Ordem de Lis escrita por synchro


Capítulo 7
Um irmão a menos / Um casamento gelado.


Notas iniciais do capítulo

Gente, tem atualmente 17 pessoas acompanhando a fic, e 17 comentários, então vamo comentar ai gente, não custa nada dizer o que está achando da história. Eu recebi vários novos coments nos primeiros capítulos, mas quase nenhum no final, então ao menos me digam que vocês chegaram até aqui e leram, não custa nada :v

"TROVÃO: Chama-se de trovão o som produzido pelo raio" ou seja: trovão é um som, vocês vão entender porque eu disse isso.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507546/chapter/7

Os trinta piratas atacavam de forma desorganizada, facilitando a defesa por parte dos três irmãos, que ergueram os escudos e refletiram a primeira leva de espadas. Então Niela e Tiemon desataram os escudos do braço e os jogaram sobre os piratas, que tiveram que desviar, abrindo espaço para as três espadas começarem a festa.

Tiemon teve de se afastar para não acertar suas irmãs, e começou a atacar todos os piratas à sua volta, imprimindo medo até os ossos deles.

Jay ficara com seu escudo, pois a rapieira permitia isso, ela apenas contra-atacava os piratas que cercavam-na, sempre desviando a atenção para si, afim de que os marinheiros não sofressem grandes baixas.

Niela estava com maiores problemas, sua Katana era boa em desafios contra uma pessoa, mas se tornava uma arma muito fraca contra vários inimigos simultaneamente. Ela sofria ataques de todos os lados, e um deles atingiu a parte de trás da perna, talhando um corte profundo que a fez cair no convés.

Ela gritou de dor, um dos piratas ergueu a espada para o golpe final, um segundo grito, agora de medo. Então um trovão encheu o lugar. O pirata caiu com a espada ainda em sua mão, um segundo trovão e mais um pirata caiu. Após algum tempo seis piratas já haviam caído inexplicavelmente e ao som de trovões.

Foi então que Niela viu Tiemon com a arma na mão, procurando mais munição para atirar. Infelizmente ele não teve tempo, pois logo estava rodeado de piratas novamente.

Nem todos tinham a mesma sorte de serem defendidos pelo garoto. Muitos dos marinheiros não tinham conseguido se defender e caíram perante as espadas inimigas. Vendo isso Niela se levantou e andou até John e Jägger, decidida a protegê-los, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário.

Assim que ela alcançou os dois perto do mastro, sua perna falou e ela foi ao chão uma chão com um gemido baixo, e dessa vez não se levantou. John era um lutar forte mas lento, já seu irmão era esguio e ágil, e dessa forma um compensava o outro enquanto enfrentavam os inimigos e protegiam a garota atrás deles.

Nesse momento restavam em campo Tiemon cansado terminando de enfrentar dois piratas, Jay correndo de um lado para o outro, cinco marujos que se destacavam por serem ótimos lutadores estavam conseguindo segurar os piratas, o capitão e seu irmão tentando com pouco sucesso proteger a nobre e treze piratas vivos.

Enquanto Tiemon matava o segundo dos seus dois últimos adversários, ele viu um homem alto se encaminhar para perto do mastro e passar pela proteção de Niela. Ele olho fixamente para ela e tirou uma adaga das vestes.

– Não, não, não. – Desesperado, ele pegou a arma de fogo e mirou. Puxou o gatilho, mas nada de trovões ou balas, nada. – Atira caramba! – O desespero crescia em seu peito enquanto o homem se abaixava até a altura de sua irmã, ele batia na arma e tentava de tudo, mas continuava sem atirar.

O homem, que agora poderia ser identificado por seu chapéu como o capitão dos piratas, gritou para a garota à sua frente.

– Um navio desses carregando nobres, e um arma dessas. – Ele apontou o canhão. – Que surpresa não? Talvez queira me contar a sua história. – A adaga roçava levemente a pele fina sob o queixo dela, fazendo escorrer um filete de sangue. Todos no navio paralisaram para assistir a cena, como se de repente aquilo fosse um teatro, e os dois fossem os atores principais, no clímax da peça.

