Serendipity escrita por Fairy


Capítulo 5
Lenitivo.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEEEEEEY GUYS, AQUI ESTOU EU COM ESSE CAP SUPER BONITINHO^^
espero que gostem.

beijos.

ps: amei a palavra do titulo



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LENITIVO (s.m.);

‘’que suaviza, acalma, adoça. abranda, suaviza ou alivia dores.’’

P.V.O Annabeth

[...] Fechei os olhos enquanto ele beijava meu pescoço, e as lagrimas começaram a escorrer de meus olhos.

De repente, o peso de Luke foi tirado de cima de mim. Abri os olhos a tempo de ver Percy o pegar pelo colarinho e lhe acertar um soco no meio da cara. Luke caiu no chão e ficou lá, desacordado.

– Vem, vamos. – falou Percy e esticou a mão na minha direção, a qual eu segurei sem pensar.

Peguei minha bolsa do chão, e então saímos correndo.

Corremos por um quarteirão até chegarmos à moto de Percy. Eu já me recobrava do susto apesar da adrenalina ainda correr por minhas veias.

– Me larga! – gritei para Percy meio sem pensar.

Qual é, eu estava assustada.

Ele largou da minha mão e me olhou.

– Qual o seu problema garota? – perguntou ele irritado – Eu te salvo e você ao invés de agradecer, dá ataque?.

Apesar de saber que ele estava certo, Percy havia sido um idiota desde que eu o conheci, o meu orgulho não iria me deixar ceder tão facilmente.

– Eu não precisava da sua ajuda! Eu tinha tudo sobre controle. – falei apesar de saber que não era verdade.

Percy soltou uma risada seca.

– Por favor, né, se eu não tivesse chegado e deixado aquele babaca no chão, ele teria te estuprado.

Eu ia retrucar, mas ele falou irritado:

– Se você não subir nessa moto eu vou ser obrigada a te colocar á força nela.

Fiquei parada fazendo pirraça. Percy veio na minha direção...

– Ok, eu subo!

Ele tirou um novo capacete do compartimento da moto preta, subiu na moto e me olhou:

– Vai demorar muito? – perguntou ele em tom irônico.

– Para onde você vai me levar? – perguntei

– Para sua casa obvio, é só me dizer o endereço.

– Eu não vou falar o endereço da minha casa. – falei.

– Olha, Luke já deve estar se recuperando do soco, ou você me diz e sobe na moto, ou fica e encara ele.

Só de pensar em olhar para cara do Luke, meu estomago revirou.

– Dearborn Street 589, Gold Coast. – Falei.

Percy me passou o capacete, subi na moto e ele falou:

– Se segura.

Passei meus braços envoltos da cintura dele – o que fez eu me sentir imensamente estranha - e então ele acelerou a moto indo para minha casa.

Durante todo o trajeto eu tive ‘’insights’’ de Luke me tocando, me beijando nojentamente e passando a mão pelo meu corpo. Com a adrenalina deixando meu corpo, pude sentir as lagrimas escorrendo pelo meu rosto, afinal eu ainda estava muito assustada. Involuntariamente eu apertei a cintura de Percy com mais força e enterrei meu rosto nas costas dele, mas ele não reclamou.

[...]

Percy parou a moto em frente a minha casa. A crise de choro já tinha parado, então eu apenas saltei da moto, tirei o capacete e entreguei a Percy, que estranhamente desligou o motor da moto, e desceu dela.

– O que está fazendo? – perguntei.

– Não vou deixar você sozinha em casa, porque se você se matar a culpa de não ter oferecido ajuda vai ser minha e eu não vou gostar. – falou ele.

Revirei os olhos.

– Eu não vou me matar, pode ir embora.

– Sem chances.

Suspirei irritada, me virei para entrar em casa, e tive a consequência de Percy atrás de mim.

– Sabe o que é irônico? – falou ele enquanto passava pela porta.

– O que?

– Que no final de tudo, eu que acabei te deixando em casa.

Revirei os olhos.

Joguei minha bolsa no sofá, tirei meu casaco e me sentei enterrando a cabeça nas mãos.

– Ele chegou a fazer algo com você? – perguntou Percy.

– Não, ele só passou aquelas mãos nojentas dele pelo meu corpo. – falei sentindo repulsa.

