Feriado Entre Amigos, ou Quase Isso escrita por Anwar Pike


Capítulo 10
Festival


Notas iniciais do capítulo

Hu-hu, finalmente o capitulo! E eles vao ao festival, yei! rsrs Espero que gostem e aproveitem a leitura! :D



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Festival

Ate mesmo Elsa estava estupefata. Rapunzel soltou a colher no prato de bolo intocado e correu para cima.

Passaram-se algumas horas até que Elsa subisse para ver o estado da prima. Ela tinha proibido Jack de subir, já que isso poderia piorar as coisas.

– Ei priminha, você esta bem... ? – Mas ela se deteve ao ver a garota deitada a cama, os cabelos desarrumados e o rosto enfiado em um travesseiro, o que fez sua voz soar estranha quando ela respondeu:

– Estou ótima.

– Olha Rapunzel. – Elsa sentou-se na cama e sem rodeios, soltou à bronca. – Eu sei que você não esta e além do mais, não deveria a estar aqui chorando por ele.

– Eu, eu só não consigo entender porque ele nem sequer abriu a boca para falar nada. Só ficou parado, babando no corpo daquela... Fada.

– Uii, quem é você e o que fez com a minha prima? – A jovem gargalhou, passando a mão nas costas da loira. – Escute, é por isso mesmo que não deveria estar chorando. Mostre a Frost o que ele perdeu.

Sua voz era desafiadora e Punzie levantou a cabeça, um tanto insegura.

– Você acha?

– Mas é claro! Agora vamos lá, Merida não quer me deixar passar maquiagem nela de jeito nenhum, preciso da sua ajuda!

– Ook, ok, já estou indo. – Rapunzel levantou-se e gargalhou do desespero da outra.

Elas passaram os próximos minutos em terapia de arrumação. Até Merida, ainda que relutante, entrou no meio.

Quando finalmente estavam prontas, as lagrimas de Punzie esquecidas bem como o motivo, elas saíram do quarto. A maquiagem de todas estava leve, já que a cidade era um tanto conservadora. Bem, o batom de Elsa era a exceção, mas ela não desistiria de usar a cor roxa.

Elsa usava um vestido lilás com detalhes em azul, cobertos e costas quase completamente descobertas. Ia ate o joelho. Ele não era chamativo por si só, mas Elsa tinha esse efeito com qualquer roupa.

Rapunzel estava de verde com pequenos fios dourados, um vestido mais curto, porem como era rodado, não dava para notar. Os ombros estavam de fora, mas as mangas iam ate os cotovelos.

Merida recusou-se terminantemente a usar saia. Ou qualquer coisa do gênero. Então, para se vingar, a mais velha a fez colocar uma cigarrete apertada, mas não vulgar com uma blusa solta de alças por cima. As alças eram mais grossas, assim a ruiva não reclamou por muito tempo.

Os garotos estavam na sala, sentados perto da bancada da cozinha, conversando amenidades quando as três desceram.

Os três estavam de jeans escuro, e, a exceção de Soluço, que estava com uma camisa de mangas compridas, os outros dois estavam de camisetas confortáveis.

– É, essa vai ser uma festa interessante. – Flynn disse ao olhar para os adolescentes, notando a tensão no ar. Ofereceu o braço para Elsa que o tomou com um sorriso de canto.

Merida saiu da casa tempestuosamente, nem sequer olhando para Soluço. Ele, porem, por mais que quisesse não podia manter os olhos longe da figura alta e zangada.

Jack mantinha uma expressão constrangida. Aproximou-se devagar de Rapunzel e fez menção de falar, mas ela o cortou com um olhar afiado, coisa que ele não achou que ela fosse capaz de fazer com olhos tão doces e rosto meigo.

– Só quero que faça uma coisa essa noite, Frost. – Ela suspirou o peito subindo suavemente. – Mantenha-se longe de mim. Por favor.

Ela tentou soar educada, mas aquilo foi como uma bofetada no rosto do garoto.

Poxa! Ele não tinha culpa que a tal Fada saltara sobre ele e não lhe deixara escapatória.

– Ok. – Eles saíram juntos, raiva borbulhando igualmente em corpos separados.

A viagem de carro foi silenciosa, e, na única vez que Elsa tentou estabelecer uma conversação, bem, as coisas só ficaram piores.

