Sweet Nothing escrita por Evye


Capítulo 5
Cry Me a River


Notas iniciais do capítulo

Um ano depois... Ou quase isso? Bem, por ai... Cá estou eu novamente, me redimindo gentilmente com todos vós que querem me decapitar, nem tenho o que dizer além de... Desculpe queridos leitores. Serio, desculpem de verdade, surtos de falta de criatividade são assim... Enfim, espero que gostem do capítulo que estava mofando bonitinho no fundo do Drive e aproveitem a leitura, prometo tentar postar com alguma frequência, mas nada garantido. Anyway, obrigado a todos que mesmo com a minha ausência ainda se lembravam da existência dessa little kid.
Boa leitura!!
PS: Musica antiga, eu sei, mas é tão... Mask! Okay, divirtam-se na leitura! *-*



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"You were my sun

You were my earth

But you didn't know all the ways I loved you, no

So you took a chance

And made other plans

But I bet you didn't think

that they would come crashing down"

Afrodite chegou no templo pensativo, colocou os produtos na mesa sentando-se, a mente voava longe, mais precisamente para os dois cavaleiros que pararam na casa abaixo. Suspirou tentando esquecer o belo, porém sério olhar do libriano sobre o ruivo; ajeitou as compras separando as tintas azul e verde, sorriu, seria nostálgico voltar àquelas cores. “Na última vez que me vi em azul estava prestes a morrer…”

Riu recordando-se dos dia que ostentou a cabeleira azulada pelo santuário fazendo com que cavaleiros e amazonas invejassem a beleza de seus fios; caminhou até a sacada observando os demais templos quando notou um cosmo conhecido aproximar-se, vestiu a armadura subindo os degraus até o hall, onde encontrou o ex-cavaleiro de Áries, enrijeceu o corpo em sinal de respeito compondo sua altivez e seriedade.

–Shion.

–Boa noite, Afrodite.

–Gostaria de passar?

–Na verdade, esse não é meu desejo, no momento.

–Então…?

–Vim até aqui porque presenciei uma coisa no templo de Aquário que me desagradou…

–Creio, meu caro, que assuntos relacionados a outros templos não dizem respeito a mim. -Falou cheio de si cruzando os braços com uma das sobrancelhas erguidas, como se desafiasse o mais velho. -Cada guardião que cuide de seus próprios problemas, fique a vontade para consultar Aquário.

–Concordo plenamente. -Falou caminhando pelo hall disperso em seus próprios pensamentos. -Porém não é apenas Camus que está envolvido… Na verdade, diria que este assunto é praticamente… Seu.

O Grande Mestre relatou o ocorrido com calma, atentando-se às minimas expressões do cavaleiro de Peixes, que mantinha-se o mais frio e indiferente possível, causando uma grande decepção no ariano, esperando por algo a mais além de bocejos e braços cruzados.

–Era isso?

–Sim. Poderia me explicar o porquê das reações de Câncer? Pelo transtorno na feição dele, há bons motivos para isso, não?!

–Ele é um estupido, simples assim. -Deu os ombros, revirando os olhos e apoiando uma das mãos no quadril, como se zombasse do interesse alheio. -Que não aceita perder, ainda mais depois de trapacear tanto pela vitória.

–Oh, isto é um jogo agora? -Falou com um riso carregado de escárnio, deprezando as palavras do pisciano.

–Ah sim! -Sorriu maldoso aproximando-se do ex-cavaleiro. -Um jogo no qual sou vencedor, não serei derrubado pelos peões… E nem mesmo por um cavalo. -Falou àcido referindo-se descaradamente ao homem.

–Pois cuide bem do seu tabuleiro, Peixes, ou então seus soldados podem se voltar contra si. -Sorriu vitorioso diante o olhar confuso do loiro. -Afinal, de que adianta o Rei sem seus súditos?

Afrodite abriu a boca pensando em responder, porém a fechou novamente ao pensar na maneira perfeita de provocar o ariano, sorriu abertamente moldando sua melhor e mais irônica feição, indo até o outro o olhando de cima.

–Quanto a isso não me preocupo.

–Não? Deveria.

–Ah não… Afinal, por mais que eu caia, ele sempre estará lá para me levantar!

–Não o envolva em suas artimanhas, Peixes! -Falou praticamente rosnando, olhando perigosamente para o sueco.
–Baixe o tom ao falar comigo, Shion. Ou o ataco por desrespeito à minha casa!

