On My Way. escrita por Af LaFont


Capítulo 6
Has grown stronger.


Notas iniciais do capítulo

Demorei, eu sei, sorry.
E fizeram dois meses de fic dia primeiro, yay!



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VI - Has grown stronger.

Assim como o fim de semana chegou rápido, ele se foi. Lima estava um pouco mais quente naquele início de semana e isso deixava os residentes dela um pouco mais preguiçosos que o normal. Porém, não no William Mckinley High School. Sue Sylvester não permitiria alunos se arrastando pelos seus corredores, então, pra impedir isso, ela tocou o sinal vinte minutos mais cedo, fazendo com que todos fossem pegos de surpresa e corressem para suas respectivas salas de aula, inclusive os professores.

Charllote segurava um de seus cadernos na frente do corpo quando bateu na porta da sala da diretora, chamando sua atenção, mesmo sabendo que ela a esperava. A loira mais nova não entrou até que a outra acenasse que ela podia, mas assim que esta o fez, Charlie se sentou em sua frente e sorriu com os olhos.

– Como você está? – Indagou a mulher, e se fosse outra pessoa a ouvir aquela pergunta, sem dúvidas ficaria abismada. Mas não Charlie. A Fabray era a única com quem a treinadora realmente se importava senão com sua irmã mais velha que tinha síndrome de Down, estava acostumada com esse lado de Sue.

– Eu estou bem sempre, e quanto a você? – Perguntou de volta.

– Sempre posso ficar melhor. – Rebateu a mais velha acenando com a cabeça, era o jeito dela de dizer que a outra loira não deveria esperar tão pouco da vida, e se conformar com ela. Susan não era de abrir a boca e dar conselhos, mas sempre lançava alguma dessas. – Então, eu te chamei aqui pra saber se você ficou sabendo da gravidez. – Foi aí que Charlie prendeu a respiração, seu coração acelerou, e mil coisas começaram a passar pela sua cabeça ao mesmo tempo, até que a mais velha continuou. – Se ouviu, ouviu certo. Eu estou mesmo grávida. – Concluiu.

– O quê? Como?! – Charlie arregalou os olhos tentando entender o que se passava. Ela tinha ouvido aquilo mesmo?

– Quer mesmo que eu explique como eu engravidei? – Interrogou Sue, dando uma risada sem som. – Desculpe, tive que dizer isso... Enfim. Em resumo, eu estarei saindo do controle do Mckinley High, um novo diretor assumirá.

– Quê? Sue!! – A Fabray reagiu, mas não completou pra que a mais velha pudesse continuar.

– Eu voltarei, não se preocupe. Tudo já está resolvido, exceto uma coisa... – A maior se levantou de sua poltrona e caminhou até o outro lado da mesa, sentando na mesma em frente à Charllote. – O controle das Cheerios. – Ela completou sua frase e deu um suspiro. – Entrei numa briga feia por causa disso, não quero nenhuma outra treinadora se aproveitando dos nossos títulos enquanto estou fora. – Fez uma careta. – Então, eu disse que quero você como minha substituta.

– Mas... Eu tenho apenas deze...

– Exatamente por isso que eu entrei numa briga. Você não pode ser treinadora... Porém, segundo este livro... – Ela levantou um dos livros que estava em cima de sua mesa e apontou o título; “O que é preciso para ser uma treinadora de Cheerleaders”, e continuou. - ... Você pode ser minha assistente, e me passar todas as informações enquanto estou fora. Quase como substituta, mas você não vai ganhar por isso.

Um silêncio, e a testa da mais nova se enrugou. – Sue, eu já faço isso...

– Eu sei. – A mulher riu, e se levantou. – E agora eu preciso que faça isso mais do que nunca, ok? – Charlie acenou em resposta e a mais velha continuou. – Charlie... Eu não sei o que você pretende, mas eu ouvi falar que você está entrando para o Gay Club e levando Noah Puckerman, Finn Hudson e algumas das minhas garotas. Eu confio em você, e não quero que isso comprometa as minhas Cheerios, e a você. Tome cuidado com as suas escolhas, sim? – Perguntou retoricamente. – Agora vá, sua primeira aula já está em andamento à vinte e seis minutos, trinta e nove... quarenta, segundos. – Sue voltou a se levantar e caminhou até sua poltrona devagar, e quando já estava aconchegada na mesma, Charllote já havia saído de suas vistas.

