No, sir, I don't wanna be the blame, not anymore / It's your turn, so take a seat we're settling the final score / And why do we like to hurt so much?

Existem muitas boates em Nova York, quer dizer muitas mesmo, e Percy e Calipso vem nessa?

Virei meu rosto e terminei de beber meu refrigerante, ia procurar as meninas e a gente ia embora. Levantei e dou de cara com Calipso.

– Oi!

– Oi Calipso. – me sentei de novo. Calipso pediu uma dose de tequila.

– Então você está de volta. Porque voltou? – Me surpreendi com essa pergunta, era óbvio que ela sabia que minha mãe estava com câncer.

– A minha mãe está com câncer.

– Ah, sinto muito. – E bebeu sua bebida e pediu outra. – Então como é a faculdade?

– É ótima, você também está fazendo?

– Já terminei.

– Ah. – Então você é superdotada.

– Então tem alguém especial na sua vida? – Ela me disse bebendo a outra dose de tequila, porém ela tinha mais interesse nessa pergunta.

– Não, não tem.

– Não? Percy comentou que você estava namorando.

– Então porque você me perguntou? – ela deu de ombros e sorriu.

– Queria saber de você.

– Sim estou namorando, mas não posso dizer que é certo.

– O que te faz pensar assim?

– É complicado. Porque está aqui?

– É complicado. – Ela piscou e sorriu, se levantou e foi embora.

Assim que ela se levantou eu fui procurar as meninas, a gente ia embora agora.

Mas como nada na vida é perfeito, duas mãos me agarram pelo ombro. E era Percy.

– Precisamos conversar.

– Não precisamos. – Me livrei dele.

Avistei Thalia e a puxei pelo pulso.

– Vamos embora agora!

– Ei o que aconteceu?

– Não é o que, é quem.

– Quem?

– Percy e Calipso. – Ela ficou calada. Me virei para ela. – Você sabia que eles iam vir né?

– Pode ser que eu tenha visto que a Calipso postou no Twitter que ia vir para cá com o Percy.

– E porque que...? – Respirei fundo. Se não eu ia explodir. – Vamos procurar a Piper e a Silena.

Piper estava em um canto conversando com um cara, puxei ela pelo pulso também.

– Ei! – Ela reclamou.

– Fica quieta, vamos embora!

– O que aconteceu?

– Percy e Calipso. – Thalia respondeu.

– Ah eu vi eles. Eles vieram falar comigo, a Calipso até me perguntou onde você estava.

– E porque você falou?

– Porque eu pensei que ela só queria conversar.

– Ela queria saber se eu estava interessada no Percy.

– E você está?

– Não mais.

Achamos Silena que estava se agarrando com um cara. Nos a puxamos e fomos para o carro, como eu era a única que não tinha bebido eu estava dirigindo.

– Porque que você segue a Calipso no Twitter? – Eu perguntei para Thalia. Ela deu de ombros.

– Eu comecei a seguir ela quando ela começou a namorar o meu querido primo Percyto. E fiquei olhando tudo que ela postava quando você chegou. E também porque ela me segue.

Você pode estar pensando o que as meninas faziam da vida. Então Thalia fazia um estágio na companhia do seu pai Zeus. Silena fazia um curso técnico de Moda somente aos sábados e Piper trabalhava junto com sua mãe.

Deixei elas em casa e fui para a minha. Pregado na geladeira tinha um bilhete escrito por minha mãe falando que ia passar a noite no hospital. E outro de Kat dizendo que não ia ficar aqui essa noite. Preparei um sanduíche e fui para o sofá.

Estava passando “Comer, rezar, amar” dormi no sofá mesmo.

***

No outro dia quando acordei já passava das 10 da manhã e minha mãe estava trabalhando, Zac também e Kat estava no mercado.( N/A Sim gente as pessoas que só fazem radioterapia, para tratar o câncer, podem trabalhar. A radio é o primeiro tratamento a ser utilizado, depois que vem a quimio que é quando as pessoas tem que ficar carecas e aí elas não podem trabalhar. Lembrando que só inicia a quimio se, mesmo com a radio o câncer ou tumor não tiver desaparecido ;D) (N/A Não eu não pesquisei no Google kkkkk)

Um sanduíche estava em um prato junto com um suco de maracujá. Depois de ter feito a refeição, fui olhar o Twitter da Calipso para ver o que a vaca tinha postado. Tweets como: “Curtindo a festa com meu gato!!!” e “FDL pra todo mundo!!! *--------* eu e meu gato estamos curtindo demais!! Vem todo mundo pra cá!!!” com o endereço abaixo, eram o que mais tinha.

