Made In NY escrita por Vinneys


Capítulo 49
Primeira Vez!


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee! Aviso aqui!

Bom hoje não é a Thatty que esta postando é as outras autoras. Enfim, como combinado hoje faríamos uma maratona de três capítulos seguidos, mas hoje não vai rolar. Pq os outros dois capítulos estão com a Thatty e ela esta doente e não conseguiu mandar pra gente. E como nos recebemos um milhão de mensagens nos ameaçando de morte pela demora esta ai um cap pra acalmar as lombrigas de vcs. Desculpem meninas...

Boa Leitura!



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Pov. Chad

Ryan e Cassie encheram meu saco pra irmos com eles pra boate. Eu não queria ir, não era o que tava planejando pra hoje e aparentemente a Vick também não. Eu sabia o que ela queria, mas eu tava tentando fugir daqueles três, o que tava parecendo uma missão impossível.

Assim que chegamos à boate Jason nos esperava lá na frente. Ele estava recostado na parede com uma garrafa de cerveja na mão. Assim que nos viu jogou a garrafa no chão e saiu correndo.

–Galera! - Ele gritou e logo em seguida me abraçou quase me derrubando - Cara, feliz dia dos namorados, meu Deus... Eu te amo tanto!

–O que? - Eu o empurrei com tanta força que ele quase caiu, mas Ryan o segurou pelos braços.

–Eita, amor reprimido? - Ryan gargalhou.

–Eu tenho a leve impressão de que ele já ta bêbado! - Disse o observando.

A garrafa que ele jogou no chão tava vazia e ele tava fedendo a vodka e ria como um descontrolado.

–Eu odeio quando o Jason fica bêbado, ele fica muito retardado! - Vick falou.

–Só espero que ele não comece a cantar musicas infantis como da primeira vez, ou sumir como da segunda! Eu não vou te buscar de novo cara! - Ryan falou o soltando e ele demorou mais tempo que o normal pra se equilibrar.

–Gente, gente, gente, gente... - Repetiu varias vezes enquanto tentava se equilibrar - Eu to sob controle. Venham!

Ele agarrou a blusa do Ryan e começou a arrastá-lo pra dentro. O lugar não estava tão cheio como de costume, acho que esse feriado deixava as pessoas meio depressivas.

Eu não tava nem um pouco a fim de ficar ali. Jason sumiu assim que entramos. Ryan não perdeu tempo e já foi direto pra pista com a Cassie.

Vick me encarou por um tempo sem saber o que fazer e nem eu.

–Hey! - Jason apareceu com uma bandeja cheia de bebidas. Aposto que ele roubou do garçom.

Nos dois pegamos uma e ele sumiu mais uma vez indo em direção ao Ryan do outro lado da boate. Eu dei apenas dois goles e deixei meu copo num canto.

Suspirei me sentindo estranho de estar numa boate sendo que eu era um homem casado. Casado de mentira, mas casado, era como se não fizesse sentindo algum eu estar aqui. Droga!

–Oi – Ouvi alguém atrás de mim.

Era uma garota. Loira com uma roupa muito apertada que eu me perguntava como ela respirava e sim era bonita. Não que eu tenha reparado muito é só que ela tava perto demais.

–Sou maia! – Ela disse quando percebeu que eu não ia responder. Forcei um sorriso.

–Oi!

–Então... Você quer dançar?

Eu a encarei de novo respirando fundo. Odeio ser grosso e mal educado. Mas eu realmente não queria estar aqui agora.

–Não obrigado, vou ficar aqui mesmo.

–Ah que isso, nos estamos numa boate! – Ela se aproximou e alisou meu braço – Eu posso animar sua noite se quiser!

Prendi há respiração um pouco surpreso pela sua rapidez. Essas mulheres de hoje em dia estão muito diretas, meu Deus. Virei pro lado onde Vick me olhava sem expressão alguma, mas observando cada movimento meu e daquela garota. Tem como ficar mais estranho?

–Não preciso que você anime a minha noite. Eu sou casado. Então Maia... Ahn boa noite!

Ela abriu a boca pra me contestar, mas antes dela falar alguma coisa eu peguei na mão da Vick e sai dali praticamente correndo. Ela dizia algumas coisas, mas eu não prestei atenção por causa da musica alta.

Assim que cheguei lá fora Victoria soltou minha mão e me olhava com a boca meio aberta como se não soubesse o que dizer. Respirei fundo quando senti aquele ar quente e o som da musica saindo abafado.