O sol forte no rosto de Zachary dificultava sua visão, afinal, seus olhos eram claros, ou seja, mais sensíveis a luz. Tudo bem que não era preciso estar difícil de enxergar pra que ele se perdesse nas ruas de Lima, por que ele definitivamente já tinha se perdido com a ajuda de sua própria lerdice. Porém, com uma ideia fixa de que se seguisse seus extintos acabaria chegando ao colégio mesmo atrasado, ele manteve as mãos cobrindo os olhos e andou avante sem olhar pelo caminho, como se brincasse de “cabra cega”.

– Au! – Foi quando ele tropeçou em algo, e acabou caindo no chão.

– Você é cego ou o quê? Não me viu sentada aqui? – Reclamou a voz feminina, que estava tão próxima do chão quanto o menino.

– M-me desculpe, eu... – Zach tentou se sentar no passeio, e levou uma das mãos ao rosto, mais precisamente na sua testa, onde sentiu uma dor forte.

– Você está sangrando. – Interrompeu a garota, dando um suspiro ao reparar no garoto, e quem era ele. – Digamos que és um super herói muito atrapalhado, Super Z. – Ela concluiu, se levantando do chão onde anteriormente estava sentada lendo um livro, e catando suas coisas, oferecendo sua mão pro rapaz poder se apoiar e levantar.

– Oh, super mocinha... – Zach soltou ao levantar seus olhos até ela e aceitar sua ajuda. – Sou um super herói de comédia, eu acho. – Comentou ainda com a mão no rosto. – Me desculpe mesmo, Vic, eu estava tentando achar o caminho da escola. O Arthur me deixou dormir até mais tarde e foi sem mim... – Suspirou.

– Tudo bem. – Victoria sorriu levemente, tinha sido agradável encontra-lo mais uma vez. – Bem, você estava indo pro Mckinley, suponho... – Ele acenou e ela continuou. – Eu deveria ir pra lá também, mas... Esquece, eu te levo, você aprende o caminho e ao chegarmos lá vamos até a enfermaria cuidar desse seu ferimento na testa.

– Ferimento na testa? Como o Harry Potter? – Ele perguntou esperançoso, arrancando uma risada da garota com quem conversava.

– Você fede a escola pública. – Arthur Agron desfilava sua riqueza nos corredores do Mckinley, discutindo qualquer besteira com outro aluno na fila de uma das maquinas da cantina, provavelmente por que ele queria fura-la.

– Você está em uma. – Rebateu o outro, fazendo o menino revirar os olhos. Aquilo se prolongaria se uma garota não aparecesse e puxasse o tirado a rico pelo braço.

– Mas que merda você está fazendo? – Ele se soltou, recompondo sua postura superior. – Jorden e suas patas sujas, a que devo a honra?

– Arthur, você deixou o Zach perder o horário e nem mesmo tentou acorda-lo? – A garota levantou uma das mãos, chocando-a com força no braço direito do menino.

– Ai! – Ele fingiu dor. – Olha, o Zach tem a mesma idade que a gente, Emily, eu não tenho que limpar a bunda dele. – Passou as mãos nos próprios cabelos tentando sair da conversa, mas sendo puxado de volta pelo braço.

– Ele é disléxico, você é tão irresponsável. – Gritou a morena.

– Você é responsável? Então fique com ele, adote-o como pet, já é demais eu vir pra esse inferno, meu pai está sendo processado e eu tenho que dar uma de pobre e de babá de um primo, é demais pra mim. – Rebateu em mesmo tom, saindo do local e deixando Emily lá indignada e tensa. Tão distraída que não percebera a aproximação de Charllote.

