Forever (jakeness) escrita por NiaBlack


Capítulo 32
Perseguidor




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Eu e Seth passamos três dias daquele jeito.


Tirei um dos dias para ir à cidade, comprei um número absurdo de fósforos, algumas roupas para ambos, além de duas tolhas, pentes de cabelo (Seth precisava!) escovas e pasta de dente, sabonetes e shampoo. Dois cobertores novos e três colchonetes de tamanho extra, para pararmos de dormir naquele monte de folhas. Resumindo, coisas necessárias para sobrevivência. Entretanto, mesmo sem as folhas, ainda dormíamos juntos, empilhando os colchonetes formando um único e gigante, e ficávamos debaixo das cobertas, enfrentando as tempestades de neve, que eram constantes naquele lugar.


Foi horrível carregar os três nas costas, junto com aquela mochila lotada. Naquele dia ele estava recolhendo lenha para acender fogo e caçando. Algumas vezes eu cozinhava carne para o garoto, com um pouco de tempero arranjado da cidade.


Mais dois dias


Geralmente saíamos para caçar de manhã, pegávamos água e galhos e eu preparava alguma coisa não tão desagradável quando carne crua, para ele. Por mais que o menino insistisse que não era necessário, sempre comia desesperado aquela droga comida insossa e totalmente sem graça. Juro que me causava náuseas.


 


Quinta semana.


Deus como o tempo voa.


-Alô, mãe?


-Ah, Deus! Nessie! Domo você está minha filha? –perguntou ela, do outro lado da linha.


-Não muito, estou engordando pela primeira vez na minha vida e juro que não me sinto bem com isso.


Estava com a cara enfiada dentro da cabine telefônica, usando um jeans surrado e casaco preto, junto com óculos escuro, o qual protegia minha vista cansada, e escondia as olheiras que eu adquiri com essa vida complicada de floresta. Mas para ser sincera eu me sentia ótima, pelo menos tinha um pouco de emoção naquela vida pacata que levávamos.


-Renesmee, por favor, volte para casa para que Carlisle possa cuidar do seu bebê. Já é a quinta semana e daqui a pouco você não estará se agüentando de pé!


-Estou bem mamãe. Seth está cuidado bem de mim.


-Diga a ele que agradeço tudo o que está fazendo por você, e mande um abraço como amiga também.


-Pode deixar. Mande um beijo para todos, menos para ele.


-Quanto tempo vai insistir nisso? Sabe como Jacob está? Sabe como ele está magoado, claro que não, pois não pode ver. Nessie ele está sofrendo como nunca sofreu por ninguém. Eu o vejo chorar todas as noites no silêncio do seu quarto, filha. Ele nunca sai de lá, fica agarrado com aquele cachorrinho que você não soltava porque está impregnado com seu cheiro. Ele mal come, mal dorme. Jake virou um zumbi! Por favor filha, não gosto de ver você triste, mas ele é meu amigo e também odeio ter que vê-lo magoado todos os dias. Volte pra casa filha, perdoe nosso erro.


Agora eu cobria minha boca com as mãos. Imaginar Jacob daquele jeito era muito mais doloroso do que receber mil facadas nas costas. As lágrimas começaram a rolar de meus olhos, deixando que minha voz falhasse ao telefone.


-Não posso... Não ainda... –fiz uma longa pausa, tentando acalmar meus próprios soluços. Uma senhora parou perto da cabine e perguntou se eu precisava de ajuda. Eu agradeci e disse que estava bem. –Bella, diga a Jacob que eu o amo.


Ela pareceu suspirar de alívio, ou alguma coisa parecida do outro lado da linha. Ouvi um estrondo, algo parecia ter caído, enquanto aquela voz rouca apareceu de repente, me tirando a pouca concentração que ainda me restava:


Eu também te amo Nessie, mais do que qualquer coisa neste mundo, até mais que a minha própria vida. E espero que um dia possa me perdoar.”


-Ouviu isso? Ele está sentado nos meus pés chorando. –disse mamãe.


Eu não estou chorando!” Rebateu o lobo com a voz trêmula, e eu solucei alto.


-Está sim, e com certeza ela conseguiu perceber pelo tom da sua voz. –mamãe o respondeu, e eu arfei.


Volte pra mim Ness, eu te amo! Volte pra mim Ness, eu não vou conseguir viver sem você!


-Também te amo Jacob.


