Feriado Entre Amigos, ou Quase Isso escrita por Anwar Pike


Capítulo 7
Tempestade


Notas iniciais do capítulo

Hu-hu pessoal, desculpem se demorei, amei escrever esse capitulo, espero que gostem de le-lo :D



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Tempestade

Merida subiu as escadas quietamente aproveitando que Rapunzel estava distraída com um livro de ficção. Ela e Frost haviam preparado uma brincadeirinha para passar o tempo.

Não entendam mal. A ruiva amava a amiga, mas ela não poderia perder uma oportunidade de deixa-la irritada, era hilário.

Ela olhou pela janela do quarto da loira de cabelos longos e percebeu o sol a pino. Logo a pegadinha iria começar.

Merida olhou para os lados e atrás de si antes de agarrar a escova de cabelos preferida de Rapunzel e esconde-la nas roupas. A garota ia surtar.

Saiu rapidamente e voltou à cozinha, fazendo um sinal de ok para Jack.

Soluço assistia á um noticiário sobre ossos de dinossauros gigantescos encontrados em Massachuscets. Mas a ruiva percebeu que ele estava distante.

Com cuidado, como se estivesse pisando em ovos, ela se aproximou e sentou ao lado dele. Pode sentir o calor humano emanando da pele sardenta dele. Inconscientemente prendeu a respiração. Droga! Ela não deveria estar se deixando levar desse jeito. Ele tinha uma namorada, e obviamente se preocupava com ela. Ela não tinha o direito de atrapalhar os dois. Não quando não tinha sequer coragem de confessar seus sentimentos.

‘Mas’ ... Uma vozinha insistente soava em sua cabeça. Ela queria sim lutar por ele. Por mais que tentasse negar e o tanto quanto isso soasse errado, ela o queria. Sempre o quis.

Levou uma das mãos aos cabelos e afastou uma mecha encaracolada para trás da orelha. Soluço reagiu ao movimento, que fizera os braços dos dois se tocarem.

Ele a encarou com aqueles olhos verdes selvagens. Tantas palavras, mas nenhuma se atreveria á atravessar seus lábios.

Por mais um milésimo de segundo ele sustentou o olhar dela, e então desviou, encarando a parede azul.

No andar de cima, Rapunzel saia do banheiro com uma expressão pacifica. Vestia uma bermuda curta jeans e uma blusa solta cor de rosa.

Passou os dedos pelos cabelos separando os fios dourados e se dirigiu a penteadeira. Seus pensamentos iam longe, num típico sonho diurno.

Os cabelos brancos de Jack, o sorriso de canto e a disposição para deixa-la irritada haviam se tornado marcas registradas do garoto.

Ele não havia mudado em nada, ela pensou, talvez um pouco alto demais.

Punzie correu as mãos pela gaveta à procura da escova prateada. Ela tinha certeza de tê-la deixado ali.

– Mas que por... – Ela começou, mas percebeu uma presença entrar no quarto. Levantou-se tão rápido que bateu a cabeça na móvel sob a qual estivera abaixada.

– Ei loirinha, perdeu algo? – O garoto perguntou debochado, com as mãos nos bolsos.

– Nada que seja do seu interesse. – Ela respondeu, sentindo irritação crescer.

Mesmo assim, a risada de Frost preencheu o quarto.

– Bem, então talvez você não quer sua escova preciosa de volta?

Rapunzel se virou para ele, os olhos verdes apertados. Então, ela entendeu.

Mas ai Jack já estava correndo escada abaixo. O grito de Rapunzel vibrou nos seus ouvidos enquanto ele corria para fora da casa.

– Jack Frost seu garoto inconsequente volte aqui agora!!!!

A loirinha saiu correndo atrás dele, os cabelos balançando bagunçados em suas costas. Jack virou-se para trás e sorriu com o canto dos lábios, seus pés o levando em direção á uma arvore um pouco longe da casa.

As raízes eram grossas e o tronco largo. Punzie notou uma nuvem de chuva formando-se sobre sua cabeça, mas naquele momento a única coisa que lhe importava era pegar sua escova de volta.

E dar uma boa lição naqueles que tinham pregado aquela peça nela.

– Jack seu verme comedor de... – Mas ela parou de insulta-lo ao se deparar com Merida sorrindo em cima de um dos galhos da arvore. Ela segurava algo com um cabo prateado nas mãos.

– Minha escova. – Punzie sussurrou incrédula que sua amiga estivesse fazendo isso.

Frost havia sumido entre as arvores, mas saltou de trás de um dos troncos, assustando Rapunzel e logo depois, subindo atrás da ruiva.

Rapunzel estava ofegante pela corrida, e muito, muito zangada.

– Devolvam. – Ela parou sob a arvore, batendo um dos pés descalços na grama. Pequenas gotas de chuva já começavam a cair. – Agora!

Mas Merida só gargalhou e jogou o objeto para o de cabelos brancos.

– Acho que você vai ter que subir aqui e pegar, princesa.

Rapunzel rosnou. Dobrou as mangas e começou a escalar o tronco, usando as unhas também, já que a agua estava deixando a madeira escorregadia.

Porem, quando estava prestes a alcançar o galho onde Frost e Merida estavam parados, a ruiva saltou, correndo de volta a casa. Jack por sua vez, subiu em um galho mais alto, e consequentemente mais fino.

A chuva estava mais forte agora, a claridade do dia se fora, dando lugar as nuvens de tempestade.

– Jack, eu juro, quando eu chegar ai... – Ela começou. Então tudo aconteceu de uma vez, muito rápido para os olhos acompanharem.

Jack pisou em falso em uma parte da madeira encharcada. Escorregou, batendo o traseiro contra o galho e atirando, sem querer, a escova por cima da cabeça no processo.

– FROST!

Soluço, que tomava chocolate quente dentro da casa, sentada junto com Merida, observava a tudo com um sorriso no rosto.

Balançou a cabeça e voltou os olhos para sua caneca.

De volta as arvores, Punzie, com agilidade incrível, desceu da arvore, não dando a mínima atenção para as folhas presas em seus cabelos colados no rosto e pescoço.

Com passos duros, ela se embrenhou mais fundo na pequena floresta, ignorando os avisos de Jack sobre o perigo e instabilidade do terreno.

Seus olhos divisaram uma coisa cintilante, presa entre os arbustos, á uns dois metros de distancia.

Ela só precisava chegar ate o outro lado e...

Antes que pudesse ao menos gritar com o choque, seu corpo despencou em um barranco. O pé havia escorregado em um pedaço de terra fofa e agora ela se viu caindo em direção as pedras e galhos retorcidos logo abaixo.

– JACK! – Foi o primeiro nome que pode pensar. Mais tarde, ela tentou se convencer de que era por que ele fora o ultimo a falar com ela, mas sabia que era por outra razão.

Suas mãos se agarraram á uma raiz presa ao barranco, mas esta estava soltando-se velozmente, cedendo ao peso da garota.

Lagrimas se misturaram com as gotas de chuva enquanto ela murmurava não repetidamente para si mesma, tentando sustentar-se, tentando agarrar a borda de terra.

Seus pés balançavam sem suporte, apontando na direção da queda. Foi então que uma mão agarrou seu antebraço e um rosto pálido e sarcástico apontou na borda do barranco.

– Jack. – Ela deixou escapar um suspiro de alivio a medida que ele a ajudava a escalar de volta.

Os dois adolescentes saíram de perto da borda tropeçando e se segurando um ao outro, respirando profundamente.

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Notas finais do capítulo

E entao, ansiosos para o proximo? Comentem, deixem opinioes enfim, até! :D