–Você... Você esta bem? – Ela perguntou.

–To muito melhor agora!

–Você ta estranho, não parece muito normal...

–Me diga qual é o meu normal! – Ela me encarou demorando um tempo pra responder.

–Nunca vi você fugir de uma mulher antes, principalmente numa festa. E Você não bebeu, e isso é...

Eu peguei em sua mão novamente e comecei a andar pela rua a procura de um táxi. Eu podia sentir ela me encarando como seu eu tivesse drogado ou sei lá o que.

–Você não acha estranha passarmos o dia dos namorados numa boate? – Perguntei e ela não respondeu apenas me encarou confusa. – Enfim, eu acho. E não é o que eu preparei pra hoje, sabe!

–O que você fez Chad? – Ela perguntou num tom acusatório como uma mãe brigando com o filho, isso me fez rir. Ela é sempre tão positiva.

–Por enquanto... Só uma reserva!

–Reserva na onde?

–Chega de perguntas garota!

Consegui fazer um táxi parar pra nós depois de uns 10 minutos. Olhei no relógio e eram 21:15 da noite. Possivelmente ainda daria tempo. Victoria passou o caminho inquieta e me olhando cerrando os olhos como se eu tivesse a seqüestrando.

Depois de 30 minutos dentro do táxi ela já tava surtando, já tinha gritado comigo e me xingado de muitos nomes e até me batido. Quando o táxi parou, ela desceu quase correndo. Eu paguei o taxista e ele se foi.

–Que lugar é esse? – Ela perguntou olhando a entrada.

Era um restaurante que ficava numa espécie de bosque, sei lá que merda era aquilo, mas estava com a entrada decorada com muitas luzes e flores e essas coisas pro dia dos namorados. Vick encarava o lugar com os olhos brilhando e eu vi um pequeno sorriso se formar enquanto ela apenas olhava as luzes.

–Vem! – Chamei entrando no lugar.

Ela me seguiu ainda encarando cada pedaço do lugar. Assim que nos entramos melhor uma moça apareceu com a prancheta perguntando o nome da reserva e logo depois ela nos levou pra uma mesa ao ar livre.

–Eu vou ser um cavalheiro essa noite! – Eu puxei a cadeira pra ela que no mesmo segundo suas bochechas ficaram parecendo dois tomates o que me fez rir. Ela se sentou escondendo o rosto no cabelo.

Sentei-me de frente pra ela. Ela ainda estava vermelha.

–Eu não to entendo nada – Ela disse olhando pros lados.

–Deixa eu te explicar – Falei pegando o vinho no meio da mesa e colocando nas taças – Eu não queria passar essa data numa boate ficando bêbado e ainda por cima tendo que aturar Jason cantar musicas infantis. Tudo bem que somos casados de mentira, mas achei justo te trazer aqui!

Ela encarou a taça cheia de vinho por um tempo até começar a falar.

–Porque não me disse nada? Teria me arrumado a caráter – Ela apontou pra própria roupa.

Ela estava de shorts curto e uma blusinha e salto alto. Os cabelos soltos e seu perfume dava pra sentir da onde eu tava sentado.

–Pra mim ta ótimo assim!

Ela sorriu tímida pegando o cardápio e escondendo o rosto nele. Eu fiz o mesmo passando os olhos pelas opções.

–Eu falei com o advogado! – Ela me encarou – Ele marcou uma reunião pra daqui alguns dias!

–Ótimo – Ela suspirou voltando a olhar o cardápio – Espero que o processo seja rápido.

–Ele disse que vai ser. Não sei por que mais ele disse que é comum esse tipo de coisa.

–Casar sem querer?

–Principalmente em Las Vegas!

A garçonete apareceu e fizemos o nosso pedido. Vick ficou observando o prato vazio enquanto tamborilava os dedos na mesa de forma impaciente.

–Vai ficar estranho quando nos separamos. Com 20 anos já vou ser divorciada! – Ela suspirou

–É, eu não tinha pensado nisso!

Victoria estaria ligada na minha vida pra sempre. Porque mesmo que sem querer fomos casados, quer dizer ainda somos. E sabe Deus como vai ser depois do divorcio. Bom, pelas palavras dela, vai ser muito, mas muito estranho.

–Eu não acho que devemos pensar nisso agora. Eu sei que vai ser estranho, mas isso só vai acontecer depois e não agora. Não quero sofrer por antecipação!

–Já ta estranho agora! To passando o dia dos namorados com meu vizinho que me casei em Las Vegas.