Minha última frase foi um sussurro rouco, em meio a falhas. E assim desliguei o telefone, antes que acabasse tendo um treco bem ali. Simplesmente não conseguia me controlar, apenas chorava desesperada, fazendo um som desagradável que me irritava. Deus, como eu era fraca e estúpida.


A cabine se abriu com força e duas mãos quentes me puxaram de dentro, para um abraço esmagador e reconfortante. Seth, como sempre me salvando no momento certo. Eu me agarrei a seu corpo com tanta vontade que não pude mais soltá-lo. O pobre lobo apenas me tomou em seus braços e voltou para a cabana onde estávamos morando.


-Ele falou com você, não foi? Só ouvi a última frase, desculpe. –disse ele, ao me deitar como um feto sobre os colchonetes, ainda chorando sem parar.


-Sim.


Eu me virei para Seth e o puxei com força, até que caísse sentado ao meu lado, assim toquei em seu rosto e mostrei toda a cena. Vi certa tristeza brotar em seus olhos momentaneamente, ele era o tipo de pessoa que se expressava através do olhar, pois o sorriso era constante em sua face.


-Vai ficar bem?


-Vou, se você me abraçar.


Ele deitou ao meu lado, cobrindo minhas costas curvadas com seu corpo febril. Fechei os olhos, e lembrei que Jacob deitava assim comigo quando eu era apenas um bebê... Ficamos daquele jeito por incontáveis minutos... Bebê... Coloquei a mão na minha barriga, ainda com os olhos cerrados e as lágrimas cessando. Eu comecei a pensar, como se estivesse falando com ele.


Oi bebê. Você está aí dentro, não está? Provavelmente odiando essa mãe desnaturada que você arranjou, a mãe que pensou mil vezes em te matar antes mesmo de ter certeza que será ou não aquele bichinho malvado que a tia Kaure contou para nós. Sei que estava dentro de mim quando ela contou tudo aquilo. Mas olha, ser daquela forma é errado, você não pode atacar pessoas ou vampiros.


Não? Aquela voz dupla ressoou em minha mente e eu arregalei os olhos. Agia da mesma forma que eu quando bebê, demonstrando sensações.


É você, bebê? Pode alcançar minha mente? Gostaria que visse tudo, para entender o que é certo ou errado. Saber que não pode me fazer comer qualquer coisa e...


Senti uma coisa empurrar minha barriga.


-Seth... –eu me sentei num impulso. –Seth está chutando! Olha!


Eu puxei a mão dele automaticamente e coloquei sobre a barriga que teimava em mostrar sua forma por baixo do casaco. Nossas peles queimaram ao se tocar. E vi sua expressão de susto se transformar em um lindo sorriso. Seus olhos oscilavam entre os meus e minha barrigona. Até que acabou me abraçando forte outra vez.


-Pelo visto mudou de idéia, graças a Deus aquela menininha dos seus sonhos chatos vai nascer. –disse ele, me mostrando sua língua vermelha.


-Menininha? Ah, não Seth, aquilo era só um sonho esquisito. E também não era só uma criança, eram várias e não tem nada a ver com essa gravidez.


Estamos com fome. Ouvi aquela voz na minha cabeça outra vez.


-Tô com fome. –resmunguei.


-Vai caçar alguma coisa, linda, eu vou ficar aqui pra arrumar essa bagunça. Mas antes, vem aqui, tem que tomar sua dose diária de Seth Clearwater.


Disse ele em meio a uma gargalhada. Eu fiquei meio apreensiva, não gostava de fazer aquilo, mas logo me aproximei aos poucos. Puxando-o pela nuca. Algo estranho aconteceu a Seth naquele momento, seu corpo todo estremeceu e eu o soltei imediatamente, olhando-o.


-Machuquei?


-Não... Eu... Não foi nada, pode morder.


Fitei a cicatriz que eu havia deixado em seu pescoço, ela não estava se curando, pois sempre mordia no mesmo lugar, desta forma não dava tempo, e estava começando a pensar que ficaria ali pra sempre.


-Quer que eu pare de morder aqui, deve estar incomodando.


-Apenas morda Ness.


Fiquei em silêncio e logo cravei meus dentes sob aquela mesma marca outra vez. Seu sangue era bom, mas não tanto quanto o de Jake. Aproveitei ao máximo que pude aquele momento. Aquilo criava um elo entre eu e Seth, era impossível negar, ele agora me doava sua própria vida, para que a minha e do bebê continuasse. Ele estava agindo como um pai, no lugar do verdadeiro, que estava tão distante.