Percy ficou em silêncio.

– Como você sabia onde eu estava? E por que me ajudou? Você não gosta de mim. – falei.

– Eu não sabia, apenas estava passando ali perto e ouvi os gritos abafados. E eu faria isso por qualquer um, e não é porque eu não te curto que vou deixar alguém te estuprar. Alem disso, de nada.

– Eu não agradeci. – falei.

– Pois devia.

Eu ia falar algo, mas meu telefone começou a tocar.

– É a Thalia. – falei.

Atendi

– Alô. – falei.

– Annie, cadê você?

Antes que eu pudesse responder, Percy tomou o telefone da minha mão.

– Hey! – protestei.

– Alô Lia, é o Percy... – ele parou de falar um instante. – Thalia não discute, vem pra casa da loira, ok, tchau.

Olhei para ele brava, mas ele ignorou e devolveu meu celular.

– Por que fez isso? – perguntei.

– eu disse que não te deixaria sozinha, não que eu iria ficar aqui.

Revirei os olhos.

– Eu não preciso de ninguém cuidando de mim – falei.

– Tudo bem, acredito. – falou ele com sarcasmo. – Mas então, cadê sua mãe?

– No escritório, como sempre. – falei.

Percy ficou em silêncio.

[...]

Quando Thalia chegou eu estava encolhida no sofá enquanto Percy mexia em seu celular.

Thalia nem ao menos se deu o trabalho de tocar a campanhia, e foi invadindo.

– Alguém pode me explicar o que tá acontecendo? – falou ela brava.

– Ótimo, agora que a cara-de-pinheiro chegou eu posso ir embora. – falou Percy

Ele se levantou, pegou os capacetes em cima da poltrona e foi em direção á porta, então ele se virou:

– Hey Loira... – eu olhei. – De nada.

Ele abriu um sorriso de lado.

– Eu não agradeci. – falei com um sorriso pequeno.

Ele sorriu e então saiu.

– Ok, agora, por favor, da pra você me explicar o que tá acontecendo. Não vai me dizer que você e o Percy...

– Não! – gritei.

Ela suspirou e então se sentou ao meu lado.

– Me conta.

Expliquei a ela toda a história, mas só de lembrar comecei a chorar. Thalia me abraçou, tentando me confortar.

– Eu vou matar aquele desgraçado! Se não fosse pelo Pers, ele... Ele... Argh – falou ela tremendo de raiva.

– Ele não chegou a fazer nada. – falei, apesar de saber que não justificava.

– Mas ia fazer Annabeth!

– Eu sei, mas por mais que eu odeie admitir, Percy me salvou e eu estou bem.

– Se eu vir o Castellan na minha frente, eu juro, Deus que me ajude. – falou ela e me olhou. – O que você vai fazer?

– Como assim?

– Annabeth, ele quase te estuprou. Você tem que denunciar ele á policia, contar para sua mãe.

– Eu não sei o que fazer. – falei desolada.

– Primeiramente eu acho que você deve falar com o diretor Cambridge, ele vai te dizer o melhor á fazer. – falou ela.

– Obrigada Lia, você é a melhor amiga que eu já tive, e a mais estranha, diga-se de passagem. – falei e a abracei.

Ela riu.

– Você nunca teve amigas em São Francisco? – perguntou ela.

– Eu tive colegas, mas nunca amigas de verdade. – falei.

Ela sorriu

– Eu vou estar aqui sempre que precisar. –falou ela.

– Dorme aqui hoje? – pedi.

– Claro, mas antes eu tenho que passar em casa pra pegar algumas coisas, ok?

– Ok.

– Eu não demoro. – falou ela. – Fica bem.

Thalia pegou sua bolsa e saiu pela porta.

Aproveitei a ausência de Thalia para tomar um banho. Desde que Luke havia feito àquilo comigo, eu estava me sentindo suja, impura e repulsiva.

Sai me sentindo um pouco melhor, e apesar de ser só 15h47 da tarde, coloquei meu pijama e um robe de plush por cima. Fiz um coque no meu cabelo e desci até a sala. Liguei a televisão e fiquei assistindo ‘’ O lado bom da vida’’ enquanto Thalia não chegava.

[...]

Quando deu 16h30, Thalia chegou com as roupas trocadas, uma mochila nas costas e uma sacola bonitinha na mão.

