Serendipity escrita por Fairy


Capítulo 6
Blitzkrieg.


Notas iniciais do capítulo

Pois é, tarde mais aqui estou eu guys !
Espero que gostem, kisses.



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BLITZKRIEG [S.];

Do alemão: lit. '' guerra-relâmpago''

''Doutrina militar em nível operacional que consistia em utilizar forças móveis em ataques rapidos e de surpresa, com o intuito de evitar que as forças inimigas tivessem tempo de organizar a defesa.''

P.V.O Annabeth

Naquela noite eu sonhei com Luke. Com ele fazendo comigo tudo o que planejava desde o inicio.

Acordei desesperada e desabei em lagrimas. Pela claridade que atravessava as cortinas da varanda, já era de manha.

Thalia devia ter acordado com o meu choro, mas sem perguntar, ela simplesmente me abraçou.

Alguns minutos depois eu me recompus.

– Está tudo bem? – perguntou ela.

– Foram só pesadelos. – falei tentando convencer mais a mim do que ela.

– Com Luke? – perguntou ela.

Balancei a cabeça afirmativamente.

Ela não perguntou mais nada.

Peguei meu celular e vi que já era 06h30.

– Eu vou tomar um banho, fica a vontade para se arrumar. – falei.

– Pode deixar.

Levantei e fui para o banheiro. Tomei um banho calmo, então sai e vesti o meu roupão.

Thalia ainda estava de pijama quando eu sai do banheiro, só que se maquiando. Ela delineou de preto todo o contorno dos seus olhos, e passou varias vezes o rimel, deixando seus cílios bem longos.

Fui até meu closet, e coloquei um jeans escuro, uma regata branca, e um suéter meio cinza meio branco bem quente meio soltinho, e por fim minhas botas pretas de montaria.

Fui até minha penteadeira e penteei meus cabelos, deixando eles em madeixas loiras onduladas e macias, e então coloquei uma touca vermelha para esquentar. Peguei um cachecol cinza e enrolei em volta do meu pescoço. Coloquei um brinco de pena rosa claro, dois anéis, e um colar. Então passei a maquiagem mais básica possível, apenas um rimel e um gloss incolor que protegia contra o frio.

Thalia já estava vestida, com seu estilo punk habitual. Jeans preto, blusa de manga comprida listrada, tênis, um colete preto justo, e uma jaqueta estilo militar que eu tinha certeza que era masculina.

– É a jaqueta do Nico. – falou ela lendo meus pensamentos.

– Combinou com seu tênis. – falei.

Ela riu.

– Vamos lá tomar café da manhã. – falei.

Peguei minha bolsa preta em cima da cama e Thalia pegou a mochila dela, então descemos as escadas indo em direção a sala de jantar, onde a mesa já estava posta para o café da manhã.

– Bom dia meninas. – falou minha mãe enquanto nós sentávamos-nos à mesa.

– Bom dia. – respondemos em uníssono.

– Dormiram bem?

– Muito bem. – respondeu Thalia.

Eu não respondi.

– Annie? Não dormiu bem? – perguntou minha mãe.

– Mais ou menos. – falei.

– Como foram seus primeiros dias de aula? – perguntou ela.

– Ótimos. – menti.

Thalia me lançou um olhar repreendedor.

– Thalia, a Annie me disse que o seu sobrenome era Grace, por acaso você não seria parente de Zeus Grace? – perguntou ela.

– Ele é meu pai. – falou Thalia.

– Ele é um empresário incrível.

– Mãe, eu e a Thalia temos que ir se não iremos nos atrasar, não é Lia? – falei.

– Claro. – Ela se levantou e pegou a bolsa. – Tchau Senhora Chase.

– Tchau mãe. –falei.

– Tenham um bom dia meninas.

Nós entramos nos nossos respectivos carros e fomos para o colégio.

[...]

Estacionamos nossos carros lado a lado no estacionamento do colégio, então saímos.

Nós logo encontramos Nico e ficamos conversando. Depois de me perguntar se podia, ela contou a Nico, o que havia acontecido comigo.

Nico ficou quase tão irado quanto Thalia.

De repente eu senti um aperto forte no braço, me puxando, e me virei.

– Luke. – arfei.

Ele tinha uma expressão psicopata no rosto, e estava com um sorriso bizarro. Além é claro, do enorme hematoma que tinha no rosto por conta do soco que havia levado.

– O que foi Annabeth? Você não pensou realmente que eu fosse te deixar em paz depois de tudo, não é? – falou ele.

Thalia logo se deu conta da presença de Luke ali e quase surtou.

– O que você está fazendo aqui seu canalha? Não basta tudo o que você fez você ainda tem a cara de pau de vir ameaçar ela? Eu vou esfregar essa sua cara no asfalto, seu hipócrita nojento. - gritou ela e avanço pra cima dele, mas Nico a segurou.