Respirei fundo, e o soltei. Claro que ele não demonstrava dor, mas eu sabia o quanto aquilo era ruim para o pobre garoto. Ficamos daquele jeito por um bom tempo, nos fitando, olhos nos olhos, respiração fraca e boca entreaberta. Sempre permanecíamos assim após eu sugar seu sangue, talvez fosse uma estranha forma de tentar entender o que o outro estava pensando.


Tudo aconteceu rápido demais.


Os olhos dele se estreitaram, e eu acabei fazendo o mesmo, criando uma ruga na minha testa, só que Seth entendeu errado. Eu fiz para entender o que ele estava pensando, e ia abrir a boca para perguntar. Entretanto ele foi mais rápido e se aproximou. Suas mãos tocaram meu rosto carinhosamente, afagando minha bochecha com os dedos, enquanto um pequeno sorriso lhe escapava.


Parei de respirar.


Meus pensamentos sumiram, junto com quaisquer palavras que escapariam de meus lábios. Perdi a voz e o ar e até os movimentos ao mesmo tempo. Tudo gerado por uma estranha agonia que crescia em meu estômago... E esse foi meu erro, talvez, o fato de eu não ter recuado o levou a entender que estava aceitando.


Pisquei.


Foi o suficiente para perder a noção dos segundos. Os lábios de Seth tocaram os meus, amaciando-os. Não pude me mexer, era como se duas partes minha estivessem num duelo mortal, uma aceitava as carícias do lobo, e a outra recusava, lembrando-me do amor que sentia por Jacob.


Mas era tarde demais quando pude voltar a raciocinar.


Ele me beijou delicadamente, mas com certa urgência em seus movimentos. Meu corpo estava chacoalhando, tive medo de reagir de qualquer forma, então fiquei parada bem ali, sem retribuir ou recuar. E foi aí que ele se apavorou, e me soltou com um pulo para trás.


-Ah... Deus... Perdoe-me Ness, eu juro que... Ah Deus, por favor, esqueça que eu fiz isso, eu não sei o que deu em mim... Por favor... Caramba ele vai me matar quando voltarmos. –o lobo de cor areia engoliu seco.


-Tudo bem Seth, eu já esqueci. –forcei um sorriso.


-É melhor ir caçar.


-Claro... É melhor...


Dei um salto rápido e corri para a porta, segundos depois estava há quilômetros de distância da casa. Arfando, com o coração totalmente descompassado. O que deu em nós? Agora quem teria de pedir perdão a Jacob era eu! Tive que engolir as lágrimas quando o bebê chutou outra vez. Senti uma estranha sensação de felicidade, mas não vinha de mim.


Ouvi passos se aproximando, com uma velocidade incrível, era de fato um vampiro, e aquilo me desconcentrou dos pensamentos ruins. Fiquei na posição de ataque. Aquele cheiro enjoado invadiu minhas narinas. E eu rosnei.


-Linda, como sempre.


O homem de cabelos negros me fitava com um sorriso malicioso. Não acredito que após tanto tempo aquele desgraçado me encontrou. Porque ele não morria de uma vez e me deixava viver em paz com Jake e Seth?


-O que quer, Nahuel?


-Só preciso de uma palavra. Você.


-Sabe que isso é impossível, nem morta conseguirá me ter, até porque precisarei ser queimada para morrer. –foi minha vez de sorrir de meu sarcasmo.


-É uma pena que haja desta forma, linda Nessie. Pois se eu não posso tê-la ninguém mais terá.


Meus olhos se estreitaram. Então era assim que os vampiros sujos agiam? Lutavam até a morte, tomavam a pessoa e simplesmente davam as costas depois? Típico daquele cafajeste.


-Quer tentar sua sorte? –provoquei.


-Eu se fosse você não lutaria com essa barriga, vai que acontece algo com seu bebê monstruoso? Eu estou torcendo para que ele morra e deixe que você tenha apenas um filho meu, longe desses lobos irritantes.


-Acredite, antes de acontecer qualquer coisa com meu filho e de Jake, sua cabeça estava em minhas mãos, desgraçado.


Estávamos girando, com passos idênticos, sem nem ao menos cogitar dar as costas para o outro. Provavelmente distante demais para que Seth pudesse sentir nossos cheiros. De qualquer forma era bom, pois eu poderia descontar todo o ódio guardado este maldito.