– Trouxe o ‘’remédio’’ perfeito para você – falou ela colocando a mochila na poltrona e balançando a sacola. – barras de chocolate, sorvete – apesar do frio – pipoca e filmes.

– Lia, isso é para coração partido, eu não fui desiludida. – falei.

– Tanto faz, eu to com fome. – falou ela.

Eu ri.

– Vamos até a cozinha. – falei.

Nós preparamos a pipoca e fizemos chocolate-quente com pedacinhos de marshmallows. Colocamos todas as coisas em uma bandeja e voltamos para a sala.

– Que filmes você trouxe? – perguntei.

– Massacre da serra elétrica, Dia dos namorados macabro e o DVD em blue-ray da 4° temporada de The Vampire Diaries. – falou ela rindo.

– Você é fã de TVD? – perguntei abismada.

– É claro. Vampiros lindos e sexys, vilões seduzentes e muito sangue. – falou ela.

– Espera... Delena ou Stelena? – perguntei.

– Delena é obvio. – falou ela.

– Eu te amo Lia. – falei rindo.

– Todos me amam. – falou ela convencida.

Eu ri.

Ela colocou o DVD as serie e nós começamos a assistir e a comer sentadas no sofá.

[...]

Quando já era 17h28, ouvimos um barulho na garagem e logo depois a porta foi aberta. Minha mãe entrou atulhada de pastas e projetos arquitetônicos.

– Mãe? – falei surpresa por vê-lo em casa naquela hora.

– Annie querida, não vai me apresentar sua amiga? – falou ela olhando para Thalia.

– Ahn... Mãe, essa é Thalia Grace, uma amiga do colégio. – falei.

– Fico feliz que esteja fazendo amigas querida, mas agora se não se importam vou até o escritório, eu tenho que fazer algumas ligações. Foi um prazer Thalia. – falou ela.

– O prazer foi meu, senhora Chase. – falou Thalia

Ela pegou as coisas e subiu as escadas.

– Sua mãe é sempre tão ocupada? – perguntou Thalia.

– Piorou depois da morte do meu pai. –falei.

– Te entendo. – falou Thalia com a voz meio triste.

Achei melhor não perguntar, então voltamos a assistir.

[...]

Eu e Thalia ficamos horas e horas assistindo TVD e quando percebemos já era quase 21h00 da noite, e estávamos morrendo de fome.

– Que tal pedirmos algo para comer? – sugeri.

– Por mim tá ótimo. – falou ela.

Liguei para o disk entrega e pedi dois cheeseburguers e duas porções de batata-frita, alem dos refrigerantes.

– Comida de gordo. – falou Thalia e eu ri.

– Com esse seu corpinho, aposto que mesmo se comer 50 hambúrgueres e pizzas, ainda não engorda. – falei.

– Eu. Sou. Gostosa. – falou ela rindo.

Quando a comida chegou, eu e Thalia comemos, e como não havia nada para fazer subimos até o meu quarto.

– Meu Deus Annabeth, você é a versão mais lollipop da Silena! – falou ela olhando para o meu quarto. – É tudo tão rosa e fofo, chega a me dar vertigem.

Dei risada.

Vou descrever meu quarto. Ele é uma relativamente grande, com suíte e closet, além da sacada com vista direta do horizonte.

As paredes eram brancas, dando uma claridade excelente no quarto. A cama no meio era estilo vitoriana, a cabeceira com detalhes em dourado e o estofado rosa claro, e o dossel branco de renda devidamente amarrado. Ela estava perfeitamente arrumada, com colcha branca com babados nas barras, e vários travesseiros. Ao lado, a cômoda branca e dourada, com o mesmo estilo da cama, estava o meu abajur. E do outro lado, o biombo rosa.

Ao lado da porta de vidro da sacada, estava a minha penteadeira vitoriana branca com detalhes dourados, um espelho enorme, e três gavetas, que estava repleta de cremes, perfumes, maquiagens, e minha caixa de joias.

Em frente á cama, duas portas brancas, uma era meu closet e a outra o meu banheiro. A estante de livros estava perto á porta de entrada, e ainda não estava completa, já que eu não havia conseguido levar todos os meus livros para o quarto depois da mudança.

– Ah, não é tão ruim assim – falei.

