Feriado Entre Amigos, ou Quase Isso escrita por Anwar Pike


Capítulo 9
Visita


Notas iniciais do capítulo

Personagem nova aparecendo aqui :D Hehe, espero que gostem bastante, senti raiva junto com a Punzie nesse aqui. Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/510381/chapter/9

Visita

Merida tinha subido às escadas a procura da amiga. Já passavam das doze da noite, e ela ainda não a encontrara.

Depois de sair contra sua vontade da sala, interrompendo seu jogo ela não estava nos melhores humores.

Elsa havia enxotado a ela e a Soluço sem cerimonias, mandando-os escada acima.

Oh sim, eles precisavam de privacidade para o que iam fazer.

A garota torceu a camisa do pijama inconscientemente enquanto espiava dentro do quarto de Rapunzel. Onde ela estava?

Ela recuou de volta pelo corredor, esbarrando em Soluço com força.

– Ah me desculpe eu... Ei, você viu a Punzie? – Ela perguntou, tentando desesperadamente controlar seus batimentos cardíacos.

– Não. Na verdade eu estava procurando pelo Jack, você viu ele por acaso?

– Não.

Ela balançou a cabeça, seu rosto adquirindo uma expressão desconfiada.

Eles continuaram ali no corredor por um tempo, Soluço sentindo seu rosto esquentar e Merida ficando a cada momento mais desconfortável.

– Bem, então, eu... Eu vou, hum, dormir agora. – Ela disse e tentou se afastar, porem, os dedos magros do moreno se enrolaram em seu pulso, e ela pode sentir que estavam úmidos.

Merida virou-se, forçando-se a controlar as pernas bambas e a olha-lo nos olhos.

– Mer, eu não sei explicar o que esta acontecendo comigo. – Ele começou nervoso, falando rápido. – Esses sentimentos por você, eu não deveria...

A ruiva o olhava estupefata, e um tanto irritada. Sacudiu o pulso para livrar-se do aperto dele, interrompendo as palavras do garoto com as suas próprias.

– Quando descobrir o que é, volte e fale comigo. – Ela sentiu um gosto amargo em sua saliva. – E se não deveríamos, bem, é melhor eu ir.

Com uma força que Merida nunca tinha imaginada que o garoto possuísse, ele a fez bater de leve contra seu peito e colocou uma das mãos em seu rosto redondo e pequeno.

Ele encarava aqueles olhos azuis como chamas, lampejando no corredor escuro.

– Merida... – Ele sussurrou, inclinando a cabeça para um lado e aproximando-se da garota, que já havia derretido sob suas mãos.

Contudo, alguma parte sã de seus pensamentos a trouxe bruscamente de volta a sua realidade. As palavras que saíram de seus lábios eram tristes e cheias de arrependimento.

– Como você consegue... Como pode fazer isso com Astrid?

No mesmo segundo o adolescente se afastou, as mãos na cabeça em confusão.

A garota o olhou mais uma vez, segurando as malditas lagrimas, e correu para seu quarto, trancando a porta, e largando-se na cama com força, os cachos vermelhos cobrindo-lhe o rosto.

Soluço, do lado de fora, a cabeça encostado na porta da ruiva ouviu os soluços que dilaceravam seu coração até o momento em que não pode mais aguentar.

Entrou em seu quarto, e jogou-se no colchão, passando uma das mãos no rosto coberto por sardas.

– Estupido, idiota. – Ele resmungou para si mesmo antes, de virar-se e tentar dormir. – Burro, sou um burro.

Ao amanhecer o dia seguinte, as nuvens estavam fofas e brancas, contrastando um céu azul maravilhoso e o clima quente.

Jack desceu as escadas com um sorriso largo no rosto. Suas costas latejavam, sua cabeça doía infernalmente, mas ele não se importava. Afinal de contas, servir de travesseiro para a loirinha não era algo ruim.

Ainda podia sentir o suave cheiro de morango do cabelo dourado de Punzie em seu nariz.

Respirou fundo e saltou o ultimo degrau só para se deparar com uma cena nem tão agradável.