-Por que não ataca? Achei que queria me matar. –foi a voz dele provocar, e eu rosnei.


-Engraçado, e eu jurava que foi você quem queria me pegar. Sabe que por mim não sujaria minhas mãos por tão pouco, entretanto, me parece que não tenho escolha.


-Tsc, tsc, tsc. Renesmee, menina, sabe que salvei sua vida daqueles Volturis. Então porque não me agradece, me dando o que quero?


-Te dando meu corpo e meu sangue? Só uma pessoa no mundo pode ter meu corpo, e além de minha família, apenas ele e Seth são dignos de meu sangue. Você é apenas um cara abusado e repulsivo que não aprende nunca o que é tomar um fora.


Cuspi em sua direção, e aquilo foi a gota para ele. Melhor assim.


Nahuel voou para mim, e eu desviei com uma pirueta em pleno ar, numa espécie de estrelinha sem usar mãos, caindo de frente para ele, com um sorriso no rosto. Outra vez ele avançou, mas agora eu fiquei ali, dura como uma pedra.


Nossos corpos se chocaram, entre arranhões e mordidas principalmente. Foi ali que notei a diferença. Eu era muito mais forte. O empurrei com força, e quando o homem cambaleou, saltei sobre seu corpo, colocando meus os dois pés em seu peito e dando impulso. Ele bateu contra uma árvore, lascando o tronco, e rosnou furioso.


Mais uma vez voou em minha direção, mas dessa vez me acertou, derrubando no chão com força, com seu corpo sobre o meu e as mãos em meu pescoço, eu tossi um pouco, mas não era forte o suficiente para me matar. Ele estava brincando, não estava? Foi minha vez, estendi minhas mãos e apertei seu pescoço ao máximo. Agora Nahuel quem sufocava com a dor (afinal conseguíamos ficar sem ar por um bom tempo). Forcei meu corpo, fazendo com que ele ficasse por baixo, sentando em seu tronco. Ele riu.


-Isso... Boa menina... Já está... –ele tossiu. –Quase... Do jeito... Que eu queria...


Aquilo me deu nojo, e a sensação de desprezo foi maior que qualquer outra. Me ergui num salto, com um dos pés na terra macia, e o outro em seu pescoço. Estava começando a perder o controle. Meu corpo tremia por completo, e aquela visão estranha de caçador estava me tomando novamente.


O puxei pelo pescoço e joguei contra um pinheiro que se partiu no meio, ele bateu direto como meio das costas, e caiu no chão como um pedaço de mármore. Eu corri outra vez, alcançando-o em segundos. O puxei pelo braço esquerdo e girei meu corpo pelos calcanhares, atirando-o para longe outra vez. Mas agora mirei num lugar certo. Uma protuberância rochosa preto do riacho. O baque foi ensurdecedor.


A luta não ia durar, pois estava totalmente desigual, ainda assim eu ia lhe conceder uma última honra, pois ele realmente salvou minha vida naquele incidente com os vampiros italianos.


-Sabe, Nahuel, minha gravidez me faz precisar de muito mais sangue que o normal, então decidi que vou lhe dar a honra de servir de comida para o meu bebê, que nascerá muito mais humano que você, seu monstro asqueroso. Em outras circunstâncias eu jamais sujaria meu corpo e o dele com o seu sangue imundo, entretanto, não posso recusar comida quando ela vem de tão bom grado até mim.


Ele arfou, enquanto eu o erguia novamente pelo pescoço, forçando sua cabeça contra a mesma pedra que havia batido. Nahuel não conseguia falar, pois eu apertava sua traquéia com a força que havia ganhado do bebê. Pouco depois eu estava com os dentes afundados em seu pescoço, sugando todo o líquido de seu corpo, que se tornava frio e pálido.


O homem se debatia, desesperado, mas não havia justiça na lei da selva. Naquele instante era eu ou ele, e em qualquer outra ocasião eu teria escolhido salvar outra pessoa além de mim, contudo, havia mais que minha vida em jogo. O importante naquele momento era proteger o filho de Jacob.


-Como... –disse ele em meio a tossidos. –Uma verdadeira... Fêmea vampira... Boa... Boa menina.