Ela pegou a taça de vinho e virou tudo de uma só vez. Colocou o copo na mesa, quando ia encher a taça de novo suas mãos tremulas esbarraram na taça que caiu na mesa e derramou o vinho todo em mim.

–Ai desculpa, desculpa, desculpa... –Ela repetiu apavorada. Levantou-se pegando lenços na mesa e começou a me limpar – Foi sem querer, eu juro.

–Calma – Eu disse encarando minha causa toda suja de roxo.

–Eu posso dar um jeito nisso! – Ela tava desesperada esfregando o pano branco na minha calça, ela tava mais espalhando a mancha do que limpando.

–Você só ta piorando!

–Ai meu Deus! – Ela disse olhando a merda que ela tinha feito. – Ai meu Deus, desculpa!

–Tudo bem, já to acostumado em ser o alvo dos seus desastres! – Ela me encarou segurando o pano pingando vinho em sua mão sujando o próprio short – Ta tudo bem, relaxa! Me da isso aqui!

Peguei o pano da sua mão e joguei em baixo da mesa. Ela ainda me encarava meio perdida, trocando olhares da garrafa vazia em cima da mesa pra minha calça suja. No mesmo instante a garçonete trouxe os nossos pratos e um pano limpo pra mim que tentei ajeitar o desastre que ela tinha feito na minha roupa.

–Quando nos voltarmos pra casa eu lavo, vou dar um jeito nisso. Desculpa!

–É só uma calça, não vou morrer por causa disso!

Ela suspirou.

–Ta então, eu acho melhor eu me ocupar comendo mesmo antes que eu cometa mais algum desastre! - Ela forçou um sorriso.

[...]

Victoria continuava meio vermelha e quase não tocou na comida, só remexia no prato. Eu também não tava com muita fome, quer dizer depois daquele banho de vinho eu perdi totalmente o apetite. Vick parecia mal com isso, como se tivesse me dado um tiro. Eu não esperava menos dela, o ser humano mais desastrado que já conheci. E pra quem sabe essa não é a primeira vez que ela faz isso comigo. E provavelmente não vai ser a ultima.

–Ta... Chovendo? - Ela perguntou vendo pequenas gotas de água caírem sobre a mesa.

Eu olhei pra cima e quase fiquei cego com umas gotas de água que caíram no meu olho. Sem que eu tivesse percebido as outras pessoas sentadas nas mesas próximas já tinham se levantado e saído dali.

Quando dei por mim eu já tava ensopado e Vick também que ainda continuava sentada me olhando. Nos dois levantamos na mesma hora e saímos correndo pra uma parte coberta.

–Desculpe pessoal! - A recepcionista falou - Não imaginamos que teria um temporal hoje, se não teríamos feito o jantar no lugar coberto. Mas se vocês quiserem esperar ate amanha...

Ela entregou um panfleto pra mim e pras outras pessoas. Era um chalé que ficava a 10 minutos daqui. A maioria se negou a ir porque a chuva tava muito forte.

Vick tomou o papel da minha mão e leu.

–Nos vamos! - Ela disse e eu encarei a perplexo.

–Nessa chuva? - Uma moça perguntou olhando pra ela também.

–Não senhora, na próxima! - Ela disse revirando os olhos - É claro que é nessa chuva. Não quero ficar aqui, eu posso ser atingida por um raio e sabe que odeio trovoes e essas coisas - Ela se voltou pra mim.

–Você só pode ta brincando!

–Não, eu não to! Não quero ficar aqui. - Ela se encolheu olhando as nuvens no céu que pareciam não ter fim.

Ela avisou a recepcionista que iríamos ficar com o chalé e ela nos deu um guarda chuva. Seguimos por uma trilha de pedras que passava pra fora do bosque.

Victoria tropeçou umas quatro vezes no barranco e quase nos levou ladeira abaixo. Demoramos mais de 10 minutos pra chegar porque a inteligência rara nos fez pegar o caminho errado.

Logo que chegamos havia um complexo cheio de chalés um do lado do outro, parecia casinhas antigas, mas era bem arrumado. Um homem nos deu a chave do ultimo chalé. Ótimo! Mais caminhada.

–Eu vou tomar banho primeiro! - Vick saiu correndo quando entramos. Eu a puxei pelo tecido do vestido.

–Não mesmo. Eu é que vou primeiro.

Ela deu um tapa na minha mão e tentou correr pro banheiro mas eu fui mais rápido e barrei a passagem me colocando na frente da porta.

