Amores De Guerra escrita por Kokoro Tsuki


Capítulo 16
Capítulo XVI


Notas iniciais do capítulo

Oi mores :3 Saudades da Tsuki? :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/508018/chapter/16


Amores de Guerra
Capítulo XVI:
Sentimentos.

Sasuke não podia estar sentindo algo melhor, a sensação de tê-la em seus braços era incrível. Claro que, por vontade da Hyuuga eles haviam mudado de lugar, afinal, fora ela quem roubou o beijo do moreno, e era ela quem o conduzia, quem pediu primeiro a passagem da língua, quem se entregou ao sentimento antes de qualquer coisa.

Alegria. Euforia. Era como se sentisse tudo de bom com 'ia'. Estava sendo beijado por garota, mas não uma garota qualquer, e sim a jovem mais bela e delicada de toda a Vila da Folha. Queria não sair daqueles toques nunca, mas o ar os obrigaria a isso.

Hinata não conseguiu olhar para o moreno assim que se separaram, a moça ainda precisa engolir os próprios atos. Com vergonha? Muita. Arrependida? Nenhum um pouco, muito pelo contrário, se enchia de felicidade.

– Foi... Meu primeiro beijo, Sasuke-kun. - confessou, sem poder vê-lo corar.

– Foi o meu primeiro também... Com uma garota. - pode ouvi-la rir, afinal, quem não riria ao relembrar o passado? O dia da separação dos times? - Estou feliz por ter sido seu primeiro, Hinata. Espero se o primeiro e único.

– P-poxa... Pare com isso... - juntou os indicadores e começou a brincar com eles, agora quem estava ruborizada era ela. - N-não se gabe demais... - sentiu as mãos fortes do maior a tocando, lhe obrigando a encara-lo. - O que foi?

– Eu gosto de você, sabia? - era para ser uma declaração, porém pareceu mais uma pergunta. A pequena levantou a cabeça, tudo para fitar o rosto da pessoa com quem dera seu primeiro beijo. Sorriu, apenas se confortando em seu corpo.

Mesmo sem a resposta Sasuke sentia-se completo. Apenas por ter sua princesa apoiada em seus braços, buscando seu calor. Os flocos de neve caiam com grande lentidão, trazendo consigo o frio de um inverno que estava para ser iniciado.

Ao fundo os fogos de artifício enchiam o Céu noturno, o que chamava a tenção de ambos para tal acontecimento, de como novas cores surgiam com a destruição de tão simples explosivos.

Hinata afundou sua cabeça no peitoral do maior, ficando cada vez mais confortável. Com delicadeza seu queixo foi levantando, mas uma vez deixando ambos os rostos tão perto um do outro. O moreno a olhava com desejo, os lábios rosadas ainda pareciam apetitosos, e agora era sua vez, certo?

– E agora, posso te beijar? Ou terei de ser um menino malvado? - estava novamente com sua mão envolvida na cintura fina, trazia um pequeno sorriso de canto. - O que me diz, princesa?

– Digo que você já é um menino malvado... - praticamente tinha de escalar o corpo másculo do moreno para poder beija-lo, um toque tão doce e suave quanto ela mesma. - O meu menino malvado.

– E você é meu tomate... - murmurou, mas pensando bem... - Diga, por que começamos a ficar melosos de repente?

– Não sei. - riu baixo. - Eca!

O clima entre os dois parecia perfeito, pelo menos aos olhos de Sasuke. Sentia-se completamente realizado, estava com aquela que conquistara seu coração pela doçura, a única mulher por quem teve sentimentos carnais. A única por quem se apaixonara.

Novamente entrelaçou sua mão na cintura fina dela, mesmo com as forças se esvaindo por conta da perda do selo, queria aproveitar cada minuto daquele momento mágico. Contudo, em sua vida nem tudo era perfeito. Os barulhos vindos dos arbustos mostravam que não estava sozinhos.

Hinata, por sua parte, imediatamente se levantou, ativando seu Byakugan para o caso de ser algum inimigo. O Uchiha, por sua vez, se via impossibilitado de usar sua linhagem, o Chakra que havia usado para subir a colina consumira boa parte de sua pouca energia.

– Quem está aí? Responda-me agora! - a azulada pediu, elevando seu tom de voz, chegava a parecer ameaçadora. A garota forte que era. - Saia nesse instante se não quiser se machucar!

A resposta demorou um pouco para vir, fazendo a menina recuar um pouco, surpresa. Principalmente quando os dois louros saíram do 'esconderijo' improvisado. Sorriam como idiotas, felizes, provavelmente teriam visto a cena entre os dois pombinhos.

– Ei, Teme, pensei que você seria o homem da relação! - Naruto gritou entre risos, sendo acompanhado por Ino em sua gracinhas. - Hinata, mostrou quem usa as calças, não é? Boa menina, boa menina.

– Eu vou te matar, Dobe. - o moreno resmungou, pondo-se em pé. - Me disse para ser romântico e resolve atrapalhar? Por que em vez disso não se declara para a Ino? - franziu o cenho, podendo ver todos os outros presentes corarem.

– Sasuke-kun! - as duas garotas exclamaram juntas. A Yamanaka cruzou os braços, embaraçada com tal situação, enquanto a Hyuuga começou a brincar com os indicadores, não esperava que o Uchiha dissesse algo desse tipo.

