Somebody To Love escrita por MissBerry, Mary


Capítulo 6
Capítulo 6 - FORTALECENDO RELAÇÕES




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Já faz uma semana que Quinn se mudou para meu apartamento. Tem sido bem divertido ter com quem conversar e dividir as coisas, por ser filha única nunca tinha tido essa experiência.
— Rachel você pode me dar uma carona hoje? Esqueci de encher o tanque do meu carro. — pediu Quinn.
— Claro. Vamos então? — respondi pegando minha bolsa e indo em direção a porta.
Quando está trancando o apartamento, ouvi o meu celular tocar. Vasculhei minha bolsa até acha-lo e atendi.
— Oi mãe. — sabia que era ela, pois vi no visor.
— Filha eu preciso conversar com você. — percebi pelo seu tom de voz que ela andara chorando, algo tinha acontecido.
— O que houve? Por que a senhora está chorando? Tá tudo bem com o papai?
— Acho melhor conversarmos pessoalmente.
— Mas mãe, são 3 horas daí pra cá.
— Eu já estou a caminho. — e desligou.
Desde que liguei para minha mãe, contando que tinha encontrado alguém com quem dividir o apartamento, percebi que ela estava um pouco estranha e em outras ligações que fiz depois daquele dia tive a confirmação que algo estava acontece, mas não dei muita bola, pois se fosse algo muito sério minha mãe me contaria. Nós sempre contamos tudo uma para a outra.
— Rachel você está bem? — perguntou Quinn me distanciando de meus pensamentos.
— Eu não sei... Estou com uma sensação estranha.
— O que houve?
— Não sei, minha mãe não quis me contar.
— Não deve ser nada. Vamos, se não nos atrasaremos.
— Vou ficar em casa, minha mãe está vindo pra cá. Aqui a chave do meu carro, pode ir.
— Quer que eu fique com você até ela chegar?
— Não precisa.
— Ok, então até à noite.
Quinn entrou no meu carro e partiu para a faculdade. Abri a porta recém trancada, coloquei minha bolsa em cima da mesa, me sentei no sofá, liguei a TV e fiquei esperando minha mãe chegar.
Quatro horas depois, a campainha tocou. Me levantei em um pulo e corri para abrir a porta. A visão que tive da minha mãe foi totalmente diferente da normal. Ela estava com olheiras profundas, o nariz vermelho, cabelo um pouco bagunçado, estava vestida com um jeans e um moletom cinza. Essa não era de forma alguma a mãe alegre e elegante que eu conhecia.
— Mãe o que houve?
— Ah Rachel... — ela me abraçou e começou a chorar.
Andei com ela até o sofá, fechando a porta logo que ela entrou, e esperei que se acalmasse.
— O que foi?
— O seu pai. — meu coração parou de bater por alguns segundos. Será que meu pai tinha morrido?
— O que houve com o papai, mãe? Ele está bem? Ele morreu? — questionei-a desesperada.
— Quem me dera que aquele desgraçado estivesse morto. — falou ríspida e começou a chorar novamente.
— Oi? Perai acho que me perdi, vamos começar de novo. O que o papai fez?
— ELE ME TRAIU RACHEL. — ela gritou — Foi isso que aquele canalha fez.
— Isso é impossível, ele nunca faria algo assim.
— Eu também achava isso minha querida. — ela enxugou as lágrimas — Achei isso até ele chegar com um homem lá na porta de casa e falar que ia me deixar.
— Perai... Um homem? Sério? Eu ouvi direito?
— Infelizmente sim.
Fiquei calada tentando raciocinar direito aquela situação. Eu não tenho nada contra gays, meu amigo Kurt é gay, mas meu pai, que ficou casado durante anos com a minha mãe, gay. Isso é estranho. Como uma pessoa pode ficar casada durante anos com outra e de uma hora para outra assumir que gosta de uma pessoa do mesmo sexo?
Me levantei, peguei minha bolsa e fui em direção a porta.
— Aonde você vai? — minha mãe perguntou.
— Preciso pensar. — e sai.
Andei sem destino por quase 20 minutos, mas resolvi parar quando vi um bar.
Nunca tinha frequentado aquele lugar, mas me pareceu o local ideal para lidar com a minha atual situação. Sentei no bar e pedi uma dose de vodca pura e sem gelo e bebi de uma só fez, pedi para que servissem mais uma dose e o cara que estava do meu lado falou:
– Dia ruim?
– Péssimo! – respondi e bebi minha segunda dose.
– Meu nome é Rafael. – ele disse e estendeu a mão para mim.
– Rachel. – apertei a mão dele.