Elsa e Flynn estavam deitados no sofá, abraçados e aparentemente, seminus. O garoto fez uma careta de nojo e resmungou alto, fazendo o casal despertar sobressaltado.

– Cara, vocês não podia ter ido para o quarto?! – Ele passou por eles fechando os olhos e se dirigindo para a cozinha.

Com o susto, Flynn caíra no chão e Elsa tivera de agarrar o lençol para cobrir o sutiã.

Ela estava muito vermelha, mesmo para brigar com Frost, então começou a se colocar de pé, torcendo para que ninguém mais estivesse descendo naquele momento.

Bem, aquele definitivamente não era seu dia de sorte.

Merida, Rapunzel e Soluço um pouco atrás das garotas, olhavam para a garrafa de vinho caída no tapete comprido e fofo, as embalagens de chocolate espalhadas pela mesa de centro e os restos de batatinhas em um prato boquiabertos.

Rapunzel foi a primeira a despertar.

– Elsa!!! – A garota cobriu os olhos quando o namorado da prima se levantou, colocando a bermuda, desajeitado.

A jovem não sabia onde enfiar o rosto fervente, vermelho como um tomate.

– Você não deveria ser a responsável por nós? – Merida perguntou, cruzando os braços e sorrindo maliciosamente.

Elsa cobriu-se com o lençol e, lançando um olhar mortal para a ruiva, saiu correndo escada cima.

Quando já havia entrado no banheiro, gritou aparentemente muito envergonhada e enraivecida:

– Isso não quer dizer que eu não possa me divertir também!

Flynn, que tinha permanecido o tempo todo parado, olhando o movimento agarrou seus sapatos e seguiu para o segundo andar, embora estivesse sorrindo presunçosamente.

Depois que todos tinham tomado café, Elsa deu as noticias.

– Iremos todos a cidade hoje, para o festival. – Dando uma olhada significativa para Merida, ela prosseguiu. – Estejam prontos as seis.

Os quatro jovens decidiram ir ao rio novamente, já que o dia estava se mostrando cada vez mais quente.

Porem, algo, ou melhor, alguém arruinou seus planos.

Uma garota, com corpo de dar inveja cheio de curvas, a pele morena reluzindo ao sol chegou correndo, um enorme sorriso em seu rosto belo.

– Ei! Tudo em cima pessoal? – Ela chegou saudando, animada. – Eu sou a Tooth, mas se quiserem podem me chamar de Fada, ela disse, indiscretamente olhando para Jack. Rapunzel sentiu o estomago borbulhar. – Ouvi que estão se hospedando aqui. Eu moro na propriedade do outro lado.

Os jovens a cumprimentaram educadamente e Elsa, por cortesia, a chamou para entrar. Depois de algum tempo de conversa, o assunto do festival pipocou no meio dos assuntos.

– Então, quem vocês vão levar? – Ela perguntou sorrindo. Elsa tocou o braço de Flynn e lhe dirigiu um olhar apaixonado. Já Merida limpou a garganta e desviou os olhos em direção á seus sapatos.

Rapunzel por sua vez prendeu a respiração. Uma sensação ruim percorreu seu corpo, mas ela não disse nada.

Tooth ficou olhando a espera de uma reação dos jovens, mas, ao ver que nenhum iria se pronunciar, ela continuou animada.

– Ah, sem problemas! Mer, eu tenho um amigo e aposto que ele adoraria ir ao festival contigo. O nome dele é Dingwal. Um pouco tímido, mas ele é gente boa.

Soluço apertou a toalha da mesa com força, reprimindo um rosnado.

– E pra ti, loirinha. – Ela disse enquanto afastava os cabelos curtos com mechas verdes do rosto. – Creio que Coelhão seria uma ótima companhia.

Não deu nem tempo para que ela se recuperasse do choque. Tampouco Jack. A garota praticamente pulou em cima dele, agarrando seu braço.

– Acho que sobrou você pra mim, né gatinho. – Ela apertou a bochecha dele e depois se despediu com um aceno.

:::::


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, comentem o que acham que precisa ser melhorado, criticas construtivas, enfim, o que quiserem. :D Até!