Naruto cerrou os punhos, não tinha a menor ideia de como responder aquilo. Como Sasuke podia ser tão filho da puta com isso? Dizer uma coisa dessas na frente das Kunoichis? Ah, ele ia mata-lo. E como ia.

Isto é, mataria se não fosse antes impedido pela mão delicada, esta que, com cuidado, ergueu seu queixo, encostando os lábios finos e rosados nos seus, calmamente. Sua primeira reação foi de um susto, porém, como tal toque, não pode resistir, o que tornou as carícia mais extrema, até que a língua entrou no meio. Terceira reação? Foi desmaiar nos braços da loura. Seu segundo beijo com uma mulher não era o que esperava, mas ao mesmo tempo era tudo o que desejava.

– Esse idiota... - Sasuke resmungou, sendo repreendido por Hinata logo após. A perolada sorria para o moreno com grande alegria. Puxando-o pelo braço. - O que está fazendo?

– Não acha que já se passou o tempo que podiam ficar aqui? É hora de ir, Sasuke-kun. - cerrou os olhinhos, sua expressão não passava de grande gentileza e doçura. - Vamos, sim? Temos que te deixar no hospital, e a Hana-chan em casa.

– Como quiser. - deu de ombros, um pouco decepcionado. Se pudesse ficaria mais tempo. Mas como negar um pedido da pequena princesa? Uma missão difícil que com certeza não seria possível realizar. Abaixou-se, depositando um curto selinho em sua testa, fazendo-a ruborizar. - Afinal, amanhã irá estar no hospital, certo?

– Sim, pode esperar. - dizendo isso voltou a puxa-lo. Na frente podia ver Ino carregando Naruto em suas costas, apesar das reclamações ficava claro o quão o beijo havia lhe feito bem. O casal de louros foram as únicas testemunhas de seu ato apaixonado, tirando eles somente a fraca luz da Lua, que iluminava seu caminho, os havia visto.

Ali certamente se iniciaria um grande amor, no qual, nem as maiores dificuldade poderia atrapalhar.

Talvez.

[...]

O dia vinte e dois de Dezembro chegou com imensa lentidão e preguiça, trazendo o Sol aos poucos para os habitantes da Folha. Muitos deles ainda na cama, por terem chegada tarde em casa, outros já se levantavam para missões ou algo do tipo. Nada de muito diferente acontecia. Bem, se não fosse pela bronca da Hokage dada aos dois fujões e as jovens enfermeiras.

Foi impossível contar quantos vezes a mulher elevou o tom de voz, relembrando o quão era proíbida a saída dos pacientes internados, sem contar as repreensões em Sakura por ter permitido tal ato.

Por outra parte, ela também os elogiou pelo feito, afinal, se não tivesse olhos observadores jamais teria descoberto. O Jutsu usado por sua aluna se provou de grande força, provavelmente ajudaria em missões futuras. Junto com a bronca uma nova notícia também foi anunciada, a alta dos dois fujões, o que trouxe agrande alegria, não só para eles, mas para as moças que os haviam acompanhado durante tanto tempo.

Assim que a mais velha se retirou Hinata pode suspirar com tranquilidade, era como se tudo estivesse mudando para a melhor. Com tranquilidade ela arrumou os lençóis brancos da cama de Sasuke, assim como o tubo do soro - devido a sua melhora o oxigênio havia sido retirado -, organizando para que o rapaz tivesse uma melhor locomoção.

Desde que retornaram, na noite anterior, não trocaram nenhuma palavra sobre o tal beijo e a declaração, chegavam a ser confundidos com estranhos. A Hyuuga ainda tinha algumas dúvidas pairando sobre a cabeça, enquanto o Uchiha pensava em como abordar o assunto novamente. Só havia uma maneira, colocar os sentimentos para fora de uma vez por todas.

– Vou pegar seu café, Sasuke-kun, espere aqui. - avisou com a gentileza de sempre, sua voz calma e singela fazia o coração do garoto palpitar cada vez mais. - Irei voltar logo, por isso nada de aprontar quando eu estiver fora viu? - piscou, como se fosse fazer uma travessura de criança.

Era agora, precisava agir logo. Se ela saísse quem poderia garantir que ia voltar? Ninguém, certo? Levantou-se num impulso, abraçando-a por trás, fazendo com que parasse de andar repentinamente.

Por conta do susto? Quem sabe?

Naquele momento nada mais importava, ter o corpo de Sasuke próximo ao seu acabava com todas as dúvidas que insistiam em existir. Tê-lo ali, ofegando em sua orelha lhe trazia mais confiança. Ter Sasuke por perto era tudo o que seu pequeno coração precisava.

Suspirou, levando sua mão ao peito, sentindo a do moreno repousar sobre a sua. Mesmo não podendo ver percebia que os olhos ônix repousavam sobre si, a diferente de altura se tornava inegável num momento desse tipo. Tudo podia se resumir num só sentimento, provavelmente o maior que ambos os corações confusos e feridos já sentiram.

– Você me completa, Hinata. - sussurrou no ouvindo dela, o calor emitido pela aproximação dos corpos o confortava, a última vez que algo assim fora quando sua mãe ainda era viva, naquele dia em que seu Clã foi exterminado. Mas desta vez não seria dessa maneira, a teria para sempre consigo, protegeria a garota que despertara nele o melhor sentimento que conheceu.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então? O que acharam? :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amores De Guerra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.