Quando me virei para olhar ele, percebi que aquele cara não era um estranho, era o meu professor da faculdade. Fiquei, literalmente, de boca aberta. Agora que estava bem próxima dele, pude observar melhor suas feições. Ele era um gato! Era moreno, alto, tinha um olhar hipnotizante e um sorriso galanteador. Percebi que ainda estava segurando a sua mão, então a soltei e sorri timidamente.
— Rachel? O que você está fazendo aqui?
— Precisava de um lugar para extravasar e você?
— Terminei com a minha noiva.
— Você ia casar? — perguntei me sentindo um pouco frustrada e ao mesmo tempo aliviada por saber que ele não estava mais comprometido.
— Ia, mas ela me traiu.
— Tá brincando? Ela é louca?
Ele riu: — Parece que tinha produto melhor no mercado.
— Não creio que isso seja possível. Queria saber o que passa na cabeça dessas pessoas para traírem aqueles que dizem amar...
— Quando descobrir me contar. — ele sorriu.
— Você não deveria estar dando aula?
— Tirei o dia de folga.
Depois de alguns minutos de conversa e mais algumas doses de vodca, acabamos parando do banheiro do bar. Eu ansiava pela sua boca desde que olhei ele pela primeira vez na faculdade. Nós entramos e ele fechou a porta, até que pra um banheiro de bar aquele estava um brinco.
— Isso não está certo Rachel. Eu sou seu professor. — falou apreensivo.
— Nesse momento, você é apenas um cara que eu encontrei no bar.
Rafael veio em minha direção e me beijou, retribui o seu beijo com a mesma intensidade, sua língua invadiu a minha boca lutando com a minha em um beijo excitante e sexy. Ele me encostou na parede e continuou a me beijar, com uma mão puxou delicadamente minha cabeça para trás e começou a dar leves chupões no meu pescoço, com a outra acariciava a minha coxa nua por debaixo da minha saia. Eu estava super excitada sentindo sua mão subir pelo meu corpo, ele enfiou a mão pela minha blusa e alcançou os meus seios. Eu soltava leves gemidos enquanto ele os massageava. Então voltamos a nos beijar, deixei o desabotoar a minha blusa e tirar meu sutiã.
— Isso é errado. Muito errado. — ele disse ofegante.
— Cala a boca e continua.
Ele começou a deixar uma trilha de beijos pelo meu colo até chegar aos meus seios. Joguei minha cabeça para trás, aquilo tudo estava me deixando louca de excitação, segurei forte os seus cabelos e uma mistura de dor e prazer me atingiu, ele me pegou no colo e me colocou sentada em cima da pia, levantou minha sai e tirou a minha calcinha. Deliberadamente foi depositando beijos na parte interna das minhas coxas até chegar ao meu sexo.
— Ah Rafael que delícia! – eu disse.
Eu não estava mais aguentando aquela deliciosa tortura, eu o queria dentro de mim. Como que se lesse meus pensamentos, ele abriu o zíper da calça, tirou do bolso uma camisinha, colocou e, gentilmente, me penetrou. Joguei minha cabeça pra trás sentindo ele me preencher. Eu estava extasiada.
Ele me fez descer da pia e me colocou virada para a mesma, me mandou segurar na lateral e pegou a minha perna direita e a levantou fazendo ficar apoiada na pia. Novamente introduziu seu membro em mim, me levando a loucura.
Meu sexo se comprimiu em volta do seu membro e ele soltou um gemido. Não demorou muito e nós dois chegamos ao clímax juntos. Foi a melhor transa da minha vida, ele era uma delícia.
Vestimo-nos e saímos do banheiro, ninguém pareceu notar o que havia rolado lá dentro, graças a Deus. Fomos até a saída e eu falei:
— Bom professor — sorri maliciosamente — Será que a gente pode repetir isso algum outro dia?
— Acho melhor não Rachel. Você é minha aluna.
— Isso não te impediu antes.
— Eu sei e foi errado.
Me aproximei dele e o beijei: — Vai ser difícil resistir depois de hoje. — falei com os lábios ainda grudados nos deles.
— Você precisa ir.
— Tudo bem, contando que me prometa que vamos repetir a dose.
— Vou pensar. — falou tentando não sorrir.
Me despedi dele com um selinho e fui embora. Cheguei no meu apartamento e encontrei Dianna e minha mãe conversando no sofá. Passei direto por elas e fui para o meu quarto. Tomei um banho e quando ia me deitar minha mãe apareceu.
— Você está bem? — ela perguntou.
— Sim, só um pouco cansada. — acho que foi isso que falei.
— Você está bêbada?
— Só um pouquinho.
— Vá dormir Rachel. Amanhã a gente conversa.
Assim que ela fechou a porta, me joguei na cama e apaguei.

