Jogos da Virtualidade escrita por GMarques


Capítulo 5
Primórdios.


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, desculpem-me por eu não ter postado ontem, a minha esperança é fazer um capítulo diário, mas ontem eu não o consegui. Eu até o comecei, mas já estava tarde e minhas ideias tinham evaporado-se, e cá entre nós, eu demoro por volta de 2h para fazer 1000 palavras. Então, DESCULPEM-ME!



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A garota com quem sonhei, retornou de novo esta noite.

A pequenina estava olhando para o abismo, e não deixava de ficar com os seus olhos nele, e então, depois de um tempo observando-a, ela começou a andar na beirada do abismo, como uma criança se equilibrando na borda de uma calçada. E então, por motivo que desconheço, talvez algo naquela garota me importava, eu comecei a bater no grande escudo transparente e a gritar para ela, em prantos:

–Saia! Saia daí! Você vai cair.

A reação da garota foi um leve olhar para mim e um sorriso, pondo-se de volta à brincadeira. Eu ficava observando-a e preocupado estava com o risco que ela tinha. Então, ela pisa numa pedra solta e escorrega, como água cai de um copo virado. Seu grito de desespero ia diminuindo conforme ela ia se distanciando, e eu, só a ouvia, sem poder fazer nada e aos prantos, eu acordei.

Eu acordo como na noite passado, assustado, mas dessa vez não estou no meu quarto, e estava desejando que tudo aquilo fosse um mero sonho. A porta trancada, a janela-tela, o corredor cromado, Shisuodin e Shisudva, as dimensões no holograma, enfim, como eu disse, estava desejando.

Ainda meio assustado do sonho, ou melhor, pesadelo. Fico sentado na cama, encostado na cabeceira de metal e com metade de meu corpo coberto. A porta em X se abre e de lá sai Odin e Dva, que andam sincronizadamente até os pés de minha cama e lançam uma pergunta:

–Você teve um pesadelo?

–Não. -Respondo breve e confiante, mentindo é claro.

–Está mentindo. -Shisuodin me acusa.

–Você recebeu a qualidade mentiroso. Meus parabéns. -Diz Dva.

–Como vocês sabem que eu tive um pesadelo?

–Questiono.

–Como eu te disse ontem, somos interligadas a você. -Shusudva responde.

–E eu sou com Shisudva, assim como ela é comigo. -Odin completa.

–E se nós estamos interligadas a você, e você está a nós. -Dva explica.

–Nunca se perguntou como sabe quem somos de nós duas? –Shisuodin pergunta.

–Bem...

–Qualidade mentiroso...-Elas dizem juntas.

–Esqueçam. -Me desanimo.

Eu me levanto, e paro do lado da cama e começo a olhá-las, esperando que falem algo.

–O que você está esperando? -Shisudva pergunta.

–Esperando o quê? -Eu pergunto, sem saber do que Dva está falando. -Não posso adivinhar as coisas.

–Tome sua pílula e a mastigue. -Odin dá a ordem sem menor apresentação. -Está em cima da mesa.

–E nos acompanhe. -Shisudva completa.

–Está bem.

Eu vou até a mesa, aperto o botão e aguardo a pílula. Quando ela finalmente sobe, eu pego-a e a mastigo sem menor importância.

Elas estão me esperando ao lado daquelas maquinas que eu havia visto quando cheguei, e depois de olhá-las um pouco, percebi que as máquinas, na verdade estavam ligadas uma com a outra, sendo assim, a máquina.

–O que isso faz? -Pergunto a elas.

Shisudva aperta dá os comandos num painel de controle, e um compartimento da máquina se abre como uma geladeira. Lá, há um espaço para uma pessoa desenhado e que aparenta de encaixe perfeito.

–Está é o seu guarda-roupas. -Shisuodin me responde.

–Na verdade, esta máquina possui várias funções essenciais para você. -Shisudva corrige Odin.

–E foi feita sob medida para você. -Shisuodin diz.

–Não, não! -Implico com elas. -Vocês não querem que eu entre nessa coisa, não é?

–Não há querer, você deve. -Shisudva briga comigo.

Shisuodin anda até mim e coloca suas mãos em minhas costas, me levando para mais próximo da máquina, enquanto diz:

–E também precisa.

–Por quê?