– Você fica sexy discutindo. – Disse baixo, vindo por trás da garota e dando a volta nela até parar em seu lado. – Posso te oferecer um chocolate? – Perguntou a loira, entregando a ela uma barra de chocolate ao leite.

– Obrigada, Charlie. – Suspirou Emily, e deu um sorriso sem mostrar os dentes, tomando a barra de chocolate com a ponta dos dedos.

– Então, tem Glee Club em alguns minutos, não quer me ensinar o caminho até lá?

Emily então abriu um sorriso maior e recuperou sua respiração que tinha se descompassado com a chegada surpresa da Fabray. Ela arqueou uma de suas sobrancelhas quando respondeu a garota. – Você realmente não o conhece, ou está se aproveitando pra me levar pra um lugar privado mais uma vez? – Indagou em um tom irônico.

Charlie riu. – Bem, eu adoraria levar você pra um lugar privado mais uma vez. – Fez uma pausa, abaixando o tom de voz. – Ainda mais um que contenha uma bateria. – Começou a andar na frente, ainda falando. – Eu adoraria toca-la.

Emily a seguiu, com o cenho franzido. – Você toca bateria? – Inquiriu.

– Não me referia a bateria. – Respondeu, fingindo que não havia deixado nenhuma mensagem subentendida, enquanto seguia com Emily até a sala do coral.

A sala ainda estava vazia, afinal ainda estavam no intervalo, e Rachel provavelmente estava no auditório, o que deixava Charlie e Emily a sós. A Fabray estava um pouco nervosa, acabara de descobrir que estava tendo uma queda pela menina de pele levemente bronzeada e olhos escuros, e não tinha o mínimo de experiência em relação a esse tipo de sentimento, tudo o que ela sabia era conquistar e levar pra cama. Estava medindo todas as suas palavras pra não pisar na bola com Emily e também pra não parecer que ela só pensava em se deitar com ela.

– E você não toca nenhum instrumento? – Inquiriu Emily mais uma vez, entrando na sala. Ela era uma garota curiosa.

– Hm. Eu... – Charlie pensou, e talvez se ela fosse o mais natural possível tudo corresse bem. Emily tinha que gostar dela como ela era, certo? – Eu toco um pouco de piano, violão, e me arrisco na bateria. – Sentou-se no piano. – Gostaria de ver o quão versátil eu sou? – Perguntou em um tom divertido, começando a tocar seus dedos em determinadas teclas do piano, fazendo a melodia ecoar pela sala.

– Can’t fight this feeling. – Jorden reconheceu a música, e sorriu pra loira que tocava o piano ao seu lado. Ela parou de tocar, e se virou pra Emily com um sorriso divertido.

– Eu sei que é difícil controlar seus sentimentos quando estou por perto. – Char brincou com o que a morena havia dito, e arrancou um riso nervoso dela, o que só podia ser bom sinal. – Eu estava pensando em canta-la na audição, mas antes eu não tinha a quem dedica-la. – Continuou a loira, fitando diretamente nos olhos da outra garota.

– E... Agora você tem? – Averiguou Emily, em um tom baixo, retribuindo aos olhos hazel de Charllote, que pareciam se aproximar, ou era só impressão e desejo dela de que isso acontecesse?

– Tenho. – Respondeu a menor no mesmo tom que lhe foi lançada a pergunta de Jorden, que agora tinha a certeza de que não só os olhos da Cheerio estavam se aproximando, mas também os lábios, e o corpo, e de repente ficou difícil de respirar. Uma das mãos de Charlie se ergueu até o rosto da outra, e a ponta de seus dedos passou delicadamente pela sua pele da bochecha enquanto ela fechava seus olhos pra senti-la com seus mais novos conhecidos sentimentos. Emily também fechou seus olhos, e pode sentir a aproximação gradativa do corpo da outra menina, até que seus lábios se ligaram aos seus próprios e iniciaram um beijo calmo entre elas. Um beijo que a cada segundo significava um pouco mais. Pra ambas, talvez.


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