QUINN NARRANDO

— Ela está bem? — perguntei a Joanna, mãe da Rachel, assim que ela chegou na sala.
— Está bêbada, mas está bem.
— Deve ser difícil pra ela descobrir que os pais se separaram e que o pai já está com outro.
— É uma droga.
— Mas tenho certeza que vocês duas vão passar por isso. É apenas uma fase ruim.
— E você Quinn, me conte como está sendo morar com a minha filha.
— Ah, a Rachel é uma ótima pessoa e está se mostrando ser uma ótima amiga.
— Eu fico feliz que ela tenha encontrado uma pessoa como você. Rachel sempre quis ter uma irmã, mas eu e o traste do pai achamos melhor adiar e quando fomos ver já era tarde demais para ter outro filho. E você namorado?
— Bem, sim e não.
— Como assim?
— Tem um garoto que eu conheci assim que comecei a faculdade e a gente começou a sair, mas não é nada oficial. — sorri.
— Mas pela sua carinha, acho que você quer que se torne. Estou certa?
— Sim. Ele é demais, talvez a gente possa dar certo.
— Vou torcer por vocês. E a Rachel? Você sabe se ela está com alguém?
— Não, ela nunca falou nada comigo. Ela me parece ser muito reservada.
— É a minha Rachel é assim.
— Bom já está ficando tarde e eu tenho que acordar cedo para ir a faculdade amanhã, então boa noite.
— Boa noite querida, durma bem.
Quando ia subir as escadas, percebi que Joanna estava com um olhar triste no rosto e eu tinha certeza que ela não dormiria essa noite.
— Joanna você aceita um pouco de chá? É de camomila, sempre me ajuda a dormir nas noites difíceis.
— Não precisa se preocupar comigo Quinn, vou ficar bem.
— Imagina, faço em um instante.
Fui até a cozinha, coloquei a água para ferver, peguei no armário dos saches de chá e duas xícaras.
— Açúcar ou adoçante? — perguntei.
— Açúcar.
Adicionei duas colheres, de pequenas, de açúcar na xícara, enchi-as com a água e coloquei os saches.
Peguei uma das xícaras e levei para a Joanna que estava no sofá. Depois voltei para pegar a minha.
— Espero que ajude você a dormir. Boa noite. — sorri e subi para o quarto.
Acordei atrasa no dia seguinte, corri para o banheiro, tomei um banho, fiz um rabo de cavalo, escovei os dentes e fui para a cozinha.
— Bom dia. — falei.
— Bom dia, dormiu bem?
— Até demais. — sorri.
A mãe da Rachel tinha feito café da manhã e eu infelizmente não pude degustar tudo, então só peguei uma torrada e bebi um pouco de suco.
— Cadê a Rachel? — perguntei quando já estava saindo?
— Ainda está dormindo.
— Ok. Então eu já vou indo, tchau.
Cheguei na escola e o lugar estava estranhamente vazio. Ok, eu estava atrasa, mas provavelmente não seria a única.
Quando abri a porta de entrada fiquei boquiaberta. O hall de entrada estava repleto de flores e o pessoal que deveriam estar nas salas e do lado de fora estavam todos lá me encarrando com um sorriso no rosto. No meio de tudo isso estava o Brad segurando um violão, preste a começar uma canção.
— Essa é pra você Quinn! — ele falou e começou a cantar “Suddenly I See” da KT Tunstall.

Quando ele terminou de cantar eu estava chorando. Nunca ninguém fez nada, se quer, parecido com isso pra mim.
Ele entregou o violão para um garoto que estava ao seu lado e veio na minha direção.
— E então o que achou? — perguntou.
Eu sorri e abracei ele. — Você é louco. Pra que tudo isso?

— Eu fiz isso tudo, por que quero saber se você aceita ser a minha namorada. — ele sorriu — E então você aceita?

Percebi que ele estava prendendo a respiração à espera da minha resposta.

— Sim. Claro. Com certeza.

Ele me puxou e me beijou. Todos ao nosso redor bateram palmas. Eu estava morrendo de vergonha, mas estava extasiada com tudo aqui.

— Onde você arrumou tantas flores? — perguntei assim que me afastei.

— Pedi uma ajuda a alguns amigos do clube de jardinagem.

— Você é louco.

— Louco por você desde a primeira vez que te vi.


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Notas finais do capítulo

Deixem seu comentário dizendo o que achou desse capítulo. Beijos e até o próximo ^^