Antes que Nico pudesse soltar ela, ou ele mesmo avançar contra Luke, alguns amiguinhos dele do time de Futebol seguraram os dois.

Luke voltou a mim, segurando cada vez com mais força.

– Você me fez de idiota, eu não vou deixar isso pra lá. – falou ele.

– Deu pra bater em garotas agora Luke? Eu já sabia que você era um imbecil, mas covarde? – falou uma voz atrás de nós.

Ele me jogou no chão com força, me fazendo bater a cabeça, e grunhir de dor. Pude sentir algo escorrendo na minha testa e coloquei a mão. Sangue, mas não era muito.

– Jackson. – falou Luke entre dentes.

– Gostou do soco Castellan? – falou Percy debochado e caminhou até perto de Luke – Eu fiz bem em te deixar no chão ontem.

Luke no mesmo instante deu um soco no rosto de Percy, que o fez virar a cabeça.

Eu cobri a boca com as mãos, surpresa.

Percy virou a cabeça de novo, um filete de sangue saia de sua boca, e então abriu um sorriso de escárnio.

– É só isso que consegue? – então ele revidou o soco.

Todos que estavam ao redor observando a briga instigavam-na ainda mais.

Observei-os brigar sem realmente poder fazer nada, já que um dos amigos de Luke também me segurava me impedindo de fazer algo. Eles brigaram de igual para igual até Percy pegar Luke pelo colarinho e o jogar com tudo sobre um dos carros, fazendo com que o vidro da porta se quebrasse.

Luke gritou de dor, e então se virou com dificuldade.

Seu rosto tinha um corte que ia desde logo abaixo de seu olho direito, até o inicio dos lábios.

Provavelmente o vidro havia feito o corte, eu arfei assim que vi, e as pessoas ao redor também.

– Basta! – gritou o diretor do colégio, que vinha raivoso em nossa direção.

Os amiguinhos de Luke trataram de soltar a mim, Nico e Thalia rapidamente.

– Você e você – gritou ele e apontou para mim e para Percy. – Na minha sala, AGORA!

Todos ao redor ficaram assustados, mas não saíram do lugar.

– E você, vá para a enfermaria, depois conversamos. – falou ele para Luke.

Eu me levantei do chão com um pouco de dificuldade e com a cabeça doendo, então segui Percy e o diretor, até a sala.

– Sentem-se. – mandou ele, e nós o fizemos.

– Senhorita Chase, faz 4 dias que você entrou no colégio, e já está arrumando confusão! – falou ele.

Abaixei a cabeça envergonhada, mas para minha surpresa, Percy me defendeu:

– Calma ai Sr. D, ela não arrumou nenhuma confusão. O Castellan basicamente tentou estupra-la ontem, mas não conseguiu, por isso veio pra cima dela hoje. Eu não podia deixa-lo bater em uma garota, não é? – falou ele em seu tom de deboche.

– Eu não estava falando com você Sr. Johnson.

– Jackson. – corrigiu Percy.

– Tanto Faz. – falou ele. – Senhorita Chase, então você está acusando o Sr. Castellan de ter te violentado?

– Ele não chegou a me violentar, mas tentou. – falei.

– Você tem provas? – perguntou ele.

Balancei a cabeça negativamente.

– Então sinto muito, não poderá acusa-lo. Hermes Castellan, o pai do Sr. Castellan, é um homem poderoso, sem provas você não poderá acusa-lo.

O olhei incrédula e Percy riu sarcástico.

– Rico você quer dizer.

– O que está insinuando, Sr. Jackson?

– Nada, Sr. D.

– Pela briga, vocês terão que fazer parte do grupo de teatro, e se apresentar na peça de inverno daqui 3 semanas. – falou ele.

– O que??!! – falamos eu e Percy em uníssono.

– Você só pode estar brincando. – falou Percy com raiva.

– Estou falando perfeitamente serio.

– Sr. D, eu não posso fazer isso, eu tenho pânico de palco. – falei.

– Vocês já estão dispensados, mas antes passem na enfermaria para cuidar desses machucados. – falou ele me ignorando.

Nós nos levantamos e fomos em direção á enfermaria.

Percy estava com os olhos brilhando de raiva.

– Eu tento ajudar, e acabo me ferrando. – ele murmurou irritado.

– Eu não pedi por ajuda ok? – falei.

Ele bufou.

– O que você quis dizer quando disse que Hermes Castellan era rico? – perguntei.

Percy riu seco.

– Toda a escola sabe que o diretor aceita propina do pai do Luke, em troca dele esconder as confusões do filho, é assim que o Sr. D paga as festas e as bebidas. Essa escola está cheia de hipócritas. – falou ele.

