On My Way. escrita por Af LaFont


Capítulo 4
How can I love?


Notas iniciais do capítulo

Tava com preguiça desse capítulo, mas foi. HAUSHUA.
Lembrei da musica do dueto Charlinn, bjx Leo Cyrus.



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IV - How can I love.

Aquele dia era um dos mais frios em Lima - Ohio, definitivamente. Quem passava pelo corredor principal do William Mckinley High School parava pra reparar nas janelas, totalmente embaçadas por causa da umidade. Só uma pessoa não o fazia; Rachel Berry. A morena caminhava em passos rápidos, apesar de suas curtas pernas, pelo corredor, que estava até mais vazio que o normal do normal de quando a escola não era tão vista pelo mundo. Ela estava com pressa pra chegar no auditório e aproveitar pra aquecer sua voz e fazer seus treinamentos, e também estava aproveitando que não tinha nenhum perturbado com a intenção de jogar um slushie em seu rosto. Claro, pelo fato de estar frio, ninguém compraria um slushie, mas Berry sempre esperava que as coisas acontecessem, e se prevenia delas, por isso estava com um casaco rosa de capuz.

Atravessou um corredor, e depois outro, segurando na frente do peito, por baixo do casaco, seu caderno de partituras, se alguém tentasse jogar uma raspadinha nela, não sujaria suas coisas. Aliviada, pelo fato de estar limpa àquela altura do campeonato, ela continuava seu caminho. Seus pensamentos apenas se pararam quando ela ouviu uma voz masculina sair do auditório. Aproximou-se da porta e foi entrando até ver o palco, iluminado com duas presenças; a de Charlie e Finn.

– …If your mad, get mad. Don't hold it all inside, come on and talk to me now. But hey, what you've got to hide. I get angry too, but I'm a lot like you. – Era Finn cantando. Ele passava devagar ao redor de Charllote com um sorriso radiante, que era retribuído da mesma forma.

– When you're standing at the crossroads. Don't know which path to choose. Let me come along, cause even if your wrong... – E assim se seguiu a voz da loira e ela dava a volta nele dessa vez, e então paravam lado a lado e começavam a cantar o refrão juntos. Suas vozes se misturando lindamente. - I'll stand by you, I'll stand by you. Won't let nobody hurt you... I'll stand by you. – Char, ao lado de Finn, foi girando pro lado em passos de balé e quando chegou a uma distância boa do moreno, estendeu a mão, a qual ele puxou, fazendo-a voltar girando pelos seus braços e parando de frente pra ele. - Take me in into your darkest hour and I'll never desert you. - Os dois frente a frente, de lado para a plateia, formavam uma bela apresentação enquanto cantavam juntos a última frase. - I'll stand by you.

Rachel não permaneceu por mais tempo no auditório, girou nos pés e só deixou o rastro de seus cabelos no vento. Havia ficado brevemente irritada com o fato de Finn e Charlie estarem cantando juntos, e mais, no lugar onde ela ensaiava todo o santo dia! E aquela garota era boa cantora, pra complicar toda a coisa. Berry estava insegura e irritada com a situação.

Enquanto ela saia, sem noção de que alguma hora Rachel esteve ali, continuavam os dois, Finn e Charllote, de frente um pro outro, de mãos dadas, fitando-se nos olhos. Surpreendentemente, Finn aproximou seu rosto gradativamente do da loira e colocou seus lábios.

– Sweet Caroline. Good times never seem so good. I've been inclined to believe it never would… - A voz de Puck saia de forma preguiçosa e arrastada, assim como a maneira como o rapaz cantava a música. Ele estava desconcentrado.

– Puckerman! Acorde, e toque os acordes. – Brincou Emily, dando um tapa no braço do menino de moicano. – Você deveria se empenhar mais e olhar menos pros meus peitos. – Sugeriu ela.

– O quê? Eu não tava! – Protegeu-se o garoto, mas logo rendeu-se e riu. – Tudo bem, eu tava. Você tem que parar de me fazer isso de falar o que eu estou pensando, tipo, me sinto desconfortável, parece que lê minha mente. – Ele arqueou a sobrancelha pra ela.

– Não é difícil de imaginar o que você está pensando, né? – Emily rebateu.

– É? E no que estou pensando agora? – Ele disse se aproximando da menina, deixando de lado seu violão.

– Em me beijar. – Respondeu ela.

– Beeeeeep! Resposta incorreta. Eu estou pensando que tem coisas que a gente não deve pensar, e sim fazer. – O rapaz então pressionou a menina contra a parede e tomou seus lábios em um beijo.