–Tente. Não me tornei Grande Mestre a toa.

–Sem armadura? Sua morte seria rídicula!

Shion sorriu, já ciente de sua vitória naquela discussão, virou o corpo voltando o caminho, inclinando a cabeça à saída do local, olhando ´para trás com presunção e cheio de si.

–Saiba, Peixes, que posso subjugar qualquer um de vocês, mesmo nu. -Olhou de cima abaixo o sueco, sorrindo ainda mais. -Ainda mais um cavaleiro fraco como você, o primeiro de uma linhagem que desonrou a casa de Peixes… Albafica se envergonharia.

Shion virou-se novamente, Afrodite fez menção de dizer algo, porém perdera as palavras diante a declaração do superior. Eram praticamente inimigos declarados, de fato. Graças ao libriano nunca conseguiram se suportar por motivos distintos, mas houve épocas em que as trocas de farpas eram mais sutis, agora pouco se importavam com os sentimentos alheios ou os danos causados pelas palavras. Só não esperava tamanha crueldade.

~

Camus estava sentado encarando seriamente o cavaleiro de Libra que permanecia em silêncio desde o momento que colocara os pés no local, suspirou longamente servindo o chá para o mais velho, enquanto via o próprio esfriar, abandonado e sem qualquer tipo de contato.

–O que você quer com ele?
–Afrodite?
–Obvio. -Libra ironizou revirando os olhos, em um riso seco. -Comigo que não é.

–Tsc… Eu não quero nada. -Deu os ombros dando um gole no líquido frio. -Somos amigos, há algum pecado nisso?

–Não, não há. Mas… Você o conhece?

–Ele é meu vizinho e…

–Não se faça de tolo, Camus, esse papel não lhe condiz. -O moreno se levantou empurrando a xícara, aproximou-se do aquariano, os braços cruzados e uma expressão séria na face. -O que eu quero dizer é: Você sabe quem ele é? Quem ele era? Não o magoe, Camus.

–Essa com certeza não é minha intenção, porém… -Riu olhando com certo desprezo para o velho cavaleiro. -Você não deveria ter dito isso ao Máscara da Morte?

–O que?

–Ouça, Dohko, não foi por minha causa que o Afrodite chorou. Caso não tenham lhe contado a história muito bem, foi o italiano que traiu Peixes. Não eu.

O mais velho bufou, estava começando a ficar irritado, mas não tinha argumentos contra aquilo, apenas a verdade era dita ali, passou a mão pelos cabelos os jogando para trás, olhou para o ruivo que o encarava seriamente, sustentando seu olhar com convicção.

–Preste muita atenção. Estive ausente por muito tempo e… Sei que perdi muitas coisas, se eu estivesse aqui jamais permitiria que Lorenzo sequer tocasse em um fio de cabelo de Afrodite! E é isso que farei, se você magoa-lo, eu o caço!

Deu as costas rumando as escadarias que subiam ao templo do Grande Mestre. Camus observou os passos rudes do cavaleiro,ainda com suas palavras na cabeça, afinal, o que diabos significava aquilo?! Claro, admitia que não conhecia o pisciano tão bem e que seu relacionamento anteriormente era de longe apenas diplomático. Suspirou apoiando-se na pia, a mente ia longe e algo lhe martelava, como uma pequena pulga, havia algo errado em toda aquela história, bateu o punho no mármore virando o corpo disposto a tirar tudo aquilo a limpo de uma vez por todas, porém ao colocar os pés no hall do templo fora surpreendido com duas presenças inusitadas. À sua frente Shura e Aiolia estavam parados, como se o esperasse.

–Desejam passar? -Perguntou com uma das sobrancelhas erguidas.

–Não. Nosso assunto é com você, Aquário.

–Comigo? -Estranhou o tom de voz do cavaleiro de Leão. -Algum problema?

–Sabe, viver nos templos abaixo dos décimos pode ser algo muito interessante, e… Recentemente correu um estranho boato de que você está com o… Afrodite. -Fez uma careta, entortando o nariz.
–Aiolia, vamos embora, isso não é problema nosso. -Shura falou após ver a expressão de Camus se contorcer.

–Tsc, calado, Shura. -O loiro revirou os olhos cruzando os braços, com o olhar fixo no francês. -Olha, eu nunca fui contra o fato de você ser viado, sabe, sem problemas cara… Mas, o Afrodite?! -Riu colocando as mãos na cintura. -De todos os putos e putas do santuário você tinha que pegar justo essa?!!