–Chad sai, eu quero toma banho, to toda suja!

–Eu vou toma banho primeiro.

–Mas eu só menina! - Ela disse fazendo um bico e eu gargalhei.

–Não te perguntei nada - Disse rindo e ela cruzou os braços - E alem do mais você me sujou de vinho!

–Você disse que não iria morrer disso.

–Morrer eu não vou, mas to cheirando a uva com barro e to parecendo um cachorro molhado!

–Eu vou voltar com o argumento de que sou menina. E você mesmo disse que iria ser um cavalheiro hoje então... Deixe sua esposa tomar banho primeiro! - Ela sorriu piscando os olhos rapidamente e sorrindo como uma criança de seis anos.

–Minha esposa? - Perguntei estreitando os olhos pra ela.

–Sim, sua querida e amada esposa... E menina! Que precisa tomar banho. Juro que vou ser rápida! - Ela se aproximou de mim - Por favorzinho!

Bufei revirando os olhos.

–Anda logo. Se eu fica doente a culpa é sua!

[...]

Pov. Victoria

Entrei no chuveiro e deixei que a água quente levasse toda aquela água gelada da chuva e todo aquela barro que eu me sujei no caminho.

Lavei méis cabelos que já estavam ficando duro de tanta chuva que eu tomei nesses últimos minutos. Demorei uns 20 minutos no banho. Depois de me secar encarei minhas roupas no chão.

Estavam sujas e molhadas, mas vesti ao mínimo minhas lingeries daquele jeito mesmo. Fui ate o armário das toalhas e achei umas camisetas lá e vesti uma. Era meio curta e tinha as mangas muito longas, mas era isso ou ficar nua.

Assim que sai do banheiro Chad Tava encostado na entrada com a porta aberta, sem camisa enquanto secava o cabelo molhado. A calça toda molhada de vinho que eu fiz o favor de sujar.

Eu me peguei olhando demais pra suas costas nuas e tenho certeza que ruborizei quando ele me viu.

–Ta gostando da visão? - Ele perguntou pendurando a toalha no ombro.

–Já vi melhores - Minha voz saiu numa espécie de sussurro como se eu tivesse com vergonha. Quer dizer eu tava com vergonha.

Ele sorriu e entrou no banheiro sem dizer mais nada. Ele ficou lá por um bom tempo e quando voltou minutos depois, tava só de cueca. Sim Deus, só de cueca. Não é como se eu tivesse vendo ele assim pela primeira vez, nos passamos uma semana juntos no hotel e já tivemos que voltar semi nus pra casa depois de invadir um parque.

Tentei não olhar pra ele e fiquei observando o céu que ainda tava cheio de nuvens e vez ou outra soltava um trovão pra me assustar.

–Pelo jeito vamos ter que passar a noite aqui! - Falei e quando percebi ele tava atrás de mim seguindo meu olhar.

–É, acho que sim! - Ele bufou. Logo depois se jogou na cama e continuei onde eu tava.

Como eu odeio chuva. Pra mim uma visão perfeita da vida seria não existir chuva. Sol hoje. Sol manha. Sol sempre. Esse negocio de chuva forte e com trovão e relâmpago não é pra mim. Principalmente quando acaba a luz.

Ouvi um assovio alto que me assustou. Quando me virei Chad tava sentado na cama me encarando.

–Não faz isso comigo! - Ele sussurrou

–Não fazer o que?

–Isso! - Ele gesticulou pra minha blusa. - Ta ficando transparente porque seu cabelo ta molhado!

Eu não tinha secado meu cabelo direito porque só tinha duas toalhas, eu usei uma e deixei a outra pro Chad. Meu cabelo tava pingando na blusa deixando tudo mais transparente e aparecendo minha lingerie.

–Gostei da sua calcinha, ela é bem... Pequena!

Eu tentei tampar em vão com a mão, mas já era tarde. Tava muito transparente e ele não parava de olhar.

–Chad! Para!

–O que? - Ele me encarou sorrindo - Inevitável não acha? Calcinhas pequenas atraem homens, homens gostam de ver essas coisas e eu sou homem.

–Ahh, então aposto que você deve ter amado aquele vestido curto daquela garota na boate. Admite!

–Olha, eu ate gostei do vestido dela mas... Nada se compara com a visão que eu to tendo agora!

Por mais que esse olhar de cafajeste dele tivesse me deixando envergonhada eu voltei a pensar em como aquela safada deu em cima dele. E preciso admitir que não pensei em outra coisa a noite inteira.