Tampei sua boca com a outra mão, não queria ouvir aquela voz enquanto o matava. Na verdade o silêncio era ótimo no momento, pois eu me concentrava apenas em ouvir o som de seu sangue sendo bombeado para dentro do meu corpo. O gosto não era ruim como eu achei que fosse, pelo contrário, eu até que gostei. Provavelmente obra da criança outra vez.


Larguei o corpo no chão e pisei com força em seu tronco. Por desencargo de consciência não poderia deixá-lo inteiro. Assim fiz uma coisa que jamais achei que fosse capaz. Arranquei sua cabeça com um movimento veloz, espirrando sangue por todo meu corpo. Dei alguns passos e atirei no rio para que algum animal a comesse.


Passos se aproximavam rapidamente. Um-dois Três-quatro. Um-dois Três-quatro.


O que houve Ness? Ouvi em minha mente.


Nahuel está morto.


Seth se transformou em humano antes de chegar a mim.


-O que houve aqui?


-Era meu filho ou ele... –respondi friamente, enquanto tentava me livrar daquela expressão de assassino que estava em meu rosto. Não ficaria de frente para ele com tanto sangue assim.


-Credo! Nunca achei que veria você fazer algo do tipo. –ele estava assustado com a cena, e eu nem precisava olhá-lo para ver.


-E jamais teria feito. Ele me queria... Meu corpo e meu sangue. Ia matar meu filho, senti isso, não poderia deixá-lo vivo sabendo que ia me perseguir pela vida inteira. Então aproveitei essa força extra pra me livrar desse traste de uma vez.


-Sempre me perguntava o porquê Edward não o colocou para correr da casa antes do casamento.


-Edward é muito cortês, sabe disso, e provavelmente Nahuel escondia bem os pensamentos perto dele, deixando apenas coisas boas na mente... Acredito que ele só surtou mesmo quando me casei com Jacob.


-Concordo com você, mas não deveria tê-lo enfrentado, não sozinha. Podia ter me chamado, percebi só quando houve um estrondo.


Fui até o rio lavar a boca e o rosto, pelo menos, para ficar menos pavorosa aos olhos do meu amigo.


-Nessie. –disse ele quando me aproximei, estava mais calma. –Seus olhos estão vermelhos. Achei que os mestiços não mudassem a cor dos olhos.


-Deve ter algo a ver com o bebê, não se esqueça que tudo em mim está diferente por isso. Venha. Me ajude Seth, vamos enterrá-lo, assim não corremos risco desse corpo sem cabeça voltar a se mover.


Cavamos uma cova bem funda, e jogamos o corpo lá dentro, enrolado em no cobertor velho. Para ser sincera Seth cuidou da parte mais suja, enquanto me mandava não olhar aquela cena outra vez, pois ele estava acostumado a caçar vampiros, mas eu era apenas uma “pobre-menina-indefesa”. Acho que ele havia esquecido que fui eu quem matou o cara.


Começou a chover quando colocamos uma pedra pesada sobre o local onde havíamos o enterrado. Depois daquilo tudo eu fui tomar um banho naquele lago quase congelado. Odiava aquela água extremamente fria, mas não tinha outra escolha além dela. Seth sempre ficava por perto, com medo que eu ficasse vulnerável a qualquer tipo de ameaça, e hoje ele estava ainda mais tenso, pela “batalha de mestiços”.


Foi aí que ouvimos um uivo na floresta. Ele se ergueu, não era um simples lobo, pela altura do som parecia algo muito maior do que até mesmo Jacob, que era o maior lobo da matilha.


Eu me virei para ele, da beira do rio e o olhei confusa. Senti o bebê remexer sem parar dentro de mim, enquanto Seth mantinha aquela expressão de medo e nervosismo misturada em sua face. Vi seus músculos tensionados, e os lábios distorcidos. Todos os pelos de meu corpo se eriçaram naquele instante, quando uma fera enorme, com dois olhos vermelhos brilhantes saltou bem diante de nossos olhos.


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Notas finais do capítulo

Já sei, eu perdi a noção neste cap, mas eu precisava tirar esse cara do caminho hauah. E espero que estejam entusiasmadas para descobrir o que estava observando os dois =) huhuh. A fic tá quase chegando no cap que eu estou escrevendo =( aí agora eu vou demorar um pouco mais para os posts.

Feliz Natal para todos os meus amados leitores, pq sem vcs a fic não seria nada =D, obrigada pela paciência que vcs tem com a louca aqui Rsrs. Bjooos!



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