Camus inspirou profundamente, soltou um riso de escárnio olhando para a expressão confusa do grego, balançou a cabeça negativamente, escorando-se na pilastra mais próxima.

–Francamente, estou decepcionado. -Camus começou. -De todas as pessoas que vivem aqui, você é o último que achei que se incomodaria com a minha vida. Primeiro, eu não faço ideia do que você anda ouvindo ou deixar de ouvir, Leão. Mas independente disso, não creio que o problema seja seu.

–Olha, Camus, sinceramente, não é meu problema. Você tem razão. -Enrijeceu o corpo o voltando para a saída do templo, parando próximo a porta, virou metade do corpo olhando para as orbes azuladas. -Mas, será que você vai querer mesmo, ficar com alguém como ele?!

A risada de Aiolia ainda ecoava pela casa de Aquário, mesmo após a saída deste, não tivera resposta para dar ao loiro, afinal, o que tanto falavam do sueco?! Só havia um jeito de descobrir…

~

–Eu não vou deixar as coisas assim.

–Como se eu fosse! -Milo riu, dando uma olhada ao italiano que andava de um lado para o outro, fazendo o calçado da armadura criar um som repetitivo e irritante. -Que infernos, Mask, será que dá pra parar?!

Cazzo! Cale a boca, eu estou pensando!

–Ora, que milagre! -Ironizou vendo o olhar assassino do moreno sobre si, ergueu ambas as mãos se inocentando, com um sorriso maldoso nos lábios. -Mas, já que o gênio italiano está pensando, me diga, além de decapitar os dois, tem algo em mente?!

–É claro que não! Eu estou com ódio demais para ter alguma boa ideia!

–Tsc, está se preocupando a toa.

–O que? -Perguntou confuso, recordando-se das crises que o colega tivera com o termino do francês.

–Eu andei pensando… Depois de me acalmar, não temos que nos preocupar com acabar com aqueles dois.

–Não!?

–É claro que não! -Riu levantando-se e passando um dos braços pelo ombro do italiano que ainda tentava acompanhar o raciocionio do mais novo. -Eles não vão se aguentar, Camus é certinho demais, perfeito demais, quadrado demais! E o Afrodite… Bem, ele estava com você, quer coisa pior para a reputação de alguém?!

–Oh, grazie pela parte que me toca. -Revirou os olhos, bufando. -Mas, em partes você está certo.

–Eu sei.

–Nos primeiros podres de Peixes, ele com certeza vai desistir!

–Eu sei. -Respondeu com um largo sorriso soltando o ombro do rapaz e tamborilando os dedos uns nos outros, abriu um largo e maldoso sorriso, voltando o olhar para Márcara da Morte que parecia um pouco mais calmo e até mesmo… Conformado com a ideia. -Vamos ter paciência, cancêr…

–Essa não é minha virtude, Milo.

–Não que seja minha! -Respondeu rindo irônicamente e cruzando ambos os braços. -Mas podemos acelerar o processo de destruição.

–Tsc, estou começando a me perder nas suas palavras! Deuses, pode por gentileza parar de imitar o Shaka e ser direto?

–Oh, perdão cabeça de vento. É simples, o seu peixinho vai fazer merda, isso está óbvio, mas pode ser que demore…

–E…?

–Vamos dar uma mãozinha a ele!

–Ah… Ah! Entendi! Cazzo! Por que enrolou tanto? -Apoiou o rosto em uma das mãos, com os pensamentos longe enquanto ouvia ou fingia ouvir, o tagarelar infinito do escorpiano que parecia planejar algo mirabolante demais. Revirou os olhos entediado, para alguém que dizia ser tão inteligente, ele estava falando muita besteira. -Cala a boca, inseto. -Ordenou de forma seca ouvindo um xingamento que o fez sentir um estalo nas ideias. Abriu um sorriso cruel e maligno, como se visse uma pequena luz se acender no topo de sua cabeça. -Bambino, controle sua língua… Não precisamos pensar em mais nada… Sei exatamente o que fazer...




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Notas finais do capítulo

É isso pessoas, mais um capítulo que demorou meeeses para sair, buuut, saiu! Espero que tenham gostado, se quiserem deixar reviews eu super aceito e gosto *-*! Obrigada a todos que leram e vamos torcer para que a inspiração continue 100%!!
See ya~
Evye.



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