–Chad! - Chamei e ele me encarou - Porque você fugiu daquela garota na boate? Ela queria ficar com você não queria?

Ele respirou fundo e se ajeitou na cama se sentando mais reto.

–Muito provavelmente ela queria ficar comigo sim. Mas eu não ia ficar com ela por dois motivos. Primeiro porque eu não queria e segundo porque eu cumpro promessas que eu faço pra pessoas especiais.

Eu me peguei sorrindo com o que ele disse e nem fiz questão de reprimir.

–Então, eu sou uma pessoa especial? - Perguntei.

Ele me chamou com a mão e eu fui ate ele. Quando parei na sua frente ele me puxou pela blusa me fazendo cair sentada no seu colo.

–É sim. Afinal quem mais eu pediria em casamento em Las Vegas?

Eu ia responder um: Qualquer vagabunda. Ate porque ele tava bêbado. Mas ele não me deixou falar porque me beijou.

Não vou dizer que fiquei surpresa porque ele me puxou pro colo dele então eu já imaginava algo do tipo.

Ele passou suas mãos por dentro da minha blusa e eu pude senti-la apertando a minha cintura dolorosamente enquanto eu enlacei meus braços pela seu pescoço. Sua outra mão acariciava minhas costas.

Minha mente parecia que tinha parado de funcionar por uns minutos. Eu tava em outro mundo agora. Um mundo chamado: O que eu faço agora?

Eu queria muito que isso não ficasse no beijo, mas eu não tinha certeza se eu tava preparada pra isso. De uma coisa eu sabia, eu não queria solta-lo, eu não queria que ele parasse. Eu não tinha forças nem pra me afastar dele, e nem pra pedir pra ele se afastar de mim. Eu tava perdida.

A coisa foi indo tão naturalmente que quando percebi suas duas mãos estavam na minha coxa e eu já me movimentava em cima dele.

Só que de repente e aos poucos ele foi parando. E eu não sabia da onde eu tinha arranjado tanto fôlego pra beijá-lo, porque quando ele me soltou parecia que eu ia morrer sem ar.

–Eu não quero... Te forçar a nada! - Ele disse olhando pro chão enquanto recuperava o fôlego.

Eu respirei fundo tentando parecer calma e tentando não deixar minha voz falhar enquanto eu falava.

–Você não ta me forçando. - Ele me encarou.

–Pensei que ia querer sua primeira vez com um príncipe encantado ou... Sei lá o que. Não é aqueles caras lá que vem montado num cavalo, vestido uma roupa esquisita com cabelo lambido de gel?

Eu ri do jeito que ele falou

–Não é isso. Quando disse príncipe encantado e essas coisas não me imagino num conto de fadas porque eu sei que vivo num mundo real e isso não existe. Mas quando digo isso eu imagino uma pessoa que eu realmente goste, e que realmente me faça sentir bem e segura diferente de outros cara que passaram pela minha vida.

–Entendo - Ele continuou me encarando e soltou um suspiro de repente - E como você se sente agora?

–Eu não sei!

–Você não esta facilitando - Ele disse rindo.

–É, eu também sei disso.

–Ta, então... Deixa eu tentar outra pergunta. - Ele colocou duas mãos no meu rosto e definitivamente olhou nos meus olhos tão intensamente que eu não consegui recuar - Você esta pronta agora Victoria?

Eu tive um leve instinto de sair correndo, mas eu não o fiz.

–Estou! - Minha voz saiu num pequeno sussurro o que fez ele sorrir.

–Você confia em mim? - Ele também sussurrou de volta tão perto do meu rosto que eu sentia seu hálito quente no meu rosto.

Eu queria gritar que não, mas também não foi o que eu disse.

–Confio!

Ele sorriu com a minha resposta e eu sorri de volta.

Eu não sabia se confiava nele, não sabia se tava realmente pronta, na verdade eu não sabia de nada. Mas enfim, como eu saberia se não tentasse? Não existe outro jeito de não saber se não tentar. E mesmo não sabendo de nada dessas coisas, aquele parecia o momento certo pra mim e ele também parecia à pessoa certa pra mim. Ele tava sendo tão fofo me levando pra jantar num lugar super lindo, não sendo um galinha como ele é! Isso era já tudo pra mim, os sacrifico que ele tava fazendo.

E eu queria muito aquilo. E de repente essa idéia de ele ser o primeiro pareceu perfeita pra mim. Eu queria que fosse ele a fazer isso, e não me perguntem porque eu do nada decidi isso.