– Finn! – Charlie se afastou do corpo do menino, libertando seus lábios dos dele com cuidado. – Isso está errado, muito errado. – Começou a menina, falando mais consigo mesma que com o rapaz.

– O quê? Eu te beijei errado? – Ele perguntou, um pouco avulso, e isso a fez rir.

– Não, seu idiota. É só que... Finn, você é o meu melhor amigo. Você gosta da Rachel, e ela gosta de você, e eu não gosto de você como ela... – Suspirou. – Se você quer que isso dê certo, não faça isso na hora da apresentação, estragaria a minha e a sua reputação.

– Você acha que me chamariam de gay por te beijar? – Inquiriu sério, e mais uma risada saiu dos lábios de Charlie, divertindo-se com a situação.

Em pouco tempo, Noah já tinha induzido Emily a deitar-se no sofá velho do seu esconderijo, onde anteriormente eles estavam praticando a música que o judeu apresentaria em sua audição para o Glee Club. Os lábios do menino aprofundavam o beijo gradativamente, seu corpo por cima do dela, e suas mãos subiam pelo corpo da morena de forma ousada, o que a fez parar tudo.

– Não. Noah, espera. – Respirou fundo, afastando-o de si. – Você não vai fazer isso. Eu não vou me deitar com você nesse sofá velho e transar como você já deve ter feito diversas outras vezes. – Percebendo o que havia dito e imaginando a cena, a garota o empurrou pra longe de si e saiu do sofá que agora lhe parecia imundo. – Ew.

– Aí, você é a única garota a quem eu trouxe aqui, tipo, isso deveria contar como algo positivo pra que eu possa transar com você. – Tentou ele se justificar, falhando na mesma hora.

– O quê?! Não. Olha, eu não vou fazer isso assim, e aqui. Não vou perder a minha virgindade com você numa parte escondida da escola onde tem um sofá velho. – Foi falando um pouco mais alto, saindo correndo dali de onde estava. Agora, que eles ensaiaram tantas vezes ali, ela já sabia como sair fugida dele.

– Virgindade? – Foi aí que Noah se ligou. – Fucking God!

– Ok, agora prometa que nunca, mas nunca, nunquinha, você irá repetir isso, com qualquer que seja a pessoa, sendo que gosta da Rachel. – A Fabray mais nova falava com seu amigo, olhando-o de baixo com um ar de superior.

– Eu prometo. Eu sei... quase estraguei tudo com você, e com a Rach. – Hudson soltou de forma culpada.

– Ela sabe que você a chama de Rach? – Brincou a loira, descontraindo.

– Emily sabe que você só está entrando nesse Club pra se aproximar dela e leva-la pra cama? – Finn provocou de volta, com um sorriso vencedor.

Os lábios da menina se entortaram e ela ficou em silêncio por alguns instantes, de braços cruzados. Aquilo por um momento lhe soou ofensivo, e por quê? Ela dava razão pras pessoas pensarem isso dela, e isso nunca foi uma preocupação real. Mas será que Emily pensava o mesmo, que ela somente queria leva-la pra cama? Por que ela se importava com o que Emily achava, afinal? Mal conhecia a garota, apenas a tinha ajudado em seu primeiro dia, e também tinha se esbarrado ‘sem querer’ com ela pelos corredores algumas muitas vezes, ah, e também tinha visto ela se trocando para a aula de educação física ainda naquela semana. Estava acabando por ficar confusa com aquilo tudo, até que foi interrompida de seus pensamentos.

– Cara!

– O quê, Finn? P*rra! Você me assustou, c*ralho. – Sobressaltou-se a loira.

– Você gosta dela... Da Emily! – Constatava o melhor amigo. – Uau, eu nunca achei que isso aconteceria. Quer dizer, que você realmente gostaria de alguém algum dia. – O rapaz parecia realmente surpreso com aquilo tudo.

– Hmmm. É, talvez eu não queira só leva-la pra cama, talvez eu goste dela. – Charlie mordeu os lábios levemente. – Mas eu quero muito leva-la pra cama... Merda, eu quero leva-la pra cama por que eu gosto dela! – Franziu o cenho. – Eu estou doente. – Finalizou sua linha de pensamentos.

– Bem vinda ao mundo dos apaixonados. – Finn disse então.

– Quer dizer que eu me tornarei tão idiota quanto você e Rachel Berry? QUE HORROR! Não estou pronta pra essa vida. – A menina finalizou aquela conversa, fazendo uma careta.


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