Ela perguntou a Soluço onde Astrid estaria esperando por ele. Só alguns milésimos de segundo depois percebeu a besteira que havia feito, apertou os olhos cobalto fechados e tentou desconversar.

Flynn pegou na mão da namorada compreensivo e apertou carinhosamente. Esse gesto lhe desertou um novo sentimento. Medo.

Ela estivera afastando o pensamento durante todo o dia, mas agora, próximos do “centro” da cidade, ela tinha que encarar seu tormento.

Sabia que Hans estaria na festa. Ele não perderia por nada. Mesmo assim, torceu para que ele não aparecesse.

Seu medo, em realidade era que os pequenos e quase mortos sentimentos que ainda guardava por ele renascessem. Ela não aguentaria um drama como esse, já estava velha pra esse tipo de coisa.

Pensou em Flynn, tão diferente, e ainda assim, tão parecido em certas coisas. Flynn a fazia esquecer as discussões, já Hans gostava de vê-la irritada.

– Chegamos. – O moreno mais velho a despertou de seus distantes devaneios. Saiu e ela já estava quase saindo quando ele correu para sua porta e ajudou, como um verdadeiro cavalheiro. Coisa que ele nunca fazia.

Mais uma vez, a pose elegante de Hans veio a sua mente e ela a afastou, sorrindo para Rider.

– Obrigada. – E então se curvou rindo.

Não demorou para que desaparecessem em meio a multidão. Uma garota loira veio andando poderosamente em sua direção.

– Astrid. – Soluço sorriu, sem graça. Os olhos azuis da garota passaram rápidos pela ruiva e então ela tomou a mão de Soluço e o puxou em direção á uma barraquinha de salgados fritos, os sapatos altos soando em ecos nos ouvidos da ruiva.

O lugar estava lindo. Luzes e bandeiras penduradas pelas casas baixas. O chão de ladrilhos coberto por purpurina e papeis coloridos. As pessoas passavam de um lugar para outro, apontando, rindo, brincando entre si. Uma mãe tentava controlar seu filhinho que queria agarrar uma barra de alcaçuz.

Mais adiante, uma garota de cabelos negros, com estilo gótico estava parada com os braços cruzados, um bico em seu rosto coberto por uma franja de cabelos lisos e espessos.

Um garoto de topete, também de cabelos incrivelmente negros falava algo, aparentemente tentando faze-la rir. Ele se inclinou, também com os braços cruzados e lhe deu um beijo na ponta do nariz , meigo.

Rapunzel sorriu por alguns segundos, imaginando-se no lugar dela. Mas então a lembrança, ou melhor, a visão da vizinha caminhando em sua direção, seguida de mais dois garotos nublou seus pensamentos bons.

– Hey! Hey Jack, - Ela sorriu, se insinuando para ele. O garoto sorriu de lado e acenou, desanimado. - Aqui garotas, estes são Dingwal e Coelhão.

Ela apontou para os dois garotos. Um era baixo, loiro com cabelos arrepiados e olhava para o nada, como se perdido em pensamentos. O outro era alto e musculoso, mais bronzeado que Fada, com tatuagens em seus braços fortes.

– Meu nome é Edward. – O mais alto falou, apertando levemente a mão de Punzie. Ela o olhava com um sorriso tímido, e, na opinião do recém-chegado, muito fofo.

Ele era um verdadeiro colírio. Mas Jack não gostou nada da reação da loira. Suas sobrancelhas se fecharam, assim como sua expressão. Rapunzel fingiu não ver e acompanhou Coelhão ate a barraca de tiros, conversando animados.

Merida saudou o loiro que pareceu despertar de uma espécie de transe. Ele sorriu largamente o que fez a ruiva rir. É, ele parecia ser gente boa mesmo. Os dois começaram uma conversa normal, e logo estavam falando sobre videogames de guerra e tipos de armas.

Jack passou a mão pelos cabelos, embaraçado.

– Então, quer ir á algum lugar em especial, moça? – Ele perguntou debochado, mas Fada riu, tilintando. Enroscou seu braço ao dele e o levou para a maior concentração de pessoas, no centro da praça.

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Notas finais do capítulo

E entao, gostaram, nao, acham que precisa melhorar algo, o que? Comentem! :D