E olha só, ele parecia bem disposto a isso!

As mãos dele que estavam no meu rosto desceram para o meu pescoço me puxando pra um beijo suave e calmo.

Sua mão começou a levantar a minha blusa e em segundos ela era apenas uma peça a menos jogada no chão do quarto.

Com as minhas pernas enlaçadas na sua cintura ele me deitou na cama ainda me beijando. Eu podia sentir seu coração acelerado batendo contra o meu peito. E o meu não estava diferente.

Suas mãos passearam pelo meu corpo desde as minhas coxas até o fecho do meu sutiã onde ele ficou por um tempo. Quando eu senti o sutiã se soltar ele levantou o rosto pra encarar meus seios descobertos e eu tive que fechar os olhos pra não morrer de vergonha.

Senti seus lábios distribuindo beijos pelo meu ombro e quando ele chegou no meu pescoço deixou um belo de um chupão que com certeza ia ficar marcado, bem roxo na verdade. Ele desceu seus beijos e eu senti sua língua gelada em um dos meus seios.

Quando abri os olhos ele tava me encarando. Mordeu de leve meu seio e sorriu quando eu gemi com isso.

Ele desceu sua mão ate a barra da minha calcinha e com um rápido movimento ele a tirou também jogando no chão sem que eu tivesse percebido minha mão ja puxava sua cueca pra baixo e ele se levantou deixando ela cair no chão.

Eu soltei um suspiro involuntário. A visão daquele homem sem nada de roupa era agonizadora. Eu tava fodida. Literalmente. E juro que já não agüentava mais espera.

Eu o puxei de volta pra cima de mim e voltamos a nos beijar agora como se o mundo fosse acabar. Seu corpo grande cobrindo o meu parecia uma coisa perfeita que chegava a ser estranho.

Eu sentia seu amiguinho dando um "ótimo" sinal de vida e eu já comecei a me apavorar por dentro. Ele me encarou.

–Não quero te engravida na sua primeira vez! Então... - Ainda na cama ele resgatou sua calça no chão e puxou uma camisinha com um sorriso de como se aquilo fosse à salvação da vida dele.

–Você anda com isso ai no bolso?

–Nunca se sabe - Ele deu de ombros.

Enquanto ele colocava a camisinha eu me perguntava mentalmente se sentir tanto medo era normal ou se eu tinha algum tipo de problema não identificado.

–Vou te perguntar de novo pra ter certeza... - Ele disse voltando a posição inicial.

–Não precisa. Eu tenho certeza de que é isso que eu quero!

Ele assentiu com a cabeça ainda me encarando por longos segundos como se esperasse que eu desistisse a qualquer momento. Quando ele percebeu que eu não faria ele deu um leve selinho e sorriu.

–Você ta tremendo - Ele sussurrou contra os meus lábios.

–Eu sei.

Ele pegou na minha mão e a apertou o que por incrível que pareça me deixou menos apavorada. Fechei os olhos quando senti sua outra mão afastar minhas pernas.

Do jeito mais torturante que ele conseguiu fazer aos poucos eu sentia seu membro entrar em mim. Eu arranhava suas costas pra descontar a dor que eu tava sentindo e que graças a deus foi uma vez só. Aos poucos ele foi aumentando a velocidade e a dor já não era tão ruim como antes, foi algo suportável e que graças a deus tinha passado. E eu não imaginava que seria justo ele, meu vizinho idiota, meu marido falso e meu colega de faculdade que seria meu príncipe encantado.

Ele me fez tocar o céu depois daquela dor irritante. Agora eu não conseguia mais respirar de tão cansada.

–Valeu a pena esperar? - Ele perguntou assim que desabou em cima de mim.

–Valeu.

Com certeza valeu muito a pena.


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Notas finais do capítulo

Obrigada a Nattyfics, Gigilovers, Jack Torres, Estela, Puca Sophie, Palominha, Lariih Angel, Nana, Pandinhaw, Gabih, Yasmin Roos e Hermione Jackson Mellark! Amei o comentário de vcs. Obrigada mesmo.

Enfim, já fica avisado pra quem não sabia, a próxima postagem vem três capítulos seguidos. Se tiverem com muitaaa raiva da gente, xinguem a Thatty. Não é nossa culpa se ela ta doente Rsrs'

Beijo amores, espero que tenham gostado do capitulo. Bom final de semana!

Ps: Comentem ai o que acharam da primeira vez da Vick! ;) Finalmente ela libero né galera!

XoXo