Já estava farta dessas idiotices da Calipso, e olha que eu só presenciei o ato ontem e hoje, queria logo voltar para São Francisco onde tudo era certo e minha única incerteza era saber o jantar no dia. Lá eu podia relaxar e não se preocupar com amanhã, e eu já estava estranhando toda essa filosofia quando meu abençoado celular toca e me salva da chatice eterna.

– Você não vai acreditar no que eu acabei de presenciar! – disse, ou melhor gritou Ginger. Ela parecia estar com raiva e parecia estar chorando.

– Arthur aquele filho da &%$#! (N/A A autora achou melhor não colocar esta palavra, mas pra quem não descobriu começa com p e termina com a ;D)

– O que aconteceu?

– Eu estava passeando aleatoriamente pelo prédio da faculdade quando eu vi uns barulhos estranhos como se, sei lá, beijos não sei! Então eu fui investigar e vi o Arthur e a Brittany Johnson quase se engolindo na mesa do professor. – O que se passou na minha cabeça foi uma mistura de raiva com surpresa, incredulidade, alívio minha mente estava quase no colapso.

– Você tem certeza de que era ele? – Disse controlando minha voz.

– Sim ele tem uma pinta pequena abaixo da orelha né?

– Sei lá, acho que sim.

– Três meses de namoro e você não sabe disso?

– Ginger! Deve ser ele mesmo eu confio em você, eu devia ter te ouvido. Eu fui uma idiota e não me toquei de que todas aquelas desculpas não faziam sentido. Ele viu você?– comecei a chorar, mesmo não querendo porque eu não acreditava naquele relacionamento desde quando começou. Claro que ninguém precisava saber disso.

– Calma amiga, eu estou pegando o primeiro voo que parte para Nova Iorque. A faculdade está fechada por um tempo por causa do Vestibular. Eu acho que ele não me viu, me manda uma mensagem com seu endereço. Ok? Quando eu chegar a gente vê tudo.

– Ok, obrigada.

– É o mínimo que posso fazer Annie. – Nos despedimos e desliguei o celular.

Depois de mandar o endereço para Ginger, eu gritei, chorei, esperneei até cansar. E depois me dei conta de que eu não precisava disso. O meu relacionamento com Arthur já não estava funcionando há muito tempo. Peguei meu celular e mandei uma mensagem para Arthur curta, direta, sem enrolação: “Acabou tudo”.

E ao contrário do que a maioria das garotas sentem ao término de um namoro, eu me senti aliviada por finalmente tirar esse peso dos meus ombros e toda essa culpa, peguei minha bolsa e fui para a casa de Thalia e depois para a de Piper e Silena. Nada de choro, nada de potes de sorvete e filmes depressivos eu ia sair e aproveitar meu tão esperado término de namoro.

***

A ideia de sair e aproveitar meu tão esperado término de namoro foi embora tão repentinamente quanto sua chegada. Acho que foi porque Silena me arrastou para uma loja de roupas de grife e Thalia e Piper dividiam um milk-shake. Tudo me pareceu tão fora da realidade que eu quase surtei.

– Acho melhor a gente ir embora. – eu disse.

– Annabeth nem vem ok? Eu acabei de achar um vestido que é a sua cara. – Ela me mostrou um vestido azul com flores pretas e pequenas na barra. – Lindo não é? Eu sei. Vê se acha alguma coisa que combina comigo. – E saiu. Thalia deu o milk-shake para Piper e me puxou pelo pulso até um canto mais afastado da loja.

– Pode contar tudo.

– A Ginger viu o Arthur me traindo ela me ligou e disse que estava vindo para cá. Eu terminei com ele.

– Você quer falar sobre isso?

– Não precisa, sério eu estou bem obrigado.

– Então porque você quer ir embora?

– Não sei acho que eu devia me sentir mal por ter acabado de uma maneira tão normal, digo como se fosse uma coisa comum. Acho que eu devia pelo menos ficar triste por isso.

– Então você quer voltar e ficar o dia todo debaixo das cobertas?

– Não.

– Então vamos fazer um minuto de silêncio em homenagem ao fim do seu namoro fracassado.

– Não precisa. – Ela sorriu, o que me fez sorrir também.

– Então Silena já pegou outra roupa vamos?

– Vamos.

Não me sentia mais triste, nem confusa, nem desapontada.

Não, senhor, eu não quero ser a culpada, não mais é a sua vez.