–Suas roupas não têm muita utilidade aqui. -Shisudva me responde termina a frase. -E se você quiser sair deste quarto, não poderá ser com estas roupas da sua dimensão.

–Não há nada a temer. -Shisuodin me encoraja. -Entre.

–Está bem. -Digo me aproximando mais ainda da máquina.

Eu paro em sua frente e fico encarando-a.

–Agora, entre. -Shisudva diz.

Eu subo uma escada, e me encaixo no local, que pelo visto foi realmente feito para mim. E então, Shisudva dá novos comandos ao painel e a porta se fecha.

Eu não sinto nada, somente alguns pequenos beliscos, nada de dor extrema, é como se estivessem fazendo cocegas em mim. Não sei ao certo por quanto tempo eu fico lá dentro, mas posso dizer que foi por mais de dois minutos.

A porta se abre, e eu desço. Eu estou vestido com uma roupa justa e branca, que tem escrito o meu nome no peito. A roupa é muito parecida com a de Shisuodin e Shisudva, e faz com que meu cabelo escuro se destaque. Em geral, eu sou moreno, no entanto, sinto que fiquei mais pálido desde que eu cheguei aqui.

–Gostou? -Shisuodin pergunta.

–Bem, é muito singular. -Falo a verdade. -Não tem outra coisa?

–Não. -Shisuodin responde calmamente. -Esta é a roupa padrão daqui, você vai se acostumar.

–Agora, nos acompanhe -Elas falam juntas e vão até a porta em X.

Elas abrem a porta e eu vou logo atrás dela. Finalmente eu e aquele corredor nos encontramos novamente. O corredor é totalmente deserto, julgando pela quantidade de portas, eu diria que só tem nós por aqui.

–Para onde estamos indo? -Eu pergunto.

–Para a seleção. -Elas respondem juntas e sem olhar para trás.

–Como assim? -Eu pergunto.

–Este ano, dos duzentos participantes será escolhido vinte grupos de dez pessoas. -Shisuodin me responde.

–E, esse grupo deverá sobreviver. -Dva completa. -Sendo assim, as pessoas que forem do mesmo grupo que sobreviverem, voltam para casa.

–Então este ano terá mais de um vencedor? -Pergunto.

–Talvez sim, talvez não. Não sabemos o futuro, depende dos sobreviventes. -Shisuodin explica.

–E por quê nos outros anos não foi assim? Na verdade, vocês ainda nem me responderam o porquê desses jogos existirem ao certo!

–Fique calmo Marcael. Não somos nós quem fazemos as regras. -Shisuodva fala.

–Então é quem Dva? -Pergunto com raiva.

–Você vai conhecê-lo. -Ela responde.

–Quando?

–Agora. -Shisuodin se intromete na conversa.

Paramos em frente uma outra porta e dados os comandos, ela se abre em X.

A sala parece um teatro, há várias poltronas e já há algumas pessoas sentadas, creio que são meus adversários. Ao lado deles sempre há duas pessoas, creio que sejam as suas programações pré-jogo, como Odin e Dva são as minhas. Ao entrar eles me encaram, uma boa parte. Alguns chegam a fazer caras e bocas.

Não necessariamente aqui é um teatro, qual seria o espetáculo? Há um médio palco, onde uma cortina branca o cobre. E em forma de U as poltronas estão organizadas.

Shisuodin e Shisuva me acompanham até o centro dessas poltronas, e fazem-me sentar lá. E elas sentam ao meu lado. Dva ao meu lado direito e o Odin ao oposto.

–Não tema. -Shisudva diz sem olhar para mim.

–Não estou com medo.

Shisuodin olha para mim e diz:

–Deveria estar. Daqui a pouco, pessoas que você não conhece estarão em seu grupo, falarão línguas diferentes e serão uma constante ameaça.

–Por isso os grupos não mudam nada, Marcael. -Shisudva completa sem desviar o olhar da cortina.

–Mas eu sinto que algo vai mudar sim. -Afirmo com precisão.

–Você recebeu a qualidade esperançoso. Meus parabéns. -Fala Dva novamente.


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Notas finais do capítulo

Pessoal, para vocês não ficarem esperando muito vou deixar sempre a data mais próxima o possível para o próximo capítulo nas notas finais. O próximo até 13/06. (as vuvuzelas me irritam)
Favoritem e Comentem, isso ajuda muito.
VERSÃO NO SPIRIT: http://is.gd/dqstTg