Nós ficamos em silencio o resto do caminho.

Quando chegamos á enfermaria e entramos, havia apenas a assistente da enfermeira-chefe.

– A enfermeira teve que acompanhar o Sr. Castellan até o hospital, e eu tenho que entregar alguns relatórios para o diretor. – ela olhou para mim. – Você que está menos machucada, poderia fazer os curativos nele? Obrigada.

Então ela saiu, antes que eu pudesse negar.

Bufei irritada.

Percy se sentou em cima da maca, enquanto eu pegava tudo o que eu iria precisar nos armários.

Coloquei tudo no balcão ao lado de onde Percy estava sentado e fui até ele.

– Será que tem como você descer? Se não percebeu você é mais alto do que eu. – falei ríspida.

Ele riu e desceu.

– Você que é muito baixinha. Ainda mais sem salto. –falou ele.

Revirei os olhos.

Peguei o álcool e coloquei um pouco no algodão branco, então fui até Percy. Eu, basicamente estava entre as pernas dele, e tão perto que eu podia sentir o calor que emanava do corpo dele.

Percy tinha alguns machucados no rosto. Um no lábio inferior, que tinha sido o do primeiro soco, um na testa que escorria sangue por seu cabelo, e um corte no supercílio.

Passei álcool nos três machucados para limpar, mesmo com ele reclamando.

– Hey, vai com calma ai. – falou ele.

– Pare de reclamar. – falei.

Por algum motivo, eu parei meus olhos nos lábios fechados dele. Eram bem cheios, e tinham a aparência muito macia.

Balancei minha cabeça e me tirei dos meus devaneios, coloquei um curativo no machucado da testa e outro no machucado do supercílio, então peguei o spray da bancada.

– Isso vai aliviar a sensação de incomodo. – falei – feche os olhos.

Ele fechou e eu apliquei um pouco em seu rosto.

– Agora é a sua vez. – falou ele.

Ele me pegou pela cintura com firmeza e me colocou sentada no catre tão rapidamente que me fez arfar. Ele deve ter percebido, pois deu um sorriso malicioso.

Então ficou na minha frente, entre as minhas pernas, cuidando dos machucados. Eu tinha menos que ele, é claro. Ele tratou primeiro o machucado da minha testa do mesmo jeito que eu fiz com ele. E então passou para o machucado do meu antebraço. Onde o idiota havia me segurado com força. Ele baixou devagar o ombro do meu suéter, até aparecer a linha do sutiã, o que me fez corar e sentir meu rosto esquentar.

Ele viu meu rosto e riu.

– Relaxa, só quero tratar do machucado, não te deixar nua. – falou ele.

Eu corei mais ainda e ele gargalhou.

– Idiota. – falei.

– Você que é muito ingênua. – falou ele.

– Eu não sou ingênua. – falei brava.

– Qual é, eu só baixei o ombro do seu suéter pra conseguir cuidar do machucado, e você corou, como se eu estivesse tirando toda sua roupa e te deixando nua. – falou ele gargalhando.

Eu apenas ignorei, tentando controlar o enrubescimento do meu rosto.

Ele terminou no meu antebraço e foi guardar as coisas no armário. Eu levantei o ombro do meu suéter e falei:

–Percy... – engoli todo o meu orgulho, afinal era preciso.

Ele se virou e olhou pra mim.

– Obrigada. – falei por fim – por ter me salvado ontem, e por ter me defendido hoje.

Ele sorriu com cara de quem tinha vencido.

– Até que enfim. – falou ele e eu revirei os olhos e ri. – Eu odeio covardia, e eu te defendi pelo mesmo motivo que eu defenderia a Thalia, você agora faz parte do grupo loirinha, ninguém toca em você. Mesmo eu não gostando de você.

– A recíproca é verdadeira. – falei com um sorriso nos lábios.

– Vamos pra aula. – falou ele com um sorriso travesso de lado.

Revirei os olhos e o segui indo para a aula de biologia.

[...]

Eu e Percy fazíamos aula de biologia juntos – infelizmente - então quando chegamos atrasados na porta da sala, todos viraram suas atenções para nós.

– Que vergonha senhorita Chase, pensei que tivesse mais juízo. Do Sr. Jackson, não espero mais nada, mas você? Uma briga no meio da escola, realmente inaceitável. Vão para os seus lugares. – falou a professora brava.

Nós fomos para os nossos lugares e por algum motivo nos entreolhamos e rimos. Não ruidosamente, mas do tipo que nenhum dos dois sabia ao certo por que estava rindo.


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Notas finais do capítulo

E ai? HSAHSA. Reviews? Recomendações?

Não vão achando que o Percy e a Annie vão ficar amiguinhos agora, vai demorar, sorry kkkkk.

bye bye.

kisses da Fairy



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