijou o rostinho do garoto que sorriu.

Depois ele pôs o menino no chão e só então falou com a esposa.

_Oi, Sara!

_Oi, Gil!

_Vocês não vão se beijar como sempre fazem? - Ben os indagou, olhando de um para o outro. Era acostumado a ver seus pais sempre se cumprimentarem com um beijo rápido que ao não ver aquilo, estranhou e por isso a pergunta.

O casal se olhou em surpresa. Foi Sara quem os livrou daquela ''saia-justa'' a qual o filho deles os submeteram.

_Ben, filho, porque você não vai ver se a Dana preparou os waffers e vai logo tomando seu café?

O menino olhou bem pra mãe e depois desviou o olhar para o pai. Ficou fitando de um para o outro por uns pouquíssimos segundos até que disparou:

_Já entendi. Vocês querem que eu saia pra se beijarem, não é? Então eu vou sair pra tomar meu café. Aí vocês podem se beijar. Tchau papai! - dizendo isso Benjamin saiu correndo pra cozinha deixando seus pais sozinhos.

O casal se olhou e foi inevitável não esboçar um pequeno sorriso com aquilo que o filho disse. Aquele molequinho era bem esperto pra pouca idade que tinha. Além disso, saia com cada pérola que os pegava de surpresa.

_Esse molequinho tem cada uma!

_É ...

Houve um instante de silêncio entre eles.

Um olhava para o outro.

Ela queria correr para os braços dele, lhe dá um beijo de tirar o fôlego e depois fazer amor com ele até perderem suas forças e seus corpos caírem saciados na cama.

Ele queria tomá-la em seus braços, beijá-la e depois levá-la para o quarto deles e matar toda aquela absurda saudade que sentia dela e do seu corpo. Porém não podia fazer isso, havia certo ressentimento de sua parte por conta das coisas que lhe foram dirigidas. Mas ele não podia negar o quanto ela lhe fazia falta!

_Eu vou subir e pegar umas roupas pra mim se você não se importar.

Sua única resposta foi um balançar de cabeça. Ela o viu vir em sua direção e passar ao seu lado pra pegar as escadas que davam acesso ao quarto deles.

Esperou alguns segundos e depois que ele sumiu andar acima, ela foi atrás dele. Chegou no quarto e parada na porta do comodo, Sara ficou vendo-o pegar algumas camisas, cuecas, meias e calças, e coloca-las numa valise. Não demorou nem cinco minutos e ele já fechava a valise e só então se dera conta da presença dela ali.

_Já peguei o que precisava. Vou indo!

_Nós precisamos conversar.

A saudade e o amor falaram muito mais alto naquele momento. Ter a presença dele em casa fez Sara engolir o orgulho e se dar conta de que ela é quem tinha que dar o primeiro passo, pois quem iniciara isso fora ela e seu ciúmes.

_Precisamos, mas esse não é o momento e nem o lugar pra se ter uma conversa. Ben está aqui e não quero que ele escute o que conversaremos. Até porque pode a ver novamente, uma exaltação de uma das partes como houve na discussão que tivemos e não quero que ele presencie isso, muito menos escute coisas que não deva.

_Então onde e quando vamos conversar?

_Me dê só uns dias mais, Sara e teremos uma conversa ... Definitiva.

O tom sério ao dar essa resposta fizeram-na pensar na possibilidade de que talvez ele estivesse cogitando pedir o divórcio, o que a seu ver era algo drástico demais para o que houve.

_Você vai me pedir o divórcio?

_Por que? Por acaso está pensando em fazer isso? - ele parou diante dela, empunhando em uma das mãos a valise com suas roupas.

_Eu não, mas acho que você sim!

_Não me lembro de ter mencionado divórcio em momento algum. Eu só preciso de um tempo, Sara. Tudo o que me disse, as acusações que me fez, magoaram-me muito. E quero deixar as coisas amenizarem, a magoa baixar um pouco pra aí sim, ter uma conversa com você. Não quero falar agora pra evitar uma nova discussão, pois a que tivemos ainda está bem recente, então ...