– Saia daqui! – Ela gritou em resposta, tentando levantar sua espada.

Ele pisou na mão dela, e afundou a adaga em seu queixo, fazendo-a atravessar as duas camadas de músculo, chegando a boca e atravessando-a também. Jay gritou, em um ato de susto e desespero ela correu para o homem com a rapieira balançando descontroladamente.

O capitão dos piratas se levantou, deixando a adaga ir ao chão junto com o corpo agora para sempre inerte de Niela, e tirou da bainha uma espada, com a qual repeliu a mais nova Lockhart e fez um único ataque, deixando uma futura cicatriz no lado direito de seu abdômen.

– Vamos homens, nosso trabalho aqui não vai mais render lucros, aliás.– O homem se virou para Tiemon. – Meu nome é Vandur. – Enquanto os piratas corriam para seu próprio navio e cortavam as cordas que uniam-nos ao alugado pelos Lockharts, os mesmos se recuperavam do choque e caíram ao chão simultaneamente. Jay murmurava algo incompreensível enquanto seu irmão lançava gritos de amargura sem sentido.

Algum tempo depois os dois se uniram, e em meio a choro e negação, juraram vingar sua irmã, nem mesmo que sua procura durasse mil vidas.

–//–

– Então, todos os acertos para o casamento estão prontos? – John Blackwolf falava com o homem sentado do outro lado da mesa. – Meu irmão estará pronto para viagem assim que os senhores quiserem, e como o combinado uniremos nossos poderes militar e os ajudaremos a enfrentar os elfos.

– Senhor, na verdade existe um problema. – A criatura sentada à frente do novo líder da maior região de Vranyr tinha uma aparência estranha. Seu exterior era uma mistura de pele com gelo maciço, era possível ver seus vasos sanguíneos pulsando sob o gelo, seus olhos eram órbitas monocolores e sem expressão, sua estatura estava na casa de dois metros e ele tamborilava os dedos no apoio da cadeira esculpida em estilo barroco, assim como todos os móveis daquele ambiente, e a mesa em que estavam era o centro dessa negociação. A criatura era Onvary Tibeys, diplomata gélido enviado para discutir os termos do casamento político entre o irmão de John Blackwolf e a princesa dos gélidos. – A princesa não está disponível para o casamento, imploramos para que escolha qualquer outra jovem senhorita disponível entre qualquer família de nossas terras. Isso não implicará em qualquer perda de posição ou status social dentro de nosso grupo, pois assim que a guerra acabar, não se sabe o que pode acontecer a família real, ou quem poderia assumir o trono caso eles viessem a morrer.

– Você está insinuando que eu roube o trono? – O humano olhava fixamente para uma saliência de gelo que se mostrava abaixo dos olhos do gélido, que rapidamente fez questão de se colocar, com magia, na forma humana. – Meu irmão só irá casar se for com a princesa, é o que nos foi prometido por nossa ajuda, caso contrário ofereceremos nossos recursos aos elfos, de toda forma eles também têm o que precisamos para acabar com o reino de Ahu.

– Por favor senhor. – Onvary se levantou e dois homens de John se aproximaram dele, desembainhando as espadas. John os dispensou com um gesto da mão e disse para o homem retomar. – John Blackwolf, não é que não queiramos fazer esse acordo com vossa senhoria, mas é impossível para nós casar qualquer um com nossa princesa.

– E por que seria isso impossível, diplomata Tibeys?

– Pois a princesa Inarin foi uma das capturadas pelo exército humano nas tentativas de invasão, e reside lá como escrava por quinze anos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

É isso ai, esse foi um cap meio complicado pra postar, pois eu não achava a inspiração pra dar o ultimo retoque nele(chamem essa falta de inspiraçao de "amor pela Jen") mas tudo bem.