– Não é ruim. – falou ela – Só parece que você vive dentro de um mundo encantado de fadas e unicórnios.

Revirei os olhos, mas dei risada.

Peguei meu notebook branco com a maça da Apple cravejada de strass e me deitei na cama. Thalia logo se sentou ao meu lado, coloquei uma musica e dei play, então dei o notebook para Thalia.

– Mexe, enquanto eu leio um livro. – falei.

Peguei meu livro de cabeceira - A Seleção – e comecei a ler.

Quando cansei, guardei o livro, me deitei embaixo da colcha, e fiquei observando Thalia, mas logo a mesma desligou o notebook e se trocou atrás do biombo, ficando com um short preto, moletom cinza caído nos ombros, e meias. Ela desligou as luzes e se deitou ao meu lado, deixando apenas a luz do abajur nos iluminando.

– Lia? – chamei.

– Eu. – respondeu ela.

– Posso perguntar uma coisa?

– Claro.

– Como você e o Nico se conheceram? Eu sempre adorei esse tipo de historia clichê. – falei rindo.

Ela riu.

– É realmente muito clichê o modo como nos conhecemos, e olha que eu não sou nem um pouco clichê. – falou ela e eu ri. – Mas enfim, era um dia comum, Silena tinha me arrastado para o shopping pra fazer compras com ela, porque teria uma festa na casa da Rach dali a dois dias. Nós fizemos as compras e logo depois decidimos pegar uma sessão no cinema. Quando estávamos de frente para a bilheteria, eu o vi, parado na fila para assistir Jogos Mortais 5, simplesmente lindo, pele pálida, cabelos negros, olhos castanhos tão escuros quanto café, e totalmente gostoso. – eu ri. – Silena também havia achado ele lindo, mas ele não fazia o tipo dela, então eu dei um jeito e fui falar com ele. Eu me apaixonei quase que instantaneamente, por mais clichê que isso possa parecer. No dia seguinte eu descobri por acaso que ele era o aluno novo no colégio e nós conversamos o dia todo, e quando finalmente chegou o dia da festa da Rach, nós acabamos ficando. Um tempo depois ele me pediu em namoro. Daqui um mês fazemos um ano de namoro. Essa é a história clichê de como eu conheci meu namorado. – falou ela rindo.

Abri um sorriso.

– Ah, isso é lindo. – falei – você tem sorte de ter encontrado alguém como ele.

Ela riu.

– Isso é TÃO clichê. – falou ela rindo – mas você tem razão.

Nós rimos.

– E você? Já encontrou sua ‘’ Alma Gêmea’’? - perguntou ela.

– Definitivamente não. – falei rindo.

– Você não gostou de ninguém no colégio ainda?

– Thalia, eu entrei no colégio á três dias. – falei rindo.

– E daí? Se você conseguiu uma amiga, consegue um namorado. – falou ela rindo. – Se o Percy não fosse do jeito que é vocês fariam um belo casal. Vocês combinam apesar dele ser um tanto idiota e ter um estilo punk, e você ser toda fofa e educada.

Revirei os olhos no escuro.

– Nem vem, esse daí quero bem longe. E que história é essa dele ser do jeito que é?

– Annabeth, qual é, você pode não gostar do Percy, e eu até te dou razão, ele é um idiota, mas tem que admitir que ele é um gato. Ah, e não mude de assunto.

– Eu nunca disse que não era – falei meio constrangida e Thalia riu. – Só é um babaca. Agora me conta de uma vez.

Ela suspirou.

– Não é nada de mais, é que o Percy tem essa ideologia, ele basicamente não acredita em amor. Por isso ele não namora. – falou ela – Mas diferente do Luke, ele não dá esperanças para as meninas com quem fica, todas elas sabem perfeitamente que ele não namora.

– Isso é um tanto idiota. – falei.

– Pois é. Acho melhor irmos dormir agora, amanhã tem aula, e hoje definitivamente já deu tudo o que dar. Boa Noite Annie. – falou ela.

– Boa noite, Lia. – falei.

Fechei os olhos e adormeci instantaneamente.


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Notas finais do capítulo

Awwwwwwwwwwwwwwwwwwwwn, quem curtiu levanta mão e deixa uma review, uhuuul.

Até a próxima Quinta, com um capitulo bombástico, fiquem curiosas.

kisses.



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