_Tudo bem eu entendo.

Ele assentiu.

_Vou me despedir do Ben e já vou. Até logo, Sara!

_Até, Gil! - ela respondeu com certa tristeza.

Ele sentiu uma dor no peito ao ouvi-la falar naquela tristeza e pior, foi ver seus olhos castanhos sem aquele brilho costumeiro. Mas o que ele podia fazer, se havia uma magoa dentro dele. Ela fora dura demais com ele. De tudo o que ouviu, o pior sem dúvida alguma foi sobre sua fidelidade, aquilo foi um soco na cara e no estomago.

Ele fez um pequeno e quase imperceptível movimento com a cabeça pra ela e depois saiu dali deixando-a sozinha vendo-o ir embora.

Quanto arrependimento ela sentia agora por sua palavras impensadas e ditas no calor do momento. A culpa deles estarem naquela situação com Grissom dormindo fora de casa, era toda dela. O que tinha feito com eles? Agora estava com medo de que isso tudo pudesse culminar no fim do seu casamento.

...

_Sara, vocês tem que conversar. Essa situação de vocês e principalmente, essa do Gil dormir fora de casa, não pode continuar.

_Eu tentei conversar com ele hoje de manhã quando ele veio aqui em casa buscar umas roupas, mas ele não quis conversa Catherine. Disse que não era o momento e nem o lugar pra conversarmos, por causa do Ben. O que quer eu faça?

_Insiste, oras! Pois sabe perfeitamente que é de você que tem que partir o primeiro passo, não sabe?

A morena não respondeu apenas deu um generoso gole em sua cerveja.

_Sara?? - Catherine insistiu ao não ouvir resposta.

_Eu sei tá bom!

_Ah sim!

Catherine observou a amiga virar e beber de uma só vez o restante de sua cerveja da garrafa.

_Ei, cuidado aí! Ou vai acabar bêbada e aposto que não quer que seu filho chegue e te veja assim.

_Não seja exagerada, eu estou bem lúcida e longe de ficar bêbada. - a morena retrucou emburrada.

_Ok! Não precisa se aborrecer. Mas me diz, que horas ele vai chegar hein?

O menino tinha saído há uma hora com Dana pra cortar o cabelo e tomar um sorvete no shopping. Sara até iria, mas desistiu por está sem vontade alguma de sair.

_Eles já devem estar chegando.

Nem bem ela acabou de falar isso e elas ouviram da cozinha a porta da sala ser aberta e a voz de Benjamin chamar por Sara.

_Na cozinha, meu amor! - ela gritou em resposta aos chamados dele.

Ele apareceu ali todo empolgado pra mostrar o penteado que Jade havia feito depois de cortar seu cabelo. O barbeiro havia passado gel em seu cabelo e puxado todo pra trás deixando seu rostinho a mostra. Ele havia ficado lindo parecia um homenzinho!

_Mas que gatinho está esse meu afilhado! - Catherine disse abraçando e dando um beijo no rosto do garoto que ficara vermelho feito um pimentão com o elogio dela. Ele assim como o pai ficava todo sem jeito quando recebia elogios.

_Ele fez sucesso com esse penteado. Ganhou até umas olhadelas de umas meninas até mais velhas que ele, no shopping. - Dana comentou piscando pra Sara e Catherine sem que Ben visse só provocá-lo. Suas palavras fizeram o garoto ficar mais sem jeito ainda.

_Também pudera, lindo desse jeito só umas cegas pra não olharem pra ele, não é gatinho?

Ele apenas sorriu sem graça por aquilo.

_Filho, sua madrinha veio buscá-lo pra ir ao parque com a Linds e o Dan.

Dan era o namorado de Lindsay. O rapaz um universitário, adorava Ben assim como Lindsay que sempre que dava, costumava levar Ben em suas saídas com o namorado para shoppings, cinemas e parques. Muitas das vezes era Dan quem pedia pra ela chamar o garoto pra ir com eles.

_Puxa que legal! Eu vou dormir na sua casa madrinha?

_Se sua mãe deixar e você quiser por mim sem problemas, mas se não a Lindsay e o Dan te trazem pra casa depois do passeio no parque.

_Eu quero dormir lá. Mamãe, você deixa eu dormir na casa da madrinha? - ele virou pra Sara com uma alegria enorme. Queria muito que ela deixasse, pois adorava dormir na casa da madrinha, pois lá tinha Lindsay que o deixava ir dormir tarde já que ambos ficavam até tarde jogando videogame.

Sem conseguir dizer não aqueles olhinhos pedintes Sara acabou deixando seu filho ir dormir na casa de Catherine.

Cerca de uns quinze minutos depois ela já se despedia do filho e entregava a Catherine a mochila dele com seus pertences. Amanhá após o almoço ela ou Lindsay trariam Ben de volta.

Da porta de casa ela acenou ao filho que se encontrava no carro da madrinha e segundos depois o carro dobrava a esquina e Sara fechava a porta de casa

_Dona Sara, tem algumas coisas faltando na dispensa, a senhora não quer que eu vá logo ao supermercado comprar?

_Seria bom. Eu mesma iria,mas minha vontade de enfrentar um supermercado lotado, está zero.

Dana sorriu. E disse que antes de sair com Ben já havia feito uma pequena lista das coisas que estavam faltando e entregou-a a Sara pra que ela desse uma olhada pra vê se estava de acordo, ou se não queria adicionar mais alguma coisa a lista.

Após uma rápida olhada e de ter adicionado alguns itens a lista, a morena devolveu o papel a Dana e lhe entregou umas notas de dinheiro pra fazer as compras. Logo em seguida a moça partiu para o supermercado pra fazer as compras.

Sozinha em casa e sem ter o que fazer Sara foi até cozinha e pegou uma garrafa de cerveja. Precisava beber um pouco pra esquecer um pouco o caos pelo qual seu casamento estava passando. Mas isso foi a pior coisa que fizera, pois ao invés de esquecer lhe fez foi é lembrar mais ainda das coisas e pensar nos acontecimentos.

Em questão de segundos ela já tinha tomado uma garrafa toda.

Veio a segunda,terceira e uma hora depois quando Sara se deu conta já havia bebido as oito garrafas de cerveja que tinha na geladeira.

_Acho que acabei com o nosso estoque de cerveja! - ela sorriu olhando para as garrafas em cima da mesa.

Na sua visão havia mais que oito garrafas ali. Talvez umas quinze, dezesseis!

Ela se pôs de pé e viu as coisas ao redor rodar.

Sorriu.

Havia bebido além da conta. Deu graças a Deus de seu filho não está em casa pra vê-la naquele estado. Resolveu limpar aquela bagunça toda. Jogou as garrafas vazias no lixo e depois se dirigiu para subir para seu quarto e tomar um banho, pra amenizar a visão distorcida que tinha das coisas.

Com cuidado e se apoiando no corrimão ela foi subindo lentamente as escadas. Chegou em seu quarto e foi direto para o chuveiro. Sob a água que caia ela pensou no marido e naquela situação deles. As palavras de Catherine horas atrás martelaram sua cabeça. Tinha que dar um basta naquela coisa toda e impulsionada pela bebida, Sara decidiu que ia fazer isso hoje mesmo e agora.

Saiu do chuveiro ainda grogue, porem não via mais as coisas tão distorcidas. Foi até seu closet pra escolher uma roupa.

Naquele mesmo instante no andar de baixo Dana chegava de volta do supermercado. Levou as compras pra cozinha e não encontrando Sara por ali, deduziu que com certeza ela tivesse ido se deitar um pouco já que hoje não iria trabalhar mesmo.

Sendo assim, Dana se pôs a arrumar as compras toda que havia trazido e quase uma hora depois de terminado foi tomar um banho, e logo em seguida iria preparar algo pra Sara e ela jantarem.

Em seu quarto Sara terminava de se maquiar, após terminar deu-se uma olhada por inteiro no grande espelho do quarto. Estava linda com uma maquiagem forte, bem diferente da que costuma usar pra sair e com aquela ''roupa'' que na verdade, não era bem uma roupa. Pegou o sobretudo do guarda-roupa, vestiu-o pra esconder a roupa que usava, pois não podia sair somente com ela senão provavelmente seria presa por atentado ao pudor, e pronto! Estava prontinha.

Assim como subiu com cuidado, ela desceu as escadas com o mesmo cuidado. Já estava alcançando a porta quando ouviu a voz de Dana.

_Vai sair dona Sara?

_Ai que susto, Dana! - virou-se para empregada que espantou-se por vê-la toda produzida daquele jeito. _Pensei que ainda não tivesse chego. E sim vou sair.

_Tô vendo! Vai aonde?

_Por aí! Vou me divertir um pouquinho!

Pelo jeito arrastado e lento de falar, a forma risonha como ela estava e principalmente, o fato de não parar em pé e se balançar mais que bambu, Dana deduziu que a patroa tivesse bebido além da conta.

_A senhora bebeu. - isso foi uma afirmação do que uma pergunta.

_Só um pouquinho!

_E vai sair dirigindo?

_Não Dana. Vou pegar um táxi. E me deixa que eu já vou.

_Tem certeza de que vai sair? - a empregada tava com receio de que ela saísse naquele estado.

_Absoluta! E sabe de uma coisa? - ela sorriu aquele tipico sorriso de porre, e logo depois se apoiou na porta. _Dependendo da minha noite, nem venho dormir em casa. Tchau!

Sorrindo de orelha a orelha Sara saiu de casa deixando sua empregada apreensiva. Onde ela iria naquele estado? E que diversão seria essa? Deus do céu,não permita que ela cometa nenhuma loucura.

_Será que eu ligo para o patrão pra avisar dessa saída da dona Sara? - Dana se questionou. _Não, acho melhor não! ... Ai minha nossa senhora tomara que a patroa não faça besteira.

...

Antes de ir ao encontro do marido, Sara resolveu passar em um bar pra se distrair e beber mais, como não fazia há tempos. Encostada no balcão aguardando o barman trazer sua bebida, ela sentiu alguém se postar atrás dela.

_Podemos nos conhecer melhor, linda?

Ela virou-se e deu de cara com um homem bem bonito, de olhos verdes feito duas esmeraldas.

_Não estou aqui pra conhecer ninguém e sim pra beber um pouco.

_Sua bebida, moça. - o barman lhe estendeu um copo que continha uma bebida que parecia ser uísque.

_Uísque? - o homem perguntou surpreso. Poucas eram as mulheres que bebiam isso.

_Sim! - ela respondeu antes de virar o copo de uma vez pra surpresa total do homem e também do barman.

_Me veja outra dose, agora dupla ouviu?

_Sim senhora.

_Vê uma pra mim também, fera!

O barman assentiu e saiu pra buscar as bebidas.

_Você é uma das poucas mulheres que conheço que bebe uísque.

_Acabei pegando gosto por essa bebida por causa do meu marido que adora ela.

_Ah, então você é casada?

_Sim!

_E onde está seu marido?

_Não interessa. - o homem riu dessa resposta grosseira.

_Seu marido deve confiar muito em você pra deixá-la sair sozinha pra um bar e ainda por cima linda desse jeito.

_Obrigada pelo elogio e sim, ele confia em mim.

Por mais um tempo ela ainda ficou ali bebendo com aquele homem que não saia do seu lado. Depois de quase uma hora ali ela aproveitando que o estranho fora ao banheiro, resolveu ir embora dali. Pagou sua conta e pegou um táxi. Destino? O hotel onde seu marido estava ''morando'' há cinco dias.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo teremos uma Sara aparecendo no quarto de Grissom bêbada e cheia de amor pra dar ao marido. Mas será que ele vai ceder aos encantos da esposa arrependida?Só esperando pra ler! Bjs



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Se reconciliando!" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.